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As Sete Leis de Noé

No alvorecer da história humana, Deus deu ao homem sete leis para seguir a fim de que Seu
mundo fosse sustentado. Chegará um tempo em que todos estarão preparados para regressar
a este caminho. Será então o início de um novo mundo, um mundo de sabedoria e paz.

No âmago deste código moral universal está o reconhecimento de que a moralidade – na


verdade, a própria civilização – deve ser baseada na crença em D’us. A menos que reconheçamos
um Poder Mais Alto perante quem somos responsáveis, e que observa e conhece as nossas
ações, não transcenderemos o egoísmo de nosso caráter e a subjetividade de nosso intelecto.
Se o próprio homem é o árbitro do certo e errado, então o “certo” para ele será aquilo que
deseja, independentemente das consequências para os outros habitantes da terra.

O que é mais bonito sobre estas leis é abrangência que elas proporcionam. Ressoam igualmente
numa cabana na África ou num palácio na Índia, numa escola em Moscou ou numa casa
suburbana nos Estados Unidos. São como as orientações de um mestre de música ou de arte;
firmes, confiáveis e abrangentes – mas apenas uma base, e sobre esta base cada povo e toda
pessoa pode elaborar.

“As Sete Leis” são uma herança sagrada de todos, um código que toda pessoa na face da terra
pode usar como base para sua vida espiritual, moral e pragmática. Se pessoas suficientes
começassem a incorporar estas leis em suas vidas, veríamos um mundo diferente em muito
pouco tempo. Mais cedo do que podemos imaginar.

1. Não praticar idolatria

O termo idolatria não quer dizer apenas adorar ídolos. Isso era um costume pagão antigo que
não faz nenhum sentido hoje. Não praticar idolatria significa manter a fé e a confiança absolutas
em Deus e na Divina providência. Quando a humanidade adotar essa crença de modo
verdadeiro, todo o comportamento ético será diferenciado e positivo.

2. Não blasfemar contra Deus

É muito comum que uma pessoa ao passar por dificuldades em primeiro lugar jogue a culpa em
Deus. Na verdade, tudo o que ocorre vem de Deus, mas Ele é o exemplo máximo de bondade e
saberá que com um pouco de treino podemos enxergar como as coisas vêm para o bem e que o
Criador deve ser agradecido por Sua benevolência.

3. Não cometer homicídio

4. Não roubar

5. Não cometer adultério e não manter relações incestuosas

Quando a pessoa tem uma fé inabalável, entende que existe um Dono para esse planeta, e que
seus atos são levados pelo Criador. Dessa forma, não se deixa dominar pelo próprio ego, não se
dá ao direito de agir contra a vida do próximo, nem contra seu patrimônio. Conhece ainda seus
limites e sabe que não tem o direito de entrar no limite alheio.

6. Estabelecer tribunais
Quando existe uma divergência entre duas partes, não se tem o direito de agir por conta própria,
nem privilegiar um dos lados no julgamento. Como existe uma forte tendência do ser humano
de agir por amor próprio, escondendo seus próprios erros, às vezes é muito difícil identificar
quem tem razão. Por isso, para a convivência harmoniosa entre as pessoas, são necessários
tribunais justos e honestos. Órgãos neutros, dirigidos por pessoas idôneas que tem o poder de
trazer a paz entre os homens, garantindo uma existência saudável.

7. Não molestar os animais ingerindo um órgão retirado em vida

Deus criou o mundo dividido em quatro níveis: a) Os seres inanimados, como minerais, água e
rochas; b) os vegetais; c) os animais e d) os seres humanos. Esses níveis equivalem ao
Tetragrama; ou seja, ao nome Divino de quatro letras. O objetivo de cada um desses grupos é
de se elevar aos níveis superiores. Isso ocorre, por exemplo, quando a água é usada para regar
uma planta, ou para saciar a sede de um animal, ou ser humano. E, ainda, quando uma planta
serve de alimento. Esse é o motivo que ao homem é dado o direito de se alimentar, ou usufruir
de um animal.

No entanto, em nenhum momento foi dado ao homem o direito de torturar um animal, nem o
fazer sofrer. Portanto, ao extrair a carne ou órgão de qualquer animal para ingeri-lo, deve-se ter
certeza absoluta de que ele não sofra, devendo fazê-lo somente após sua completa
morte. Quem não se importa com o sofrimento de um animal, desrespeitando a obra da criação,
não terá também respeito aos seres humanos que o cercam.

A Bíblia nos conta que certa vez Jesus levou três discípulos para um alto monte. Chegando lá,
ele foi transfigurado, sua face brilhou como o sol e suas roupas ficaram brancas como a luz.
Então apareceram Moisés e Elias, os quais ficaram conversando com Jesus. Após uma
interrupção do apóstolo Pedro, uma nuvem resplandecente os envolveu e ouviu-se uma voz
dizendo: Este é meu Filho querido, que me dá muita alegria. ESCUTEM O QUE ELE DIZ.

Esse evento é muito significativo. Note bem quem estava no encontro.

Moisés, que é conhecido como “O Legislador”, por meio de quem Deus nos entregou suas leis,
especialmente os Dez Mandamentos, mas segundo a tradição judaica, entregou também toda a
Torá, da qual são extraídos os 613 mandamentos positivos e negativos (faça e não faça). Então,
podemos considera-lo como o representante da Lei.

Elias, se não for o mais importante profeta, certamente é um dos mais. Apesar de cada profeta
ter sido importante em seu contexto histórico. Mesmo assim, a figura de Elias é vultosa e muito
representativa, tanto que não experimentou a morte, porque foi arrebatado por Deus. Podemos
considera-lo o representante dos Profetas.

E para o que apontam tanto a Antiga Aliança como o ministério profético? Apontam para a
redenção de toda a humanidade, por meio da chegada do Messias, que teria poder de
libertarmo-nos da escravidão espiritual do pecado (assim como Moisés foi usado para libertar
da escravidão física no Egito).

Deus, por meio do profeta Isaías disse acerca do Messias: “Em sua lei, até as mais longínquas e
diminutas ilhas depositarão sua esperança” (Isaías 42:4). E muito antes disso, ainda no livro de
Gênesis, foi profetizado a quem deveríamos nossa obediência: “… até que venha Siló, aquele a
quem o cetro pertence, e a Ele obedeçam todos os povos da terra”.

Portanto, temos profetas e o próprio Deus dizendo acerca de Jesus: ESCUTEM O QUE ELE DIZ!

Diante desse alerta, vejamos o que Ele disse (Mateus 22:37-40):

“Ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu
entendimento.”

Este é o grande e primeiro mandamento.

E o segundo, semelhante a este, é:

“Ame o seu próximo como você ama a si mesmo.”

Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.

Com essas palavras, podemos considerar que ele sujeitou tanto Moisés como Elias (os
representantes da Lei e da Profecia que citamos acima).

O leitor pode questionar que então bastaria ler esse trecho da Palavra de Deus e praticá-lo. A
resposta: sim! Contudo, na prática, não é tão simples. Por isso, o que Jesus mais fez quando
esteve conosco foi nos ensinar. Ensinou, ensinou, ensinou sobre várias questões. Um bom
apanhado de suas lições está no Sermão da Montanha!

Tal como as Sete Leis de Noé e os Dez Mandamentos, essas “Duas Leis Universais de Cristo”
(inventei esse nome) são de caráter principiológico, isto é, são abrangentes, conceitos abertos,
acerca dos quais derivam diversas obrigações. Por exemplo, ajudar o pobre é desdobramento
de amar o próximo como a si mesmo.

Portanto, o que precisamos é dedicar tempo para meditar em Sua palavra e nos esforçarmos
em praticá-la, pois a advertência já foi feita por Ele (Mateus 7:24-27):

“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem
prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram
os ventos e bateram com força contra aquela casa, e ela não desabou, porque tinha sido
construída sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as prática será
comparado a um homem insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva,
transbordaram os rios, sopraram os ventos e bateram com força contra aquela casa, e ela
desabou, sendo grande a sua ruína.”

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