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Cada pessoa tem sua estrutura emocional peculiar, mesmo pessoas da mesma
família diferem no aspecto das resistências diante de eventos traumáticos.
Cada pessoa é um ser único. Deus faz um por vez e acompanha seu
desenvolvimento individual: “Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no
ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão
maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe
muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito,
e entretecido nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda
informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em
continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia” (Sl 139.13-
16).
Este texto não revela que Deus fez uns mais fortes e outros mais fracos, mas
sim que fez um de cada vez, portanto, somos diferentes, mesmo sendo de uma
mesma família.
Assim, por sermos diferentes, uma mesma situação traumática pode afetar
profundamente um membro da família enquanto outro membro da mesma
família pode não sentir qualquer abalo em suas emoções.
Há situações em que um membro da família enfrenta algum desconforto
emocional causado por um trauma e, pelo fato de outros integrantes da mesma
família não demonstrarem qualquer abalo pela mesma situação, aquele que
sente o problema termina por não receber o devido cuidado dos demais, e às
vezes recebe até algum tipo de hostilidade. Isso, além de agravar a situação
daquela pessoa, pode ainda instalar um estado de conflito entre membros da
família.
Não iremos entrar no mérito das razões pelas quais, numa mesma família, uns
são mais e outros menos afetados pelo mesmo trauma. É suficiente para nós
sabermos que numa família as pessoas têm estruturas emocionais diferentes
umas das outras. Dentre as causas mais comuns, apenas para clarear um
pouco o assunto, podemos citar: origem diferente das famílias dos pais; época
e circunstâncias em que uma criança foi concebida, passando pelo histórico de
sua gestação; se é do sexo feminino ou masculino; se é primeiro filho ou
caçula, ou ainda um filho intermediário; e outros fatores externos que se
diferenciam em tempo e circunstâncias.
Todo trauma, seja físico ou emocional, pode ser administrado de forma a ser
usado como fator de motivação para transformação da pessoa afetada. Para
isso, tal pessoa precisa ser acolhida, compreendida e incentivada a fazer as
mudanças necessárias. Mas, infelizmente, muitas famílias aprofundam as
raízes dos traumas, aumentando drasticamente seus efeitos na pessoa afetada
e trazendo ainda mais sofrimento a todos no lar.
A ajuda certa!
Concluindo...
Uma criança, quando está aprendendo a andar, é uma boa ilustração para o
tema de hoje. Ela se entorta toda, tropeça, cai, chora, quebra coisas pela
frente, mas seus pais, ao invés de repreendê-la, ficam extremamente
satisfeitos e orgulhosos. É assim que Deus fica quando nos esforçamos para
vencer nossos traumas. É assim que os demais integrantes da família devem
ficar: pacientemente ao lado de quem precisa de ajuda. Os familiares precisam
entender e se colocar ao lado de quem luta com algum tipo de trauma na
família. Não se afastar, não criticar, mas apoiar com fé e paciência até que o
outro supere o trauma.
De nada adianta querer tratar um membro da família com traumas emocionais
sem se posicionar ao seu lado com empatia. A empatia é indispensável nestes
casos. Na psicanálise, a empatia é definida como o estado de espírito no qual
uma pessoa se identifica com outra, presumindo sentir o que esta está
sentindo. A ajuda a um membro da família que passa por um trauma não é
enviá-lo ao tratamento, mas ir junto.
É de fundamental importância saber que o tratamento do trauma requer
acolhimento e tratamento amoroso à pessoa afetada.
Muitas vezes o processo é demorado, requer paciência e apoio, mas tal
esforço sempre vale a pena, pois a família é nosso maior bem. Ver a vitória de
nossos familiares compensa qualquer esforço que se tenha que fazer para
isso.
Leituras Diárias:
segunda-feira Salmo 40.1-3
terça-feira Salmo 139.13-16
quarta-feira Efésios 6.4
quinta-feira Jeremias 31.13
sexta-feira Josué 1.9
sábado Isaías 41.6
domingo Filipenses 4.8