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Todos os direitos reservados. O texto desta tradução não pode ser reproduzido todo ou em parte, por
qualquer meio, sem prévia e formal autorização dos proprietários dos direitos autorais.
Sumário
Prefácio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Samadhi-pada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Sadhana-pada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Vibhuti-pada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113
Kaivalya-pada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
Conclusão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159
Sobre o autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163
Prefácio
Por que nos darmos ao trabalho de lermos um livro de 2000 anos
atrás sobre mente e bem-estar? O mundo está mudando muito de-
pressa, e a ciência está nos trazendo novas descobertas acerca do fun-
cionamento do cérebro, psicologia positiva e estudos sobre bem-estar.
Então, por que olhar para trás?
Eu argumentaria que devemos olhar para trás porque muito da
informação pioneira que transforma a vida das pessoas hoje tem suas
raízes na antiga ciência do yoga. Muito antes do tempo de Jesus, yogis
reconheceram a necessidade humana por sentido, paz e clareza men-
tal, e transcendência; compreenderam o valor de se ter foco, e estuda-
ram e praticaram mindfulness e meditação. Os ensinamentos dos yogis
guiaram praticantes por séculos, e há mais de trinta anos inspiram
pesquisas nos campos de psicologia positiva e neurociência.
Existem dois livros fundamentais na tradição do yoga: os Yoga Su-
tras, de Patanjali, e a Bhagavad-gita, falada por Krishna. Considera-se
que os Yoga Sutras datam de 2000 anos atrás; a Bhagavad-gita é muito
mais antiga do que isso.
Esses dois livros, juntamente com o Srimad-Bhagavatam, foram as
obras que me inspiraram a dedicar minha vida ao caminho do auto-
aperfeiçoamento e autorrealização em yoga. Em meu livro de 2017,
O Caminho 3T, explico o que é o yoga e apresento o caminho em sua
completude.
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Meu propósito para esta versão dos Yoga Sutras de Patanjali é ofe-
recer uma apresentação simples e prática desse antigo texto. Os Yoga
Sutras podem ser difíceis de se decifrar, para não falar sobre colocá-los
em prática, mas espero que você considere este livro tanto útil quanto
fácil de entender. Contei com a ajuda de meu mestre espiritual, Hri-
dayananda Das Goswami, e do amplo estudo dos Yoga Sutras feito por
Edwin F. Bryant, e também me valho de meus vinte e cinco anos de
experiência vivendo e ensinando essa grande ciência da mente e do
espírito.
Esta é minha segunda versão dos Yoga Sutras. A primeira versão,
publicada em 2006, se baseou na tradução e explicações dadas por
meu mestre espiritual. Agora, com tudo o que aprendi desde então,
sinto que é a hora de apresentar uma nova versão, compartilhando
minhas próprias vivências e aprendizados. Quero compartilhar espe-
cialmente aspectos-chave do meu trabalho que se provaram efetivos
no aprimoramento da qualidade de vida das pessoas.
Existem muitas coisas que podemos fazer para tornar nossa vida me-
lhor, e como isso envolve apenas você e sua mente, há igual oportuni-
dade para todos nós. Qualquer um pode aprender e, pouco a pouco,
aplicar o conhecimento e as técnicas para se fazer isso em sua própria
vida. Com menos esforço do que você esperaria, você pode obter muitos
resultados. Esta tradição do yoga aponta tanto a causa do nosso sofri-
mento como os meios para solucionarmos a questão.
O mundo está despertando para esse conhecimento. A ciência o está
estudando. Seus poderosos conceitos, capazes de mudar a vida de seus
praticantes, estão sendo introduzidos nos negócios, na educação, no go-
verno e em todas as esferas da vida privada. Espero que este livro ajude
você a descobrir e aplicar um pouco desse conhecimento notável.
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Introdução
O que é um sutra?
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Introdução
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que você descobre que você está vivendo em uma cápsula conectada a
um computador. Contudo, o fato indiscutível é que o estado de nossa
mente é o fator determinante da qualidade e dos frutos de nossa vida.
Eis a grande dádiva do yoga: nos ensinar que podemos controlar nos-
sa mente e que, fazendo isso, podemos atingir estados cada vez mais
altos de bem-aventurança e paz, independente da realidade externa.
Em O Caminho 3T, demonstrei como isso pode ser alcançado de
uma maneira fácil e sistemática:
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e, com base em sua visão, você pode experienciar o que cada um trará
para você em termos de sensações.
Pesquisas demonstram que nosso corpo reage em muitos níveis às
nossas escolhas. Você saliva ao receber a escolha de comer algo delicio-
so. Você sente seu estômago comprimir-se quando você pensa em algo
repugnante. Nossas escolhas não se baseiam em cálculos objetivos,
embora possamos pensar assim. Nossos processos para fazermos es-
colhas são viscerais e refletem reações fisiológicas, por vezes impercep-
tíveis para nossa consciência, mas registrados por nosso inconsciente,
assim influenciando o resultado.
Em O Caminho 3T, aponto que a raiz de todo o nosso sofrimento se
baseia no uso irrestrito dessa habilidade. Nós nos perdemos em um para-
digma de fantasia, constantemente repensando como nosso futuro deve
ser, a ponto de perdermos o presente, a vida acontecendo aqui e agora.
Esse foco em como a vida deveria ser, em vez de como ela é, gera desejos
ilimitados, resultando em infindável ansiedade, frustração e desânimo.
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Patanjali não tem entre seus objetivos apresentar uma elaborada te-
ologia em seus Yoga Sutras, deixando isso para textos como a Bhagavad-
-gita e o Srimad-Bhagavatam, mas ele enfatiza, sim, a meta final do
yoga e a técnica mais poderosa do yoga: bhakti, a devoção ao Senhor.
A perfeição do yoga é obtida por uma combinação de esforço pessoal e
graça divina. Se você não fizer nada, você não fará nenhum progresso
espiritual. Contudo, é contraditório falar de buscar a perfeição espi-
ritual sem Deus, dado que a perfeição espiritual é atingir o estado de
conexão (yoga) com Deus.
Aqui estão algumas razões pelas quais bhakti é tão importante:
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Visto que Deus está em nosso coração, Ele tem plena ciência de
todos os nossos pensamentos e desejos já manifestos, nesta vida e em
todas as outras, assim nos conhecendo melhor do que nós algum dia
poderíamos nos conhecer.
E dado que o Senhor tem inteligência infinita e poder de proces-
samento infinito, Ele pode compilar essa informação para chegar a
um infinito número de conclusões sobre a realidade, e pode predizer
o futuro.
Independente do alto nível de intuição ou onisciência que um yogi
talvez sonhe alcançar, jamais será algo comparável ao do Senhor. A
alma e Deus são bastante diferentes no tocante a isso.
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ações e suas palavras. Deixe o amor permear seus planos e sua visão de
mundo. Você já experimentou isto antes: quando você atua com amor,
você naturalmente se sente iluminado e livre de dor. O esforço por
manter esse elevado estado de consciência é o yoga em prática.
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De acordo com a filosofia indiana, sattva é a mais elevada das três vi-
brações, ou cordas, que formam a matéria como um todo. A partir dessas
três, surgem todas as outras formas de matéria e energia material.
Interessante apontar que sattva completamente puro equivale à
energia espiritual, a energia transcendental, a fonte de perfeita bem-a-
venturança para a alma.
Então, com o uso de qualquer objeto na matéria, o yogi pode usar
seu foco de imensa precisão para remover as camadas cada vez mais
sutis do objeto de realidade física, em direção a uma percepção cada
vez mais pura de sattva. É capaz de destilar a essência da realidade com
o poder da meditação e, com isso, experimentar níveis cada vez mais
elevados de pacífica bem-aventurança ligada a sattva.
Isso não é algo tão distante de nós. Você provavelmente já experi-
mentou um gosto dessa paz bem-aventurada mesmo com uma prática
de meditação ou mindfulness no nível iniciante. Mesmo sem ter ciên-
cia da complexidade envolvida, imagino que todos experimentam a
felicidade de um momento em paz, de uma mente serena. Os yogis,
aqui descritos, estão fazendo algo similar, porém em uma escala muito
maior. Eles experimentam bem-aventurança por horas a fio, em vez
dos nossos poucos instantes.
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causam dor são completamente virtuais. Essa dor existe apenas porque
nos programamos para senti-las e, então, permitimos que nossa mente
habite nelas. Conforme progredimos em yoga, aprendemos a processar
a vida de maneiras cada vez mais inteligentes e menos dolorosas.
Poucas pessoas entendem que espiritualidade significa ter uma vida
melhor bem aqui e agora mesmo. Tendemos a associar onde vivemos,
nosso status material, nossas carreiras e as coisas que temos à qualidade
de nossa vida. Pensamos, portanto, que, para ter uma vida melhor, é
necessário mudar todas essas coisas, e que termos uma vida espiritual
implica não ter uma carreira, família ou posses. Mas não é nada disso.
Nós temos principalmente que mudar nossa mente, porque é ali que
estão os problemas.
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Prepare-se para a morte hoje, porque hoje pode ser o seu último
dia. Tenha segurança em relação à sua identidade espiritual e seu des-
tino no pós-morte.
Também recomendo que não mantenha em ordem apenas suas
questões, mas também, e especialmente, seus relacionamentos. Deixe
todos no seu círculo íntimo saberem que você os ama e resolva quais-
quer desentendimentos o mais cedo possível. Pergunte a si mesmo:
“E se eu tivesse que partir agora?” Algum arrependimento? Algo pelo
que você imploraria por mais um dia, semana ou mês para resolver?
Então, faça agora.
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Deste modo, você pode ter uma ótima vida agora e se libertar
quando sua hora chegar.
Um peixe fora d’água jamais pode ser feliz. E neste exato momen-
to, somos peixes fora d’água. Somos indivíduos eternos e brilhantes
presos na cilada de um mundo feito de matéria sem vida. Estamos
sob o controle estrito das leis da natureza, atados pelo tempo. Do nas-
cimento à morte, sofremos dores de incontáveis formas. Impressões
passadas permanecem em nossa mente, distorcendo nossa conduta e
nos proporcionando ainda mais sofrimento. E, como se tudo isso não
bastasse, nossa mente está sempre agitada, flutuando sem parar, não
nos dando um minuto de paz.
Buscar pela iluminação é a única medida inteligente. E a boa no-
tícia é que, no caminho da iluminação, vem a redução de todos os
problemas supracitados e um aumento da paz e da felicidade. A vida
fica melhor a cada passo na escada do yoga.
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teístas, Deus criou este mundo para nós. Não nós humanos neste pla-
neta Terra, mas “nós” como todos os seres vivos em todas as espécies em
todos os cantos deste e de outros universos. A matéria não tem consci-
ência, em virtude do que ela não tem um propósito em si mesma.
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Note que os três últimos itens de niyama são os mesmos que defi-
nem o yoga em ação, do sutra 2.1, e você pode consultar esse sutra e a
explicação desses termos-chave ali registrada.
A única diferença é que, no sutra 2.1, a palavra tapa foi traduzi-
da mais livremente como “vida nobre”. Ela diz respeito à postura de
constantemente priorizar seu eu superior e ter por meta o progresso
espiritual, em vez do prazer imediato dos sentidos. A tradução mais
comum, porém desastrada, dessa palavra sânscrita é “austeridade”.
Para esse sutra, optei por traduzi-lo como “coragem”. Outras tradu-
ções possíveis seriam “força”, “determinação” e “caráter resoluto”. É
o poder de manter-se no seu caminho apesar das dificuldades. Signi-
fica ter sempre a recompensa em vista. A vida não é fácil, e tentar se
iluminar enquanto lida com ela é ainda mais difícil. A mente é forte
e impetuosa. Moldar sua mente pelo poder da prática e da pureza
exigirá muitíssima coragem, dado que se trata de um empenho árduo
e para a vida toda.
Os yamas e niyamas são os alicerces do yoga. Eles nos auxiliam em
direção a uma vida de moral superior, conduta zelosa, desapego, satis-
fação, limpeza e coragem transformadas em transcendentais pelos dois
componentes mais essenciais do yoga: estudo das escrituras (jnana) e
devoção a Deus (bhakti).
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Deus. Conforme você aprende sobre Deus, você pode praticar amar a
Deus, você pode praticar bhakti.
Alguém talvez se pergunte sobre o significado de “a Deidade escolhi-
da”. No Ocidente, Deus é Deus. Nenhuma opção é dada, pois as tra-
dições abraâmicas fornecem pouquíssima informação acerca de Deus.
Isso não acontece na tradição védica. Ali, consta todo um tesouro
de informação sobre a natureza de Deus, Sua morada e Suas diferen-
tes expansões.
Apresento uma explicação mais detalhada em O Caminho 3T.
Aqui, apenas compartilho a concepção básica.
A ideia é que Deus tem uma forma pessoal, conhecida como Bha-
gavan. Essa forma Bhagavan é Deus em Seu aspecto mais completo,
demonstrando energia divina, forma e personalidade. Visto que Deus
é infinito, Ele manifesta inumeráveis formas Bhagavan simultanea-
mente, cada uma com uma forma, um nome e uma morada específica,
bem como associados e características específicas. Nos textos sagrados,
você encontrará descrições dessas várias formas Bhagavan, nas ocasiões
em que descem como avataras, em diferentes momentos e lugares na
história do universo.
As formas Bhagavan mais conhecidas incluem Krishna, Narayana
e Rama, bem como Suas contrapartes femininas: Radha, Lakshmi e
Sita, respectivamente. As contrapartes femininas são completamente
Deus também, completamente Bhagavan, mas com formas, nomes e
características femininas.
A “Deidade escolhida”, então, é essa forma Bhagavan, ou, mais pre-
cisamente, o Casal Divino, que mais atrai o coração do yogi devotado.
Confuso? Bem, é por isso que o estudo dos textos sagrados é uma
parte essencial do yoga! Em O Caminho 3T, você aprenderá mais sobre
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rainha Kunti, a tia de Krishna e mãe dos Pandavas, você precisa estar
“materialmente exausto” para atingir a perfeição espiritual, kaivalya.
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Livre do karma, você vai para casa, para a morada transcendental, para
atuar para sempre em amor e felicidade sem fim.
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14. Por causa dessa essência, embora as coisas mudem, são reais.
Você verá a palavra “ilusão” ser utilizada com frequência neste e
em outros textos de yoga. Contudo, o yoga não afirma que a totalida-
de da matéria é ilusão. Tudo isto é real. O universo existe, sim, fora
de sua mente.
A ilusão que temos que evitar é identificarmos nossa natureza es-
piritual com a natureza material. Viveka, se lembra? Nossa jornada
espiritual consiste em nos desvencilharmos da matéria. Duas energias
divinas: matéria e consciência. Contudo, somos entidades conscien-
tes, almas. A matéria não tem consciência. Nós, sim. Simples assim.
Entenda a distinção, descontinue a identificação ilusória e você está
livre, mais uma vez em casa.
Krishna diz na Bhagavad-gita que os gunas são Sua “energia divina”.
Ele, então, explica que, como Ele é o senhor dos gunas, faríamos bem
em aceitar Sua ajuda para nos livrarmos deles. Faz sentido. E funciona.
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Por causa disso, ela pode ser percebida e, como tudo mais na natureza
material, está mudando constantemente.
A maneira melhor e mais simples de entender a mente é vê-la como
um espelho que reflete tudo que é voltado para ela, sejam objetos
mundanos, seja o verdadeiro você.
O processo de autorrealização é descrito pelo avatara medieval
Krishna Chaitanya Mahaprabhu como “limpar a poeira do espelho”.
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Mas uma vez que a perfeição tenha sido alcançada, todas as per-
guntas estarão respondidas. O que um dia pareceu muito complicado
se torna simples. Todas as suas dúvidas se vão quando você experimen-
ta a realidade espiritual. Você terá direta percepção da transcendência
neste caminho.
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Eis o grand finale dos Yoga Sutras – um lindo sutra definindo a per-
feita liberdade e liberação no yoga.
A existência material tem dois propósitos. Por incontáveis eras, ser-
ve a alma proporcionando-lhe uma existência ilusória após a outra,
de acordo com os desejos e méritos da alma desorientada. Então, ao
fim da jornada da alma através do reino da existência material, esses
mesmos gunas a ajudam a alcançar a liberdade.
É importante se lembrar deste trecho do sutra: “A alma vê que
não há valor algum na existência material.” Repita isso para si mes-
mo sempre que seus desejos mundanos estiverem ganhando de você.
Shunya-artha = “zero valor”.
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Melhor ainda, liberação significa que você passa a ser você de novo.
Completamente você. Você redescobre sua pura identidade espiritual
como uma pessoa de amor interminável na companhia de almas in-
finitamente belas e face a face com o Senhor Supremamente Amável.
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Conclusão
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Mas, tendo dito isto, espero que você tenha notado o valioso reser-
vatório de insights que você pode ter neste livro. Tentei evidenciar as
coisas boas, e sei que você pode se beneficiar com isso.
Também espero que você não pare por aqui. Se esta é a sua primei-
ra vez no reino da sabedoria do yoga, há muito mais para você. Ainda
melhor do que os Yoga Sutras é a Bhagavad-gita. A Gita é muito mais
popular do que os Yoga Sutras e tem muitas vantagens:
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Conclusão
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Sobre o autor
Giridhari Das, ou apenas Giri, é um palestrante, autor e instru-
tor no campo da autoajuda, autorrealização em yoga e consciência de
Krishna. Pratica bhakti-yoga, o yoga da devoção, e trabalha com au-
torreforma há mais de 20 anos. Sua missão é apresentar o Caminho
3T, um processo transformador para enfrentarmos e transcendermos
os desafios da vida no século 21, com base no conhecimento do yoga,
fundamentado tanto nos antigos textos sânscritos como nas pesquisas
mais recentes nos campos da psicologia positiva e neurociência. O Ca-
minho 3T pode ser facilmente compreendido e aplicado como um meio
para o autoaprimoramento e a autorrealização no mundo de hoje.
Giri nasceu em Praga, em 1969, como Gustavo Dauster, filho de
um diplomata brasileiro. Poucos anos depois, ele e sua família retor-
naram para o Brasil, onde permaneceu até os 9 anos. Então, mudou-se
para Londres, onde viveu pelos próximos 8 anos e estudou na Ame-
rican High School. Mais tarde, passou um ano nos Estados Unidos,
na Brown University, e, após se mudar em definitivo para o Brasil,
completou sua graduação em Economia.
Sua carreira estava apenas começando quando foi introduzido ao
caminho do bhakti-yoga por um contato de negócios. Ele lhe falou
sobre a consciência de Krishna, e sua esposa lhe deu uma cópia do
Bhagavad-gita Como Ele É. Giri se impressionou com o conhecimento
encontrado ali e logo se comprometeu seriamente com o estudo e
prática diária do processo.
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