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GRAÇA SUPERABUNDANTE NA LEI DIVINA

DEIXANDO O ESPÍRITO DESTE TEMPO PARA ENTENDER O ESPÍRITO DE TODOS OS TEMPOS.

ÍNDICE

I. O HOMEM JÁ NÃO AVANÇOU O SUFICIENTE PARA NÃO PRECISAR DE LEIS? ..... 4

A LEI É LIMITADORA? .................................................................................................... 6


LIMITAR OU PROTEGER?.............................................................................................. 8
ESCRAVIZAR OU DIRIGIR? ......................................................................................... 10
PARA QUE SERVE A LEI .............................................................................................. 12

II. A MOTIVAÇÃO DE DEUS PARA DAR A LEI ................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

III. O PREFÁCIO DA LEI....................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

IV. MANDAMENTO I: ............................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

V. MANDAMENTO II: ............................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

VI. MANDAMENTO III:.......................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

VII. MANDAMENTO IV: ........................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

VIII. MANDAMENTO V:......................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

IX. MANDAMENTO VI: ......................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

X. MANDAMENTO VII: ......................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.


XI. MANDAMENTO VIII: ....................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

XII. MANDAMENTO IX: ......................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

XIII. MANDAMENTO X: ......................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.


I. O HOMEM JÁ NÃO AVANÇOU O SUFICIENTE PARA
NÃO PRECISAR DE LEIS?

Ex 20:1 Então, falou Deus todas estas palavras: 2 Eu sou o SENHOR, teu Deus,
que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.

O que é a lei? Para que a lei serve em nosso tempo, em nossa cul-
tura que não se agrada de admitir a existência de absolutos, de regras
que sirvam para todos – e a lei, em tese, é algo que serve para todos?

Talvez já estejamos tão acostumados com o Espírito de nosso tempo


(Zeitgeist)1 que não percebemos como nos posicionamos diante das coi-
sas nem pensamos em nossas motivações, no porquê (junto e acentuado)
fazemos o que fazemos.

E este tipo de posicionamento tem a ver com quaisquer regras.


Vive-se sempre questionando: até onde se pode ir sem quebrar a lei?
Qual o limite aceitável da transgressão? Qual parte do corpo está além
da linha do impedimento? Quantos centímetros podem ser tolerados?
Talvez você esteja bastante acostumado com a ideia de lei como limi-
tadora de sua liberdade, dizendo o que você pode ou não fazer, te
obrigando ou te proibido. Mas você é crente, e te disseram que você
não vive mais no tempo da lei, mas da graça. E agora, mentiram para
você ou não entenderam ainda o Espírito de todos os tempos?

Qualquer pessoa há de concordar que a lei limita, tira sua liber-


dade, te faz parar onde você quer seguir adiante, te faz diminuir onde
você deseja acelerar, te faz andar quando você quer apenas perma-
necer em repouso. Para obter um pouco mais de margem de manobra
tem uns mais espertinhos que dão um jeito de reinterpretar e aplicar a

1 Zeitgeist é um termo alemão, introduzido inicialmente pelo escritor Johann Gottfried von Her-
der.
lei de uma maneira um pouco diferente – e sempre vai ter quem queira
ir um centímetro, ou um metro, ou um quilometro a mais.

Isto tem acontecido com a constituição brasileira, com o código


civil, penal e tributário. Mas também acontece com uma lei muito mais
importante – sim, há uma lei muito mais importante do que todas estas
leis juntas, a lei do Senhor. Que lei é essa? Como devemos olhar para
ela? Por que ela foi dada aos homens? Como o homem, acostumado
a esticar a corda, deve interpretar e aplicar esta lei (Dt 17:11 Segundo o man-
dado da lei que te ensinarem e de acordo com o juízo que te disserem, farás; da sentença
que te anunciarem não te desviarás, nem para a direita nem para a esquerda)? Limite,
proteção, exigências ou graça? Vamos nos deter um pouco deliciar
com esta maravilhosa dádiva de Deus.
A LEI É LIMITADORA? E ISSO É RUIM?

Normalmente ninguém gosta de limites, ninguém gosta de ter a sua


liberdade impedida de atingir toda a sua pretensa plenitude. Desde
muito pequenos nos irritamos quando ouvimos um ‘não’ que frustra nos-
sos anseios por autorrealização e liberdade. Basta citar duas frases de
uma pretensa profetisa da liberdade feminina, Simone de Beauvoir. Ela
diz que O homem é livre; mas ele encontra a lei na sua própria liberdade. Talvez você
concorde com isso.

Nada é menos bíblico, nada é menos cristão, nada é mais zeistgeist


do que isso – e quando o cristão concorda com isso ele já desobedeceu
Rm 12.2 (Rm 12:2 E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela reno-
vação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus).

Crianças querem sempre 5 minutinhos a mais na sala antes de ir


dormir, ou de deixar o parquinho, ou até mesmo o contrário, nos irrita-
mos por ter que esperar o relógio marcar a hora do fim da aula ou do
expediente no fim do último dia de uma extenuante semana de traba-
lho. Mas precisamos responder à seguinte pergunta: a lei, qualquer tipo
de lei, humana, familiar, estatal ou espiritual, é uma imposição de limi-
tes? Como podemos lidar com a lei sem nos revoltarmos com ela?

O princípio bíblico é que a lei é boa. Sim a lei, especialmente a lei


do Senhor, é boa, é perfeita, é agradável e é fonte de alegria, prazer e
ânimo.

Pense em uma partida de futebol: ela tem regras para todos, algu-
mas regras diferentes para alguns, mas elas servem para mostrar os limi-
tes, para proteger os atletas de caneladas, cotoveladas e toda sorte de
agressões. Ir para cama mais cedo ajuda a evitar uma manhã sono-
lenta. Isto mostra que a lei realmente limita. Mas limites também podem
ser coisas muito boas. Um aviso limitando a velocidade em uma curva
evita um acidente. Limites na hora de dormir ajudam a ficar atentos
quando realmente precisamos estar acordados. A proibição de ultra-
passar em uma curva com certeza já evitou milhares de acidentes e
salvou milhares de vidas.

Quando Deus deu a lei ao seu povo ele estabeleceu limites, direci-
onamento, barreiras que não deveriam ser ultrapassadas. Ir além dos
limites estabelecidos por Deus não é apenas potencialmente perigoso –
na verdade é inevitavelmente trágico como aconteceu com Saul, Davi,
Salomão, Roboão e tantos outros.

Sim, a lei limita, e ir além do limite é pecado. A lei limita, mas limita
para o seu próprio bem, para que você não caia no abismo do pecado
e morra trágica e eternamente.
LIMITAR OU PROTEGER? PRA QUE SERVE A LEI?

Sem limites, sem barreiras religiosas, ideológicas, culturais ou até mo-


rais. Este é o sonho do homem do nosso tempo. Este é o sonho dourado
da Srª. Simone de Beauvoir: Ela insiste, dizendo, especialmente às mulhe-
res: Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria
substância. É o sonho do homem caído que quer se encontrar entre-
gando-se a toda sorte de práticas pecaminosas – e isto o domina, fa-
zendo do homem um escravo de suas próprias paixões.

Há muitos anos possuíamos um boi rebelde que nunca ficava nos


cercados – até que teve que ser sacrificado por causa do risco que re-
presentava para todos. Se ficasse nos currais teria sido melhor para ele
próprio, e teria vivido muitos anos.

A lei de Deus não é só limite, ela é proteção para aquele que tem
sua rebeldia limitada por ela. Ela é o guard rail na margem de uma curva,
é o muro de pedra que cerca o aprisco e abriga as ovelhas, mantendo-
as longe dos ladroes e animais ferozes que querem roubá-las e matá-las.

A lei de Deus é um muro seguro que mantem o salteador e o des-


truidor fora da cidade e permite ao cidadão do reino viver em segu-
rança sua vida honesta e digna. A lei de Deus é como os muros e as
grades que você coloca em sua casa que permitem que você brinque
com seus filhos e durma em tranquila segurança.

Você pode até não gostar de regras como eu não gosto de grades.
Pode detestar limites. Pode abominar mandamentos e proibições, mas...
mas você gosta de segurança. Você pode até ser um escalador de pa-
redões rochosos ou montanhas – mas a verdade é que você sempre vai
querer fazer isso com o máximo de segurança possível. Você quer segu-
rança profissional. Você quer segurança pessoal. É claro que você quer!
Você quer segurança familiar e emocional. O fato é que você quer se-
gurança.
E Deus lhe deu a segurança necessária para a vida e a eternidade,
e fez isso já ao dar a lei ao seu povo (Sl 20:1 O SENHOR te responda no dia da
tribulação; o nome do Deus de Jacó te eleve em segurança). Observar os limites,
apesar de nossa cultura rejeitá-los, é paz e segurança (Is 32:17 O efeito da
justiça será paz, e o fruto da justiça, repouso e segurança, para sempre). Deus deu a
sua lei e a cumpriu integralmente por nós através de Cristo Jesus, para
que todos aqueles que ouçam a voz do bom pastor se recolham em
seus limites e gozem de sua proteção e provisão.

Guarde bem isso: a lei te limita, mas limita para você não se auto-
destruir (Pv 19:16 O que guarda o mandamento guarda a sua alma; mas o que despreza
os seus caminhos, esse morre).
ESCRAVIZAR OU DIRIGIR? NINGUÉM GOSTA DE ESTAR PERDIDO

Leis e regras servem, obviamente, para impor limites – e mesmo que


você não goste isto pode ser uma coisa muito boa. Leis também poder
ser muito úteis para oferecer proteção e abrigo. Mas há um terceiro as-
pecto da lei que raras vezes é lembrado, especialmente por quem não
gosta delas: elas oferecem direção. O salmista diz que ela o ajuda a
andar mesmo quando tudo está escuro (Sl 119:105 Lâmpada para os meus pés
é a tua palavra e, luz para os meus caminhos): ela mostra com clareza o caminho
por onde o homem deve andar.

As leis são uteis para dizer o que se deve fazer, como, por exemplo,
as leis de trânsito que indicam ao motorista a direção certa, se é mão
ou contramão em uma estrada, elas dizem se podemos virar à direita
ou à esquerda. Esta é uma função preciosa da lei: indicar a direção.

O apóstolo Paulo diz-nos que a lei de Deus apontou, como um pro-


fessor, mostrando a direção para o salvador, para Cristo (Gl 3:24 De maneira
que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados
por fé). Quando o Senhor deu a sua lei ao povo através de Moisés ele
estava registrando em pedra o que antes estava – e continua – gra-
vando no coração dos homens, crentes ou não, obedientes ou não,
porque mesmo os ímpios agem tendo a lei de Deus como referência.
Simone de Beauvoir quer que todos se libertem das leis que existem em
seus corações, e isto tem dado origem aos mais absurdos posicionamen-
tos, às mais absurdas loucuras (Rm 1:21 …porquanto, tendo conhecimento de Deus,
não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus
próprios raciocínios, obscurecendo-se lhes o coração insensato. 22 Inculcando-se por sá-
bios, tornaram-se loucos).

O que os homens fazem em sua loucura e desobediência é afron-


toso, e por isso estão todos perdidos, sem direção. Mas não há dúvidas
de que se há algo que gostamos de saber é para onde estamos indo.
Uma prova bem simples disso é que quem não usa maps usa waze, mas
todos somos direcionados por instruções que vem de fora de nós. Você
pode até discordar, mas você precisa ser direcionado. E Deus sabe
disso. Ele sabe que você está perdido, está sem direção, desorientado,
e por isso ele dá a lei que lhe diz quando andar, quando parar, quando
virar e até quando avançar quando tudo parece lhe dizer para parar –
ele lhe diz até onde e como descansar. Você precisa de orientação e
por isso Deus lhe dá a sua lei.

Não quero que você se esqueça: a lei que Deus deu serve como
um mapa para lhe dizer onde há águas tranquilas (segurança), pasto
verdejante (suficiência) e, é claro, redenção de sua própria inclinação
do coração.
AS DIVERSAS UTILIDADES DA LEI

Você sabia que ninguém consegue viver sem lei? Eu até poderia
argumentar com você falando da lei da termodinâmica ou da gravi-
dade e lhe dizer que mesmo que você não goste sua mão vai queimar
no fogo e você vai bater no chão se pular de um prédio – e nenhuma
das duas situações traria resultados agradáveis. Mas eu quero falar da
lei mesmo, daquela que o ladrão, o assassino, o corrupto, o maledicente
e tantos outros criminosos fazem questão de desobedecer.

Se você fizer um pequeno exercício de observação verá que até


mesmo numa quadrilha há regras, há leis – e certamente bem mais rígi-
das do que as dos nossos legisladores, sendo também mais rigidamente
aplicadas do que pelos nossos tribunais. As maiores organizações crimi-
nosas do mundo, como a máfia japonesa yakuza ou a italiana observam
regras claras, com recompensas, métodos de promoção e, é claro, pu-
nições. Nestes lugares não se torce a lei, não se vende sentença nem se
posterga a aplicação da pena. As maiores organizações de narcotrafi-
cantes e quaisquer outras formas de organizações criminosas, como as
político-empresariais também tem regras e até tabela de pagamentos,
porcentagens, etc.. todos, todos possuem leis.

Do lado positivo famílias também possuem suas próprias leis. As leis


que nem sempre são escritas servem para mostrar direitos e deveres,
produzindo direção e segurança. Mas só a lei de Deus proporcionará
salvação eterna. Você encontra leis familiares – e elas podem mudar e
até falhar. Você conhece leis de sua comunidade que mudam de tem-
pos em tempos porque não são perfeitas, elas são humanas, são insufi-
cientes e falhas.

Quando Deus nos deu a sua lei, como limite, proteção e orientação
foi para que sejamos seu povo peculiar, para que sejamos diferentes dos
demais povos (Dt 4:5 Eis que vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou
o SENHOR, meu Deus, para que assim façais no meio da terra que passais a possuir. 6
Guardai-os, pois, e cumpri-os, porque isto será a vossa sabedoria e o vosso entendimento
perante os olhos dos povos que, ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certamente, este
grande povo é gente sábia e inteligente. 7 Pois que grande nação há que tenha deuses
tão chegados a si como o SENHOR, nosso Deus, todas as vezes que o invocamos? 8 E que
grande nação há que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que eu hoje
vos proponho?), que vivem segundo as inclinações de seus próprios cora-
ções, na vaidade de seus pensamentos, vivem distante de Deus e com
isso se tornam absolutamente condenáveis (Rm 1:22 Inculcando-se por sábios,
tornaram-se loucos 23 e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da ima-
gem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis. 24 Por isso, Deus
entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para
desonrarem o seu corpo entre si; 25 pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira,
adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente.
Amém!)

Só a lei de Deus é perene, eterna, perfeitamente eficiente para dar


ao homem orientações claras sobre o que não fazer, impondo limites,
mas também sobre o que fazer para estar seguro, oferecendo proteção
e diz para onde ele deve ir, dando direção e trazendo a correção que
ele precisa para não se perder (Sl 19:7 A lei do SENHOR é perfeita e restaura a
alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices).

Mas acima de tudo ela mostra que o rebelde, o pecador, precisa


da lei de Deus para não se perder. Até para o pecador a lei é um farol
para ele saber onde está indo em sua rebelião.

Mas você precisa entender em sua mente e coração que não há


salvação fora dos limites e da direção proporcionados pela lei de Deus,
que você não pode cumprir, mas aponta para aquele que a cumpriu
por você: ela aponta para Jesus Cristo, aquele que cumpriu toda a lei e
foi, por isso, feito nossa justiça.

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