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CURSO DE PREGADORES
Introdução:
Amados irmãos,
O meu desejo neste curso simples e objetivo é trazer uma visão prática de como estar
ministrando a Palavra do Senhor com o objetivo de atingir o ouvinte e despertar nele o
interesse pela mensagem da Palavra de Deus. O material tem como base um excelente livro
de James Braga intitulado “Como preparar Mensagens Bíblicas” Ed. Vida. Meu anseio é que
esta simples apostila venha despertá-lo para o envolvimento com a pregação da Palavra do
Senhor. Caso o amado tenha condições, não deixe de ler o livro citado acima.
Bom Estudo!
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PRINCIPAIS TIPOS DE SERMÕES BÍBLICOS
Definições:
Sermão Temático: “Sermão temático é aquele cujas divisões principais derivam do tema,
independentemente do texto.” ¹
Bem, o que entendemos dessa definição é que o sermão temático gira em torno de um
tema, e não requer um texto base para a mensagem. As divisões principais sairão a partir da
escolha do tema da mensagem. Apesar de não ter um texto base, suas divisões deverão ter o
apoio da Palavra de Deus. Cada divisão estará embasada em um ou mais versículos da Bíblia.
Porque...
Somos únicos
Somos semelhantes a Deus
Note bem que em ambos os casos todas as verdades que foram apresentadas giraram em
torno do tema, e a partir desse tema as verdades foram sendo construídas e tendo como amparo
os textos bíblicos concernentes.
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Sermão Textual: “Sermão textual é aquele em que as divisões principais são derivadas de um
texto constituído de uma breve porção da Bíblia. Cada uma dessas divisões é usada como uma
linha de sugestão e o texto fornece o tema do sermão.”²
No sermão textual temos o texto como base para as divisões principais da mensagem.
Todo o esboço principal está baseado estritamente no texto.
III – Temos um Sumo Sacerdote que intercede por nós junto a Deus (V.16)
Observe que todas as divisões foram extraídas do próprio texto, por isso esse tipo de sermão
recebe o nome de textual.
Sermão expositivo: “O sermão expositivo é aquele em que uma porção mais ou menos extensa
da Escritura é interpretada em relação a um tema ou assunto. A maior parte do material desse
tipo de sermão provém diretamente da passagem, e o esboço consiste em uma série de ideias
progressivas que gira em torno de uma ideia principal.” ³
O sermão está baseado em uma porção que, de acordo com James Braga, terá um mínimo
de quatro versículos, contudo sem limites para o número máximo de versículos.
1- No sermão expositivo o tema é tirado de vários versículos, o que o difere dos sermões
textual e temático nos quais a avaliação está restrita a poucos versículos.
2- No sermão expositivo tanto as divisões como as subdivisões estão todas estritamente
ligadas à passagem bíblica. Deve haver uma explanação minuciosa, observando-se os
detalhes e, de forma progressiva e ligada ao tema, trazer luz ao significado do texto
bíblico, aplicando a mensagem aos dias de hoje.
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EXEMPLOS DE SERMÃO EXPOSITIVO (James Braga)
Efésios 6.10-18
III – “Beco sem saída”. É o lugar em que, às vezes, falhamos com o Senhor - Vv 10-12
IV- “Beco sem saída”. É o lugar em que Deus nos ajuda - Vv 13,14
Título ______________________________________________________________
Texto ______________________________________________________________
Introdução: _________________________________________________________
1. ________________________________________________________
2. ________________________________________________________
Proposição _________________________________________________________
Sentença Interrogativa ________________________________________________
“Assunto, tema e título, como defini-los? Bem, o assunto ou o tema é aquilo que forma a
base para a nossa discussão ou estudo.”4 Ele pode ter uma abrangência grande ou estar
estritamente ligado ou limitado a uma área de estudo. Você pode estar tratando do tema “graça”,
contudo especificamente falando de um de seus aspectos como, por exemplo: o significado da
graça, os efeitos da graça, a manifestação da graça ou outros.
INTRODUÇÃO
“Assim, introdução é o processo pelo qual o pregador procura preparar a mente dos
ouvintes e prender-lhes o interesse na mensagem que vai proclamar.” 6
Ele também afirma que a introdução tem como objetivo dois pontos fundamentais:
Definição:
É classificada também como tese, grande ideia, ideia homilética ou sentença do assunto
ou tema.
1- Uma avaliação completa da passagem, pelo crivo exegético. É imprescindível que se avalie
exegeticamente a passagem para que a exposição da mesma seja correta e fiel.
O sujeito é o assunto que o pregador vai falar; o complemento é o que ele vai dizer do
sujeito. Para se ter a “ideia exegética”, o pregador terá de combinar o sujeito com o
complemento ou complementos numa sentença geral.
Marcos 16. 1- 4
“Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para
irem embalsamá-lo”. E muito cedo, no primeiro dia da Semana, ao despontar do sol, foram
ao túmulo. Diziam umas às outras: Quem nos removerá a pedra da entrada do túmulo?
“E, olhando, viram que a pedra já estava revolvida; pois era muito grande.”
“Na procura do sujeito, fazemos a pergunta: “De que, ou de quem, trata a passagem?
Concentra-se ela nos aromas, ou na pedra, ou tem algo a ver com o problema que as
mulheres discutiam? Um exame da passagem logo indica que a ideia principal refere-se às
mulheres, e perguntamos: “Que mulheres?”, ou, “Quem eram essas mulheres?” Um pouco
mais de reflexão indicará o elemento essencial das narrativas: “as mulheres que foram ao
sepulcro a fim de ungir o corpo de Jesus”. Encontramos, assim, o sujeito do texto.
Agora vamos procurar o complemento, isto é, o que a passagem diz acerca dessas
mulheres. A seguir, reunimos vários fatos, como os seus nomes, o dia, os aromas que
levavam, a hora, sua conversa, o problema que discutiam e o modo como foi
inesperadamente resolvido. Há fatos demais aqui para uma única sentença; portanto,
resumimos todos eles em dois complementos: primeiro, “estavam preocupadas com a pedra
grande demais para removerem da porta do túmulo”; e, segundo, “Descobriram, mais tarde,
que a pedra já havia sido removida, antes de chegarem ao túmulo”.
Nossa próxima tarefa é afirmar a ideia básica da passagem, isto é, o sujeito e o
complemento, numa sentença única e completa. Assim, expressaremos a ideia exegética na
seguinte sentença: “As mulheres, a caminho do túmulo a fim de ungir o corpo de Jesus,
preocupavam-se com um problema grande demais para elas, porém, já resolvido, antes de
elas terem de enfrentá-lo”.
Em alguns textos, como certas seções dos profetas e das epístolas, estarão requerendo um
exame especial por parte do pregador que deverá lançar mão de princípios exegéticos, para a
descoberta do sujeito e o complemento ou complementos.
Quero destacar que os meios que estamos apresentando para se descobrir a “ideia
exegética” do texto não são os únicos existentes. Pois como já foi mencionado, há outros
princípios exegéticos de se descobrir a “ideia exegética” do texto que se está lendo. Como
bom estudante da palavra do Senhor, é importante que você esteja pesquisando novas formas
de compreensão da Palavra de Deus. Contudo acredito que os meios aqui apresentados lhe
darão condição de iniciar um projeto de elaboração de mensagens onde as mesmas
contenham uma proposição bem definida e que leve o ouvinte a uma melhor compreensão
da Palavra de Deus.
Em alguns casos a ideia exegética e a verdade eterna podem ser a mesma. Em Gálatas 6.7
encontramos: “aquilo que o homem semeia, isso também ceifará.” Nesse caso, o texto em si
já expressa a verdade eterna. Temos aqui um princípio universal aplicado a todos os homens,
e em qualquer parte do mundo.
Casos como esses não são comuns na Palavra de Deus, contudo podem acontecer.
Normalmente, após ter descoberto a ideia exegética, o pregador deverá desenvolver a verdade
fundamental perguntando: “Que diz o texto em relação a mim?” ou: “Que verdade vital e
eterna a passagem pretende ensinar?”13
Para essa análise o pregador deverá depender plenamente do Espírito Santo para iluminá-
lo, a fim de que a vontade de Deus se cumpra na mensagem que vai ser transmitida ao povo.
“A ideia exegética foi: “As mulheres a caminho do túmulo a fim de ungir o corpo de
Jesus, preocupavam-se com um problema grande demais para elas, porém já resolvido, antes
de elas terem de enfrentá-lo”“.
Dessa ideia exegética somos levados à seguinte tese ou princípio: “os filhos do Senhor, às
vezes, enfrentam problemas grandes demais para eles”. “Podemos, é claro, derivar muitas
outras verdades eternas de nossa ideia exegética”. Eis duas: “Às vezes, nos preocupamos, sem
necessidade, com problemas que nem mesmo existem”, e “Deus é maior do que qualquer
problema que tenhamos de enfrentar”.
Normalmente a proposição aparece ligada ao sermão por uma pergunta, seguida de uma
frase de transição.
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Para se ligar a proposição aos pontos principais do sermão, pode se usar qualquer um dos
cinco advérbios interrogativos: por que, como, o que, quando e onde.
Proposição:
Oração Interrogativa:
Oração de transição:
Oração de transição: Vários são os motivos pelos quais podemos dizer que a vida cristã é de
constante dependência.
Observe que na oração de transição foi usada uma palavra-chave: “dependência” que
ficou fortemente marcada em todas as divisões principais do sermão com a expressão
“dependemos...” Esse recurso ajuda o ouvinte a compreender e fixar melhor a mensagem que
está sendo ministrada.
Segue uma lista de palavras-chave que são comumente usadas em orações de transição
(extraídas do livro “Como Preparar Mensagens Bíblicas.”)
AS DIVISÕES
As divisões são as verdades que se quer apresentar no sermão, e que são organizadas de
forma progressiva e distinta, contribuindo para se chegar à ideia dominante da mensagem.
Palavra-chave ou frase
A palavra ou frase chave é a expressão que será usada pelo pregador em cada uma das
divisões. Como já foi mencionado anteriormente, sem dúvida, estará ajudando na compreensão
dos ouvintes.
Transições
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AS SUBDIVISÕES
Elas são derivadas das divisões principais e obedecem à proposta das mesmas.
Apesar das subdivisões aparecerem no esboço, o pregador não deve enunciá-las no
decorrer do sermão. Isso traria aos ouvintes a possibilidade de confundi-las com as divisões. Elas
servem de guia para o pregador no decorrer do discurso. Deve mencioná-las somente em
extremas necessidades, em casos que seriam raríssimos.
Como acontece nas divisões principais, as subdivisões não precisam seguir a ordem do
texto.
A DISCUSSÃO
Unidade na discussão.
Levar o sermão a uma progressão natural.
Ser conciso, objetivo e claro.
Explanar com vitalidade.
A Bíblia.
Literatura (comentários, revistas de EBD, livros evangélicos....)
Outros (literatura comum e outros...)
Experiência pessoal do pregador.
Observação do mundo que nos cerca.
Usar a própria mente.
1 – Explanação
O pregador deve ter a capacidade de fazer uma boa explanação do texto. Para que isso
aconteça, o pregador deverá saber o tipo de literatura que está tratando. Isso, porque na Bíblia há
diversos tipos de literatura tais como: história, poesia, profecia, epístolas, literatura apocalíptica e
parábolas.
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Pontos importantes acerca da explanação:
O contexto.
Avaliação do texto, com outras partes da Bíblia.
Aplicação das leis da linguagem.
Original.
Etimologia de certa palavra.
Disposição gramatical.
Avaliação histórica e cultural.
2 – Argumentação
O uso da Bíblia.
Raciocínio lógico.
Testemunho.
A APLICAÇÃO
Requisitos indispensáveis para o pregador que quer fazer uso da aplicação eficaz:
A CONCLUSÃO
___________________________________________________________________
BIBLIOGRAFIA:
1BRAGA, James. Como Preparar Mensagens Bíblicas. Ed. Vida. São Paulo – SP.
1997. 11. Impressão. Pg. 17
2 BRAGA, James. Op. Cit. Pg. 30
3 BRAGA, James. Op. Cit. Pg. 47
4 BRAGA, James. Op. Cit. Pg. 83
5 BRAGA, James. Op. Cit. Pg. 83,84
6 BRAGA, James. Op. Cit. Pg. 91
7 BRAGA, James. Op. Cit. Pg. 99
8 BRAGA, James. Op. Cit. Pg. 99
9 BRAGA, James. Op. Cit. (James Braga faz citação de Haddon W. Robinson em seu livro)
10BRAGA, James. Op. Cit. Pg. 101
11BRAGA, James. Op. Cit. 102
12BRAGA, James. Op. Cit. 104
13BRAGA, James. Op. Cit. 104
14BRAGA, James. Op. Cit. 106
15BRAGA, James. Op. Cit. 106,107
Esse material não pode ser vendido, nem alterado em sua estrutura. Contudo,
incentivamos sua distribuição gratuita para aqueles que desejam crescer na fé em Cristo.