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CONHECER O MESSIAS
É MAIS QUE SER RELIGIOSO

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– MATEUS 22 41 46 –
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ÍNDICE

I. JESUS PROVA QUE CONHECER O MESSIAS É MAIS DO QUE SER RELIGIOSO ...................... 3

II. SABER QUEM É O CRISTO É FUNDAMENTAL PARA RECONHECÊ-LO COMO SENHOR ........ 5

III. SABER A ORIGEM DE CRISTO É O PRIMEIRO PASSO PARA SABER O QUE FAZER DIANTE
DELE ...................................................................................................................................... 7

IV. NÃO SABER QUE JESUS É O CRISTO DE DEUS, O SENHOR E SALVADOR, É NÃO SABER
NADA .................................................................................................................................... 9

V. AFASTAR-SE DE JESUS NÃO SOLUCIONA O PROBLEMA DO PECADOR QUE CONTINUA


SEM SALVADOR ................................................................................................................... 11
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I. JESUS PROVA QUE CONHECER O MESSIAS É
MAIS DO QUE SER RELIGIOSO

41 Reunidos os fariseus, interrogou-os Jesus:


42 Que pensais vós do Cristo? De quem é filho? Responderam-lhe eles: De Davi.
43 Replicou-lhes Jesus: Como, pois, Davi, pelo Espírito, chama-lhe Senhor, dizendo:
44 Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os
teus inimigos debaixo dos teus pés?
45 Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é ele seu filho?
46 E ninguém lhe podia responder palavra, nem ousou alguém, a partir daquele dia,
fazer-lhe perguntas.
Mt 22.41-46

Em seus últimos dias antes da crucificação, e talvez menos de 24


horas antes de ser traído Jesus tem que lidar com os líderes religiosos
judeus, herodianos e saduceus, e, finalmente, com os fariseus. Os
fariseus eram o grupo religioso mais zeloso de suas crenças e tradições,
mas ao mesmo tempo homens de corações endurecidos.

Podemos dizer que eles fariam parte do tipo de pessoa que até ama
a igreja, briga ferrenhamente por sua hierarquia e organização
eclesiástica, conhece muito bem a doutrina, mas não tem Deus em suas
vidas. Deus é um conceito teológico, uma definição – mas não uma
pessoa com quem podem ter um relacionamento de amor e comunhão.

Após suportar por dias os testes teológicos e até políticos dos


herodianos, saduceus e fariseus, o Senhor inverte os papéis e resolve
prová-los em seu próprio campo de batalha, segundo suas próprias
regras. Eles esteavam no templo, que consideravam sua casa. Jesus joga
com seus regulamentos, o das perguntinhas teológicas.

Para que você entenda a pergunta de Jesus e sua absurda


simplicidade lembre-se que uma das principais características do povo
hebreu era a ‘esperança messiânica’ baseada nas promessas feitas por
Deus de que um dia eles receberiam o ‘redentor ungido’.
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Ao longo dos séculos os pensadores judeus desenvolveram várias
interpretações sobre quem ou como seria o messias: para uns, um rei
guerreiro muito mais poderoso que Davi, para outros um sumo
sacerdote incrivelmente sábio, para outros um homem que juntaria as
duas coisas com poderes extraordinários. O que eles pensavam a
respeito do messias? Qualquer resposta que os fariseus oferecessem
causaria polêmica no meio do povo e divisões entre eles.

Antes de tentarmos entender mais profundamente o texto bíblico


já nos deparamos com uma questão fundamental e definidora: você é
uma pessoa religiosa ou conhece realmente a Jesus Cristo, o messias de
Deus? Quem é Jesus para você?
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II. SABER QUEM É O CRISTO É FUNDAMENTAL PARA
RECONHECÊ-LO COMO SENHOR

Quem é Cristo para você? O que você pensa a respeito de Jesus?


Não tenho a menor dúvida de que esta pergunta é a mais importante de
sua vida pois ela define a maneira, o lugar e com quem você vai passar
a eternidade. Quem é Jesus para você? Algum tempo antes Jesus fez esta
mesma pergunta aos seus discípulos e eles até tentaram escapar com
respostas prontas, mas sem espiritualidade. Lembre-se que Jesus
chama os fariseus de hipócritas e hipocrisia é, entre outras coisas, ter
respostas decoradas para quaisquer perguntas sem acreditar nelas.

Algum tempo antes Jesus fez esta mesma pergunta aos seus
discípulos e eles até tentaram escapar com respostas prontas e
genéricas, mas sem comprometimento e espiritualidade: ‘uns dizem
João Batista, outros algum dos profetas’.

Mas Cristo não veio para ser um conceito. Ele veio para relacionar-
se com aqueles que o Pai lhe deu e por quem ele daria a própria vida.
E então Pedro responde: tu és o Cristo, o filho do Deus vivo. Da resposta
de Pedro chegamos a algumas conclusões muito importantes:

i. O messias estava bem em frente dos fariseus que tinham a


esperança messiânica e eles não conseguiam reconhecê-lo
apesar de toda a sua teologia;
ii. Mesmo diante de tantos sinais feitos por Jesus e seu ensino
inigualável eles não conseguiam perceber as manifestações
do Emmanuel, o Deus conosco;
iii. Eles eram incapazes de reconhecer o messias mesmo em sua
presença porque este entendimento só é possível por
revelação especial do Espírito de Deus.
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A pergunta de Jesus não foi dirigida a pagãos. Não foi entre gentios,
nem em um campo missionário distante – Jesus fez esta pergunta aos
doutores da lei, homens que não faziam outra coisa além de estudar e
ensinar teologia. Você precisa de muito mais que religiosidade e zelo
para ter acesso ao reino de Deus; você precisa de muito mais que
conhecimento teológico, histórico e filosófico sobre religião e sobre
Jesus para obter a vida eterna.

Você precisa reconhecer que o messias já veio, seu nome é Jesus


e tornar-se um discípulo dele. Jesus não é apenas um personagem
teológico ou histórico – ele vive, e você, ainda hoje, tem a possibilidade
de reconhece-lo como o Cristo, o Filho de Deus, e então, receber vida
porque crê em seu nome.
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III. SABER A ORIGEM DE CRISTO É O PRIMEIRO
PASSO PARA SABER O QUE FAZER DIANTE DELE

Existem coisas que parecem muito fáceis. Existem maneiras de ser


religioso que quase qualquer pessoa é capaz de desempenhar – para
isto basta seguir um certo script, dar certas respostas, evitar certas
coisas e voltar para casa satisfeito consigo mesmo. Mas será que isto é
suficiente? Será que Deus fica satisfeito com isso? O jovem rico que foi
ter com Jesus achava que era suficiente e logo descobriu que faltava
apenas o essencial.

Ele possuía todos os acessórios, menos o essencial a pergunta de


Jesus parece muito simples e os sabidos fariseus devem ter pensado: é
só isso? Ele só tem esta perguntinha para nos testar? De quem o Cristo
é filho? Só precisamos responder de quem o messias é filho? As
Escrituras falam abundantemente que o messias ‘era’ filho de Davi.

A resposta dos fariseus estava teologicamente correta. Eles


estavam prontos para tirar nota 10 e irem correndo mostrar pros
saduceus e herodianos, esfregando a nota na cara deles. Mas quais as
implicações disto? O próprio Davi diz que o messias era seu ‘senhor’,
como mais tarde, menos de dois meses, Pedro diria que Jesus foi
‘demonstrado’ Senhor e Cristo.

Nenhum fariseu negaria que Davi tinha sido inspirado por Deus
para escrever seus muitos salmos. Este papel caberia aos saduceus –
eles eram antisobrenaturalistas e só aceitavam o pentateuco. Jesus e os
fariseus concordavam na assistência do Espírito Santo para que Davi, o
‘pai’, chamasse o messias, ‘seu filho’, de Senhor. Como explicar esta
inversão cultural? Como, se ele era seu filho (ben - ou seu
descendente).
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Como é que o grande rei, o maior rei da história de Israel, como
ele poderia chamar alguém, um filho, um simples descendente, de
Senhor?

Isso somente seria possível se esta filiação segundo a carne não


fosse o principal aspecto da messianidade de Jesus – e era este o
problema dos religiosos. Este também é um problema que continua
presente até hoje. Para muitos religião é só costume, não faz sentido
algum se não conhecer verdadeiramente a Jesus como o Senhor e
Cristo.

Há um sentido muito especial de filiação que precisa ser lembrado


aqui: andar no mesmo caminho, ter o mesmo princípio, ter o mesmo
propósito. Compare o Sl 40.8 com Jo 4.34. Assim como Davi era o
homem segundo o coração de Deus, ou seja, guiado por Deus, Jesus era
conduzido pelo Espírito Santo.

E para você, entende agora que para ser discípulo de Jesus você
precisa se deixar guiar pelo Espírito e reconhecer, pela revelação de
Deus, que Jesus é o Cristo, o filho do Deus vivo, e assim ter vida eterna
(Jo 20.31).
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IV. NÃO SABER QUE JESUS É O CRISTO DE DEUS, O
SENHOR E SALVADOR, É NÃO SABER NADA

Vivemos em uma época na qual a maioria das pessoas tem acesso


a mais informação em um ano do que a maioria das pessoas tinha em
toda uma vida até o fim do século XVIII. Em seu próprio contexto os
fariseus tinham praticamente todo o conhecimento intelectual e
filosófico consegue suprir a falta de entendimento espiritual.

Sem a ação do Espírito Santo os fariseus foram incapazes de


reconhecer o messias. Sem a ação do Espírito Santo os fariseus
permaneceram incapazes de reconhecer o messias mesmo diante de
seus olhos. Sem entendimento espiritual eles estavam mortos em delitos
e pecados e continuaram mortos em seus delitos e pecados.

Desta maneira eles só descobririam quem é o Cristo quando não


houvesse mais nenhuma chance de arrependimento, quando já fosse
tarde demais para eles (Is 55.6). O propósito de Jesus não era o de
envergonhar os fariseus em seu próprio campo de disputa, vingando-
se publicamente deles depois de tantas provas a que fora submetido.

Mas isto não está de acordo com o caráter de Jesus. Ao fazer o que
fez, ao prová-los e mostrar sua ignorância espiritual Jesus deixa claro a
necessidade de conjugar conhecimento com relacionamento, zelo com
entendimento, religiosidade com fé.

Os fariseus e demais religiosos tinham muitas teorias sobre o


messias. Eles, como os demais judeus, eram unidos nacionalmente pela
língua, pela cidade de Jerusalém, pelas Escrituras (ou ao menos uma
parte delas) e principalmente pela esperança messiânica.

E finalmente esta esperança se faz presente, veio para os que eram


seus, estava entre os seus, mas os seus não o reconheceram, não o
receberam.
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Como você se posiciona em relação a Jesus é muito mais
importante e definitivo do que o que você sabe sobre sua igreja, sua
religião ou até mesmo sobre ele.

Você precisa reconhecer que Jesus é nada menos que o Senhor


Deus tudo e de todos simplesmente o seu Senhor para que seja também
o seu salvador. É assim que você o vê? Você o conhece e reconhece
como seu Senhor, único e absoluto?
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V. AFASTAR-SE DE JESUS NÃO SOLUCIONA O
PROBLEMA DO PECADOR QUE CONTINUA SEM
SALVADOR

Era a última semana antes da crucificação. Restavam poucas horas


antes de Judas traí-lo e Jesus sabia disso. Ele teve muitos embates com
os grupos religiosos, ideológicos e políticos existentes em Jerusalém
até que mostrou-lhes sua ignorância na questão mais fundamental de
toda a religião judaica: eles não sabiam realmente quem era o messias.
Isto pôs um ponto final nos testes.

Mateus registra que: ninguém lhe podia (dunamij – ninguém tinha


capacidade, poder, aptidão ou competência) responder (apokrinomai –
redarguir com sabedoria ou juízo) palavra alguma. No meio da multidão
houve um instante de silêncio sepulcral. Imagine os explosivos judeus
em silencio. Em segundo lugar, ninguém ousava enfrentá-lo: tolmaw
quer dizer que ninguém teve a audácia, ninguém superou o medo de
enfrentá-lo com novos questionamentos a partir de então.

O tempo do confronto teológico havia acabado. Toda língua que


ousasse se levantar desafiadoramente agora estava calada. A sabedoria
não precisava se exibir ou clamar nas praças. Enquanto os religiosos
enfrentavam Jesus a multidão não recebia o que mais precisava – o
sábio ensino do Senhor. A tolice se calou e a verdade passou a ser
proclamada livremente para todas as multidões que quisessem ouvi-lo.

Pessoas religiosas, de um modo geral, não querem mesmo saber


sobre o que Jesus tem a ensinar. Querem ser religiosos apenas. Querem
os benefícios que a religião traz, querem as recompensas sociais e
emocionais de uma vida religiosa, mas isto não é a mesma coisa que
amar a Jesus. Religiosos simplesmente não precisam e não querem
ouvir a voz de Jesus.
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Mas você, se não quer ser um mero religioso, precisa ouvir a sua
voz chamando mansa e suavemente. Você não precisa fazer como os
fariseus e ficar questionando Jesus, colocando-o a prova para saber se
ele sabe.

Tudo o que você precisa fazer neste exato momento é perguntar,


humildemente: ‘Senhor, o que o Senhor quer de mim? Como eu posso,
com minha dificuldade de entendimento, compreender e praticar sua
Palavra?’ Peça humildemente: ‘Senhor, me dê a iluminação do seu
Espírito Santo, como o Senhor fez com Pedro, com Lídia e com tantos
outros’.

Talvez você se pergunte: É só? Só isso? É tão simples assim? Sim, é


tudo o que você pode fazer sobre este assunto. E ele mesmo promete
que o resto ele fará. Nisto você pode provar a Deus sem cometer pecado
algum. Ele é o autor do desafio: provai-me, e saiba que eu sou bom (Sl
34.8 Oh! Provai e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o homem que nele se
refugia).

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