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ITADMI
Instituto Teológico da Assembleia de Deus de Missões
Presidente: Pr. Tugval Gomes
Diretor: Pr. Assis Alcântara
itadmi@ieadmi.com.br
CURSO:
BÁSICO EM TEOLOGIA
DISCIPLINAS:
BIBLIOLOGÍA E SOTERIOLOGÍA
PROFESSOR: ______________________________________________________
ALUNO: ___________________________________________________________
_______________, ___/___/2022
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BIBLIOLOGÍA
INTRODUÇ Ã O
O conhecimento leigo da Bíblia Sagrada pressupõe uma leitura devocional e puramente
espiritual da Palavra de Deus. Essa leitura é importante na medida em que serve como ajuda e
suporte para o cristã o em momentos difíceis, bem como para aprofundamento de sua comunhã o
com o Senhor. Entretanto o estudante da Palavra de Deus deve prosseguir em outros níveis de
leitura e estudo da Bíblia, conhecendo e compreendendo os ambientes físico, cultural, histórico e
religioso nos quais o texto sagrado foi produzido.
A matéria “Bibliología”, ou Introduçã o Bíblica, é a disciplina que se preocupa com o estudo dos
ambientes em que a Bíblia foi produzida considerando sua história, sua estrutura forma de
escrita e etc. e prepara o estudante para o aprofundamento dos temas que aborda em matérias
especificas tais como o Antigo Testamento, e o Novo Testamento.
I. O QUE É A BÍBLIA?
A resposta canônica mais curta é: a bíblia é a revelaçã o de Deus ao homem. Se Deus nã o
tivesse se dado a conhecer, nós jamais o conheceríamos. Revelaçã o é, portanto, o processo
pelo qual Deus se mostra e se comunica ao Homem.
A possibilidade do estudo do Deus verdadeiro se deve ao fato dEle ter permitido que os homens
o conheçam. Esta possibilidade do conhecimento, do caráter, vontade, desígnios e verdade de
Deus se chama Revelaçã o. O propósito de Deus ter-se revelado ao homem foi que o Homem O
conheça, e aceite o plano dEle para sua vida, a Revelaçã o Especial que é Jesus Cristo. Se Deus
nã o tomasse a iniciativa de se revelar ou manifestar ao homem, a criatura jamais conheceria seu
criador, e andaria eternamente longe e perdido dEle. A Revelaçã o, no entanto, pode ser tanto
“geral” como “especial”.
a) Natureza
Muitos homens extraordinários apontam o universo como uma manifestaçã o do poder, glória e
divindade de Deus. A perfeiçã o da natureza deixa o homem sem desculpas para buscar uma
revelação mais ‘especial’ do criador. “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento
anuncia as obras das suas mãos”. Salmo 19:
b) História
Impérios nasceram e desapareceram; nações, povos e reinos passaram pela história, e nela
também Deus tem se manifestado com justiça. Na história o sistema cristã o encontra uma
revelaçã o do poder, da soberania e da providê ncia de Deus. “Por que não é do Oriente, não é
do Ocidente, nem do deserto que vem o auxílio. Deus é o Juiz: a um abate, a outro exalta”.
Salmo 75: 6 – 7 “...de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da
terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação;
para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe
de cada um de nós” Atos 17: 26 – 27
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c) Consciência.
A consciê ncia humana nã o inventa coisas; e sim, atua com base num padrã o (certo X errado).
Essa ciê ncia revela o fato de que há uma Lei absoluta no universo, e que há um Legislador
Supremo que baseia esta Lei em sua própria pessoa e caráter. “... os gentios (...) não tendo
leis servem eles de leis para si mesmos; eles mostram a norma da lei gravada nos seus
corações, testemunhando-lhes também a consciência, e seus pensamentos mutuamente
acusando-se ou defendendo-se” Romanos 2: 14 – 15
“Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos
pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia,
segundo as Escrituras.” 1 Coríntios 15: 3 – 4
A Revelaçã o de Deus teve entã o uma incorporaçã o por escrito na Bíblia. Ela é a base do
cristianismo e de todas as suas doutrinas. Portanto é a fonte suprema para a Teologia. Por isso
é muito importante um conceito certo e sua interpretaçã o exata e correta. A Revelaçã o Bíblica é
Deus tornando conhecidos os Seus pensamentos, Suas intenções, Seus desígnios, Seus
mistérios (Is. 55:8-9, Rm.11:33-34, Ap.1:1). A Bíblia é a mensagem de Deus em palavras
humanas. Etimologicamente, revelaçã o vem do latim revelo, que significa descobrir, desvendar,
levantar o véu. Revelaçã o significa, portanto, descobrimento, manifestaçã o de algo que está
escondido. Revelaçã o é o ato pelo qual Deus torna conhecido um propósito ou uma verdade.
Por exemplo: Simeã o disse: “...luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de
Israel” (Lc 2.32) Paulo disse: “Faço -vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim
anunciado não é segundo o homem, porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem
algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo” E ainda: “..pois, segundo uma revelação,
me foi dado conhecer o mistério, conforme escrevi há pouco, resumidamente” (Ef 3:3 e Gl
1:11,12) Revelaçã o é, também a explicaçã o ou apresentaçã o de verdades divinas O Salmista
disse: “A revelação das tuas palavras esclarece e dá entendimento aos simples” (119.130) Paulo
“Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que
Deus tem preparado para aqueles que o amam. Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito;
porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus”
(1Co.2:10).
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3.3 - A Influência da Bíblia: A Bíblia tem produzido altos resultados em todas as esferas da
vida: na arte, na arquitetura, na literatura, na música, na política, na ciê ncia e, principalmente na
transformaçã o do homem.
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• HEBRAICO
Conhecido como “língua de Canaã” (Is. 19: 18), ou seja, a língua dos fenícios, adotada pelos
clã s israelitas quando entraram em Canaã . Esse idioma era falado em toda a Costa do
Mediterrâneo e foi conhecido por volta do oitavo século (a.C.) como “língua judaica” (II Rs.
18:26). O uso da língua dos fenícios pelos hebreus é a que a tornou conhecida pelo nome de
“hebraico”. Segundo Diego Arenhoevel, a língua original dos patriarcas hebreus foi o aramaico,
perdido pelo processo de aculturaçã o;
O hebraico foi falado como língua corrente até o período do exílio babilônico (Séc. VI a.C.)
quando por influencia dos babilônicos e depois dos persas, passou a vigorar dialeto do aramaico
no dia-a-dia dos novos judeus. A partir do desuso o hebraico tornou-se uma língua “santa” e
reservada ao conhecimento de uns poucos estudiosos e teólogos de entã o, principalmente os
escribas, também chamados de copistas e sacerdotes. Nesta língua foi escrito todo o Antigo
Testamento com algumas raras exceções: uma palavra designando nome de lugar em Gê nesis
31.47; um versículo em Jeremias 10.11; cerca de seis capítulos em Esdras (4.8; 6.18; 7.12-26).
• ARAMAICO
Desde o fim do segundo milê nio a C. formaram-se vários estados arameus de vários tamanhos
na Síria e na Mesopotâmia. O comércio entre o Mediterrâneo e a Mesopotâmia favoreceu a
propagaçã o da língua que se tornou internacional para os comerciantes e diplomatas. O
aramaico foi a língua falada em todo o império persa. Outros dialetos seus, vigoraram: na Síria,
siríaco; na Babilônia, o caldaico; e na Palestina, o aramaico propriamente dito. Ao chegarem á
Palestina, os patriarcas falavam o aramaico (Dt. 26:5). Após a assimilaçã o da língua fenícia
(hebraico) durante o período de permanê ncia na terra cultivada, os judeus retomaram a língua
aramaica, em virtude da experiê ncia do exílio babilônico e da influê ncia cultural recebida do
império persa, (a partir de 600 a C.). Isto explica os aramaismos existentes nos livros escritos a
partir do pós-exílio, e até mesmo nos evangelhos: Ex: “Thalita Cumi (“Menina levanta-te”), em
Marcos 5.41; Ephphatha (“Abre-te”), em Marcos 7.34; “Eli, Eli Lama Sabachthani (“Deus meu,
Deus meu, porque me desamparaste?), em Mateus 27.46. Jesus se dirigia habitualmente a
Deus como Abba (aramaico “Pai”). Note a influência disto em Romanos 8.15 e Gálatas 4.6.
Outra frase comum dos primeiros cristãos era Maranatha (“Vem, nosso Senhor”), em I Coríntios
16.22 O aramaico foi falado por Jesus, pelos apóstolos e pela igreja de Jerusalém, ao lado do
grego. Convém observar que o texto de At. 21: 40 afirma que Paulo falou em “língua hebraica”
para o povo de Jerusalém. O hebraico bíblico ficou restrito ao culto nas sinagogas e escolas
rabínicas.
• GREGO
O grego bíblico nã o é o grego clássico falado pelos filósofos antigos, antes é um dialeto
helenístico chamado de “Koiné”. Este grego foi introduzido e propagado no império de Alexandre
Magno e falado, desde o Sec. IV A C. em todo o Oriente próximo, no Egito e na Itália. É
importante salientar que a primeira traduçã o do texto do antigo testamento foi feita para o grego
no Egito por volta de 285 a.C. Essa traduçã o ficou conhecida pelo nome de Septuaginta (LXX)
Apesar de Jesus falar aramaico, o Novo Testamento foi escrito em grego. A mã o de Deus pode
ser vista nisto, porque o grego era o idioma internacional de século I, tornando possível a
divulgaçã o do evangelho através de todo o mundo entã o conhecido.
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Formaçã o do Termo:
• Biblos (Grego): este termo era aplicado à folha de papiro, preparado para escrita.
• Biblion: era o nome de um pequeno rolo Lc. 4.17; Jo. 20:30.
• Bíblia: é o plural de Biblion, isto é, vários livros pequenos (Jo. 21.25; II Tm 4.13; Ap. 20.12).
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Foram várias as traduções da Bíblia no decorrer dos tempos, mas tratamos das mais famosas:
latim com base no texto da Septuaginta. A Igreja considerou a Vulgata intocável, a ponto de nã o
permitir qualquer outra traduçã o que nã o fosse a Vulgata Latina, consideraram-na uma versã o
“sagrada”. Portanto todo o trabalho foi feito do hebraico para o latim. Oficializada e popularizada
a partir do Concílio de Trento em 1546 d.C.
8.3 - KING JAMES (ou versão do Rei Tiago) – A versã o mais famosa feita para o inglê s foi a
chamada “King James”, autorizada em 1604 pelo rei da Inglaterra para revisar as traduções
inglesas existentes. O trabalho foi realizado por 50 eruditos e concluído em 1611. Essa traduçã o
continha notas textuais para combater o calvinismo da Bíblia de Genebra. A versã o é tida como
um tesouro da língua inglesa por causa da beleza e graça de sua traduçã o. Os termos de
tratamento para Deus sã o preferencialmente termos majestosos. Fato importante é que a “King
James” foi e ainda é tratada como inspirada, tal qual a Vulgata.
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IX – INSPIRAÇÃ O
“Significa que todos os escritores da Bíblia foram capacitados e controlados pelo Espírito
Santo na produçã o dos escritos originais, usando suas próprias personalidades
faculdades mentais, recebendo autoridade divina e infalível” (Bancroft – Teologia
Elementar). Deus supervisionou, dirigiu autores humanos, usando suas próprias personalidades,
sua cultura, seu contexto de vida, de modo que eles compuseram e registraram – sem erro – a
Sua Revelaçã o nas palavras dos documentos originais das Escrituras. “Toda a Escritura é
inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensã o, para a correçã o, para a
educaçã o na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente
habilitado para toda boa obra.” (2 Timóteo 3: 16 – 17) – A palavra Escritura aparece cerca de
50 vezes no Novo Testamento; e a maioria delas se refere ao Antigo Testamento.
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Contudo, às vezes esta se refere também ao próprio Novo Testamento: 1 Timóteo 5: 18; 2 Pedro
3: 16. Quando Paulo escreveu 2 Timóteo praticamente todo o Novo Testamento já estava
escrito, à exceçã o de 2 Pedro, Hebreus, Judas e os escritos de Joã o. Entã o o apóstolo estava
afirmando que todo o Antigo Testamento e tudo o que já havia sido escrito do Novo Testamento
foi “...inspirada por Deus...” (gr. Theopneustos = “soprado por Deus”. O que Deus é? Verdade
(Romanos 3: 4). Alguém sendo verdade, sopra palavras verdadeiras (Joã o 17: 17). Deus nos
concedeu a Sua Revelaçã o através de palavras. “Disto também falamos, não em palavras
ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas
espirituais com espirituais.” 1 Coríntios 2: 13. O ‘sopro’ de Deus é uma metáfora comum no
Antigo Testamento, quando refere-se aos atos de Deus, particularmente através do seu Espírito
(Gn 2: 7; Jô 33: 3; Sl 33: 6). A afirmaçã o de que a Escritura é inspirada confirma sua origem e
caráter divinos e implica algo mais forte do que a palavra inspiração. Mais corretamente, as
Escrituras sã o “expiradas”, isto é, sopradas por Deus. Notem que as Sagradas Escrituras sã o o
objeto da açã o de Deus; os próprios escritores nã o sã o mencionados. Os homens estavam
envolvidos, é claro, mas aqui a formaçã o da Escritura é associada inteiramente à atividade de
Deus. Notem também a abrangência da inspiração. “Toda” Escritura é produto do “sopro” de
Deus;
neste contexto, isso significa o Antigo Testamento inteiro, bem como as partes do Novo
Testamento já escritas. 2 Pedro 1: 19 – 21 confirma e estende essas reivindicações. A palavra
das testemunhas oculares é inferior à “palavra profética”, uma referência ao Antigo Testamento
em geral. Ele nã o surgiu das reflexões particulares dos escritores, mas “homens (santos)
falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo.” Em Atos 27: 15 o termo “movido”
descreve o movimento de um navio arrastado por uma tempestade. Nã o devemos querer extrair
demasiado desta imagem, mas trata-se claramente de uma forte confirmaçã o da atividade divina
na produçã o das Escrituras, estendendo-se novamente ao conjunto total dos manuscritos
relacionados. João 10: 34 – 36 registra a discussão quanto ao uso da palavra “deus” na Lei,
neste caso no Salmo 82. Jesus argumenta que a autoridade da Lei nã o pode ser anulada porque
“a Escritura não pode falhar”. Ele expressa a mesma convicção quando compara a palavras do
Antigo Testamento com as de Deus: “(o Criador) disse” (Mt 19: 5). O reconhecimento da
autoridade e inspiraçã o divina de todo o conjunto dos escritos do Antigo Testamento por parte
de Jesus foi documentado antes, estendendo-se também esta reivindicaçã o de inspiraçã o divina
ao Novo Testamento. A consciê ncia da autoridade soberana do próprio Jesus e sua afirmaçã o
de falar exatamente as palavras de Deus, sua promessa do Espírito para esclarecer os
apóstolos, a vinda do Espírito sobre eles, as reivindicações destes quanto à Iluminaçã o especial
do Espírito em seus ensinos, o reconhecimento por parte deles da autoridade divina especial
nos escritos apostólicos: tudo isso aponta para a mesma atividade inspiradora da parte de Deus
no caso do Novo Testamento. Assim sendo, a Bíblia inteira chega a nós reivindicando sua
inspiraçã o divina. É um documento “soprado” por Deus.
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“Toda Escritura é inspirada por Deus, e é útil para o ensino, para a repreensã o, para a
correçã o e para a educaçã o na justiça” (2Tm 3:16) Podemos definir a inspiraçã o como sendo
a influencia e supervisã o divina sobre os autores humanos, de modo que, usando suas
personalidades individuais, eles compuseram, registraram sem erro a revelaçã o de Deus ao
homem. O apóstolo Pedro nos fornece algum esclarecimento: “Nenhuma profecia jamais foi
dada por vontade humana, mas homens santos, movidos pelo Espírito Santo, falaram de Deus”
(2Pe :21)
Refutaçã o: Se esta teoria fosse verdadeira, estaríamos em grande confusã o, porque quem
poderia dizer quais as partes que sã o inspiradas e as que nã o o sã o? A própria Bíblia refuta
essa idéia: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino...” (2Tm 3:16); e
também “...nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidaçã o; porque nunca,
jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos
falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (1Pe 1:20,21).
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RESUMINDO:
Inspiraçã o é a operaçã o divina que influenciou os escritores bíblicos, capacitando-os a receber a
mensagem divina, e que os moveu a transcrevê -la com exatidã o, impedindo-os de cometerem
erros e omissões, de modo que ela recebeu autoridade divina e infalível, garantindo a exata
transferê ncia da verdade revelada de Deus para a linguagem humana inteligível (2Co.10:13;
2Tm.3:16; 2Pe.1:20,21).
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Nem tudo aquilo que é inspirado é autorizado, pois a autoridade de um livro trata de sua
procedê ncia, de sua autoria, e, portanto, de sua veracidade. Deus é o Autor da Bíblia, e como tal
ela possui autoridade, mas nem tudo que está registrado na Bíblia procedeu da boca de Deus.
Por exemplo, o que Satanás disse para Eva foi registrado por inspiraçã o, mas nã o é a verdade
(Gn.3:4,5); o conselho que Pedro deu a Cristo (Mt.16:22); as acusações que Elifaz fez contra Jó
(Jó.22:5-11), etc. Nenhuma dessas declarações representam o pensamento de Deus ou
procedem dEle (procedem apenas por inspiraçã o), e por isso nã o tê m autoridade. Um texto
também perde sua autoridade quando é retirado de seu contexto e lhe é atribuído um significado
totalmente diferente daquele que tem quando inserido no contexto. As palavras ainda sã o
inspiradas, mas o novo significado nã o tem autoridade.
Um livro tem credibilidade se relatou veridicamente os assuntos como aconteceram ou como
eles sã o; e quando seu texto atual concorda com o escrito original. Nesse caso credibilidade
relaciona-se ao conteúdo do livro (original), e a pureza do texto atual (cópia ou traduçã o). Por
exemplo, as palavras de Satanás em Gn.3:4,5 sã o inspiradas, mas nã o possuem autoridade,
porque nã o é verdade, porém tem credibilidade ou veracidade (quanto a sua transcriçã o) porque
foram registradas exatamente como Satanás disse. A veracidade das palavras de Satanás nã o
se relaciona ao o que ele pronunciou, mas sim como ele as pronunciou.
a) Autenticado por Jesus Cristo: Cristo recebeu o A.T. como relato verídico. Ele endossou
grande número de ensinamentos do A.T., como, por exemplo: A criaçã o do universo por Deus
(Mc.13:19), a criaçã o do homem (Mt.19:4,5), a existê ncia de Satanás (Jo.8:44), o dilúvio
(Lc.17:26,27), a destruiçã o de Sodoma e Gomorra (Lc.17:28-30), a revelaçã o de Deus a Moisés
na sarça (Mc.12:26), a dádiva do maná (Jo.6:32), a experiê ncia de Jonas dentro do grande peixe
(Mt.12:39,40). Como Jesus era Deus manifesto em carne, Ele conhecia os fatos, e nã o podia se
acomodar a idéias errôneas, e, ao mesmo tempo ser honesto. Seu testemunho deve, portanto,
ser aceito como verdadeiro ou Ele deve ser rejeitado como Mestre religioso.
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c) Integridade da Bíblia:
Integridade Topográfica e Geográfica: As descobertas arqueológicas provam que os povos,
línguas, os lugares e os eventos mencionados nas Escrituras sã o encontrados justamente onde
as Escrituras os localizam, no local exato e sob as circunstâncias geográficas exatas descritas
na Bíblia.
Integridade Etnológica ou Racial: Todas as afirmações bíblicas sobre raças tê m sido
demonstradas como corretas com os fatos etnológicos revelados pela arqueologia.
Integridade Cronológica: A identificaçã o bíblica de povos, lugares e acontecimentos com o
período de sua ocorrê ncia é corroborada pela cronologia Síria e pelos fatos revelados pela
arqueologia.
Integridade Histórica: O registro dos nomes e títulos dos reis está em harmonia perfeita com os
registros seculares, conforme demonstrados por descobertas arqueológicas.
Integridade Canônica: A aceitaçã o pela igreja em toda a era cristã , dos livros incluídos nas
Escrituras que hoje possuímos, representa o endosso de sua integridade. Exemplares do A.T. e
do N.T. impressos em 1.488 e 1.516 d.C., concordam com os exemplares atuais, portanto, a
Bíblia como a possuímos hoje, já existia há 400 anos passados. Quando essas Bíblias foram
impressas, certo erudito tinha em seu poder mais de 2.000 manuscritos. Esse número é sem
dúvida suficiente para estabelecer a genuinidade e credibilidade do texto sagrado, e tem servido
para restaurar ao texto sua pureza original, e fornecem proteçã o contra corrupções futuras
(Ap.22:18-19; Dt.4:2;12:32). Enquanto a integridade canônica da Bíblia se baseia em mais de
2.000 manuscritos, os escritos seculares, que geralmente sã o aceitos sem contestaçã o,
baseiam-se em apenas uma ou duas dezenas de exemplares. As quatro Bíblias mais antigas do
mundo, datadas entre 300 e 400 d.C., correspondem exatamente a Bíblia como a possuímos
atualmente.
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É a operaçã o divina que garante a permanê ncia da Palavra Escrita, com base na aliança que
Deus fez acerca de Sua Palavra Eterna (Sl.119:89,152; Mt.24:35; 1Pe.1:23; Jo.10:35). Os céus
e a terra passarã o (Hb.12:26,27; 2Pe.3:10) mas a Palavra de Deus permanecerá (Mt.24:35;
Hb.12:28; Is.40:8; 2Pe.1:19). A preservaçã o das Escrituras, como o cuidado divino para a sua
criaçã o e formaçã o do cânon, nã o foi acidental, nem incidental, mas sim o cumprimento de uma
promessa divina. A Bíblia é eterna, ela permanece porque nenhuma Palavra que Jeová tenha
dito pode ser removida ou abalada; nem uma vírgula ou um ponto do testemunho divino pode
passar até que seja cumprido.
A Bíblia permanece até hoje porque o próprio Deus tem se empenhado em preservá-la. Quando
o rei Jeoaquim queimou um rolo das Escrituras, Deus mesmo determinou a Jeremias que
reescrevesse as palavras que haviam sido queimadas (Jr.36:27,28), e ainda determinou
maldições sobre o rei, por haver tentado destruir a Palavra de Deus (Jr.36:29,31). Ademais Deus
acrescentou ao segundo rolo outras palavras que nã o se encontravam no primeiro (Jr.36:32),
pois a Palavra de Deus sempre há de prevalecer sobre a palavra do homem (Jr.44:17,28;
At.19:19,20).
Deve ficar esclarecido que Deus tem preservado apenas a Sua Palavra inspirada, aquilo que
deve ser considerado como revelaçã o de Deus, e por isso mesmo nã o foi preservado e nã o faz
parte do Cânon Sagrado (1Cr.29:29; 2Cr.9:29;12:15;13:22;20:34; 2Cr.24:27;26:22;33:19). Em
2Co.7:8 Paulo faz mençã o a uma segunda carta que nã o consta do Novo Testamento, sendo
que a segunda carta de Coríntios que temos na nossa Bíblia, provavelmente deveria ser a
terceira. Hoje a estratégia de Satanás sobre a Palavra de Deus é diferente, pois já que ele nã o
consegue destruí-la, procura desacreditá-la (negando sua inspiraçã o) e corrompê -la com
interpretações pervertidas da verdade (1Tm.4:1,2; 2Ts.2:9-12).
A nós pois, como igreja, cabe a responsabilidade de defender e preservar a verdade (1Tm.3:15)
com o mesmo anseio que caracterizava a vida de Paulo (Fp.1:7,16)
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e) Com Oraçã o
XIII - CANONICIDADE
A questã o quais livros pertencem à Bíblia é chamada questã o canônica. A palavra cânon
significa régua, vara de medir, regra, e, em relaçã o à Bíblia, refere-se à coleçã o de livros que
passaram pelo teste de autenticidade e autoridade; significa ainda que esses livros sã o nossa
regra de vida e de fé. Essa palavra foi usada no Novo Testamento em Gálatas 6:16.
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b) Paralelismo, é a prova intrínseca de seu caráter peculiar, inspirado e autorizado por Deus.
Estes nã o poderiam entrar em contradiçã o com qualquer outra parte das Escrituras já
reconhecidas. Seu conteúdo também deveria se demonstrar ao leitor como algo diferente de
qualquer outro livro por comunicar a revelaçã o de Deus.
c) Uso, o veredicto das igrejas quanto à natureza canônica dos livros era importante. Na
verdade, houve uma surpreendente unanimidade entre as primeiras igrejas quanto aos livros
que mereciam lugar entre os inspirados. Embora seja fato que alguns livros bíblicos tenham sido
recusados ou questionados por uma minoria, nenhum livro cuja autenticidade foi questionada
por número grande de igrejas veio a ser aceito posteriormente como parte do cânon.
O termo “apócrifo” vem da língua grega e traduz-se literalmente por “secreto”, “oculto”. No nosso
contexto, os apócrifos referem-se aos escritos que nã o foram inspirados pelo Espírito santo. o
termo foi utilizado pela primeira vez pelo teólogo Karstadt em 1520. No início do estudo dos
livros apócrifos o estudante deve tomar conhecimento de uma questã o de terminologia que
separa protestantes de católicos. Os livros que os protestantes chamam “apócrifos” são
considerados pelos católicos como “deuterocanônicos”, isto é, “canonizados posteriormente”.
Essa compressã o vem do fato que o Cânon de 39 livros cristã os do Antigo Testamento é uma
herança judaica (chamado de” Protocanônicos” – canonizados primeiramente) enquanto que os
livros chamados apócrifos foram acrescentados no Cânon pelos cristã os (chamados por isso”
Deuterocanônicos” – canonizados posteriormente. Os protestantes, portanto, ficam com os
critérios dos judeus do Séc.II, que consideram esses livros dentro de um período de “não
revelação”. Ainda existe um outro grupo de escritos chamado pelos protestantes de “pseudo-
epígrafos; esses livros foram escritos por volta de 200 e 100 a.C., geralmente de caráter
apocalíptico, bastante fantasiosos e restritos a seitas fechadas a Exemplo de Qumran.
TOBIAS – Conta a história da família de Tobias, judeus da tribo de Naftali deportados para
Nínive. (O livro exalta a estrita observaçã o da lei, contendo relatos de um judaísmo que nã o
rejeita o uso da magia; o autor se refere ao emprego do fel, fígado e do coraçã o do peixe para
curar Tb.8:1- 3). Foi escrito por volta de 200 a.C. talvez no Egito ou na Síria.
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ECLESIÁSTICO – O livro compõe-se de uma série de elogios aos antepassados dos judeus,
incluindo os profetas. Acompanha um prólogo escrito pelo neto do escritor. O livro foi redigido
por volta de 180 a.C. por Jesus Bem Siraq.
BARUC – Contém uma carta atribuída a Baruc, amanuense de Jeremias, escrita na Babilônia no
período do cativeiro. Nela existe a ordem para que se
ofereçam sacrifícios pela saúde de Nabucodonosor e seu filho. Alguns acreditam que
Nabucodonosor e Beltsazar seriam nomes fictícios para Vespasiano e Tito. Por isso a data de
escritura do livro é posta por alguns no II séc. a.C e, por outros, após 70 d.C. o livro contém
ainda palavras de consolo aos habitantes de Jerusalém destruída em 586 a.C.
I MACABEUS – O livro registra a ascensã o de Antíoco Epifanio IV (175 – 164 a.C.) e relata as
medidas por ele tomadas para reprimir a religiã o judaica, bem como da resistê ncia desenvolvida
pelo sacerdote Matatias contra essa agressã o. Foi escrito por volta do ano 100 a.C. em
hebraico.
• ACRÉSCIMOS A ÉSTER – Trata-se de textos inseridos por volta de 114 a.C., contendo
outros detalhes sobre a vida de Mardoqueu e Éster.
XV - DIVISÕ ES DA BIBLIA
Divisã o em versículos
Em 1445 o Rabí Mardoqueu Natã , dividiu o AT. Em versículos, e em 1551
Robert Stevens, jornalista parisiense elaborou a divisã o do NT. Tal divisã o vigora
até nossos dias, e é aceito inclusive pelos estudiosos judeus. E em 1555 foi
publicada a primeira Bíblia dividida em capítulos e versículos.
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direito transmitido aos antigos, desobedecendo a Deus e tornando a religiã o num ritualismo cego
manifestado por práticas exteriores (liturgias e sacrifícios). Os profetas perceberam esse desvio
bem cedo. Desde então, já anunciavam o “novo “(Is. 43; 18-19; Jr. 31: 31-33). Essa concepçã o
de “NOVO TESTAMENTO” foi compreendida pelos cristã os como realizada plenamente na vida
e morte de Jesus (Mt. 26: 28; I Co.11:25).
A partir de Paulo, entende-se que Moisés e seus escritos faziam parte da “antiga aliança” (II
Co.3:12- 15) ou como “primeira aliança” (Hb.8:7-13; 9:15). A separaçã o para fins didáticos só
aparece a partir do momento em que o cânon do Novo Testamento ganha forma semelhante a
que temos hoje (a partir do Sec. V).
1. LIVROS DA LEI – 5 Livros: Gn, Ex, Lv, Nm, Dt. (Também chamados de Pentateuco);
2. LIVROS HISTÓRICOS – 12 Livros: Js, Jz, Rt, 1 e 2 Sm, 1 e 2 Rs, 1 e 2 Cro, Ed, Ne, e Et.
3. LIVROS POÉTICOS – 5 Livros: Jó, Sl, Pv, Ec, Ct
4. LIVROS PROFÉTICOS – 17 Livros: Subdivididos em:
• Profetas Maiores – Is, Jr, Lm, Ez, Dn;
• Profetas Menores – Os, Jl, Am, Ob, Jn, Mq, Na, Hc, Sf, Ag, Zc, Ml.
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• RESUMO:
27 Livros;
260 Capítulos;
7.959 Versículos;
Menor Verso – Joã o 11: 35;
Maior Verso – Apocalipse 20: 4;
Sua Mensagem – Jesus Já Veio!
Deus abençoe!
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05- “Devemos estudar a Bíblia aplicando a sua mensagem a nós mesmos.”, o que significa essa
frase? Marque com um “x” a única resposta certa.
( ) Significa que a mensagem da Biblia é para aprendermos e aplicarmos na vida dos irmã os;
( ) Significa que o conteúdo das escrituras é somente para evangelizarmos;
( ) Significa que a mensagem Biblica deve ser aplicada primeiramente na nossa vida, antes de aplicarmos na vida
dos outros;
( ) Significa que todos tem liberdade de estudar a bíblia e quem quiser deve buscar.
06- Quais os materiais que eram usados para escrever os manuscritos originais da Bíblia?
07- A Bíblia foi originalmente escrita em quais línguas ? Marque a resposta certa.
( ) Latim, Grega e Hebraica;
( ) Aramaica, Grega e Fenícia;
( ) Hebraica, Aramaica e Grega;
( ) Egípcia, Hebraica Aramaica.
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08- Ponha (V) para verdadeira, e (F) para falsas nas sentenças abaixo.
( ) Papiro é o nome de uma planta aquática que nascia junto aos lagos.
( ) O apóstolo Paulo usou a Bíblia em formato de rolo.
( ) A língua aramaica era a língua oficial da Babilônia.
( ) O termo “Maranatha”é aramaico, e continua na língua original;
( ) O aramaico era a língua que Jesus falava no seu cotidiano.
( ) Cerca de quarenta homens foram usados por Deus para escrever a Bíblia.
( ) O tempo de escrita da Bíblia foi de aproximadamente quatorze séculos.
( ) O termo “Bíblia” significa: coleção de livros.
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SOTERIOLOGIA
(Doutrina da Salvaçã o)
Pode ser dito que “salvação é o fato do homem ser salvo do poder e dos efeitos do
pecado”. “O vocábulo português se deriva do latim salvare, “salvar” e de salus, “saúde”, “ajuda”,
e traduz o termo hebraico yeshu’a “salvação”, e cognatos (largura, facilidade, segurança) e o
vocábulo grego sõteria, e cognatos (cura, recuperaçã o, redençã o, remédio, salvaçã o, bem
estar). Significa a açã o ou o resultado de livramento ou preservaçã o de algum perigo ou
enfermidade, subentendendo segurança, saúde e prosperidade. Nas Escrituras, o movimento
parte dos aspectos mais físicos para o livramento moral e espiritual. Assim é que as porções
mais antigas do AT dã o ê nfase aos meios pelos quais os servos de Deus escaparam das mã os
de seus inimigos, a emancipaçã o de Seu povo da escravidã o e o estabelecimento dos mesmos
numa terra de abundância; já as porções posteriores dã o maior ê nfase às condições e
qualidades morais e religiosas da bem-aventurança, e estende suas amenidades além das
fronteiras nacionais”.
Em primeira instância, o verbo sõzõ, “salvar” bem como o substantivo sõtêria,
“salvação”, denotam o “salvamento” e a “libertação” no sentido de evitar algum perigo que
ameaça a vida. Pode ocorrer na guerra ou em alto mar. Aquilo de que se recebe o livramento
pode, no entanto, ser uma doença. Onde nã o se menciona qualquer perigo imediato, também
podem significar “conservar” ou “preservar”. O verbo e o substantivo podem até significar “voltar
com segurança” para casa. Na LXX sõzõ traduz nada menos do que 15 verbos hebraicos
diferentes, mas os mais importantes sã o yãsa, que se emprega no hiphil para “libertar” e
“salvar”, e mãlat, niphal, “escapulir”, “escapar”, “salvar”. E embora Iahweh empregue agentes
humanos, o israelita piedoso tinha consciê ncia do fato do livramento vir do próprio Iahweh
(Salmo 12:1; 121: 1 – 2); mas o conteúdo exato dessa libertaçã o ou salvaçã o varia de acordo
com o contexto e as circunstâncias. A expressão “o cálice da salvação” encontrada no Salmo
116:13, tem quatro interpretações sugeridas por Anderson:
(1) uma libaçã o de vinho que fazia parte da oferta das ações de graças (cf, Num 28:7);
(2) uma metáfora da libertaçã o, e o antônimo da taça da ira de Iahweh (cf. Is 51: 17; Jr 25:15);
(3) um cálice em conexã o com alguma ordem específica (cf. Nm 5:16 – 28);
(4) um cálice de vinho tomado na refeiçã o de ações de graças (cf Sl 23:5); Anderson prefere a
primeira dessas alternativas tendo em vista a sua associaçã o com alguma coisa dada a Iahweh.
II - ARREPENDIMENTO
Formada por duas palavras gregas (meta + nous), “arrependimento” nã o significa, como
muitos pensam, um rosto cuja face correm lágrimas de remorso, e cujos lábios proferem
promessas de mudança e um voto de jamais cair no mesmo pecado. Na Palavra de Deus
descobrimos que a palavra quer dizer “mudança de mente”. “Esta experiê ncia tem sido descrita
como sendo o ato pelo qual o pecador, ao aceitar a Cristo, dá uma meia volta no rumo em que
seguia na vida até entã o, e avança em direçã o diametralmente oposta. Isto significa uma
mudança total de conduta ou procedimento. É o primeiro passo para a salvaçã o. É a volta do
pecador a Deus.”
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IV - REGENERAÇÃ O
Do lado divino, a mudança de coraçã o é chamada de regeneraçã o, de novo
nascimento; do lado humano, é chamada de conversã o. Na regeneraçã o, a alma é passiva; na
conversã o, é ativa. Podemos definir a concessã o de uma nova natureza (2 Pe 1:4) ou coraçã o
(Jr 24:7; Ez 11:19; 36:26), e a produçã o de uma nova criaçã o (2 Co 5:17; Ef 2:10; 4:24). No
entanto, a regeneraçã o nã o é uma mudança a substância da alma. Hodge diz muito bem: Como
a mudança não é na substância nem no mero exercício da alma, ela ocorre naquelas
disposições, princípios, gostos ou hábitos imanentes aos quais todo o exercício
consciente está subordinado, e que determinam o caráter do homem e de todas as suas
ações.
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V - O Novo Nascimento
O Novo Nascimento é um milagre do Espírito Santo, operado na natureza do
indivíduo, transformando-o completamente. De fato, o Novo Nascimento é um novo começo. Por
mais maculado que seja o seu passado; por mais deformado que seja o seu presente; por mais
sombrio que pareça o seu futuro, há uma saída, há uma possibilidade de começar tudo de novo,
pelo NOVO NASCIMENTO. Portanto, o Novo Nascimento é obra do Espírito Santo, nã o
representa fruto do esforço ou boas qualidades do homem. Nã o há mérito humano na operaçã o
(Joã o 3:6 – 7).
a) O batismo nã o efetua o Novo Nascimento. É falsa a doutrina que prega a
regeneraçã o pelo batismo.
b) Nã o se adquire por hereditariedade (Joã o 1:12 – 13). A Igreja nã o tem poder de
operar o Novo Nascimento. Como disse alguém: “Não serás um automóvel pelo fato de teres
nascido em uma garagem”. Ninguém nasce de novo por pertencer a esta ou àquela Igreja.
c) Nenhum rito religioso, afinal, será capaz de efetuar o Novo Nascimento.
d) Nã o representa fruto de resoluções humanas. Assim como o nascimento físico
depende de fatores fora do eu, na regeneraçã o o “eu” se torna passivo, ele recebe o Novo
Nascimento (Jo 1:12 – 13).
O Novo Nascimento é a penetraçã o da vida divina no ser humano. O estado de
pecado é um estado de morte, morte espiritual (Ef 2:1). O Novo Nascimento opera uma nova
vida no ser humano. Como se vê , o fenômeno é inexplicável em seu alcance mais profundo. O
próprio Nicodemos que era príncipe, um sábio e mestre em Jerusalém, nã o entendeu isso pela
mera exposiçã o em palavras (Joã o 3:4, 8, 9). Jesus insistiu na necessidade de experimentar o
Novo Nascimento. Em matéria de religiã o, de vida espiritual, o caminho para a compreensã o é
viver, experimentar primeiro para depois entender. A mera especulaçã o mental nã o penetra os
mistérios espirituais.
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A doutrina do Novo Testamento é amplamente encontrada nas Escrituras tanto no Novo, como
no Antigo Testamento. É apresentada, às vezes, com palavras diferentes, mas a verdade é a
mesma: que o homem nã o pode mover a si mesmo na direçã o do propósito de Deus; que como
essa natureza total está comprometida com a corrupçã o do pecado; é impossível andar
retamente no caminho de Deus.
É necessária uma mudança de natureza e é Deus quem nele opera a transformaçã o, tornando-o
um novo ser em Cristo. Há vários textos que merecem consideraçã o e estudo para o
conhecimento da doutrina, mas o capítulo 3 do Evangelho de Joã o é o que mais longamente
expõe o tema do Novo Nascimento. É o texto mais impressionante de toda a Bíblia; nenhum
crente o pode ignorar como fato, muito menos na sua interpretaçã o, pois a aplicaçã o de seu
eterno princípio de regeneraçã o pela fé depende à entrada de qualquer um no Reino dos Céus.
Antes de expor a doutrina propriamente, esclareçamos algumas expressões
usadas no texto:
FARISEUS – Constituíam uma das trê s principais seitas do Judaísmo e era a melhor, ou a mais
severa (Atos 26:5). Os Judeus foram combatidos por feroz perseguiçã o de Antíoco Epifanes, rei
da Síria, depois da volta do Cativeiro Babilônico. Os mais patriotas se organizaram em partido
para resistirem à infiltraçã o do Helenismo. Isso em 175 – 164 a. C. Logo, os fariseus tiveram
uma nobre origem: visavam preservar a religiã o de Israel, as Escrituras Hebraicas, estimular o
amor pátrio, etc. Mas seu nome aparece só lá pelos anos 135 – 105 a. C. Os fariseus criam na
imortalidade da alma, na ressurreiçã o do corpo, na existê ncia do espírito, nas recompensas e
castigos na vida futura (céu e inferno). E nisso se opunham aos saduceus que nã o aceitavam
nem uma nem outra destas coisas (Atos 23:6 – 6). Mas em matéria de religiã o nã o basta ter
conceitos teológicos corretos, é preciso viver uma vida reta com aquilo que se crê .
Enfatizaram em extremo as formas externas de religiã o tornando-se legalistas.
Chegaram a transformar a religiã o num montã o de formalismos sem vida. Opuseram-se
ferrenhamente a Jesus. Foram duramente acusados por Joã o Batista e por Jesus. Apesar de
tudo, tiveram em seu meio, homens de grande capacidade intelectual e social: tais como
Gamaliel (At 5:34; 22:3); Saulo de Tarso (Fp 3:5), que veio a se converter mais tarde (At 9:1 –
22), e a ser chamado para o apostolado; Nicodemos (Jo 3:1), e outros de muito boa vontade (At
5:34; Jo 7:50). Os fariseus julgavam que por muito falarem seriam ouvidos em suas orações (Mt
6:7).
NICODEMOS – Agostinho descreve-o como “um dos crentes em quem Jesus não podia
confiar logo” (Jo 2:24). A tradiçã o rabínica o descreve como um dos trê s homens mais ricos de
Jerusalém. Era de uma alta autoridade no Sinédrio, corpo legislativo, judicial e executivo entre
os judeus. Aparentemente no início desta entrevista ele está convencido, mas nã o convertido.
Jesus repudia o regime religioso do indivíduo Nicodemos e de toda a sua elite religiosa, e exige
dele radical transformaçã o, se quer entrar no Reino dos Céus. É mencionado trê s vezes no
Evangelho de Joã o. A primeira vez, visitando Jesus de noite (Jo 3:1-15); a segunda, protestando
contra a condenaçã o de Jesus sem o ouvirem. Nicodemos estava tã o impressionado com as
palavras de Jesus que seu desejo era que seus colegas o ouvissem também (Jo 7:50 – 51); e a
terceira vez, trazendo especiarias para ungir o corpo de Jesus em seu sepultamento (Jo 19:38 –
39).
DE NOITE – Joã o 3:2, nos diz que Nicodemos “foi ter com Jesus de noite”. Por que de noite?
Por que temia o povo? Envergonhava-se de Jesus? Ou apenas procurava uma entrevista longe
do burburinho da multidã o? Parece que o problema era mesmo um temor político e social. Nã o
queria prejudicar sua posiçã o (Jo 3:10). O texto expõe, sem rodeios, o motivo – “por medo dos
judeus” (Jo19:38 – 39), em relação a José de Arimatéia. E Nicodemos? “A sinceridade militava
contra a timidez e a timidez contra a sinceridade no coração de Nicodemos” (O. Boyer). Pelo
menos mostrou devoçã o a Jesus. Muitos que hoje censuram por ter procurado Jesus de noite,
tê m outros preconceitos que os arrastam de Jesus de dia e de noite, vivem longe dEle.
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Afinal, foi Nicodemos que cuidou (juntamente com José de Arimatéia), do corpo de Jesus e do
seu sepultamento (Jo 19:38 – 39). “Rabi, SABEMOS que és Mestre...” – o verbo está no plural
– “sabemos” – Em nome de quem fala Nicodemos? Nicodemos fala por seu grupo. Era membro
do Sinédrio e delegado único dos chefes dos judeus para saber de suas pretensões.
O magno tribunal já havia investigado oficialmente acerca de Joã o Batista (Joã o 1:19 – 31)
nunca fez isso com relaçã o a Jesus. E Nicodemos se queixa disso mais tarde (Jo 7:50),
querendo que Jesus fosse ouvido em juízo. Ele mesmo ficara impressionado com a pessoa e o
ensino de Jesus de ter estado com ele naquela noite memorável, posto que já estivesse
anteriormente deslumbrado com seus milagres.
REINO DE DEUS – Os Judeus esperavam e criam que seria assinalada a vinda do Reino por
manifestações de pompa e poderio político e militar. O Reino de Deus era a época Messiânica.
Jesus aqui proclama uma ordem espiritual invisível aos olhos, aos sentidos. A regeneraçã o é
isso – o arrependimento para a remissã o de pecados e a renovaçã o pelo Espírito Santo; e esta
experiê ncia dupla é indispensável para a entrada no Reino dos Céus. O Reino dos Céus é o
domínio de Deus e de Cristo e do Espírito Santo sobre a vida do discípulo, da Igreja (cf Lucas
17:20 – 21). É a vontade de Deus se consumando. É chamado o “Supremo Bem”. Não há nada
melhor ou equivalente ao Reino de Deus na vida.
VI - JUSTIFICAÇ Ã O
Por natureza, o homem nã o somente é filho do mal, mas é também um
transgressor e um criminoso (Rm 3:23; 5:6 – 10; Cl 1:21; Tt 3:3). Na regeneraçã o, o homem
recebe uma nova vida e uma nova natureza; na justificaçã o, uma nova posiçã o.
A justificaçã o pode ser definida como o ato de Deus pelo qual Ele declara justo aquele que crê
em Cristo. “Justificação é um ato da livre graça de Deus, pelo qual ele perdoa todos os
nossos pecados e nos aceita como justos a seus olhos, somente pela justiça de Cristo a
nós imputada e recebida pela fé.” A justificaçã o é um ato declarativo. Nã o é algo operado no
homem, mas sim algo declarado a respeito do homem.
a) A Remissão da Pena. A pena para o pecado é a morte (Rm 5:12 – 14; 6:23).
Se o homem for ser salvo, esta pena terá que ser removida primeiro. Foi removida pela morte de
Cristo, e é na morte de Cristo, que sofreu o castigo de nossos pecados em Seu próprio corpo no
madeiro (1 Pe 2:24).
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VII - ADOÇ Ã O
VII.1 - Definiçã o
Como a palavra grega (huiothesia) indica, adoçã o é literalmente colocar na
posiçã o de filho. Scofield diz: “A adoção é colocar na posição de filho” nã o é tanto uma
palavra de relacionamento, mas de posiçã o. A relaçã o de filho do crente para com Deus resulta
do novo nascimento (Jo 1:12 – 13), ao passo que adoçã o é o ato de Deus pelo qual aquele que
já é filho, através de redençã o da lei, é colocado na posiçã o de filho adulto (Gl 4:1 – 5). O
Espírito que habita no crente o leva à percepçã o disto em sua experiê ncia presente (Gl 4:6); mas
a plena manifestaçã o de sua filiaçã o aguarda a ressurreiçã o, transformaçã o e trasladaçã o dos
santos, e é chamada de “redenção do corpo” (Rm 8:23; 1 Ts 4:14 – 17; Ef 1:4; 1 Jo 3:2). Quer-
nos parecer que Paulo considerava os crentes do AT como “filhos” embora “de menor idade”;
mas os crentes do NT ele considerava tanto como “filhos” quanto “filhos adultos”. As principais
vantagens da filiaçã o, segundo Paulo, sã o a libertaçã o da Lei (Gl 4:3 – 5) e a posse do Espírito
Santo, o Espírito de Filiaçã o (Gl 4:6). Resumindo: na regeneraçã o, recebemos nova vida; na
justificaçã o, uma nova reputaçã o; na adoçã o, uma nova posiçã o.
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(2) O penhor da herança, que é o Espírito Santo (Gl 4:6 – 7; Ef 1:11 – 14). O Pai ajuda o filho
adulto a começar com a investidura do Espírito. É o pagamento inicial da herança total que ele
receberá quando Cristo vier.
(3) A posse aos bens do Pai. Lc 15.31; Rm 8. 17;Ef 3.6
VIII - SANTIFICAÇ Ã O
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- O que é,
- Necessidade,
- Meios e
- Resultados.
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Boa Sorte!
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DECLARAÇÃ O
Damos fé e assinamos.
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