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Encontro 15

O que significa
o primeiro
mandamento?
Existe um
Dia 01

só Deus?

Na semana passada aprendemos sobre a importância dos manda-


mentos deixados por Deus a Moisés. Nos próximos dias vamos dar mais
um passo, vamos refletir sobre o que significado do primeiro mandamen-
to: “Eu sou o Senhor, seu Deus. Você não deve ter outros deuses além
de mim.”
O Primeiro Mandamento é, de todos, o principal. Para Lutero, um
grande reformador da Igreja, só é possível cumprir os demais mandamen-
tos através do cumprimento do primeiro. Nós, discípulos de Cristo,
cremos que existe um único Deus que criou tudo, deu vida e forma a tudo
que nos cerca e mantém tudo até os dias de hoje. O mesmo Deus é
descrito no Antigo Testamento como aquele que manteve e trouxe a
libertação ao Seu povo que vivia como escravo, e é reforçado no Novo
Testamento quando o próprio Jesus afirma a existência do único Deus
(Marcos 12.29-30).
O apóstolo Paulo, autor de muitas cartas do Novo Testamento, em
sua carta 1 Coríntios, no versículo seis do capítulo oito, explica sobre a
unicidade de Deus, “para nós, porém, há um único Deus, o Pai, de quem
vêm todas as coisas e para quem vivemos; e um só Senhor, Jesus
Cristo, por meio de quem vieram todas as coisas e por meio de quem
vivemos.”
Deus é, portanto, o único Deus. A única fonte de amor, consolo e
segurança que existe para nós. É importante saber que ter a Deus como
única fonte de amor, consolo e segurança não significa uma simples fé
pela qual a pessoa apenas reconhece a existência de Deus, mas uma
entrega total a Ele.

Leia Deuteronômio 6.1-9


Qual o problema
Dia 02

com as imagens?

Se então cremos em um único Deus, podemos nos apegarmos ou


depositarmos nossa fé em outras imagens ou objetos?A resposta é sim-
ples: se assim fizermos estaremos sendo contraditórios.
Nós que cremos no Deus que é Criador de tudo, e que reconhece-
mos o senhorio de Jesus, compreendemos que não se faz necessário a
criação de nenhum objeto ou imagem para que possamos ter um relacio-
namento ou tempo de conversar com Deus. Através de Jesus, temos livre
acesso a Deus. Cristo conquistou isso por nós em sua morte e ressur-
reição na cruz.
No decorrer de todo o Antigo Testamento pode-se observar que a
criação de imagens para adoração era um dos grandes confrontos que o
próprio Deus tinha com Seu povo. Moisés mesmo, quando apresenta os
mandamentos ditado por Deus, já no primeiro descreve que Deus não
quer que seu povo confeccione imagens para adoração: “Não faça para
si espécie alguma de ídolo ou imagem de qualquer coisa no céu, na
terra ou no mar. Não se curve diante deles nem os adore, pois eu, o
Senhor, seu Deus, sou um Deus zeloso” (Êxodo 20.4-5a).
Diversas religiões usam utensílios, objetos e até imagens que têm
como objetivo buscar por sorte, segurança. As pessoas fazem destas ima-
gens o motivo de sua fé e adoração, é onde procuraram por descanso e
confiança. O alerta de Deus ao Seu povo é claro: não há necessidade de
construir algo para que o único Deus seja adorado. Ele já se revelou de
forma humana em Cristo e continua se revelando nos dias de hoje através
da Sua própria criação.

Leia Salmo 115


O que são ídolos? Tudo que
Dia 03

ocupa o lugar de Deus!

Se ontem vimos que não agrada a Deus criação de imagens para


adoração, hoje vamos entender as consequências disso. Quando adora-
mos ou veneramos algo ou alguém, facilmente vamos passar a ter isso
como essencial, extremamente necessário, criando assim um ídolo, ou
um novo deus.
A busca por um ídolo é algo que acompanha a raça humana desde
o início de sua criação. Eva mesmo, quando soube pela serpente que
poderia ter acesso ao conhecimento do bem e do mal e não morreria
com isso, ignorou o que Deus já havia orientado. Sabe o porquê? No
coração de Eva, o seu grande desejo era ter o poder do seu criador, ela
queria ser um pouco deus também.
No decorrer de toda narrativa bíblica podemos observar que
muitas as vezes o povo de Israel foi confrontado por esse motivo. No
Novo Testamento o apóstolo Paulo, em uma visita a Atenas percebeu que
o povo romano também adorava ídolos, muitos ídolos, era mais ou
menos: cada passo, um deus. Paulo, esperto, percebeu tamanha adoração
e soube que ainda existia um altar para o “deus desconhecido”, é então
que ele lhes apresenta o único Deus, o grande Criador de tudo.
Afinal, como saber então se eu tenho algum ídolo? Isso pode
acontecer de forma consciente ou até inconsciente. Um exercício de
reflexão bem fácil: é tudo aquilo que você ver e pensar “Se eu tiver isso,
então me sentirei completo(a). Isso trará sentido para a minha vida, me
sentirei seguro(a), e terei valor de verdade!”
Hoje os ídolos talvez não sejam adorados como eram antiga-
mente, com incensos e rituais. Mas o grande objetivo continua sendo o
mesmo, nos afastar ao máximo da presença de Deus, tomando nosso
tempo, pensamentos, sentimentos, relacionamentos. Pode ser que os
atuais ídolos caibam em nossas mãos, pode ser a vaidade, orgulho, pode
ser até você mesmo. Ou ainda algo que estejam habitando dentro do
próprio coração e você ainda nem se deu conta. Ih!! Mas isso é assunto
para amanhã!

Leia Atos 17.16-34


O que o Sermão do Monte
Dia 04

fala a respeito disso?

Ontem falamos sobre como facilmente criamos nossos próprios


ídolos, que vem e tomam o lugar de Deus, e nos afastam de um relaciona-
mento verdadeiro com Ele. Hoje para compreender um pouco melhor
sobre isso, vamos falar sobre o que Jesus mesmo disse em Mateus 6.21
“pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração”.
Jesus no decorrer da Sua vida sempre usou de ilustrações simples para
que o povo melhor o compreendesse a respeito das instruções da vonta-
de de Deus. O alerta de Jesus aqui é para revermos onde e o que é o
nosso tesouro, ou melhor, o que mais tem valor para nós?
No nosso cotidiano, nossas escolhas e ações revelam muito sobre
cada um de nós. O tesouro que Jesus está falando, pode ser que fique
visível se prestarmos atenção em nós mesmo ao longo do nosso dia. Esse
tesouro pode ser qualquer coisa que escolhermos, pode ser o dinheiro,
games, redes sociais, o próprio desejo, relacionamento, ou até nós
mesmo. Quando optamos por algo, será ele que governará a nossa vida.
É doloroso, mas real. Porém, a coisa mais triste e danosa que pode
acontecer em nossas vidas é abraçarmos o tesouro errado. Pois para ele
viveremos, e ele então exercerá o controle inicial de todo o nosso viver.
Por isso, Jesus faz questão de deixar isso bem claro ao povo em Suas falas,
e este texto ainda hoje tem muito a nos falar, ainda precisamos desta
orientação.
Já falamos que as coisas que colocamos em nosso coração nos
dominam, e assim nunca nada estará sob o nosso controle. Na maioria
das vezes, ou melhor, sempre elas nos controlam, nos escravizam e nos
tornam dependentes. Logo, o coração define o ser humano e as suas
atitudes com Deus e com seu próximo. Ou entregamos nosso coração
por completo a Jesus, obedecemos ao que Ele nos ensina e vamos sendo
transformados em pessoas mais parecidas com Ele, ou deixemos Deus de
lado e entreguemos nosso coração e vontades para aquilo que o mundo
nos oferece. Mas vale lembrar, que cada qual colhe os frutos daquilo que
planta!
Vamos continuar falando sobre isso amanhã, por ora segue uma
sugestão de música “Tua obra em nós” do Projeto Sola.
https://youtu.be/bPiMH3Mh1ao
Dia 05 O que acontece se
desobedecermos a
este mandamento?
Terminamos a meditação de ontem com uma afirmação: aquilo
que plantarmos, também colheremos. Na carta aos Gálatas, Paulo faz este
mesmo alerta: “Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o
que o homem semear, isso também colherá. Quem semeia para a sua
carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito,
do Espírito colherá a vida eterna.” (Gálatas 6.7-8)
Antes de Paulo, lá no Antigo Testamento, Moisés fala ao povo Deus
da escolha que teriam quanto ao cumprimento dos mandamentos que
Deus havia ordenado: “Eis que, hoje, eu ponho diante de vós a bênção
e a maldição: A bênção, quando cumprirdes os mandamentos do
Senhor, vosso Deus, que hoje vos ordeno; A maldição, se não ouvirdes
os mandamentos do Senhor vosso Deus, e vos desviardes do caminho
que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conheces-
tes” (Deuteronômio 11.26- 28).
A Palavra de Deus nos avisa sobre a bênção e a maldição, e cabe a
nós escolher qual caminho seguir. A Bíblia nos ensina que para vivermos
em paz, para recebermos as bênçãos de Deus aqui na terra, a única coisa
que precisamos fazer é ouvir a voz de Deus, guardar os Seus mandamen-
tos em nossos corações e segui-los em amor e obediência.
O objetivo e desejo de Deus não é um duelo. Ele nos dá a escolha
de caminharmos com Ele, e oferece o seu amor, que quer inundar todo o
nosso coração e nossa vida. É desejo dele nos abençoar, nos resgatar e
oferecer uma vida segura e eterna. Isso fica claro na morte de Jesus na
Cruz. Quando o mesmo é oferecido como sacrifício vivo para perdão dos
pecados e restauração de todos os que amam a Deus.
Cristo na cruz levou sobre si as nossas dores, e pelo Seu sangue
nos é oferecido a vida eterna. Para de uma vez por todas ficar claro que
não existe nenhum outro Deus que pode demonstrar tamanho amor por
Sua criação.

Leia Romanos 1

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