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SEMINÁRIO DE HOMILÉTICA

INTRODUÇÃO A HOMILÉTICA

Os esboços de pregação não têm uma forma rígida. Podem variar muito, mas aqui vão algumas dicas que podem servir
como base para sua elaboração.
A estrutura do esboço é a mesma da pregação. O esboço será então um roteiro para o pregador não se perder durante a
pregação, ou mesmo para não se esquecer dos pontos mais importantes da mensagem.
Em outras palavras, é um mapa com alguns pontos de referência.

DEZ PASSOS PARA UMA BOA EXEGESE


1 - Leia o texto em voz alta, comparando com versões diferentes para maior compreensão.
2 - Reproduza o texto com suas próprias palavras. (Fale sozinho)
3 - Observe o texto imediato e remoto.
4 - Verifique a linguagem do texto ( história, milagre, ensino, parábola, profecia, etc.)
5 - Pesquise o significado exato das principais palavras;
6 - Faça anotações;
7 - Pesquise o contexto ( época, país, costumes, tradição, etc.)
8 - Pergunte sempre onde? Quem? O que? Por que?
9 - Organize o texto em seções principal e secundárias;
10 - Resuma com a seguinte frase: “O assunto mais importante deste texto é...”

Em resumo, o esboço poderá ter:


1- Tema da mensagem
2- Texto base
3- Introdução
4- Tópico 1
5- Tópico 2
6- Tópico 3
7- Ilustração
8- Conclusão
Vamos analisar cada parte:

1. Tema da mensagem. É o titulo do assunto a ser tratado, ou o “nome da mensagem”. Em alguns casos pode-se falar o
titulo na hora da pregação, outras vezes não é necessário. Mas, no esboço a gente coloca. É bom para se ter um rumo
determinado na mensagem e também facilitar depois a escolha de um esboço entre muitos que se tem guardado. Quem
vai pregar deve ter claro o assunto que vai ser tratado. Não basta escolher um versículo e subir ao púlpito. Isso pode até
acontecer, e Deus pode usar, mas não deve ser a regra. Pode ser que o pregador comece a falar sobre um assunto e dali
mude para outro e para outro, e, no fim, não passou nada de consistente. Então, vamos escolher um tema definido. Por
exemplo: "A vinda de Cristo ao mundo" é o titulo de uma mensagem evangelística.

Interrogativo: Uma pergunta, que deve ser respondida no sermão.


Ex.: Onde estás? Que farei de Jesus? Tenho uma arma o que fazer com ela?
Lógico: Explicativo.
Ex.: O que o homem semear, ceifará; Quem encontra Jesus volta por outro caminho.
Imperativos: Mandamento, uma ordem; Caracteriza-se pelo verbo no modo imperativo.
Ex.: Enchei-vos do espírito; Não seja incrédulo; Não adores a um Deus morto.
Enfáticos; Realçar um aspecto específico;
Ex.: Só Jesus salva; Dois tipos de cristãos;
Geral: Abrangente, aborda um assunto de forma geral sem especificá-lo.
Ex.: Amor; fé, esperança

2. Texto base. Toda pregação precisa ter um texto bíblico como base. Este é o fundamento que vai dar autoridade a toda
a mensagem. Normalmente, o texto é pequeno: 1 versículo ou 2, ou 3. Raramente se deve utilizar um capitulo todo. Só
quando o capitulo estiver todo relacionado ao mesmo assunto. Se eu for falar sobre a oração do Pai Nosso, não preciso
ler todo o capitulo 6 de Mateus. No caso do nosso exemplo (A vinda de Cristo ao mundo), usaremos o texto de
I Timóteo 1.15: "Fiel é esta palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores,
dos quais eu sou o principal."
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3. Introdução. É o início da pregação. Existem inúmeras maneiras de se começar uma pregação. Por exemplo: "Nesta
noite, eu gostaria de compartilhar com os irmãos a respeito do assunto tal..." ou "No texto que acabamos de ler, temos as
palavras de Paulo a respeito da vinda de Cristo ao mundo." Para muitas pessoas, a primeira frase é a mais difícil. Apesar
de muitas alternativas, o ideal é que a introdução seja algo que prenda logo a atenção dos ouvintes, despertando-lhes o
interesse para todo o restante da mensagem. Pode-se então começar com uma ilustração, um relato interessante sobre
algo que esteja relacionado com o assunto da pregação. Um outro recurso muito bom é começar com uma para o
auditório, cuja resposta será dada pelo pregador durante a mensagem. Se for uma pergunta interessante, a atenção do
povo estará garantida até o final da palestra. Voltando ao nosso exemplo, poderíamos começar a mensagem
perguntando: "Você sabe para quê Jesus veio ao mundo?
Nossa mensagem desta noite pretende responder a essa pergunta tão importante para todos nós."

a) – ILUSTRATIVA – Uso de uma ilustração na introdução. Imagine que o assunto que será abordado seja
complexo e abstrato. Então, comece com uma ilustração que explique e esclareça o que pretende dizer.
b) – DEFINIÇÃO – Explicação detalha de um determinado conceito. Explique para o ouvinte o que tem a dizer. Dê
a ele conceitos significados de símbolos, termos e assuntos que ele provavelmente não conheça. Em um sermão
onde o assunto é a PAZ, o pregador explicou, na introdução, o que é a paz, seus significados no velho e novo
testamento, evolução linguística do termo paz e a aplicação termo hoje.
c) – INTERROGAÇÃO – Uma pergunta (deverá ser respondida no corpo do sermão).
Para sermões onde o tema é uma pergunta é interessante que esta seja bem explorada na introdução. Observe que,
se estamos falando sobre morte ou salvação cabe aqui uma pergunta como “Para onde iremos nós?”, que deve
levar o ouvinte a uma reflexão profunda, e para reforçar pode-se usar o texto de Lucas 12:20 “Mas Deus lhe disse:
Insensato, esta noite te [pedirão] a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”
As perguntas da introdução devem ser respondidas no corpo do sermão.
d) – ALUSÃO HISTÓRICA – Explicar o contexto histórico.
Explique o contexto do texto em que será aplicada a mensagem ( época, país, costumes, tradição, etc.). Observe o
texto de João 4: 1 a 19. Caso sua mensagem esteja baseada neste texto, introduza com uma explicação detalhada
das relações entre os Judeus e os Samaritanos, as relações entre os homens e as mulheres, a lei acerca do
casamento, a origem do poço de Jacó, etc.

4. TÓPICOS. Os tópicos são as divisões lógicas do assunto, ou a divisão mais lógica possível. Por exemplo, se o titulo
da minha mensagem for "O Maior Problema da Humanidade", eu poderia ter os seguintes tópicos:
1- a corrupção da humanidade;
2 - as consequências do pecado;
3 - a solução divina para o homem.
A divisão em três tópicos é aconselhável por ser um número pequeno, de modo que o povo tenha facilidade de
acompanhar o raciocínio do pregador, sem perder o “fio da meada”. Podemos até mudar esse número, mas o resultado
pode ser uma mensagem complexa. Os tópicos devem ser organizados numa ordem que demonstre o desenvolvimento
natural do tema, de modo que os ouvintes vão sendo levados a compreender gradualmente o assunto até a conclusão.
Em algumas mensagens, os tópicos podem ser argumentos a favor de uma ideia que se quer defender com o sermão.
Será bom se eles estiverem organizados de maneira que os mais interessantes ou mais importantes sejam deixados por
último, de modo que, a mensagem vai se tornando cada vez mais significativa, mais consistente e mais interessante a
cada momento até chegar à conclusão. Se você usar seu melhor argumento logo no início, sua mensagem ficará fraca no
final. Em alguns casos, o próprio texto bíblico já tem sua própria divisão, que usaremos para formar nossos tópicos.

COMO TIRAR PONTOS DO TEXTO


1 – Leia todo o texto.
2 – Procure a ideia principal do texto. (Observe o subtema, o contexto, e a situação)
3 – Procure os principais verbos e seus complementos. Lembre-se verbo é ação.
4 – Procure os sentidos expressos nas representações simbólicas, metáforas e figuras.
4 – Com base nos verbos e significados retirados crie frases (divisões) que os complemente e que, passem uma
ideia ou estejam ligadas com a mensagem a ser pregada.
5 – Organize as frases dentro da ideia principal. – Leia todo o texto. Ex.: Sl.126.5-6

O texto de I Timóteo 1.15Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao
mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.
Dele tiraremos os seguintes tópicos:
1 - Jesus veio ao mundo - Falar sobre a aceitação geral da vinda de Jesus. Todos creem que ele veio.
2 - Para salvar os pecadores - Falar sobre diversas ideias que as pessoas têm sobre o objetivo da vinda de Cristo, e
qual foi sua real missão.
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3 - Dos quais eu sou o principal - Falar sobre a importância do reconhecimento do pecador para que a obra de Cristo
tenha eficácia em sua vida.

Um outro exemplo de divisão natural é João 3.16: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
1 - Deus amou o mundo. Falar sobre o amor de forma geral e sobre o amor de Deus.
2 - Deu o seu Filho Unigênito - O amor de Deus em ação. Deus não ficou na teoria.
3 - Para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna - O objetivo da ação de Deus.

Esse versículo é riquíssimo. Podemos elaborar várias mensagens dentro dele. É importante prestarmos atenção a esse
detalhe. Se tivermos um entendimento muito profundo a respeito de um versículo, é melhor elaborar mais de um sermão
do que tentar colocar tudo em um só, fazendo uma mensagem muito longa ou complexa, principalmente quando o texto
permitir vários ângulos de abordagem, ou contiver mais de um assunto. Só para termos alguns parâmetros, sugerimos a
duração de trinta ou quarenta minutos para um sermão. Já um estudo bíblico pode durar uma hora aproximadamente. É
claro que o Espírito Santo pode quebrar esses limites, mas precisamos ter certeza de que é ele mesmo quem está fazendo
isso.

5. Ilustrações.
Ilustrações são ditados, provérbios (não necessariamente os de Salomão) ou pequenas histórias que exemplificam o
assunto da mensagem ou reforçam sua importância. Como alguém já disse, as ilustrações são as "janelas" do sermão.
Por elas entra a luz, que faz com que a mensagem se torne mais clara, mais compreensível. Muitas vezes, os argumentos
que usamos podem ser difíceis, ou obscuros, mas, quando colocamos uma ilustração, tudo se torna mais fácil para o
ouvinte. Existem muitas “historinhas” por aí que não aconteceram de fato e são usadas para ilustrar mensagens. Não há
problema em usá-las. Podem ser comparadas às parábolas bíblicas. Entretanto, é importante que o pregador diga que
aquilo é apenas uma ilustração. As ilustrações são muito importantes, porque despertam o interesse dos ouvintes,
eliminam as distrações e ficam gravadas na memória. Pode ser que, na segunda-feira, os irmãos não se lembrem de
muita coisa do sermão de domingo, mas será bem mais fácil lembrar das ilustrações, dos casos contados como exemplo,
e, juntamente com essa lembrança, será também lembrado um importante ensinamento. No exemplo da mensagem de 1
Timóteo, poderíamos usar uma ilustração no tópico 3, mencionando que um doente precisa reconhecer sua doença para
ser curado, ou contando um curta história sobre um doente que reconheceu ou não sua doença. Não é obrigatório o uso
de ilustrações no sermão. Se não tiver nenhuma, paciência.
Normalmente, os próprios relatos bíblicos já ilustram muito bem os assuntos que abordamos. Outro detalhe a se
observar: não é bom usar muitas ilustrações na mesma mensagem, pois a mesma perderia sua consistência e seria mais
uma coleção de contos. Como dissemos, ilustração é luz, e luz demais pode ofuscar a visão.

6. CONCLUSÃO.
A conclusão será o ápice da mensagem, o fechamento. Não basta fazer como aquele pregador que disse: "Pronto!
Terminei." A conclusão é a ideia ou conjunto de ideias construídas a partir dos argumentos apresentados no decorrer da
mensagem. Nesse momento pode-se fazer uma rápida citação dos tópicos, dando-lhes uma "amarração" final. Nessa
parte, normalmente se convida para o posicionamento dos ouvintes em relação ao tema. Ainda não é o apelo. O
pregador incentiva as pessoas a tomarem determinada decisão em relação ao assunto pregado. Depois desse incentivo,
dessa proposta, o assunto está encerrado e pode-se fazer o apelo, se for o caso, e/ou uma oração final. No
caso do nosso exemplo (A vinda de Cristo ao mundo), poderíamos concluir convidando os ouvintes a reconhecerem sua
condição de pecadores, para que o objetivo da primeira vinda de Cristo se concretize na vida de cada um. Para fechar
bem podemos encerrar dizendo que Cristo virá outra vez a este mundo para buscar aqueles que tiverem se rendido ao
Evangelho.

O esboço deve ser o menor possível. Pode-se, por exemplo, usar uma frase para cada parte. Pode haver determinado
tópico representado por uma única palavra. O esboço é o "esqueleto" da mensagem.
Coloca-se o que for suficiente para lembrar ao pregador o conteúdo de cada divisão. Se uma palavra ou uma frase não
forem suficientes, pode-se colocar mais, mas com o cuidado de não se elaborar um esboço muito grande, de modo que o
pregador poderia ficar perdido no próprio esboço na hora de pregar. Então, o recurso que deveria ser útil torna-se um
problema. Opcionalmente, o pregador pode fazer o esboço, bem pequeno e, em outro papel, fazer um resumo da
mensagem. No púlpito, só o esboço será usado. O destino do resumo será o arquivamento. Em outra ocasião, quando o
pregador for usar o mesmo sermão, o resumo será muito útil. Se ele tiver guardado apenas um esboço muito curto, este
poderá não ser suficiente para lembrá-lo de todo o conteúdo de sua mensagem.
Eis aqui o esboço que construímos durante essa explicação:

COMO DEVE SER A CONCLUSÃO?


1 – Apontar o objetivo específico da mensagem;
2 – Clara e específica;
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3 – Resumo do sermão (o sermão em poucas palavras)
4 – Aplicação direta a vida dos ouvintes;
5 – Pequena;
6 – Faça um desfecho inesperado.

EXEMPLO 1 Tm 1,15
Introdução: Você sabe para quê Jesus Cristo veio ao mundo?

1 Tópico - "Jesus veio ao mundo" - Falar sobre a aceitação geral da vinda de Jesus. Todos creem que ele veio (até os
ímpios).

2 Tópico - "Para salvar os pecadores" - Falar sobre diversas ideias que as pessoas têm sobre o objetivo da vinda de
Cristo. Fundar uma religião? Dar um golpe de estado? Ensinar uma nova filosofia de vida?
Qual foi sua real missão? Salvar os pecadores.

3 Tópico - "Dos quais eu sou o principal" - Falar sobre a importância do reconhecimento do pecador para que a obra
de Cristo tenha eficácia em sua vida.

Ilustração: O doente precisa reconhecer sua doença.

Conclusão: Uma ideia clara sobre o objetivo da vinda de Cristo. Um reconhecimento pessoal da condição de pecado.
Aceitação de Cristo como Salvador.
Bons estudos e boas mensagens!

TIPOS DE SERMÕES

Tradicionalmente encontramos, praticamente em todas as obras homiléticas, três tipos básicos de sermões:
SERMÃO TEMÁTICO: Cujos argumentos (divisões) resultam do tema independente do texto;
SERMÃO TEXTUAL: Cujos argumentos (divisões) são extraídas diretamente do texto bíblico;
SERMÃO EXPOSITIVO: Cujos argumentos giram em torno da exposição exegética completa do texto.

É aconselhável que o pregador faça um curso de oratória. Entretanto, mesmo não se podendo fazê-lo, o talento e a
prática podem desenvolver bastante as habilidades de quem fala em público. A observação de outros pregadores, as
críticas construtivas dos ouvintes e algumas dicas de pessoas experientes no assunto poderão ser muito úteis.
O Pregador Deve buscar conhecimento para ministrar com autoridade
1. Conhecimento Bíblico
2. Conhecimento Histórico
3. Conhecimento Científico
4. Conhecimento Filosófico
5. Experiências Pessoais

Vão aqui algumas considerações sobre a pregação:

1 - O domínio do assunto a ser falado é o princípio da segurança do orador. Portanto, estude bem o assunto com
antecedência.

2 - Ao falar, evite ficar andando de um lado para outro. Isso cansa as pessoas. O orador pode andar mas não o tempo
todo.

3 - Evite repetições excessivas de frases ou palavras. Por exemplo, algumas pessoas falam o "né" no fim de cada
frase. Isso cansa e desvia a atenção de quem ouve.

4 - Para não se perder, use um esboço com algumas frases ou palavras.: que vão ajudá-lo na sequência da palestra ou
pregação. Porém, não é aconselhável que se escreva toda a mensagem para se ler na hora. Isso torna a palestra
monótona. Escreva apenas algumas frases norteadoras.
5 - Ao falar não fique olhando apenas em uma direção ou apenas para uma pessoa. Procure ir dirigindo seu olhar para
as várias pessoas no auditório.
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6 - Falar corretamente é fundamental. Se houver algum problema nesse caso, procure fazer um curso de língua
portuguesa. Os termos chulos e as gírias não são admitidos na pregação.
7 - Procure não utilizar palavras muito difíceis, a não ser que esteja disposto a também explicar o significado. O uso de
termos complexos ou estrangeiros demonstra erudição do orador mas pode inutilizar a mensagem se os ouvintes não
forem capazes de compreendê-la.
8 - O uso de gestos é bom mas deve ser praticado com moderação e cuidado. Não use gestos ofensivos. Não use
gestos que não combinem com o assunto
9 - O tom de voz também é importante. É bom que seja variado. Se você falar o tempo todo com voz suave, o povo
poderá dormir. Se você gritar o tempo todo, talvez as pessoas não vão querer ouvi-lo novamente. O tom de voz deve
acompanhar o desenvolvimento do assunto, apresentando ênfase e volume nos pontos mais importantes, nos apelos
ou nas conclusões que se quer destacar. O falar suave e o falar alto e enfático devem ocorrer alternadamente para não
cansar o ouvido do público.
10 - É fundamental que o pregador tenha orado antes de pregar e que também esteja se consagrando ao Senhor para
falar com unção e autoridade.
11 - O nervosismo e a timidez devem ser tratados com a prática. O início é mesmo difícil, mas com o tempo e a
perseverança, a segurança vem. Algumas pessoas aconselham a começar falando sozinho diante do espelho para treinar.
Não sei se isso resolve. O certo é que começar com uma plateia pequena é mais aconselhável. O nervosismo será menor.
Antes de falar no templo, será melhor começar nos cultos domésticos. É certo que o Espírito Santo pode dar ao pregador
uma ousadia que não lhe seja característica, mas é nosso dever trabalhar para resolver nossas dificuldades para falar em
público.
12 - Outro detalhe importante é a duração Do sermão. Sugerimos um tempo de 30 a 40 minutos para os sermões.
Estudos bíblicos podem durar 1 hora aproximadamente. Em acampamentos esse tempo pode até se estender um pouco
mais. Não existem regras para isso, mas apenas percepções práticas.
Esses limites podem variar dependendo do lugar, do propósito, do auditório, e de muitos outros fatores. Mas, de forma
geral, esses tempos sugeridos são razoáveis. Se quisermos ir muito além, poderemos cansar muito o auditório e o que
passar do limite não será mais captado nem aproveitado pelos ouvintes.

ALGUMAS COISAS A SEREM EVITADAS


Fazer uma Segunda e auto apresentação.
_ Manter a mão no bolso ou na cintura o tempo todo;
_ Molhar o dedo na língua para virar as páginas da bíblia;
_ Limpar as narinas, cocar-se, exibir lenços sujos, arrumar o cabelo ou a roupa;
_ Usar roupas extravagantes;
_ Apertar a mão de todos. (basta um leve aceno)
_ Fazer gestos impróprios;
_ Usar esboços de outros pregadores, principalmente sem fonte;
_ Contar gracejos, anedotas ou usar vocabulário vulgar.
_ Não fazer a leitura do texto (a Leitura deve ser de pé)
_ Evitar desculpas, você começa derrotado (não confundir com humildade);
_ Evite chegar atrasado;
O pregador não precisa aparecer.

Quando convidado para pregar em outras igrejas, o pregador deve considerar as normas doutrinárias,
litúrgicas e teológicas da igreja em questão.

1 – Evite abordar questões teológicas muito complexas;


2 – Não peça que a congregação faça algo que não esteja de acordo com os preceitos;
3 – Procure estar dentro dos padrões da denominação;
4 – Procure dar conotações evangelísticas a mensagem;
5 – Respeite o horário (mesmo que seja pouco tempo);
6 – Converse sempre com o Pastor antes do início do culto.

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