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CIDADANIA

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CIDADANIA
2.
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Prof. Jair Miotto


6.

Prof. Lécio Contu


Prof. Marco A. T. Lapa
Profa. Roberta Tschernev
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Secretaria Geral de Educação e Cultura - IEQ

2018
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ITQ – INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR

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SGEC

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SECRETARIA GERAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA


AV. GENERAL OLÍMPIO DA SILVEIRA, 190 - BARRA FUNDA - SP

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Diretor Executivo
Pr. Erivelton Tavares

PrePArAção De originAis
Prof. Marco Antonio teixeira lapa
2.

Elaboração
Prof. Jair Miotto
Prof. Lécio Contu
Prof. Marco A. T. Lapa
15

Profa. Roberta Tschernev

Revisão
Prof. Pr. Marco A. T. Lapa
6.

Projeto Gráfico
Eurípedes Mendes

DiagramaçãO
33

Juliana Dias

Produção
SGEC – Secretaria Geral de Educação e Cultura da
Igreja do Evangelho Quadrangular
Gestão: Pr. Erivelton Tavares

1ª EDIÇÃO: 2010
EDIÇÃO DEZEMBRO 2018 - 2.000 EXEMPLARES

Proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem a permissão escrita dos autores, por quaisquer meios a não ser
em citações breves, com indicação da fonte. A violação dos direitos dos autores (Lei n.9.610/98) é crime estabelecido
pelo artigo 184 do código penal.
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CIDADANIA

Palavra do Presidente
“Quando os justos governam, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme”
Provérbios 29:2

Querido estudante desta Unidade de Ensino Teológico Pastoral,

0
É com muita alegria que nós, representantes do Conselho Nacional de Diretores da Igreja do
Evangelho Quadrangular introduzimos a vocês, através da Secretaria Geral de Educação e Cultura,

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a matéria de Cidadania em nosso currículo disciplinar.

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Assunto de suma importância, notamos que os temas que envolvem a Cidadania no Brasil,
principalmente dentro da Igreja, vinham sendo expressados de forma muito tímida entre nós. Porém
a cada dia que passa percebemos que são os representantes parlamentares que elegemos que

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podem ou não reger o futuro de nossa liberdade religiosa em nosso país.
Antigamente os cristãos perseguidos eram presos, mortos ou discriminados; atualmente
são cerceados através das Leis que visam impedir não só o crescimento da Igreja como também
apregoar, em alguns casos, a imoralidade, a destruição das famílias, a descriminalização das drogas
0
e tantos outros assuntos que ferem os princípios da ética e da moral.
Eu te incentivo a encarar esta matéria não apenas como mais um assunto a ser estudado,
2.
mas como uma bandeira em defesa da preservação da família, dos direitos dos cidadãos de bem e
da ampliação e aplicação do Projeto de Cidadania da Igreja do Evangelho Quadrangular.
Desejo a você um bom curso. Receba o meu abraço e que Deus te abençoe!
15

Pr. Mario de Oliveira


Presidente do CND
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CIDADANIA

APRESENTAÇÃO
Caro(a) Aluno(a)!
É com prazer e grande responsabilidade que lhe apresentamos a disciplina
de Cidadania.
Cidadania, atualmente, tem sido um assunto tratado no âmbito escolar,

0
juntamente com a Ética, e no momento histórico que vivemos como Igreja
de Cristo no Brasil e especialmente para a Igreja do Evangelho Quadrangular,
orientar os acadêmicos quanto à sua própria cidadania, quanto à necessidade

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do entendimento de que a demonização da cidadania no sue aspecto político só

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tem um interessado, ou seja, o nosso inimigo espiritual. A postura de manter o


povo de Deus cativo a idéias aparentemente santas e espirituais que os colocam
à margem e distantes da sociedade, da política, do seu exercício profético e
de direito de governar não podem mais ser toleradas, e tornam-se da nossa

de Deus avance em todas as áreas de influência.

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parte, como educadores quadrangulares, um desafio diário para que o reino

Portanto, você irá perceber que as colocações que fazemos neste livro
quebram paradigmas, ou seja, posições ou tradições que tem penetrado ou se
0
perpetuado na Igreja, e que diante do cenário político e das ameaças à Igreja
de Cristo no Brasil, precisamos reconsiderar e mudar.
2.
Ingresse nesta disciplina com o objetivo de refletir, considerar, e incorporar
as verdades aqui apresentadas.
Bem vindos ao estudo de Cidadania! Olá, que bom
podermos estar juntos
15

novamente!!
Prof. Jair Miotto
Prof. Lécio Contu
A partir de agora vam
Prof. Marco Lapa
estudar Cidadania.
6.

Profa. Roberta Tschernev

Você irá aprender sob


o que a palavra de
Deus diz a este respeit
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e qual é a nossa
responsabilidade com
cristãos perante a nos
nação.

Bem-Vindos!

Desejo a você um
ótimo curso!

THEO
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CIDADANIA

SUMÁRIO
PLANO DE ESTUDOS DA DISCIPLINA..................................................................................................... 15
EMENTA................................................................................................................................................. 15
OBJETIVO GERAL . ................................................................................................................................. 15
OBJETIVOS ESPECÍFICOS . ..................................................................................................................... 15
PROGRAMA DA DISCIPLINA.................................................................................................................. 15

0
CAPÍTULO 1 – ASPECTOS GERAIS DA TEOLOGIA POLÍTICA................................................................... 17
TÓPICO 1 – CONCEITOS FUNDAMENTAIS........................................................................................................ 17
1. INTRODUÇÃO . ............................................................................................................................................ 17

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2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS....................................................................................................................... 18
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TÓPICO 2 – A IMPORTÂNCIA DA TEOLOGIA POLÍTICA..................................................................................... 18


1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................. 18
2. IMPORTÂNCIA COMO TEOLOGIA................................................................................................................. 19
3. IMPORTÂNCIA COMO PROPOSTA CÍVICA.................................................................................................... 19

78
4. IMPORTÂNCIA COMO MENSAGEM EVANGÉLICA........................................................................................ 19
TÓPICO 3 – UM VÍNCULO HISTÓRICO.............................................................................................................. 20
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................. 20
TÓPICO 4 – DEUS E A POLÍTICA....................................................................................................................... 20
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................. 20
0
2. O GOVERNO UNIVERSAL DE DEUS............................................................................................................... 20
2.1. EVIDÊNCIAS DA EXISTÊNCIA DE UM GOVERNO ANTERIOR Á CRIAÇÃO DO HOMEM............................... 21
2.
2.2. DEUS E SEU DIREITO DE GOVERNAR........................................................................................................ 21
2.3. O GOVERNO DE DEUS E OS SISTEMAS POLÍTICOS TERRENOS.................................................................. 21
2.4. O GOVERNANTE COMO REPRESENTANTE DE DEUS................................................................................. 21
2.5. A QUESTÃO DISPENSACIONAL.................................................................................................................. 22
3. A BÍBLIA E A QUESTÃO DA AUTORIDADE..................................................................................................... 24
15

RESUMO DO CAPÍTULO 1............................................................................................................................... 25


AUTOATIVIDADE DO CAPÍTULO 1.................................................................................................................... 27

CAPÍTULO 2 – A POLÍTICA NO ANTIGO TESTAMENTO.......................................................................... 29


1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................. 29
6.

TÓPICO 1 – DA CRIAÇÃO ATÉ ABRAÃO.............................................................................................................. 30


1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................. 30
2. A TEOCRACIA PRÉ-ADÂMICA (HIERARQUIA ANGELICAL E ESTRUTURA FUNCIONAL)................................. 30
3. A TEOCRACIA ADÂMICA.............................................................................................................................. 31
3.1. ESTRUTURAS POLÍTICAS PRÉ-DILUVIANAS............................................................................................... 31
33

4. GENEALOGIA DAS TEOCRACIAS PAGÃS....................................................................................................... 32


TÓPICO 2 – A GÊNESE DE UMA NAÇÃO (DO PATRIARCADO À FEDERAÇÃO DE TRIBOS)................................. 32
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................. 32
2. O PATRIARCADO.......................................................................................................................................... 32
2.1. UMA NAÇÃO NO VENTRE DO EGITO – UM CONFRONTO DE DEUSES ..................................................... 33
2.2. UMA NAÇÃO NO DESERTO ...................................................................................................................... 33
2.3. A FEDERAÇÃO DAS DOZE TRIBOS............................................................................................................. 34
TÓPICO 3 – A CONSOLIDAÇÃO DE UM ESTADO (DOS JUIZES À MONARQUIA)................................................ 34
1. O TEMPO DOS JUIZES.................................................................................................................................. 34
2. A MONARQUIA E A NAÇÃO UNIFICADA...................................................................................................... 34
3. UM ESTADO DIVIDIDO................................................................................................................................. 35
4. O REI............................................................................................................................................................ 35
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TÓPICO 4 – ISRAEL E SUAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS . .............................................................................. 36


1. OS INIMIGOS............................................................................................................................................... 36
1.1. OS MIDIANITAS......................................................................................................................................... 36
1.2. OS AMONITAS........................................................................................................................................... 36
1.3. OS AMALEQUITAS..................................................................................................................................... 37
1.4 - OS MOABITAS.......................................................................................................................................... 37
1.5. OS FILISTEUS............................................................................................................................................. 37
1.6. A SÍRIA...................................................................................................................................................... 37
1.7. A ASSÍRIA.................................................................................................................................................. 37

0
1.8. BABILÔNIA................................................................................................................................................ 37
2. A DIPLOMACIA............................................................................................................................................. 38
TÓPICO 5 – O CATIVEIRO E O PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO . ................................................................... 38

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1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................. 38
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2. O CATIVEIRO DAS TRIBOS DO NORTE.......................................................................................................... 38


3. O CATIVEIRO DE JUDÁ.................................................................................................................................. 39
4. O PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO............................................................................................................. 39
4.1. A DOMINAÇÃO GRECO-MACEDÔNICA..................................................................................................... 39

78
4.1.1. Contribuições deixadas pelos gregos ......................................................................................... 40
RESUMO DO CAPÍTULO 2............................................................................................................................... 42
AUTOATIVIDADE DO CAPÍTULO 2.................................................................................................................... 45

CAPÍTULO 3 – A POLÍTICA NO NOVO TESTAMENTO............................................................................. 47


0
TÓPICO 1 – O CONTEXTO PALESTINO.............................................................................................................. 47
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................. 47
2.
2. ISRAEL NO PÓS-EXÍLIO - O PERÍODO MACABEU ......................................................................................... 47
3. O SURGIMENTO DO IMPÉRIO ROMANO..................................................................................................... 48
3.1. A CONTRIBUIÇÃO ROMANA NO PROPÓSITO DE DEUS............................................................................. 48
4. O CENÁRIO POLÍTICO DA PALESTINA NOS DIAS DE JESUS........................................................................... 50
TÓPICO 2 – TRATADOS TEOLÓGICOS............................................................................................................... 51
15

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................. 51
2. NAS PALAVRAS DE CRISTO .......................................................................................................................... 51
2.1. O EXEMPLO DE JOSÉ E MARIA ................................................................................................................ 51
2.2. O EXEMPLO DE JESUS............................................................................................................................... 52
2.3. O REINO DE DEUS ................................................................................................................................... 52
6.

3. NOS ESCRITOS PAULINOS ........................................................................................................................... 53


3.1. A EXPERIÊNCIA DE PAULO........................................................................................................................ 54
4. NAS EPISTOLAS GERAIS............................................................................................................................... 54
5. NO APOCALIPSE........................................................................................................................................... 55
TÓPICO 3 – A IGREJA E A POLÍTICA.................................................................................................................. 55
33

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................. 55
2. A IGREJA PERSEGUIDA................................................................................................................................. 55
3. A IGREJA E OS NOVOS DESAFIOS ................................................................................................................ 55
RESUMO DO CAPÍTULO 3............................................................................................................................... 56
AUTOATIVIDADE DO CAPÍTULO 3.................................................................................................................... 57

CAPÍTULO 4 – ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL............................................................................. 59


TÓPICO 1 - ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL............................................................................................. 59
1. INTRODUÇÃO . ............................................................................................................................................ 59
2. CONCEPÇÕES POLÍTICAS............................................................................................................................. 59
3. CONHECIMENTOS GERAIS........................................................................................................................... 60
3.1. HISTÓRIA DA CIÊNCIA POLÍTICA............................................................................................................... 60
4. A POLÍTICA NO BRASIL................................................................................................................................. 61
4.1. A FEDERAÇÃO BRASILEIRA........................................................................................................................ 61
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TÓPICO 2 – OS TRÊS PODERES......................................................................................................................... 62


1. INTRODUÇÃO . ............................................................................................................................................ 62
2. PODER EXECUTIVO DO BRASIL.................................................................................................................... 63
2.1. EXECUTIVO FEDERAL................................................................................................................................ 63
2.1.1. Os principais órgãos do Poder Executivo Federal são:............................................................ 63
2.1.2. Autoridades Federais....................................................................................................................... 64
2.1.3. Vice Presidente da República.......................................................................................................... 67
2.1.4. Ministros do Estado:....................................................................................................................... 67
2.1.5. Administração Indireta................................................................................................................... 68

0
2.1.6. Forças Armadas................................................................................................................................ 68
2.1.7. Ministério Público da União........................................................................................................... 68
2.1.8. Segurança Pública............................................................................................................................ 68

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2.2. EXECUTIVO ESTADUAL.............................................................................................................................. 69
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2.2.1. Os principais órgãos do Poder Executivo Estadual ................................................................. 69


2.3. EXECUTIVO MUNICIPAL............................................................................................................................ 69
2.3.1. Os principais órgãos do Poder Executivo Municipal................................................................ 69
3. PODER LEGISLATIVO DO BRASIL.................................................................................................................. 70

78
3.1. LEGISLATIVO FEDERAL.............................................................................................................................. 70
3.2. AUTORIDADES LEGISLATIVAS FEDERAIS.................................................................................................... 70
3.2.1. O Senado Federal do Brasil............................................................................................................ 70
3.2.1.1. Funções do Senado........................................................................................................................ 71
3.2.2. A Câmara dos Deputados Federais................................................................................................ 71
0
3.2.2.1. Comissões Parlamentares............................................................................................................ 72
3.2.3. Tribunal de Contas da União.......................................................................................................... 72
2.
3.2.3.1. Suas principais atribuições . ........................................................................................................ 72
3.3. LEGISLATIVO ESTADUAL............................................................................................................................ 73
3.3.1. Deputados Estaduais........................................................................................................................ 73
3.3.2. Deputados Distritais......................................................................................................................... 73
3.3.3. Tribunais de Contas Estaduais....................................................................................................... 73
15

3.4. LEGISLATIVO MUNICIPAL.......................................................................................................................... 74


3.5. PODER JUDICIÁRIO DO BRASIL................................................................................................................. 74
3.5.1. Funções do Poder Judiciário.......................................................................................................... 74
3.5.2. Classificação dos órgãos judiciários.......................................................................................... 75
3.5.2.1. Órgãos judiciários......................................................................................................................... 75
6.

4. PARTIDOS POLÍTICOS BRASILEIROS............................................................................................................. 78


5. PLEBISCITO E REFERENDO........................................................................................................................... 79
TÓPICO 3 – O PAPEL DA IGREJA NA POLÍTICA.................................................................................................. 79
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................. 79
2. A FRENTE PARLAMENTAR EVANGÉLICA....................................................................................................... 80
33

3. POSIÇÃO DA IGREJA COM RELAÇÃO ÀS LEIS CONTRÁRIAS À PALAVRA DE DEUS........................................ 80


3.1. NA DOUTRINA SÓCIO-POLÍTICA DA IEQ, SEGUNDO OS PRINCÍPIOS
DA PALAVRA DE DEUS A IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR É CONTRÁRIA:....................................... 81
3.1.1. Divórcio Sem Fundamento.............................................................................................................. 81
3.1.2. CASAMENTO DE PESSOAS DO MESMO SEXO E HOMOSSEXUALISMO.................................................. 82
3.1.3. ABORTO................................................................................................................................................. 83
3.1.4. IMPOSIÇÃO DO CONTROLE DA NATALIDADE E ESTERILIZAÇÃO............................................................. 83
3.1.5. Pena de Morte . ................................................................................................................................. 84
3.1.6. EXPLORAÇÃO DE CRIANÇA E ADOLESCENTE ........................................................................................ 84
3.1.7. LEGALIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE PROSTITUTAS ................................................................................... 85
3.1.8. DISCRIMINAÇÃO (RAÇA, COR, CREDO) ................................................................................................. 85
3.1.9. CORRUPÇÃO E IMPUNIDADE ................................................................................................................ 86
3.1.10. OPRESSÃO AOS MENOS FAVORECIDOS (IMPOSTOS E TAXAS ABUSIVAS)............................................ 86
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3.1.11. VÍCIOS.................................................................................................................................................. 87
3.1.12. FECHAMENTO DE IGREJAS E PRISÕES DE PASTORES (LEI DO SILÊNCIO) ............................................. 87
3.1.12.1. LIBERDADE RELIGIOSA...................................................................................................................... 87
3.2. Na Doutrina Sócio-Política da IEQ, segundo os Princípios
da Palavra de Deus a Igreja do Evangelho Quadrangular é A FAVOR:.................................................... 88
3.2.1. Do direito da Cidadania - Conscientização do Povo ................................................................ 88
3.2.2. Direito à Educação religiosa com Plena Liberdade de Expressão......................................... 88
3.2.3. Assistência Social . ........................................................................................................................... 89
3.2.4. Direito à Ocupação da Mídia pela Igreja (Liberdade de Imprensa)......................................... 89

0
3.2.5. Ética e decência nos Meios de Comunicação.............................................................................. 90
3.2.6. Meio Ambiente.................................................................................................................................... 90
3.2.7. Amparo aos Necessitados ......................................................................................................................................... 90

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3.2.8. Saúde e Moradia com Infraestrutura......................................................................................... 91
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3.2.9. Trabalho Justo e Estável................................................................................................................. 91


4. Projeto de Cidadania da Igreja Quadrangular .............................................................................. 92
4.1. CIDADANIA NO BRASIL............................................................................................................................. 92
4.2. CIDADANIA NA IGREJA QUADRANGULAR................................................................................................. 92

78
RESUMO DO CAPÍTULO 4............................................................................................................................... 94
AUTOATIVIDADE DO CAPÍTULO 4.................................................................................................................... 95

CAPÍTULO 5 – TEOLOGIA POLÍTICA PRÁTICA........................................................................................ 97


TÓPICO 1 – A IGREJA, UMA FONTE DE BÊNÇÃOS............................................................................................ 97
0
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................. 97
2. O PODER DA IGREJA.................................................................................................................................... 97
2.
2.1. A POSTURA DO CRISTÃO........................................................................................................................... 97
2.2. O PODER ATRAVÉS DA SUBMISSÃO E DA OBEDIÊNCIA............................................................................. 98
2.3. O PODER ATRAVÉS DA LIBERDADE FINANCEIRA ...................................................................................... 99
2.4. O PODER ATRAVÉS DO AMOR À PÀTRIA................................................................................................... 99
TÓPICO 2 – CINCO PODERES......................................................................................................................... 100
15

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................................ 100
2. SETE PODERES........................................................................................................................................... 100
3. A IGREJA EVANGÉLICA NO BRASIL............................................................................................................. 100
4. UMA NOVA CONSCIÊNCIA E O DESPERTAR DO PODER . ........................................................................... 101
4.1. A ABRANGÊNCIA DO “SAL DA TERRA”.................................................................................................... 101
6.

4.2. OS SINAIS DA CONQUISTA...................................................................................................................... 101


5. DENTRE TEUS IRMÃOS.............................................................................................................................. 104
6. QUANDO DEUS NÃO RESPONDE............................................................................................................... 105
7. VÓS E O VOSSO REI.................................................................................................................................... 105
8. A QUEM INTERESSA LEIS QUE VISAM PREJUDICAR A IGREJA?.................................................................. 105
33

9. A IGREJA INTERAGINDO NA CIDADANIA.................................................................................................... 106


9.1. O JUSTO TEM QUE GOVERNAR............................................................................................................... 106
9.2. A HORA DA DECISÃO.............................................................................................................................. 106
9.3. O ANALFABETO POLÍTICO....................................................................................................................... 107
10. DEMOCRACIA REPRESENTATIVA E PARTICIPATIVA................................................................................... 107
11. COMPROMISSO ÉTICO CRISTÃO.............................................................................................................. 107
12. PERFIL DO POLÍTICO CRISTÃO.................................................................................................................. 108
13. NÃO VENDA SEU VOTO............................................................................................................................ 108
14. FELIZ É A NAÇÃO CUJO DEUS É O SENHOR.............................................................................................. 109
14.1. UM ALERTA........................................................................................................................................... 109
RESUMO DO CAPÍTULO 5............................................................................................................................. 110
AUTOATIVIDADE DO CAPÍTULO 5.................................................................................................................. 111
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CIDADANIA

CAPÍTULO 6 – POLÍTICA NÃO É PECADO............................................................................................. 113


TÓPICO 1 – CONSCIENTIZAÇÃO .................................................................................................................... 113
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................................ 113
2. OS CIDADÃOS E A RESPONSABILIDADE COM O VOTO............................................................................... 114
TÓPICO 2 – POLÍTICA NÃO É PECADO............................................................................................................ 115
1. INTRODUÇÃO - POLITICA NA IGREJA ........................................................................................................ 115
RESUMO DO CAPÍTULO 6............................................................................................................................. 116
AUTOATIVIDADE DO CAPÍTULO 6.................................................................................................................. 117

0
FINAL ................................................................................................................................................... 127

REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 129

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CIDADANIA

PLANO DE ESTUDOS DA
DISCIPLINA
EMENTA
Esta disciplina visa levar o aluno a compreender conceitos que envolvem cidadania. Conhecer e

0
compreender a Organização Social e Política brasileira. Desenvolver o senso crítico responsável do aluno com
relação às políticas nacionais, para que mantenha-se informado e possa apoiar e manifestar-se de forma ética,
cristã e produtiva.

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OBJETIVO GERAL
Que o aluno entenda a teologia política e social da Igreja conforme a palavra de Deus para ser uma voz
para quebrar paradigmas na era pós-moderna devido aos preconceitos e falta de conhecimento existente em

78
relação à Cidadania, e se torne um agente de transformação social através do seu ministério.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Aprender que Deus e a política não são distantes, e que a palavra de Deus fornece as bases para a
0
teologia política.
• Aprender que política não é pecado, antes é mandato divino: “dominai a terra”.
2.
• Estudar a relação entre os atos de Deus e os eventos políticos no Antigo testamento, e identificar a
ação política de Deus na relação de poder, mando e obediência com as instituições legais existentes.
• Estudar a relação entre os atos de Deus e o cenário cultural e histórico do período intertestamentário
e neotestamentário.
15

• Conhecer a Organização Social e Política Brasileira.


• Conhecer a Doutrina Social da Igreja do Evangelho Quadrangular.
• Conhecer a Doutrina Sócio-Pólítica da IEQ – A Visão da Igreja
• Conhecer a Cidadania em seus aspectos bíblicos e políticos.
6.

PROGRAMA DA DISCIPLINA
CAPÍTULO 1 – ASPECTOS GERAIS DA TEOLOGIA POLÍTICA
33

CAPÍTULO 2 – A POLÍTICA NO ANTIGO TESTAMENTO


CAPÍTULO 3 – A POLÍTICA NO NOVO TESTAMENTO
CAPÍTULO 4 – ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL
CAPÍTULO 5 – TEOLOGIA POLÍTICA PRÁTICA
CAPÍTULO 6 – POLÍTICA NÃO É PECADO
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CAPÍTULO 1
ASPECTOS GERAIS DA TEOLOGIA POLÍTICA

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01
-9 CAPÍTULO

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TEOLOGIA POLÍTICA; Disponível em blig.ig.com.br/
debateaberto/2008/11/; em 05.jul.2010
2.
TÓPICO 1 – COnCEITOS
FUnDAMEnTAIS
1. InTRODUÇÃO
15

A relação entre religião e política é um fato que não pode ser ignorado,
sobretudo quando afeta diretamente a vida e os destinos da sociedade. Para
exemplificar esta assertiva, no brasil, até o reinado de D. Pedro ii quando foram
instituídos os cartórios, a vida civil era regida pela igreja católica. Assim, da
6.

certidão de Nascimento ao Atestado de Óbito era a igreja que documentava


a existência do individuo.
em todo o processo histórico, o convênio entre estado e religião tem
tido relevante papel na formação das diversas sociedades deste os primeiros
33

processos civilizátorios aos mais recentes eventos políticos. É quase impossível


dissociar de eventos como o surgimento e desaparecimento dos grandes
impérios da antiguidade, as incursões das cruzadas no oriente, o domínio da
igreja nas estruturas feudais da idade Média, a criação da igreja Anglicana como
meio de satisfazer os interesses de Henrique viii na inglaterra ou mesmo os
eventos de 11 de setembro de 2002, o convênio entre religião e poder.
No Antigo testamento, a estátua de Nabucodonosor é um exemplo clássico
do amalgama existente entre a religião e poder e de como a importância do
assunto desperta o interesse dos escritores sagrados. As Histórias da bíblia
estão carregadas de eventos relacionados com a interatividade entre política
e religião. É justamente a presença do tema nas páginas da bíblia que permite
a existência de uma teologia Política que, a partir de agora, passaremos a
investigar.
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2. COnCEITOS FUnDAMEnTAIS
• DE POLÍTICA

etimologicamente o termo é a conjunção das palavras gregas polis (plural, cidade) e technè (conhecimento,
arte, ciência). A idéia presente é a de significar “conhecimento sobre as coisas da cidade”. A palavra politeia
também de origem grega significa todas as atividades referentes à pólis.

como conceito podemos adotar a já conhecida definição de “política” como a arte de bem governar a
“polis” (estado). como disciplina é tida como o ramo da filosofia que trata da relação entre poder, e mando,

0
e obediência, em todas as suas implicações morais.

-9
• DE CIVISMO (CIDADANIA)

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sinônimo de patriotismo ou cidadania trata-se da devoção à causa publica. refere-se ao conjunto de


atitudes e valores patrióticos que se espera encontrar no individuo componente da polis (cidade, estado). tais
valores são tidos como necessários na lubrificação das relações sociais, no progresso da sociedade e segurança

78
do estado. A Ética e a Moral são conceitos estreitamente relacionados com a idéia de cidadania. Neste contexto,
as leis figuram como agentes da moral e realizadoras de princípios e cuja observação realiza os atos de civismo.

• DE TEOLOGIA POLÍTICA
0
É o ramo da filosofia política e da teologia que investiga a conexão entre política e religião e o resultado
desta interatividade bem como busca orientação bíblica e espiritual para o exercício da cidadania sob a regência
das escrituras sagradas. como teologia, busca na revelação (bíblia) a fonte de esclarecimento e conhecimento.
2.
ocupa-se da questão de como os planos espirituais e físicos podem estabelecer e manter seus convênios. A
Wikipédia, quanto à teologia política informa que “os pensamentos e os discursos teológicos influenciam a
política, a sociedade, a economia e a cultura.”

TÓPICO 2 – A IMPORTÂnCIA
15

DA TEOLOGIA POLÍTICA
1. InTRODUÇÃO
6.

tanto a teologia quanto a política são indispensáveis como


matérias de análise para o estudante cuja vocação é voltada para
a liderança espiritual. estar à frente de um grupo de pessoas
já é em si, uma atividade política. exige habilidade política. e,
33

se este líder é um ministro espiritual então a responsabilidade


religiosa o faz dependente da orientação da divindade. A não ser
que o líder identifique a si próprio como à divindade, precisará
de todo conhecimento concernente à religião que confessa daí,
a importância da teologia. A teologia Política deve remeter o
aluno de teologia ou de formação ministerial a pensar uma
religião que deve ser política, porque envolve pluralidade,
moralidade, governo e relações a fins, tanto quanto uma política
que deve ser religiosa, por ter na revelação, uma referência
de bem absoluto que deve prescrever todos os princípios
norteadores da moral, Deus. bANDeirA Do brAsiL e Do cristiANisMo; Disponíveis: jpn.
icicom.up.pt/2007/05/09/imigracao_autorid...; www.zazzle.
com.br/bandeira_crista_poster-2288...; em 05.jul.2010
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CIDADANIA

2. IMPORTÂnCIA COMO TEOLOGIA


A condição de formador de opinião não permite ao líder espiritual ignorar as orientações da bíblia para
a vivência política e social. A bíblia é farta em preceitos que lubrificam os relacionamentos entre grupos de
indivíduos e seus vizinhos.
A cultura do mundo ocidental se arvora sobre o tripé do direito romano, da política dos gregos e da
moral judaica. esta ultima, se arvora sobre os valores da revelação. Nos países mulçumanos, toda cultura se
fundamenta nos agentes morais da revelação. Mesmo em estados onde o ateísmo é preferido, sua ética é
elaborada a partir de princípios estabelecidos e mantidos pela religião uniformizando com outras culturas,

0
seus sistemas legais. tanto nas sociedades mais primitivas quanto nas nações mais desenvolvidas pode-se
observar o amalgama entre as leis ou princípios normativos e a religião. É esta conjunção que faz com que

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seja indispensável o exame de uma teologia política. se Deus tem algo a nos dizer acerca de política e nossas

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responsabilidades cívicas, então, temos que ouvi-lo.

3. IMPORTÂnCIA COMO PROPOSTA CÍvICA

78
como proposta cívica, encontramos na revelação, o grande interesse de Deus em ser o soberano de um
estado teocrático onde a cidadania forneça as bases para uma sociedade de adoradores.
Para os israelitas do Antigo testamento, a observação da Lei, dada por Deus a Moisés no deserto, era
garantia de segurança e prosperidade1. No Novo testamento somos exortados a nos sujeitarmos às autoridades
por serem estas enviadas por Deus. Assim observa Pedro:
0
“Sujeitai-vos pois a toda ordenação humana por amor do Senhor: quer ao rei, como superior;
2.
Quer aos governadores como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que
fazem o bem. Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo o bem, tapeis a boca à ignorância
dos homens loucos” (1 Pe 2.13-15)
15

tomando como base o versículo supracitado podemos concluir que uma cidadania norteada pela moral
bíblica proporciona ao cidadão piedoso segurança contra a ação
dos malfeitores, louvores para os piedosos, satisfação da vontade
de Deus e silêncio dos insensatos.
6.

4. IMPORTÂnCIA COMO MEnSAGEM


EvAnGÉLICA
como mensagem evangélica, a teologia política propõe
uma cidadania que manifeste todo interesse da comunidade
33

dos crentes em realizar o ideal de Deus para a felicidade


coletiva de seus filhos. Mediante o bom testemunho cívico dado
pela comunidade de cidadãos crentes, tornar-se-á possível a
comunicação de um evangelho libertador. Da mesma maneira,
remete o observador secular ao reconhecimento da soberania
de Deus manifesto nas obras piedosas do crente “... para
que, naquilo em que falam mal de voz, como de malfeitores,
glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em
vos observem” (1 Pe 2:12).

NArAM-siN; Disponível em www.comp.dit.ie/.../


Hum1/030908/030908hum.htm; 05.jul.2010
1 - Deuteronômio 29:9; ii crônicas 20:20, 26:5.
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TÓPICO 3 – UM vÍnCULO HISTÓRICO


1. InTRODUÇÃO
A estreita relação entre o Poder e a religião tem sido um fato que se perde nos primórdios da civilização.
A divinização da realeza, por exemplo, já era um fato entre os monarcas da Mesopotâmia. o acadiano
Naram-sin que reinou por volta do século 23 a. c. foi o primeiro governante, de que se tem notícia, a vindicar
para si o status de um deus declarando-se esposo de ishtar, deusa da guerra.

0
No mundo antigo parece que o casamento entre governo e religião favorecia tanto o estabelecimento
como a manutenção dos sistemas imperiais.

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No egito, os faraós eram considerados semi-deuses e seus decretos considerados sagrados, daí, o emprego
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do termo “hieróglifo” (escultura sagrada) para designar o sistema egípcio de escrita.


Na babilônia, reis como Hamurabi também se consideravam divinos, e a bíblia, nos brinda com a história de
como Nabucodonosor promoveu seu culto cívico prejudicado pela reação de Mesaque, sadraque e Abde-Nego2.

78
os impérios que se sucederam a partir de então, o persa, o grego e o romano também mantiveram estreito
relacionamento com a religião seja por considerar o rei como um deus ou simples representante deste.

TÓPICO 4 – DEUS E A POLÍTICA


0
1. InTRODUÇÃO
2.
É no teísmo que repousa a crença de que Deus se interessa
pelos homens e por tudo que se relaciona à vida destes. No
interesse de Deus pelos homens reside sua interferência como
soberano, diante de quem, todo ser humano deve obrigações
15

morais. estas são, por sua vez, são cobradas por representantes
da divindade, que, responsabilizam os indivíduos por seus
atos com punições ou recompensas, tanto quanto assumem
responsabilidades de salvaguardar seus direitos fundamentais.
6.

Em oposição ao Ateísmo que nega a existência


de Deus, o Teísmo afirma, não apenas que Deus existe
(ou deuses) como sustenta que se interessa pelos
homens exercendo sua influencia sobre eles. Para o
teísmo, Deus estabeleceu uma relação com os homens, GLobo terrestre; Disponível em: profcmazucheli.blogspot.
33

com/2009_11_22_archiv...; em 05.jul.2010
intervindo na historia da humanidade castigando ou
responsabilizando-os por seus atos.

2. O GOvERnO UnIvERSAL DE DEUS


Pela bíblia somos ensinados que Deus é o grande agente por detrás do governo humano. Desde os
primórdios da criação, mesmo antes dos eventos narrados no capitulo primeiro de Gênesis, Deus já governava
as hostes celestiais. A bíblia declara que o senhor, Deus de israel, está entronizado acima dos querubins3,
e, em dialogo com Jô, revelou-se criador e Governante do universo em que sua maravilhosa obra tem sido
contemplada e admirada pelos anjos mesmo antes da criação do homem4.

2 - Daniel 3:1-6
3 - ii reis 19:15
4 - Jô 38
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2.1. EVIDÊNCIAS DA EXISTÊNCIA DE UM GOVERNO ANTERIOR Á CRIAÇÃO


DO HOMEM.
Os relatos bíblicos da queda de Lúcifer e seus seguidores
servem como evidência da existência de um estado legal, em Satanás quis tomar para si o
que, pela sublevação destes, pelo menos três importantes fatores status de soberano à semelhança de
precisam ser considerados: Primeiro, houve uma tentativa de Deus planejando assim, uma incursão
golpe, uma ação subversiva liderada por Satanás para usurpar a revolucionaria entre os anjos. (Isaias
glória que pertence a Deus. Em segundo lugar, houve uma reação 14:12-14: Ezequiel 28:15,16, 18)

0
deste estado, pois a força legal combateu contra os sublevados . E
5

finalmente, houve uma sentença judicial em que os sublevados foram condenados6.

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Nos textos bíblicos pesquisados fica manifesto a relação dos fatos com a política pela presença de
conceitos como “trono”, “rei”, “nação”, “reino”, “reino de nosso Deus”, etc., assim como a importância de uma
política assentada na base da justiça e soberania de Deus e na fidelidade de seus agentes, única garantia de
estabelecimento e manutenção do bem e da ordem.

2.2. DEUS E SEU DIREITO DE GOVERNAR


78
O governo soberano de Deus sobre o universo repousa no fato da criação. Fundamentamos esta tese nas
declarações dos escritores da Bíblia entre os quais destacamos a oração de Ezequiel quando afirma: “O Senhor,
0
Deus de Israel, que estás entronizado acima dos querubins, tu somente és o Deus de todos os reinos da terra;
Tu fizeste os céus e a terra” (2 Rs 19.15); e a declaração do apostolo Paulo quando assevera que “Porque nele
2.
foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações,
sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele”. (Cl 1.16)

2.3. O GOVERNO DE DEUS E OS SISTEMAS POLÍTICOS TERRENOS


15

O primeiro versículo citado se refere claramente aos “reinos da Terra”7 e a segunda faz menção de
hierarquias visíveis e invisíveis8 dando evidencias de que o governo de Deus se estende aos domínios das
instituições humanas. Na sessão seguinte veremos a forma como esta intervenção acontece.

2.4. O GOVERNANTE COMO REPRESENTANTE DE DEUS


6.

O apóstolo Paulo recomenda aos crentes de Roma que “toda alma esteja sujeita às autoridades
superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus”
(Rm 13.1). Como conhecedor profundo do sistema religioso judaico, pois pertencera ao grupo dos fariseus9,
Paulo conforma suas palavras ao sistema teológico judaico que considerava Deus, não apenas como a causa
33

primaria, mas também, como o principio de todas as coisas. Para Champlim e Bentes, “nele é que todas as
coisas teriam origem e nele todas as coisas encontrariam o seu alvo. Nele, todas as coisas encontrariam seu
plano (causa formal) e através dele todas as coisas são produzidas ou realizadas (causa eficiente)”10. E, é este
pensamento que norteia o pensamento por de trás das afirmações de Paulo. Portanto, toda autoridade, civil,
militar ou política em qualquer esfera de atividade, possui um poder delegado por Deus. O texto a seguir,
reflete o pensamento judaico acerca dos governantes terrenos:

5 - Alusão à batalha liderada por Miguel em Apocalipse 12:7-9


6 - Isaias 14:15; Ezequiel 28:17-18; Judas 6; Apocalipse 12:8-9
7 - II Reis 19:15
8 - Colossenses 1:16
9 - Paulo afirma ter sido fariseu conforme a lei.(Filipenses 3:5).
10 - CHAMPLIM, R. N.; BENTES, J.M. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia.São Paulo: Candeia,1997, p. 944
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Pois vosso domínio vos foi dado da parte do Senhor,


E vosso senhorio do altíssimo
Ele examinará vossas e sondará vossos planos;
Pois sendo servos de seu reino, não julgastes retamente
E nem observastes a lei,
E nem seguistes à vontade de Deus.

0
Ele virá contra vós terrível e repentinamente,
Pois um juízo severo atingirá os que estão em lugares altos

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(Sabedoria de Salomão 6:1-5)
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O emprego do termo “ministro” pelo apostolo


Paulo como uma designação de autoridade parece ter Segundo Champlim e Bentes, “ministro” é
a finalidade de sacramentar o poder político. A política um termo usado frequentemente em conexão

78
é de Deus e todos os que a constituem, e, os políticos com o culto religioso. Servia para designar o
são servos de Deus, estabelecidos para promover o sacerdote, pastor ou qualquer líder religioso.
bem à sociedade mediante a aplicação da lei, sejam
eles tementes a Deus ou não.
0
Sobre os versículos subseqüentes à carta aos Romanos 3:1 faremos uma análise mais detalhada no
capitulo três.
2.
2.5. A QUESTÃO DISPENSACIONAL
Segundo escreveu Lawrence Olson, “em Apocalipse 21.27 é revelado o grande propósito de
Deus, de ter um reino, um universo sobre o qual Ele presidirá e do qual será banido para sempre tudo
o que não estiver em harmonia com ele” (OLSON, 1979,p. 24). Estabelecer um reino, como qualquer
15

sistema político exige um efetivo, e, este efetivo formado por pessoas (súditos), uma legislação, um
governante (qualquer posto) e um sistema legal (magistrados, juizes, policia, etc...) que lhe garanta
governabilidade. Na questão dispensacional, Olson afirma que Deus, o soberano absoluto (o governante
mor) a fim de definir o efetivo com quem passará a eternidade em Seu reino eterno, estabeleceu um
plano que inclui períodos probatórios em que o homem seria testado quanto a sua fidelidade a Ele.
6.

O processo se inicia com a criação de Adão e segue após sua


queda consistindo da definição de períodos em que o homem
UMA DISPENSAÇÃO É UM PERIODO
seria responsabilizado por sua conduta11 em relação às leis
DE TEMPO DURANTE O QUAL O HOMEM É
oferecidas. Na relação do homem (dentro de sua época), com
PROVADO A RESPEITO DE SUA OBEDIENCIA
a porção revelada da palavra de Deus, seria testada, a sua
33

PARA COM UMA DETERMINADA REVELAÇÃO


obediência, e lealdade, e, confirmada o direito à portabilidade
DA VONTADE DE DEUS. SCHOFIELD
da cidadania celestial.
A estes períodos, em que Deus exerceria Seu governo com base na Sua Palavra revelada, chamamos
“dispensações”.
As dispensações são sete:
 A Dispensação da Inocência: Período que começa com a criação de Adão e vai até a queda deste.
Caracteriza-se pelo contato direto entre Deus e o homem, que, recebera de Deus a ordem de
administrar o jardim12 e recebera deste as condições de dominar13 sobre toda a natureza criada.
Como não há governo sem lei, Deus lhe impusera leis dando-lhe direitos14 e fazendo-lhe restrições15.

11 - Atos morais em contraste com “comportamento” que pode ser um simples deitar, comer ou caminhar.
12 - Gênesis 2:15
13 - Gênesis 1:26
14 - Gênesis 2:16
15 - Gênesis 2:17
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CIDADANIA

 A Dispensação da Consciência: Período que começa com a queda do homem e se estende até o
dilúvio. Agora destituído das regalias do Édem e da comunhão com Deus o homem precisa buscar
orientação em sua própria consciência. O estado é de guerra de todos contra todos não há leis
que normatize as relações sociais e a corrupção logo chega a nausear o Senhor que sentencia a
humanidade à sua quase extinção, preservando apenas Noé e sua família. O homem não conseguiu
ir longe em sua tentativa de vida autônoma. Deus iria cobrar o mau uso da faculdade de escolher
entre o bem e o mal. O Dilúvio fora anunciado.
 A Dispensação do Governo Humano: Com o dilúvio tem inicio a dispensação do governo humano.
Neste período começam a se organizar os primeiros aldeamentos. A vida em sociedade deve

0
ser agora pautada em princípios normativos que se transformarão em leis. No governo humano
Deus delega ao homem a responsabilidade judicial. Nasce à pena capital como meio de proteger

-9
a vida em contraste com a dispensação anterior: “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo

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homem se derramará o seu” (Gênesis 9:6) decreta o Senhor. Segundo Olson, comentando sobre a
responsabilidade do homem em aplicar a pena capital, como meio de conter os maus acrescenta
que “A investidura dessa autoridade e responsabilidade no homem foi uma novidade no novo pacto
de Deus com os homens após o dilúvio” (OLSON, 1979. P.55).

78
 A Dispensação Patriarcal: Período que começa com o chamado de Abraão. O mundo já está avançado
em seu processo civilizatorio. O patriarca é retirado de Ur dos Caldeus e peregrina por civilizações
já bem organizadas como o Egito, e chega à Canaã com a promessa ser o pai de uma nação. Deus
está revelando aos poucos seu projeto de reino. Com promessas sendo dadas ao descendentes de
Abraão, Deus vai fortalecendo Seu ideal de nação que mais tarde passando pela forja do sofrimento
0
no Egito sairão prontos para receber o mais bem elaborado código de leis com que irá governá-los.
 A Dispensação da Lei: Período que começou com a entrega da lei a Moisés no Sinai e se estendeu até
2.
a crucificação de Cristo. Nos dias de Moisés já existiam, entre nações mais antigas e desenvolvidas,
bons sistemas legislativos. O código de Hamurabi, o mais extenso e bem conservado documento
sobre leis, achado em Susã, antecede os registros bíblicos. Nele, leis sobre questões civis, criminais
e comerciais dão testemunho da bem elaborada legislação babilônica.
15

É neste contexto histórico que Deus passa a Moisés as tabuas da Lei. Inequivocamente, foi o decálogo
que deu a Israel o status moral jamais observado em outras civilizações. O mundo inteiro e até os
dias de hoje, é influenciado pela moralidade na nação hebréia. Como já fora dito anteriormente,
toda a cultura do mundo ocidental esta sustentada no direito romano, na política dos gregos e na
moralidade judaica. Uma combinação proporcionada pelo cristianismo fator que analisaremos mais
6.

adiante.
Os Dez Mandamentos constituem a base de todo o sistema legislativo da sociedade israelita e por
ela Deus exercera sua soberania, não somente sobre os israelitas, mas, sobre todas as nações que
por intermédio de Israel seriam abençoadas ou amaldiçoadas16.
33

 A Dispensação da Graça: É a dispensação que estamos vivendo desde a crucificação de Cristo. É


a idade da maturidade do homem caído que viu em Cristo a imagem do Deus invisível17 e por ele
teve acesso ao reino de Deus. No contexto da dispensação da graça, a igreja desempenha uma
função basilar no processo de consolidação do reino de Deus. Na realidade, ela representa este
reino e tem a responsabilidade de prosperá-lo com o objetivo de preparar a instalação definitiva do
reino eterno de Cristo. A igreja não é reino em si, é, contudo, a agente de sua implantação sendo
portanto, responsável em expressar de forma vigorosa os valores deste reino. Nos ensinos de Cristo
encontramos os ideais políticos que Deus quer que sua igreja proclame pregando e agindo para sua
glória. No capitulo três deste caderno trataremos mais sobre este assunto.
 A Dispensação do Milênio: Esta será implantada por ocasião da vinda de Cristo. Será a fase final do
processo de consolidação do reino de Deus projetada desde os primórdios da criação. Neste tempo Cristo
governara pessoalmente o mundo. Estabelecerá sua política como soberano. O Senhor jamais deixou de
16 - Geneis 27:29
17 - Colossenses 1:15
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governar o mundo. Apenas permitiu que escolhêssemos a quem servir e com quem nos aliar. No milênio,
o usurpador terá sido colocado fora de combate e reinarão com Cristo aqueles que se uniram a ele pela
graça que fora ofertada aos homens.

3. A BÍBLIA E A QUESTÃO DA AUTORIDADE


Numa disciplina em que, teologia e política são combinadas, torna-se absolutamente necessário tratar
da questão da autoridade. É, portanto, indispensável, que tenhamos impressões nítidas de alguns conceitos
relacionados ao tema.
“Poder”, “autoridade”, “contrato”, “responsabilidade” e “lei” são conceitos para os quais a clareza se faz

0
necessária à reflexão no estudo bíblico sobre a autoridade. Deste modo, vamos abordar sucintamente cada um.
• Poder: Do latim possum, potes, posse (ser capaz de, ter a possibilidade de) comunica a

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capacidade ou possibilidade de realizar alguma coisa. Este sentido pode permutar com o
de autoridade. Em alguns textos bíblicos, ambos os sentidos18 (de capacidade e autoridade)
aparecerão intercambiavelmente.
• Contrato: O vocábulo nasce do latim contraere de com (junto) e tracto (puxar, arrastar) e

78
tractum pedaço de couro, pano ou papel que, antigamente, mediante um acordo era rasgado
ficando uma parte com cada acordante. No futuro, o encaixe das partes servia de prova de que
o acordo fora efetivado. A importância de compreendermos este conceito reside no fato de que
o mesmo se encontra nas bases da reflexão sobre política. Os filósofos que teorizaram sobre a
política, governo e sociedade, entre os quais destacamos Thomas Hobbes, John Locke, e Jean-
0
Jacques Russeau, criaram o conceito de “contrato social” para designar o acordo estabelecido
entre os membros da sociedade para viverem juntos. Esplanaram seus pontos de vista sobre a
2.
necessidade do homem se submeter a um governo com o propósito de usufruir de uma ordem
social oferecida por um sistema político e um governante.
• Lei: Da palavra latina legere (aquilo que se lê), é o conjunto de regras que emana da autoridade
soberana, esta, pode ser Deus, o governante, ou a sociedade em si.
15

• Responsabilidade: Dever de responder as pelas ações pessoais e coletivas, assim como pelas
conseqüências destas, sob o pressuposto de que as mesmas são produto de nossa capacidade
deliberativa.
• Autoridade: Do latim auctoritas (garantia, prestígio, influência) designa a condição que da à pessoa
delegada o direito de se fazer obedecer e de deliberar em nome da sociedade que representa e
6.

conforme o estabelecido na forma da lei. Em resumo, é o direito de se exercer o poder.


Postas as definições, a questão da autori-
dade tem nos ensinos da Bíblia, fundamental Já observamos que Deus é a autoridade absoluta,
importância. Todas as promessas feitas por isto é, tem todo o direito de exercer poder sobre o
universo por ter sido seu criador (Cl 1.16). Deus é
33

Deus ao homem antes da criação do estado


israelita e depois a Israel no Antigo Testa- soberano, o que significa que, possui o direito supremo
mento, estão condicionadas à disposição de
se obedecer aos preceitos prescritos pelo Senhor. Sendo assim, a manutenção das regalias do Éden estava
condicionada a obediência em não tomarem o fruto da arvore proibida19. Todas as promessas dadas a Jo-
sué dependiam, entre outras coisas, de que tivesse “...o cuidado de fazer conforme a toda a lei que Moisés
ordenou” 20. A seqüência do texto é uma exposição de como funciona o mecanismo da autoridade.
Primeiro, a lei é dada pela autoridade soberana (Deus) que exige de seu povo o seu cumprimento em
favor do resultado esperado; a instalação do reino. Em segundo lugar, existe um agente direto de seu governo
(Josué) que ordena a lei a seus príncipes que por sua vez, a transmite ao povo21.

18 - Ex.: “Pode dar frutos...” “É capaz...” (João 15:14) “Posso todas as coisas...” “sou capaz, consigo” (Filipenses 4:13) ou “poder para perdoar...”
“autoridade para perdoar...” (Marcos 2:10), “...dado todo o poder...” “dada toda autoridade” (Mateus 28:18)
19 - Gênesis 2:16-17
20 - Josué 1:7
21 - Josué 1:9-11.
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CIDADANIA

No Novo Testamento, o melhor exemplo do dinamismo da autoridade, está na história do centurião de


Cafarnaum22. O texto escrito por Lucas narra como o militar romano mostrou-se convencido da autoridade de Cristo
e de como poderia beneficiar-se desta autoridade; “sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados sob o meu
poder, e digo a este: Vai; e ele vai; e a outro: Vem; e ele vem; e ao meu servo: Faze isto; e ele o faz”(Lc 7:8). Declarou.
A força de sua autoridade estava na submissão institucional. Compunha uma organização que lhe dava direitos
e poderes tanto quanto lhe impunha regras de cuja obediência emanava seu direito institucional. Pela lei podia ser
obedecido mediante concessão de autoridade outorgada pela autoridade suprema, o imperador, chefe dos exércitos
de Roma. Ao ouvir falar de Jesus23 deve ter tomado conhecimento da perfeita consonância entre Cristo e a Lei (dos
homens e de Deus), o que lhe outorgava autoridade, com efeito, tanto no mundo físico, como no espiritual.

0
É na submissão aos representantes da lei (nossos superiores) que se opera o bem comum e coloca o
individuo sob o favor da autoridade suprema. Deus é a autoridade suprema de onde emanam todos os poderes,

-9
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“por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a
condenação” (Rm 13:2), e, não se trata apenas da autoridade eclesiástica, mas de todas as potestades.

RESUMO DO CAPÍTULO 1
Neste capitulo vimos que:

implicações morais.
0
• Civismo é a devoção à coisa publica.

78
Política é a arte de bem governar o estado.
• Como ramo da filosofia, a política trará da relação entre poder, mando e obediência e todas as suas

A Teologia Política investiga a conexão entre a política e religião e o resultado desta interatividade.
2.
• Não se pode ignorar as prescrições da Bíblia para a vivência política e social.
• A proposta cívica da teologia política é revelar o interesse de Deus em ser o soberano de um estado
teocrático, uma sociedade de adoradores.
• No mundo antigo a relação entre governo e religião favorecia tanto o estabelecimento como a manutenção
dos sistemas imperiais.
• A Teologia política se fundamenta no teísmo; Crença de que Deus se interessa pelos homens e tudo o
15

que se relaciona a vida destes.


• Deus é o grande agente por traz do governo humano.
• O direito soberano e absoluto de Deus em governar se fundamenta no fato da criação.
• O governo de Deus se estende aos domínios e instituições humanas.
• Toda a autoridade possui um poder delegado por Deus.
6.

• A política é de Deus e os políticos são seus servos estabelecidos para promover o bem.
• Dispensações são períodos probatórios em que Deus exerceria seu governo com base na Sua palavra revelada.
• As Dispensações são sete, a da inocência, da consciência, do governo humano, patriarcal, da lei, da graça
e o milênio.
• Autoridade é o direito de exercer o poder.
33

• A força da autoridade está na submissão institucional.

Chegou a hora da autoatividade. Você fará


uma revisão do capítulo, responderá as
questões, destacará a folha da autoatividade
e a entregará para o professor na próxima
aula. Boa revisão e ótimos resultados!

22 - Mateus 8:5-13; Lucas 7:1-10


23 - Lucas 7:3.
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RASCUNHO

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2.
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CIDADANIA

INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR NOTA

CIDADANIA
AUTOATIVIDADE DO CAPÍTULO 1

Nome: Série: Data de Entrega:

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Questões:

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1. Defina: Política e Civismo.

2. Responda:
a) O Que é Teologia Política?
78
b) Que importância tinha a Teologia Política no mundo antigo, na relação entre governo e religião?
c) O que é autoridade?
0
2.

3. Assinale a alternativa correta:


As dispensações:
15

( ) a. São concessões dadas ao homem para governar


( ) b. São períodos probatórios em que Deus puniria o homem por suas transgressões.
( ) c. São períodos probatórios em que Deus exerceria seu governo com base na revelação dada.
6.

( ) d. São elementos probatórios constituintes do direito dispensacional.

4. Há uma relação entre teologia política e teísmo. Justifique:


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CAPÍTULO 2
A POLÍTICA nO AnTIGO TESTAMEnTO
1. InTRODUÇÃO
Neste capitulo estudaremos a
relação entre os atos de Deus e os

0
02
eventos políticos narrados no Antigo
testamento desde a criação, até o

-9 CAPÍTULO
Período intertestamentário. Nosso

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propósito será identificar a ação política24


de Deus na relação de poder, mando e
obediência com as instituições legais
existentes tanto nas esferas espirituais,

78
como na esfera física.
De forma concisa podemos listar
alguns exemplos em que poder e religião
caminharam com os laços estreitados no
0
isrAeL; Disponível em cia-de-jesus-cristo.
decurso da história: spaceblog.com.br/.../; em 12.jun.2010

• o duplo ofício de Melquisedeque. este era rei de salém e sacerdote


2.
do Deus altíssimo25
• A disposição de faraó em sujeitar-se a um estado de dependência
em relação à orientação dada por José em face à revelação de Deus26
e sua subseqüente ascensão, de prisioneiro a governador do egito.
15

• o enfrentamento entre Moisés


e faraó marcado por eventos
miraculosos27.
• A extensa pauta de assuntos
6.

rituais e legais tratados por Deus


com Moisés no sinai, dando
assim, base a todo sistema
constitucional de israel como
nação independente.
33

estes são exemplos do interesse de


Deus em interferir diretamente ou por
intermédio de seu povo na política secular
como meio de alcançar seus desígnios
eternos. No intuito de refletir mais sobre
este assunto organizamos este capitulo
destacando aspectos importantes desde a AbrAão; Disponível em: www.
escoladeservoskayros.com.br/
criação até o período intertestamentário. wp/?cat=8; em 12.jul.2010

24 - referência aos atos de Deus sobre os poderes constituídos com o propósito de cumprir seus desígnios.
25 - Gênesis 12:18
26 - Gênesis 41
27 - Gênesis 7:19 – 12:36
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ITQ – INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR

TÓPICO 1 – DA CRIAÇÃO ATÉ ABRAÃO


1. INTRODUÇÃO
Os primeiros versículos de Gênesis não fornecem informações precisas sobre o universo como fora criado
no principio. O versículo 2 não descreve, por exemplo, aspectos da criação original, mas, a condição caótica de um
palco de guerra deformado pelo primeiro conflito de que se tem noticia, onde seres celestiais mediram forças28
num conflito gerado pela tentativa malograda de Lúcifer em ocupar o lugar29 de Deus.
Quero dizer com isso, que a terra não foi criada vazia. Há um lapso no tempo entre o momento da criação

0
do versículo 1 e o estado da terra no versículo 2. Em Isaias somos informados que a terra foi criada habitada30.
É para este universo habitado antes dos eventos da criação31 que voltaremos nossa vistas, com o propósito

-9
de identificarmos os elementos de uma política já praticada antes da existência do homem. A este mundo

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chamaremos, neste estudo, “mundo pré-adâmico”.

2. A TEOCRACIA PRÉ-ADÂMICA (HIERARQUIA ANGELICAL E ESTRUTURA

78
FUNCIONAL)
A lamentação sobre o rei de Tiro no capitulo 28 de Ezequiel descreve, por analogia, a existência de um
sistema político no mundo pré-adâmico. Os elementos que ligam o texto à idéia de governo são suficientes
para concluirmos que se trata de um discurso político. Termos como: príncipe, cadeira de Deus, rei, ungido,
te estabeleci, comércio, etc., dão evidência de que o oráculo se refere a um estado político que sofre uma
0
intervenção de Deus, o Soberano.
O texto32 em si é um julgamento com sentença aplicada de um príncipe que não honrou sua patente. O
2.
príncipe em questão é Lúcifer, cujas qualidades33 são destacadas num primeiro momento, em segundo lugar
seu posto34, depois sua natureza35, seu delito36 em seguida seguido de sua condenação37.
O mesmo evento é narrado por Isaias no capitulo 14. A figura analógica é o rei de Babilônia38 que,
sentenciado por sua arrogância e sublevação perdeu sua posição39. Ao que parece, Estes textos tem em comum
15

tratar-se da mesma pessoa e dos mesmos acontecimentos; a sublevação de um querubim designado para
ser príncipe de um estado de direito formado por seres celestiais, estabelecido na terra (Éden) e que tentou
usurpar a posição de Deus40 sendo combatido e derrotado por agentes fiéis ao grande Soberano41.
No livro de Jô, Deus nos dá noticias sobre o exercício de sua soberania desde os primórdios do universo,
onde celebrações cósmicas eram levadas a cabo pelos anjos na contemplação da criação, e sobre os eventos
6.

naturais possíveis de serem observados no nosso dia a dia42.


João, no livro de Apocalipse, nos informa sobre como a rebelião de Lúcifer fora debelada pela resistência
liderada por um arcanjo, Miguel43.
É lógico que todos estes fatos constituem ação e reação dentro de uma estrutura hierárquica que revelam uma
33

ordem política inegável. Um passeio panorâmico pela angelologia nos faria perceber que entre os anjos existe uma
estrutura hierárquica composta por querubins, arcanjos, serafins, anjos em si e cujo organograma somente Deus

28 - Apocalipse 12:7-9.
29 - Isaias 14:13
30 - Isaias 45:18
31 - Aparentemente a semana da criação não trata de toda a criação em si, mas, da criação dos elementos (sol, lua , estrelas, plantas, animais,
homem, etc...) que fazem parte do mundo que conhecemos. Seguramente já havia céu e terra antes do primeiro dia do hexamerom (vide glossário)
e uma ordem social, visto que os anjos já fazem parte deste mundo criado desde “o principio”.
32 - Ezequiel 28:1-19, especialmente o de perícope entre os versos 11 e 19.
33 - Sábio v.3, aferidor das medidas (padrão) v. 12, formosura perfeita v. 12; perfeito v 15.
34 - Príncipe v.2, rei v. 12,
35 - Querubim ungido v. 14
36 - Arrogância v. 2, iniqüidade v15, violência v.16, etc.
37 - Queda e degradação
38 - Isaias 14:13
39 - Isaias 14:12-16
40 - Isaias 14:13; Ezequiel 28:2;
41 - Os Miguel e seus anjos conf. Apocalipse 12.7-9
42 - Jô 38
43 - Apocalipse 12:7-9
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CIDADANIA

e os anjos podem esquematizar. É lógico que sabemos quem ocupa o lugar mais alto. É sabido também, que estes
seres, invisíveis aos homens, cumprem as ordens de Deus e desempenham serviços em beneficio dos homens44.

3. A TEOCRACIA ADÂMICA
Após o conflito que, aparentemente, deixou a terra em estado caótico, Deus decidiu restaurar a terra e agiu
conforme o relatório de Gênesis 1.1-31. Ao criar o homem, deu-lhe o poder de dominar sobre toda a criação
terrestre. Obviamente, não abriu mão do recurso legal, sem o que, nenhuma sociedade é governável. A garantia
de um governo bem sucedido está na disposição bem equilibrada entre o ato político e os preceitos que o rege.
Assim, o usufruto dos bens do Éden45, dependeria da observação da lei dada por Deus; deste modo, o Senhor

0
ordenou dizendo “da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres,
certamente morrerás” (Gn 2.17). Com um pouco de boa vontade torna-se fácil perceber a relação entre poder,

-9
autoridade, mando e obediência na instalação da primeira sociedade entre os homens.

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Jamais encontraremos qualquer organização, qualquer sociedade, por menor que seja, que não se sirva
de leis como garantia de ordem e paz social, mesmo a micro sociedade formada por Deus, Adão e Eva.

3.1. ESTRUTURAS POLÍTICAS PRÉ-DILUVIANAS

78
A desobediência do homem no jardim do Éden resultou na total cisão entre ele e Deus. Essa cisão foi total de
forma que todo o conhecimento de que se dispunha fora aniquilado. Bonhoeffer afirma que a partir da desobediência
[...] em vez de conhecer apenas o bondoso Deus e tudo nEle entende a si mesmo como fonte do bem e do mal; em
vez de aceitar a escolha e eleição divinas, deseja escolher mesmo, ser a origem da escolha [...] Em vez de saber de si
tão somente na realidade de ser eleito e amado por Deus, tem que entender-se na possibilidade de escolher, de ser
0
origem do bem e do mal. Tornou-se como Deus, mas contra Deus. (BONHOEFFER, p. 16, 1995)

A partir de então, o homem mergulhou na ignorância, dependendo de si mesmo na busca do conhecimento,


2.
e, carente de ajuda externa (Deus) terá que se organizar para sobreviver. É neste contexto que surgirão as
primeiras organizações políticas no cenário humano.
A primeira informação bíblica que recebemos acerca da primeira organização urbana encontra-se no
capitulo 4 de Gênesis: “E conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu, e teve a Enoque: e ele edificou uma
cidade, e chamou o nome da cidade pelo nome de seu filho Enoque” (Gn 4.17). A primeira cidade surgiu
15

no período dispensacional chamado de dispensação da consciência, cuja característica moral consistia na


conduta regida pela consciência de cada um. O homem havia caído e estava separado de Deus pelo pecado,
e, começava a se organizar a partir da iniciativa de um homicida de cuja descendência surgiria uma sociedade
com grupos especializados.
6.

Com a descendência de Caim o mundo se sistematiza definindo setores, que facilitariam as relações sociais,
sobretudo, no que diz respeito à produção de bens e consequentemente o comércio. Assim, a pecuária, com
Jabal, a arte com Jubal, a indústria metalúrgica com Tubalcaim46, constituem as bases de uma sociedade que
começa a ganhar contornos de um estado político, muito embora, não sejamos informados de como a ordem
era estabelecida. Todavia, a sociedade não estava totalmente desprovida de referências morais, pois com o
33

nascimento de Enos, filho de Sete, Deus passou a ser invocado47.


A ausência de leis, de uma estrutura política frágil associada a uma moralidade dependente de consciências
falta de padrão produziu uma sociedade perversa cuja maldade levou Deus a destruí-la48. O dilúvio, em nosso
eixo temático, não passa de uma demonstração do controle de Deus sobre o conjunto dos atos humanos.
Expressa o juízo de um governante zeloso que condena a malvadeza e recompensa a retidão.
A breve reflexão dos capítulos 4,5 e 6 de Gênesis nos permite inferir que: A sociedade pré-diluviana
constituía uma estrutura política frágil sem leis; desta fragilidade resultou a perversidade que por sua vez
levou Deus a destruí-la. Com efeito, toda sociedade precisa consertar-se em torno de leis que satisfaça os
elevados padrões de Deus para o bem dos homens. Nenhuma sociedade será feliz se não consentir que Deus
determine seus valores políticos.

44 - Salmo 91:11; 103:20; 148:2; Mateus 4:11; 13:49; 26:53; Marcos 1:13; Lucas 4:10...
45 - O usufruto dos benefícios do jardim está prescrito no capítulo 2 e no versículo 10 de gênesis onde diz: “De toda a árvore do jardim comerás livremente”.
46 - Gênesis 4:20-22
47 - Gênesis 4:26
48 - Gênesis 6:1-12
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ITQ – INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR

4. GENEALOGIA DAS TEOCRACIAS PAGÃS


Depois do dilúvio, os descendentes de Cão, e Sem, estabeleceram-se nas planícies da Mesopotâmia.
Formando assim, os primeiros aldeamentos. Nestes aldeamentos, onde famílias compartilhavam um mesmo
território, surgiu a necessidade de se organizarem em sistemas que garantissem aos seu indivíduos a provisão
e proteção para a vida, bem como a promoção da justiça.
A Organização da vida em sociedade deveria ser pautada em princípios normativos e estes transformados
em leis. A lei exigia igualmente a instrumentalidade de alguém com condições físicas, intelectual, e moral, com
capacidade de realizar a operação de governar. É a gênese do poder político.

0
O governante teria a responsabilidade de representar a comunidade, promover a paz e a justiça e gerenciar
as atividades de interesse coletivo. Ninrode, neto de Cão, tornou-se notável guerreiro e caçador o que lhe dera
status de líder entre seus contemporâneos tornando-se o primeiro rei de que se tem notícia. Seu reino abarcava

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grandes cidades como Babel, Ereque e Acade. Acade tornou-se, mais tarde, o primeiro império da historia.
Assur, filho de Sem, se estabeleceu na porção ocidental do Rio Tigre e seus descendentes deram origem
a Assíria fundando posteriormente a cidade de Nínive. Mais tarde os assírios vieram a se tornar uma potencia
temida pelos seus vizinhos da Mesopotâmia.

78
Estes eventos ocorrem durante o período chamado “dispensação do governo humano”. Ainda afetados
pela ignorância causada pela queda, como já havíamos dito no ponto anterior, o homem tenta entender os
fenômenos dos quais, a necessidade de governo faz parte. Na carência do saber surge o mito.
Originado do grego múthos (palavra, narrativa), o mito representa, nos primórdios da civilização, a primeira
0
manifestação do conhecimento. Trata-se de estória criada com o propósito de explicar os fenômenos. Por ele,
realidades como as manifestações climáticas, a doença, ou mesmo a morte são associadas a figuras divinas.
Desta maneira, nos sistemas míticos, os fenômenos são personalizados. Assim, o sol, a lua, as estrelas, o vento,
2.
o raio ou o trovão recebem status de divindade, e, na variedade de fenômenos nasce a variedade de deuses.
Como o governo exige poder, não se poder deixar de associar o governante à figura da divindade. Desta
forma, além de servir como meio de se explicar o mundo, o mito serviu também como agente motivador dos
atos humanos. Hamurabi, rei de Babilônia e o primeiro grande legislador por exemplo, se considerava divino,
15

e, mediante a operação de deuses que punem e premiam as ações humanas esperava ver na devoção religiosa
de seus súditos, a observação das leis.
Nos grandes impérios pagãos o mito aparece como base de sua religião, do Egito a Roma, e, na religião o
sustentáculo de seu poder. Não estavam totalmente destituídos de razão, só não sabiam que por traz de toda
verdadeira autoridade, há um Deus verdadeiro de onde emana todo o poder. Deste modo, ao separar para si
6.

um povo (Israel), o Senhor manifestará Sua vontade para a vida política do homem.

TÓPICO 2 – A GÊNESE DE UMA NAÇÃO (DO PATRIARCADO


À FEDERAÇÃO DE TRIBOS)
33

1. INTRODUÇÃO
De uma das grandes cidades caldéias, Ur49, Deus chama a Abraão50 para, a partir dele, organizar uma grande
nação. Com a chamada de Abraão entramos na dispensação patriarcal. Um homem piedoso é convocado para sair
de um sistema urbano bem consolidado para constituir uma nação começando por um sistema tribal nômade.

2. O PATRIARCADO
Não é possível identificar uma política complexa no sistema patriarcal nômade. Sabe-se que a autoridade,
tanto civil como religiosa era exercida pelo patriarca e que os direitos e deveres variavam de acordo com a
condição do individuo (esposa, filho, escravo, concubina, etc.) no clã.

49 - Gênesis 11:28
50 - Gênesis 12:1
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CIDADANIA

Desde Abraão até a formação da confederação das doze tribos


de israel, o sistema prevalecente de sociedade era a tribal nômade.
uma tribo reunia famílias em torno de um antepassado comum.
A sociedade patriarcal tinha como unidade básica a família. Na
união de famílias oriundas de um mesmo antepassado surgia o clã.
compartilhavam o mesmo território, dividiam as mesmas pastagens
e se reunião para as atividades religiosas.
A sociedade era governada pelo chefe de família, “o ancião”,
que em tempo de conflito arregimentava homens para a batalha,

0
conduzindo, ele mesmo, a campanha ou designando um líder (juiz)
aceito por todos. o sistema era semelhante ao modelo árabe em que

-9
o sheik exercia sua autoridade unindo os principais chefes de família.

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Na organização de israel cada tribo possuía seu próprio território


e nele suas terras eram cultivadas, as pastagens, porém, deviam ser
compartilhadas.

2.1. UMA nAÇÃO nO vEnTRE DO EGITO – UM


COnFROnTO DE DEUSES
78 tribos De isrAeL; Disponível em: purl.
É sabido de todos de como os israelitas se tornaram escravos dos pt/5148/1/; em 13.jul.2010
egípcios. A terceira geração de Abraão por parte de Jacó formava uma numerosa tribo. entre seus filhos destacava-
0
se José que, por este fato foi alvo do ódio de seus irmãos que o venderam como escravo sendo adquirido por
um oficial egípcio que o constituiu mordomo de todos os seus bens. É sabido também, de como fora condenado
2.
injustamente à prisão. No entanto, a partir daí, acompanhamos a ascendência de um grande governador capaz
de mudar o curso da história e tornar-se um dos grandes protagonistas da formação da nação que, no decurso
do processo histórico, passou a chamar-se povo de Deus.
beneficiados pela mercê de faraó em gratidão pelos relevantes serviços
prestados por José, seus irmãos juntamente com o patriarca Jacó (israel) migraram
15

para o egito. Na nova morada se multiplicaram tornando-se um povo forte e


poderoso51. temendo uma possível sublevação deste povo, um faraó que não
conhecera a José degradou os israelitas à condição de escravos.

A história de José nos ensina como um estadista pode ser grande estando
6.

sob a regência do Senhor. Ensina-nos como acreditar em Deus, como no caso


de faraó que creu nas palavras de José e o nomeou governador, e como o
trabalho desenvolvido sob o cetro do Senhor pode tornar feliz toda uma nação.
33

Por aproximadamente 400 anos israel esteve escravizado no egito. Quando Deus se apresenta para Moisés,
e ordena que se dirija a faraó, dá-lhe a garantia de uma intervenção direta no propósito de libertar a nação. com
as pragas enviadas sobre solo egípcio, Deus não somente convence a faraó de liberar os israelitas como exibe ao
povo a quem constituirá uma nação, sua superioridade sobre as divindades nacionais egípcias.

2.2. UMA nAÇÃO nO DESERTO


Durante o Êxodo a multidão de ex-escravos precisava de punho firme para transformar-se em cidadãos
livres, e mais, adquirir contornos de uma nação. como primeiro passo, o povo assiste às ações portentosas de
Deus, que, começam com as pragas enviadas sobre os egípcios e continuam durante a marcha. Assegurados da
direção e proteção divina recebem a Lei que dará ao povo status de uma nação.

51 - Êxodo 1:9
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Neste contexto, Moisés figura como o grande líder, Arão como seu auxiliar imediato e, no decorrer do drama,
novas funções vão surgindo e instituições criadas. Através de Jetro, sogro de Moisés, surge o primeiro tribunal e
com Josué e calebe as primeiras vocações para o serviço militar.

2.3. A FEDERAÇÃO DAS DOZE TRIBOS


Assim que israel se instala nas terras de canaã, as tribos se organizam em uma federação. A federação das
tribos se organiza em siquém onde selam um compromisso de manter uma unidade religiosa. No entanto, apesar
de todos se reunirem em torno do mesmo nome (israel) estão longe de constituírem um estado nacional. Não
obstante compartilhem do mesmo Deus e adotem o mesmo estatuto não conseguem organizar uma estrutura

0
governamental que lhes garanta unidade política e, de acordo com De vaux, “os membros formam um mesmo
povo, participam em um mesmo culto, mas não têm um líder comum e a tradição antiga não conhece nessa

-9
época nenhuma personalidade comparável a Moisés ou a Josué”52.

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TÓPICO 3 – A COnSOLIDAÇÃO DE UM ESTADO (DOS


JUIZES À MOnARQUIA)
1. O TEMPO DOS JUIZES
estabelecidos em territórios conquistados, israel se desorganiza
politicamente. No capitulo 24 de Josué53, somos notificados de que as
0
tribos de israel se reuniram sob convocação de Josué para o selamento
de um pacto que consolidou a unidade nacional. De acordo com
78
o texto, é possível ter a idéia de um sistema político formado por
2.
lideres, conselheiros, juizes e oficiais. A princípio, como nação, esta
seria a estrutura que daria suporte à governabilidade da nova nação,
norteada por um estatuto e um direito comum.
este estado, contudo, não vigora, e, conforme é possível observar
15

no livro de Juízes, israel se desorganiza favorecendo a ação de tribos


inimigas que se alternarão em ataques a israel. em situações de crise,
Deus intervirá levantando líderes, os juízes, que arregimentarão
algumas tribos ou toda a nação em torno de suas proezas militares.
está liderança, porém, não irá além das ações militares, ficando a JustiçA; Disponível em: fatormentodoaposento...;
6.

em 13.jul.2010
política sem uma representação estável.

2. A MOnARQUIA E A nAÇÃO UnIFICADA


o ultimo grande juiz de israel foi samuel. seus filhos Joel e Abias chegaram a ser nomeados juízes mas,
33

não possuíam o carisma dos juízes anteriores, eram corruptos e foram rejeitados pelos lideres da nação.
Ameaçados pelos filisteus e assistindo o envelhecimento de samuel, os lideres, representantes tribais, se
exigindo um rei a samuel. Queriam uma política mais consistente e eficaz que desse para israel segurança e
unidade nacional. Deste modo nasce a monarquia, com saul, o escolhido de Deus para ser o primeiro rei de israel54.
o ultimo grande juiz de israel foi samuel. seus filhos Joel e Abias chegaram a ser nomeados juízes mas,
não possuíam o carisma dos juízes anteriores, eram corruptos e foram rejeitados pelos lideres da nação.
Ameaçados pelos filisteus e assistindo o envelhecimento de samuel, os lideres, representantes tribais,
se exigindo um rei a samuel. Queriam uma política mais consistente e eficaz que desse para israel segurança
e unidade nacional. Deste modo nasce a monarquia, com saul, o escolhido de Deus para ser o primeiro rei
de israel.

52 - vAux, roland De. instituições de israel no Antigo testamento. são Paulo: vida Nova, p. 119, 2004.
53 - Josué 24:25
54 - i samuel 9:16; 10:1
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CIDADANIA

Após a vitória contra os amonitas, saul foi aclamado rei. A


novidade transformou a liga tribal num estado nacional com o rei
reconhecido por todo o povo.
o reinado de saul, entretanto, exceto por unir militarmente
a nação, não alterou muito o quadro político, e a confederação
continuou sem um governo central mantendo, cada tribo, sua
autonomia administrativa. A autoridade do rei, não ultrapassava à
função militar.

0
com Davi, a monarquia realizou o sonho israelita de um governo
central. Neste tempo israel prosperou, Jerusalém foi tomada e se
transformou na capital do novo estado. o templo foi arquitetado

-9
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e abriu-se o caminho para o reinado de salomão que daria a israel cetro reAL; Disponível em umdireitoquerespeite.
status de império. blogspot.com/2009_03_01_...; em 13.jul.2010

salomão conseguiu realizar as potencialidades criadas por Davi. com a segurança consolidada salomão
não precisou se preocupar com a defesa do estado.

78
sem muitos problemas, salomão modernizou seu exercito, fortaleceu relações diplomáticas com grandes
nações, solidificou a unidade nacional, construiu uma frota mercante fortalecendo o comércio exterior e
desenvolveu a indústria de mineração com a extração do cobre. A Grande realização, porém, foi à construção
do templo. Definitivamente a antiga liga tribal dava lugar a um estado dinástico com todas as instituições civis
organizadas.
0
2.
3. UM ESTADO DIvIDIDO
Apesar do êxito político, salomão não foi perfeito. Durante seu reinado, alienou as tribos do norte
do governo de Jerusalém. Judá, devido suas terras fecundas e por ser a sede da capital, tornou-se mais
independente que as outras tribos. este fato gerou descontentamento das demais tribos em especial a de efraim.
15

com a morte de salomão, Jeroboão lutou pelo poder defendendo os interesses das tribos do norte,
sobretudo de efraim. roboão, filho e sucessor de salomão não se esforçou muito na tentativa de manter
a unidade do estado e não impediu a cisma. Assim Judá ficou com o rico território do sul com a capital em
Jerusalém e israel (como passou a se chamar o reino do norte) com a capital em samaria governado por
Jeroboão. Nos dois reinos se alternaram bons e maus reis até a destruição e deportação das tribos do norte
6.

pelos assírios e de Judá para a babilônia sob Nabucodonosor.

4. O REI
Pelo processo de implantação da monarquia fica notório que um rei deveria ser um escolhido de Deus. o profeta
33

fora consultado e deveria conduzir o assunto à presença de Deus. “e samuel orou ao senhor; e Disse o senhor a
samuel: ouve a voz do povo...” (i sm 8:6b-7a). Deus, embora com censura, anuíra quanto à vindicação popular, não
sem, contudo, estabelecer as normas; No texto que vai versículo 9 ao 22 do capitulo 8 de samuel encontramos as
regras ditadas por Deus para a observação do rei. os eventos subseqüentes revelam como Deus conduziu o processo;
desde o encontro entre o profeta samuel e saul até o reconhecimento55 público do novo monarca.
Mesmo que a instalação de uma monarquia tenha sido inspirada nas nações vizinhas, a idéia de que Deus
deveria ser considerado estava presente. Para as nações pagãs que circundavam israel, “o rei “pai” governa
em nome do Deus nacional” (cazelles, p.122, 1986). sobre a natureza sagrada do rei De vaux observa que
[...] alguém é rei “pela graça de Deus”, não só porque Deus fez aliança com a dinastia davídica, mas porque em
cada sucessão sua escolha está envolvida. Se a realeza competiu a Salomão e não a seu irmão mais velho Adonias, é
“porque isto veio da parte de Iahvé”, 1 Rs 2.15; cf. 1 Cr 28.5, e cada entronização implica uma renovação da aliança
davídica e uma adoção do novo soberano por Iahvé (VAUX, p127, 2004).

55 - i samuel caps. 8 ao 10
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talvez o ato mais significativo da natureza divina da realeza esteja no rito da unção. A coroação, segundo
De vaux, não aparece, por exemplo, na consagração de salomão. No entanto, o rito da unção está presente
como cerimônia essencial. Desde o inicio da monarquia em israel, quando saul foi ungido56 o rito se repetiu
com todos os reis de Judá e provavelmente também, os de israel . o oficiante deveria ser alguém ligado a Deus,
um profeta ou um sacerdote. o rito religioso da unção simbolizava a consagração do monarca, que assim, se
tornava um participante da santidade de Deus. Por esta razão, Davi não quis matar57 a saul, e, executou um
homem que disse ter matado a saul58.
um rei, não era apenas coroado. era, sobretudo, consagrado. No cerimonial da unção estava representada
a concessão de autoridade dada ao rei para reger, segundo a vontade de Deus, a nação escolhida para ser um

0
reino de sacerdotes.

-9
TÓPICO 4 – ISRAEL E SUAS RELAÇõES InTERnACIOnAIS

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1. OS InIMIGOS
As primeiras guerras que israel teve que enfrentar

78
foi em função da conquista de canaã. Na medida em que
encontravam resistência, tomavam posse do território
pela força das armas. Não é sem motivo, que, após
se instalarem no território conquistado vieram a ter
problemas com seus vizinhos.
0
Durante o período dos juízes até o governo de saul,
israel precisou se defender das continuas hostilidades
2.
de povos vizinhos. com Davi, as guerras tinham fins
expansionistas. os principais inimigos de israel foram:

1.1. OS MIDIAnITAS
15

Habitavam ao sul e leste da Palestina. o nome pode


estar relacionado a Mídia, filho de Abraão com Quetura.
foi em Mídia que Moisés se refugiou de faraó depois
de ter matado um oficial egípcio e foi lá que conheceu
sua mulher.
6.

Durante a passagem pelo deserto, ao transitar no


território fronteiriço entre Mídia e Moabe, os lideres
destas nações tentaram contratar balaão, um falso
profeta, para que amaldiçoasse a israel. outro incidente
33

marcante, é o do israelita que teve relações sexuais com


brAsão De isrAeL; Disponível em: bethisraelinternacional.blogspot.
uma midianita trazendo uma praga sobre toda a nação. com/2009/03/...; em 13.jul.2010

1.2. OS AMOnITAS
eram descendentes de Amom, o filho mais novo de Ló. este povo tratou israel com muita hostilidade
ainda que, os israelitas fossem orientados a não molestá-los por serem descendentes de Ló. No livro de Juízes
somos notificados de que os amonitas se reuniram com outros povos para atacarem israel. A animosidade de
Amom para com israel só cessou, quando, muito tempo depois, os romanos dominaram a região.

56 - i samuel 9:16
57 - i samuel 24:7, 11; 26:9,11, 23.
58 - ii samuel 1:10-16
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CIDADANIA

1.3. OS AMALEQUITAS
Habitavam o sul da Palestina, entre a Iduméia e o Egito. Assim que Israel saiu do Egito, os amalequitas foram os
primeiros inimigos a empreender campanha contra os hebreus. Em todo o Pentateuco, eles são citados juntamente
com os moabitas e amonitas em conspiração contra Israel. Possuíam um poderoso e numeroso exercito. Foram
eles que intimidaram os dez expias que Moises enviou para ver a terra. Até os dias do rei Ezequias quando foram
definitivamente derrotados no monte Seir, os amalequitas nutriram seu ódio contra Israel.

1.4 - OS MOABITAS

0
Também eram descendentes de Ló. Viviam num pequeno território a leste do mar Morto. Foram eles
que negaram a Moisés e o povo que com ele estava, passagem por seu território. Foi Balaque, rei de Moabe,
que tentou convencer Balaão a amaldiçoar Israel. (Nm 22:1).

-9
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Nos dias de Eglom , rei dos moabitas, Israel ficou subjugado até que Eude, da tribo de Benjamim libertou
os hebreus deste cativeiro (Jz 3:12-30). Ainda durante a monarquia, moabe se mostrou disposto a furtar de
Israel, a tranqüilidade.

1.5. OS FILISTEUS

78
Os filisteus eram guerreiros que se instalaram ao sudoeste da Palestina dominando as costas marítimas de
Jope, ao norte, até a cidade de Gaza, ao Sul. Foram as constantes ameaças dos filisteus que levaram os lideres de
Israel a desejarem um rei. É do termo “Filistia”, dado por eles ao território ocupado, que deriva o nome “Palestina”.
0
Não se tem muitas informações sobre a origem desse povo. Sabe-se ao menos, que não eram semitas.
Talvez fossem os que os egípcios chamavam de “povo do mar”.
2.
Os inúmeros conflitos entre filisteus e israelitas nos oferecem as mais notáveis narrativas de combates
da historia: As façanhas de Sansão e a contenda entre Davi e Golias.
As incursões de Nabucodonosor aniquilaram este povo que nunca mais se soergueu.

1.6. A SÍRIA
15

Situada na costa oriental do mediterrâneo, era também chamada de Arã nos dias do Antigo Testamento.
Sua capital Damasco, juntamente com Zabá foram conquistadas por Davi. Anteriormente já haviam sido
combatidas por Saul. As hostilidades entre Síria e Israel se estenderam por cerca de cento e cinqüenta anos
após o reinado de Salomão. Bem-Hadade I de Damasco por duas ocasiões, tentou dominar Israel, porém sem
6.

êxito. Com eles, Acabe tentou estabelecer aliança contra os assírios. Com a derrota dos assírios, Bem-Hadade
traiu a aliança com Acabe e empreendeu nova investida contra Israel sendo derrotada por Judá e Israel unidos
em Ramote de Gileade (I Re 22:1-35).

1.7. A ASSÍRIA
33

Localizada entre a Armênia ao norte e Babilônia ao sul, tinha mo meio o rio Tigre. Sua capital é Assur de
onde vinha o nome do pais Assurnasirpal II (875-860 aC) lutou contra Israel em Carcar. Julgava um rei sem rival.
Salmaneser V (726-722) atacou a capital de Israel, Samaria, e Senaqueribe, seu filho, marchou sobre Judá nos
dias de Isaías mas foi detido pelo Senhor e acabou assassinado por seu filho Esar-Hadon.
Esar-Hadon conquistou o Egito mas este se libertou cabendo mais tarde a Assurbanipal reconquistar o
Egito. Os assírios se mantiveram como império até a ascensão do Império Babilônico.

1.8. BABILÔNIA
Fundada por Ninrode na terra de Sinear, sul do Iraque. Teria sido mesmo lugar onde foi edificada a Torre
de Babel. A região banhada pelos rios Tigre e Eufrates não apresenta um histórico de perseguição a Israel ou
Judá, no entanto sob o reinado de Nabucodonosor, que havia conquistado todo o sudoeste da Ásia, a Babilônia
subjugou Jerusalém levando cativos os judeus e Zedequias seu rei.
É no contexto do cativeiro babilônico que se darão os eventos narrados por Jeremias e Daniel.
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2. A DIPLOMACIA
A idéia de ser israel a nação escolhida de Deus transformou todas as nações gentílicas em suas inimigas
e adversárias militares. contudo, a política diplomática de israel seguiu os padrões comuns servindo de
instrumento na busca da solução de conflitos ou prevenção dos mesmos mediante relações amigáveis, sobretudo
com países potencialmente perigosos.
Acordos diplomáticos podem ser observados desde que Abraão construiu seu plano. em Gn 12:12, por
exemplo, Abraão se aliança com três príncipes amorreus. isaque faz o mesmo com Abimeleque. também Moises
estabelece acordo com os queneus e Josué aceita aliança com seis tribos cananéias e também os gibeonitas.

0
Durante o reinado, Davi estabelece relações diplomáticas com tiro e com o rei de Hamati (ii sm 5:11;
8:9-12). foi, porém, salomão, quem mais se dedicou às alianças diplomáticas. Mais pacífico do que Davi, seu

-9
pai, procurou manter relações amistosas com todos os seus vizinhos. em seu templo, a fama da sua sabedoria

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atraia o interesse de monarcas estrangeiros. vale destacar a visita da rainha de sabá.


tanto Davi como salomão se valeram do casamento com mulheres importantes de nações vizinhas como
meio de estabelecer relações de concórdia com elas. com esta prática, salomão chegou a admitir cultos pagãos
em Jerusalém.

78
A diplomacia também foi usada como tentativa de evitar conflitos armados. Jefté antes de empreender
campanha militar contra os amonitas tentou o dialogo (Jz 11:2-33). também ezequias tentou as vias do acordo
com senaqueribe sendo salvo do líder assírio apenas por uma intervenção divina.
De forma geral a diplomacia como manobra de política externa teve a finalidade única de dar a israel
0
alguma vantagem ou favorecimento sem maiores interesses de com ela, cumprir sua missão de nação sagrada.
2.
TÓPICO 5 – O CATIvEIRO E O PERÍODO
InTERTESTAMEnTÁRIO
1. InTRODUÇÃO
15

os fatos observados no tópico anterior aconteceram durante o período


conhecido como a “dispensação da lei”, e, tanto o cativeiro dos reinos de
israel e Judá como os acontecimentos do período intertestamentário marcam
a transição para a “dispensação da graça”.
6.

Queremos chamar a atenção, e este é o objetivo desta disciplina,


para o fato de que a dinâmica do governo divino ocorre concomitante aos
atos políticos entre os homens. Deus estabelece seus planos e os homens
os acatam ou não, sem ficar, contudo, livre das conseqüências de suas
deliberações. Pelos seus atos são abençoados quando harmonizam com os
33

projetos de Deus ou são supliciados quando desobedecem.


Assim, o cativeiro veio como flagelo em conseqüência dos pecados
do povo e de seus governantes e o período intertestamentário como uma
preparação para a tão aguardada manifestação messiânica. correNte QuebrADA: Disponível em
annalyvazquez.wordpress.com/.../; em
13.jul.2010
2. O CATIvEIRO DAS TRIBOS DO nORTE
erros militares, mancadas diplomáticas e principalmente o pecado estão entre as causas do cativeiro
assírio. Num processo que durou aproximadamente 150 anos iniciando com a invasão conduzida por tiglate-
Peleser (740 a. c.) e terminando com a investida de esar-Hadom (668 a. c.), a população das dez tribos do
norte (israel) foi quase que totalmente removida para a Assíria. israel jamais conseguiu soerguer-se.
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CIDADANIA

3. O CATIVEIRO DE JUDÁ
O inicio do cativeiro babilônico se deus durante o reinado de Jeoiaquim (597 a.C.) por ordem de
Nabucodonosor. O exílio durou até 538 a.C. quando o medo-persa Ciro consentiu que os judeus retornassem a
Jerusalém e reedificassem o templo.
Tanto o cativeiro assírio quanto o babilônico foram preditos pelos profetas do Antigo Testamento.
Aconteceram como manifestações do juízo de Deus em resposta à freqüente apostasia nacional. Havia
razões morais e espirituais por detrás destes acontecimentos como demonstração da soberania divina onde
a universalidade do governo de Deus é evidenciada e sua intervenção na história com fins de executar seu

0
propósito é patenteada.

4. O PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO

-9
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O período intertestamentário é o período que começa com o fim da atividade profética do Antigo Testamento
e se estende até a composição do primeiro livro do Novo Testamento. Embora o período intertestamentário tenha
sido um tempo de silêncio profético, só quebrado com os pronunciamentos de João Batista, constitui um ponto
da história extremamente relevante para o advento do cristianismo. Os acontecimentos políticos deste período

78
serviram para preparar o cenário para a manifestação do Messias e proclamação do Evangelho pelo mundo de
então. Entre os eventos políticos que merecem destaque estão: A dominação Greco-macedônica marcando o
fim do império medo-persa e, posteriormente, a dominação romana.

4.1. A DOMINAÇÃO GRECO-MACEDÔNICA


0
Em 334 a C. Alexandre desembarcou na Ásia Menor com um exército formado por aproximadamente 35.000
homens derrotando o mais eficiente exército de Dario III da Pérsia às margens do Grânico. Na seqüência, conquistou
2.
a Lídia, a Frigia e a Cilicia.
Ulteriormente subjugou outro grande exército Persa comandado pessoalmente por Dario na Planície de
Issus. Era o fim da dominação persa e o florescimento do Império Greco-Macedônico.
Alexandre, em suas campanhas, não se preocupou apenas com as conquistas militares. Admirador da
15

cultura grega (ele era macedônico) e discípulo de Aristóteles dedicou especial esforço na propagação da cultura
helênica pelo mundo conquistado.
Em suas expedições, levava, não somente soldados, mas mestres e artistas divulgando, assim, o
pensamento e cultura da civilização grega. As conquistas de Alexandre não tinham apenas fins de expansão
6.
33

O IMPÉRIO DE ALEXANDRE; Disponível em: naquela.horabsurda.org/?p=560; em 13.jul.2010


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política, mas objetivavam também a fixação da cultura grega nos países dominados. Este processo foi mais
tarde denominado “helenização”.
Alexandre fundou cidades, algumas das quais, tornaram-se importantes centros comerciais como
Alexandria. O grande general morreu em Babilônia aos 33 anos de idade em 323 a C. vitimado pelo alcoolismo
e os desgastes provocados pela intensa atividade militar.
Sua morte causou o desmembramento do império.Seus generais, em disputa pelo poder, desintegraram
o império transformando-o em quatro reinos: o da Macedônia e Grécia sob o reinado de Cassandro; O
da Trácia e parte da Ásia Menos sob Lisímaco; a Mesopotâmia e parte da Ásia Menor e norte da Síria sob
Seleuco e o do Egito, incluindo a Palestina e a Síria sob Ptolomeu. Este desmembramento realizou a profecia

0
de Daniel59 manifestando o total controle de Deus nos eventos políticos da humanidade, e, dos quatro
generais que sucederam a Alexandre, Seleuco e Ptolomeu se tornaram importantes personagens da história

-9
Intertestamentária, pois estariam envolvidos diretamente na história da Palestina.

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Com o império dividido, a Judéia ficou sob o domínio de Ptolomeu Soter que subjugou Jerusalém em 320
a. C. Soter estabeleceu a capital de seu reino em Alexandria onde fundou um museu e uma grande biblioteca.
Seu sucessor foi Ptolomeu Filadelfo. Bondoso com os judeus foi o responsável pela tradução para o grego

78
das escrituras hebraicas.
Em 198 a.C. após várias disputas territoriais, os Ptolomeus foram derrotados e Antíoco, o Grande assumiu
o controle da Palestina sendo bem recebido pelos judeus. Entretanto, entre 175 e 164 a. C. os judeus foram
brutalmente perseguidos por Antíoco Epifanio que desejava exterminá-los. Sob suas ordens, milhares de
0
judeus foram assassinados.
Epifânio profanou o templo de Jerusalém oferecendo nele uma porca, animal considerado imundo
2.
pelos judeus, como sacrifício sobre o altar. A conduta de Antíoco Epifânio provocou revolta entre os judeus
que reagiram violentamente sob a liderança de Judas Macabeus, que, pela força das armas conseguiu a
independência dos israelitas.
4.1.1. Contribuições deixadas pelos gregos
15

• A Língua
O sonho de Alexandre de Universalizar o a cultura grega foi levado adiante pelos seus sucessores. Tanto
os Selêucidas como os Ptolomeus se empenharam em espalhar a cultura grega pelo mundo conquistado. A
língua originada na literatura grega clássica falada por Alexandre e seus comandados foi adaptada e difundida
por todo o mundo mediterrâneo.
6.

O grego tornou-se uma língua universal e, nos dias de Jesus, quase toda população do mundo civilizado
se comunicava através dela. Tornou-se o vernáculo do império romano. O grego falado pelo vasto território
romano ficou mais tarde conhecido como “koiné”, ou sejas, “comum”.
É importante salientar que quando Ptolomeu Filadelfo patrocinou a tradução das escrituras hebraicas
33

para o grego, na versão que ficou conhecida como Sptuaginta, colocou o mundo gentílico em contato com a
Revelação de Deus. A partir de então o mundo conhecido estaria familiarizado com a verdade cuja Revelação,
iniciada com o Antigo Testamento, seria concluída, naquele momento histórico, com o Novo Testamento.
O grego falado e escrito nos dias de Jesus é o mesmo que Paulo usou em suas pregações entre os gentios
e também o mesmo grego empregado pelos demais discípulos na composição do Novo Testamento.
Para muitos teólogos a expansão do império Greco-Macedônico e o empenho de Alexandre e seus
sucessores em divulgar a cultura grega pelo mundo foram atos da providência divina quando determina o
caminho dos homens através das circunstancias e condições históricas. Alguns acreditam que o próprio Deus
criou o grego koiné para nos comunicar o Evangelho.
Quando Jesus nasceu, o cenário estava preparado. Em qualquer parte do império romano os ensinamentos
de Cristo podiam ser comunicados e compreendidos sem as variações provocadas pelas traduções.

59 - Daniel 11:4-5
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CIDADANIA

Os escritos neotestamentários saíram de seus autores em grego, e, em grego foram lidos por seus
destinatários. Foi o grego que possibilitou a fácil compreensão do Evangelho que tão eficiente e rapidamente
se espalhou desde Jerusalém até os confins da terra.
• A Filosofia
A Filosofia também deu sua contribuição para o advento do Cristo quando enfraqueceu as antigas religiões
do mundo gentílico, sobretudo a grega. Seus questionamentos colocaram em cheque os postulados dos mitos.
O forte apelo à razão e a disciplina intelectual da filosofia fazia com que os indivíduos que com ela tivessem
contato abandonassem sua religião.

0
Com Sócrates e Platão os gregos aprenderam, com cinco séculos de antecedência do cristianismo, que
existe um mundo eterno e perfeito dos quais o mundo temporal e sensível era apenas uma cópia pálida. Não
conseguiram colocar os homens lá mas despertaram o desejo.

-9
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Antes de Sócrates e Platão, Parmênides descobriu um principio cujo conceito aproximou-se muito da que
fora dado pelo próprio Deus em resposta a Moisés acerca de si mesmo. Este princípio passou a se chamar
“principio de identidade”. O principio de identidade diz que: o ser é; o não ser não é. Parece muito óbvio
não? Mas, o que dizer da resposta que Deus deu a Moisés? – Eu Sou o que Sou. Também não parece obvio?

78
Para Parmênides, o SER era o principio de todas as coisas e a concepção de Ser do filosofo era a seguinte:
• O ser é eterno. Para Parmênides o ser não pode ter principio nem fim. Ou seja, não pode não ter
sido ou vir a deixar de ser;
• O ser é imutável. Toda mudança implica em deixar de ser;
0
• O ser é infinito. Ou seja, não pode ter limites. Ter fim é o mesmo que deixar de ser. Isto se aplica ao
tempo e ao espaço;
• O ser é imóvel. Significa que o ser é mais extenso do que o espaço. Não á lugar onde o ser não esteja.
2.
Uma forma de onipresença.
A diferença entre a concepção de SER de Parmênides e a descrição do SER bíblico é que o filosofo não
deu ao ser uma natureza pessoal.
Outro resultado que a filosofia produziu nos dias de Jesus foi a percepção das pessoas acerca da
15

insuficiência da religião e da razão como meios de aplacar as inquietudes do coração humano. Aristóteles
tratou sobre a “felicidade”, mas não disse como obtê-la ou pelo menos quem teve acesso ao seu tratado não
conseguiu por ele alcanças a felicidade. Em síntese produziu no homem de então, fome de uma relação real e
consistente com Deus. A filosofia destruiu o panteão mitológico dos gregos60, evocou o uso da razão e deixou
no coração do homem uma lacuna existencial capaz de ser preenchido somente pelo Evangelho. Esta foi a
6.

razão de o Evangelho ter sido tão bem aceito pelos gentios nos dias de Paulo. A filosofia serviu como um arado
que, revolvendo a terra, preparou-a para a semeadura.
• Elementos da Mitologia
Idéias como a imortalidade da alma, de premiação ou punição após a morte como recompensa pelos atos
33

praticados em vida, mulheres virtuosas grávidas de deuses e heróis semideuses gerados dessas relações, da
mitologia grega, fizeram com que o mundo gentílico, familiarizados com estas crenças compreendesse melhor
o Evangelho. Desta forma, o nascimento de Jesus, o Deus homem, nascido de uma virgem não pareceu tão
estranho ao não judeu. Além das similaridades, entre outras, citadas, o cristianismo emprestou alguns termos
da mitologia para representar doutrinas como Théos (deus), daimonion (divindades, espíritos), Thánatos (deus
da morte), Hades (deus das profundezas e também lugar dos mortos), Tártaro (inferno), etc.
Enfim, quando Jesus nasceu, o mundo estava pronto para recebê-lo como nunca esteve antes ou depois.
Foi por isso que o apóstolo Paulo denominou àqueles dias de “A plenitude dos tempos”.
Finalmente, por todos os fatores analisados, chagamos a conclusão de que não podemos ignorar
importância da política, uma instituição criada e usada por Deus quando o assunto é cumprir Seus desígnios.

60 - Sócrates foi acusado de ser ateu.


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RESUMO DO CAPÍTULO 2
Neste capitulo vimos que:
• A política já existia antes da existência do homem.
• Ezequiel 28 descreve a existência de um sistema político já no universo pré adâmico.
• Jó fala sobre o exercício da soberania de Deus desde os primórdios do universo.
• A primeira cidade foi fundada por Caim durante a dispensação da consciência.
• A ausência de leis e de instituições políticas produziu uma sociedade perversa que Deus destruiu

0
com o dilúvio.
• Ninrode foi o primeiro rei da história e Acade o primeiro império.
• Do Deus verdadeiro emana todo o poder político.

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• No sistema patriarcal nômade não existia uma política complexa.
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• Na sociedade patriarcal a autoridade civil e religiosa era exercida pelo patriarca.


• No Egito os israelitas se fortaleceram e foram escravizados.
• No deserto Israel recebeu a lei que lhe deu status de uma nação.
• No deserto Moisés figura como o grande líder, Arão como seu auxiliar imediato e, no decorrer

78
do drama, novas funções vão surgindo e instituições criadas. Através de Jetro, sogro de Moisés
surge o primeiro tribunal e com Josué e Calebe as primeiras vocações para o serviço militar.
• Em Canaã as doze tribos recém chegadas organizam uma confederação.
• No tempo dos Juízes Israel se encontrava desorganizado politicamente.
• Josué havia organizado um sistema político formado por líderes, conselheiros, juízes e oficiais.
0
Este estado, contudo, não vigorou.
• A desorganização de Israel favoreceu a ação de tribos inimigas.
2.
• Nos momentos de crise aguda Deus levantou lideres, os juízes, que, com suas proezas devolviam
à Israel sua liberdade.
• Querendo uma política mais consistente e unidade nacional o povo pede um rei a Samuel.
• Saul é escolhido por Deus para ser o primeiro rei de Israel.
• Com Saul a autoridade do rei ainda se limita à função militar.
15

• Com Davi, a monarquia realizou o sonho Israelita de um governo central e Israel prosperou.
• Jerusalém se torna a capital do novo estado.
• Salomão consolidou o reino deixando todas as instituições civis organizadas.
• Com a morte de Salomão o reino se dividiu.
• Na monarquia o rei deveria ser um escolhido de Deus.
6.

• O ato mais significativo da natureza divina era o rito da unção. Por ele, o rei se tornava um
participante da santidade de Deus.
• Israel teve que enfrentar as primeiras guerras em função da conquista de Canaã.
• Entre os inúmeros inimigos de Israel os filisteus se destacaram oferecendo as mais notáveis
narrativas de combates da história: As façanhas de Sansão e Davi.
33

• Para Israel a diplomacia servia de instrumento na busca de solução de conflitos ou prevenção


dos mesmos mediante relações amigáveis.
• Salomão foi o rei que mais se dedicou às alianças diplomáticas.
• A diplomacia como manobra de política externa teve a finalidade única de dar a Israel alguma
vantagem ou favorecimento sem maiores interesses de com ela, cumprir sua missão de nação
sagrada.
• As tribos do reino do norte foram levadas ao cativeiro pelos assírios e o reino de Judá pelos
babilônicos sob Nabucodonosor.
• Estes cativeiros haviam sido preditos pelos profetas do Antigo Testamento.
• Estes cativeiros aconteceram como manifestações do juízo de Deus em resposta à freqüente
apostasia nacional.
• Chama-se “intertestamentário” o período que começa com o fim da atividade profética do
Antigo Testamento e o início do Novo Testamento.
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CIDADANIA

• Os fatos ocorridos durante o período intertestamentário serviram para desenvolver o contexto


político e cultural que mais tarde favoreceu a pregação do evangelho no mundo gentílico.
• As conquistas políticas de Alexandre deram relevantes contribuições à causa do evangelho
entre as quais destacamos: a língua, a filosofia e sua mitologia.

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0 78
2.
15
6.
33

Chegou a hora da autoatividade. Você fará


uma revisão do capítulo, responderá as
questões, destacará a folha da autoatividade
e a entregará para o professor na próxima
aula. Boa revisão e ótimos resultados!
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RASCUNHO

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CIDADANIA

INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR NOTA

CIDADANIA
AUTOATIVIDADE DO CAPÍTULO 2

Nome: Série: Data de Entrega:

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Questões:

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1. Que fatos evidenciam a existência de um sistema político antes da criação de Adão?

0 78
2.

2. Que conseqüências trouxe a ausência de leis e instituições políticas durante o período da dispensação
da consciência?
15

3. Em que consistia as principais atribuições do governante nas primeiras comunidades urbanas?


6.
33

4. Por que os israelitas pediram um rei a Samuel?

5. Que rei logrou consolidar o reino de Israel com todas as instituições civis organizadas?
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RASCUNHO

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CIDADANIA

CAPÍTULO 3
A POLÍTICA nO nOvO TESTAMEnTO

TÓPICO 1 – O COnTExTO PALESTInO


1. InTRODUÇÃO

0
03
No capitulo anterior vimos como
Antíoco, o Grande assumiu o controle da

-9 CAPÍTULO

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Palestina com a aprovação dos judeus, e como


este foram posteriormente perseguidos.
A brutalidade com que Antíoco epifanio
tratou os judeus, assassinando milhares
deles e profanando sua religião, provocou
uma reação igualmente violenta, que, logo
mudou o quadro político da região.
uma revolta liderada por Judas
Macabeus, levou os judeus a uma
independência que durou até o quadro
0
político da Palestina ser redesenhado com
78
2.
a chegada de Pompeu, inaugurando, deste
modo, a dominação romana na Palestina.
É sob o controle romano que se darão
os fatos do Novo testamento. No contexto
15

romano da Palestina dos dias de Jesus se iMPerADor roMANo; Disponível em:


doutorgoogle.blogspot.com; em 13.jul.2010
desenvolverão os conceitos e doutrinas
cristãs acerca da política. vamos, portanto, começar os estudos do deste
capítulo partindo da reação judaica aos desmandos de Antíoco epifanio.
6.

2. ISRAEL nO PÓS-ExÍLIO - O PERÍODO MACABEU


A resistência judaica contra epifânio teve inicio quando oficiais do rei
chegaram a Modein para ali inaugurarem um culto pagão como parte do
plano de Antíoco epifânio de helenizar a Judéia. o sacrifício pagão deveria ser
33

oferecido por um sacerdote judeu e Matatias foi escolhido.


A expectativa era a de que o velho sacerdote judeu exercesse seu ofício
oferecendo resignadamente sacrifícios a deuses pagãos. No entanto, Matatias
matou o emissário de Antíoco e um oficial judeu que o auxiliaria na cerimônia,
e fugiu. Das montanhas da Judéia, Matatias liderou a revolta usando táticas
de guerrilha.
Após a morte de Matatias, Judas, chamado Macabeu, terceiro filho de
Matatias, assumiu a liderança da guerrilha.
Judas obteve inúmeras vitórias contra os destacamentos de epifânio. este,
com o objetivo de por fim à revolta, nomeou Lísias para conduzir um grande
exército contra Judas. Judas, no entanto, surpreendeu Lísias em emaús e o
derrotou. combates se repetiram em bete-Zur e em Acvra resultando sempre
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em impressionantes vitórias de Judas. Finalmente, em 165 a. C. Judas entrou no templo de Jerusalém retirando
dele, todo aparato dos cultos pagãos instituídos por Epifânio. Sentindo-se ainda ameaçado pelos sírios, Judas
Macabeus pediu ajuda aos romanos. No entanto, morreu em combate antes que a ajuda chegasse.
Jônatas tomou o seu lugar e depois Simão, ambos irmãos de Judas, tornando-se governadores da Judéia.
Simão também pediu a intervenção romana. Os romanos deram a Simão, o status de rei com características
dinásticas.
Como a monarquia era hereditária Simão foi sucedido por João Hircano. A família de Macabeus era
também chamada de Hasmom, e, a dinastia dos reis-sacerdotes61 macabeus também ficou conhecida como

0
hasmoneana.
Na sucessão de reis-sacerdote, a partir de João Hircano, seguiu-se a seguinte ordem:

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• Aristóbulo. Filho de João Hircano. Com Aristóbulo, a imoralidade se instalou na linhagem hasmoneana.
Mandou prender sua mãe, e seus irmãos que morreram na prisão. Morreu jovem vitimado pelo
alcoolismo.
• Alexandre Janeu. Irmão de Aristóbulo foi solto da prisão por Salomé Alexandra, viúva de Aristóbulo,

78
com quem se casou. Tornou-se tirano e provocador. Quase foi morto no templo por zombar dos
fariseus em uma celebração durante a festa dos Tabernáculos. Morreu em 78 a. C.
• Alexandra. Começou a reinar com quase setenta anos. Salomé Alexandra era viúva de Aristóbulo e
de Alexandre Janeu. Manteve-se no poder por sete anos. Neste tempo nomeou seu filho Hircano II
como sumo-sacerdote.
0
• Hircano II. Filho de Alexandra e sumo-sacerdote tornou-se rei com a morte de sua mãe em 67 a. C.
Foi destronado por seu irmão Aristóbulo II.
2.
• Aristóbulo II. Por um tempo, Aristóbulo e Hircano fizeram as pazes e estruturaram os laços fraternos
e viveram como amigos. Entretanto, a amizade não durou muito e após vários conflitos, Hircano
fugiu. Neste tampo, Antipater, um idumeu que servia aos romanos, aproveitando-se da confusão
gerada com a luta pelo poder, tomou o controle da Judéia com a anuência dos romanos que com
Pompeu tomaram definitivamente a Judéia encerrando-se assim a era dos Macabeus.
15

3. O SURGIMENTO DO IMPÉRIO ROMANO


O cenário político mundial nos dias do Novo Testamento, com exceção de alguma porção remota do
Oriente estava totalmente sob o domínio dos romanos.
6.

Fundada em 753 a.C. na península Itálica a cidade de Roma já era no século V a. C. uma pólis bem
solidificada politicamente na forma republicana. Conquistando as cidades circunvizinhas por meio de acordos
ou guerras, principalmente contra os etruscos e tribos menores ao sul passou a dominar toda a península. Em
265 a. C. toda a península Itálica estaria subjugada.
33

Após longas e encarniçadas batalhas contra Cartago finalmente o general Cipião Emiliano destruiu-a
completamente tornando Roma senhora do Mediterrâneo Ocidental em 146 a.C. Paulatinamente os exércitos
de Roma foram conquistando os territórios a sua volta chegando a abarcar quase todo o mundo conhecido.
Na Judéia, os romanos se instalaram a pedido de Judas Macabeu tornando-se sob Pompeu mais uma província
do vasto império romano .

3.1. A CONTRIBUIÇÃO ROMANA NO PROPÓSITO DE DEUS


Diferentemente dos gregos e sua contribuição intelectual, a participação dos romanos na preparação do
mundo para receber a Cristo foi essencialmente política. Não obstante também fosse um povo pagão, serviram
para concretizar o propósito de Deus.

61 - O sacerdócio judaico também era hereditário.


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CIDADANIA

Os benefícios que os romanos trouxeram para a pregação do Evangelho não favoreceram apenas os
palestinos, o mundo todo pode receber as Boas Novas com rapidez e eficácia pelas condições que Roma lhes
dava e cujos fatores principais enumeramos.
• A Legislação Romana
O direito está para os romanos como a filosofia para os gregos, entretanto, não é objetivo deste caderno
examinar o complexo sistema legislativo romano, mas somente aqueles aspectos que facilitarão nossa
compreensão do propósito de Deus para a propagação Evangelho e de como sua propagação foi favorecida.
Assim, para citar um exemplo, a lei da adoção que dava ao individuo o direito de ser adotado tornando-o

0
conseqüentemente herdeiro legitimo do pai adotivo é usado por Paulo para explicar aos romanos a condição62
que o crente adquire em relação a Deus quando se converte. Outros exemplos em que Paulo menciona a
legislação romana estão em Romanos 8:15, 23; Romanos 9:4; Colossenses 4:5 e Efésios 1:5.

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A universalidade das leis romanas deu a Paulo a possibilidade de, por meio de analogias, explicar sua
teologia e ser compreendido em todos os pontos do império por onde pregou.
Foi a cidadania romana, uma concessão que os romanos faziam a indivíduos ilustres da sociedade ou
a cidadãos nascidos em determinadas cidades, portanto, um legado do direito romano, que deu a Paulo as

78
condições de apelar para César e ter sua integridade preservada diante da ameaça de uma cessão de açoites.
A ida de Paulo a Roma cumpriu o desígnio de Deus de fazer o Evangelho chegar aos confins da terra.
Outro fator do direito romano que facilitou a veiculação do Evangelho e a prática do cristianismo foi a
liberdade religiosa que os súditos do império gozavam. Vale também ressaltar que a lei universal dos romanos
0
que dava a seus súditos direitos iguais, criou um ambiente propício à pregação do Evangelho que, segundo Cairns,
[...] proclamava a unidade da raça humana, baseada no fato de que todos os homens estavam sob a pena do pecado
2.
e no fato de que a todos era oferecida a salvação que os integra num organismo universal, a Igreja Cristã, o Corpo
de Cristo. (Cairns, 1995 p. 29).

• A Pax (Paz) Romana


Roma aniquilou as cidades-estados e os pequenos reinos. Com isso, varreu do mundo antigo as guerras
e disputas entre nações. O mundo tornou-se pacifico e deu liberdade de movimento em torno de todo o mar
15

Mediterrâneo.
Esta paz que se instalou no mundo foi outro fato que contribuiu com a difusão da mensagem de Cristo.
Num mundo totalmente subjugado por um só império, não era difícil encontrar devotos desiludidos com seus
deuses nacionais. Assim, religiões que ofereciam um deus-salvador eram bem aceitas. Isto aconteceu com o
6.

culto a Cibele da Frigia cuja doutrina contemplava a idéia de ressurreição, Isis do Egito, que se assemelhava
ao culto de Cibele e que também enfatizava a morte e ressurreição e Mitra, um deus persa que tinha nascido
de forma portentosa.
Estas religiões foram difundidas e aceitas por quase todo o império e, embora rivalizassem com o
cristianismo, muitos de seus aspectos favoreceram a aceitação da fé cristã. Tudo isso, produto da unidade
33

política que Roma impôs ao mundo civilizado.


Sob a mesma bandeira, com liberdade de trânsito, e diante de uma humanidade carente de verdades
espirituais ficou fácil o trabalho apostólico.
• As Estradas
A paz presente em cada canto do império trouxe também prosperidade. Grandes centros comerciais eram
encontrados por todo o mundo e o deslocamento de caravanas de mercadores, tropas do exército e viajantes
diversos exigiram de Roma a construção de estradas.
Roma as construiu. Muitas delas eram de concreto e podem ser utilizadas ainda hoje. Estas estradas
integravam todos os grandes centros do império. Elas eram vigiadas por soldados que inibiam a ação de ladrões
e assaltantes. Europa, Ásia e África estavam interligadas, e, Paulo, por exemplo, fez uso destas vias em suas
peregrinações missionárias.
62 - Romanos 8:17. Também Efésios 3:6.
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2.
O IMPÉRIO ROMANO; Disponível em www.ecunico.com.br/.../index.php?numpg=daniel2; em 14.jul.2010

4. O CENÁRIO POLÍTICO DA PALESTINA NOS DIAS DE JESUS


A interferência de Roma na Palestina se deu quando emissários de Israel, cansados de ver a Judéia
15

mergulhada em sangue por causa de uma guerra civil que não cessava, foram a Damasco, em 63 a.C. pedir
a interferência mediadora de Pompeu que lá se encontrava. Assim, cumprindo, a principio, uma missão
pacificadora, os romanos se apossaram da Palestina com a anuência dos judeus. Desde então, a Palestina
tornou-se um reino vassalo de Roma.
6.

O Império Romano havia agregado inúmeras cidades e pequenos reinos sobre quem impôs seu domínio
e soberania. O vasto território era administrado por uma estrutura política do tipo provincial. Cada reino ou
nação conquistada tornava-se uma província romana.
Em 63 a.C. quando o general Pompeu tomou posse da Palestina, transformou-a numa província romana
anexada à Síria.
33

À frente de cada província governavam os procônsules ou governadores. Os procônsules governavam as


províncias consideradas pacificas e leais a Roma e respondiam perante o senado romano. Já os governadores
eram representantes63 direto do imperador. Estes administravam as províncias mais insubordinadas onde o
império mantinha exércitos estacionados. A Palestina64, nos dias de Jesus, por exemplo, era governada por
um procurador romano, Pôncio Pilatos, que autorizou a crucificação de Jesus.
Os romanos sempre permitiram que as nações conquistadas mantivessem certa soberania podendo
praticar livremente sua religião e até manter um sistema econômico independente cunhando sua própria
moeda. Entre as concessões romanas havia a permissão às nações de manterem um governante ou um rei
nacional. Estes, no entanto, eram nomeados pelo imperador. Nos dias de Cristo, reinavam os Herodes. A
dinastia dos Herodes teve inicio com a entronização pelo imperador de Antipater, pai de Herodes, o Grande.

63 - Procuradores
64 - A Palestina era uma província considerada instável e sempre a beira de conflitos. Os judeus não aceitavam a dominação romana e se recusavam
a adorar o imperador, já que, o culto ao mesmo era praticado em todas as províncias do império. O próprio Cristo teria sido executado como um
criminoso político uma vez que vindicava para si um reino.
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CIDADANIA

TÓPICO 2 – TRATADOS TEOLÓGICOS


1. InTRODUÇÃO
entre os judeus dos dias de cristo havia muita
insatisfação. estavam subjugados por uma nação pagã
a quem deveriam pagar impostos. outrossim, tinham
que considerar seu rei, um idumeu65 e dividir com os
samaritanos a mesma província romana da Palestina.

0
entrementes, movidos pelo desconforto político, alguns
grupos se organizaram para difundir os ideais patrióticos
da “nação escolhida” e propagar a esperança messiânica.

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os zelotes constituíam um desses grupos. Partido político-
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teocrático, pregava a sublevação do povo contra os


romanos. sua militância era subversiva e, algumas vezes
patrocinou atividades terroristas contra autoridades
romanas. estavam sempre prontos ao martírio em defesa
dos ideais do povo judeu. Durante a revolta que levou
à destruição de Jerusalém no ano 70, foram os zelotes fiGurA:
que ofereceram a ultima e mais demorada resistência ao
78
ALfA e ÔMeGA; Disponível em: danielaoas.blog.uol.com.br;
em 14.jul.2010

cerco romano na fortaleza de Massada. Quando os romanos invadiram a fortaleza encontraram apenas duas
0
mulheres e cinco crianças. os demais revoltosos haviam cometido o suicídio.
outro grupo político relevante entre os judeus estava o partido dos herodianos. estes eram simpatizantes
2.
da dinastia herodiana e acreditavam que o messias viria desta dinastia. concordavam com os fariseus66 que
pregavam a necessidade dos judeus se manterem unidos contra a política de um governo opressor, mas, não
faziam oposição ao pagamento de impostos aos romanos.
É neste teatro que cristo e seus discípulos pregarão o evangelho, anunciando um reino que não é deste
mundo, mas que impõe aos seus súditos responsabilidades para com ele, entre elas, as da política.
15

2. nAS PALAvRAS DE CRISTO


tudo na vida de cristo foi exemplar. Nasceu num lar exemplar onde tanto Maria quanto José davam pelos
seus atos, evidências de que a virtude fazia deles agentes dignos de oferecer um berço para a vinda do messias.
6.

A cidadania estava entre estas virtudes. De modo idêntico, os procedimentos de cristo reproduziam o caráter
responsável se seus pais terrenos. veremos na seqüência alguns destes procedimentos.

2.1. O ExEMPLO DE JOSÉ E MARIA


imagine as dificuldades de uma gestante prestes a dar a luz tendo que se deslocar de uma cidade a outra
33

sem os recursos de que dispomos hoje. Poderíamos fazer idéia do desconforto do casal, que sem conseguir uma
hospedagem apropriada, teve que se acomodar num estábulo e ali ver o nascimento de seu filho? e, não se
tratava de um passeio ou uma viagem de negócios. estavam cumprindo com seu dever cívico. o evangelho de
Lucas registra este fato da seguinte maneira:
[...] E aconteceu naqueles dias que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse.
(Este primeiro alistamento foi feito sendo Cirênio presidente da Síria). E todos iam alistar-se, cada um à sua própria
cidade. E subiu também José da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém (porque era
da casa e família de Davi), a fim de alistar-se com Maria, sua mulher, que estava grávida. E aconteceu que estando
eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu a luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em
panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem. (Lc 2:1-7

o nascimento de Jesus se deu, entrementes, José e Maria prestavam obediência cívica. o exemplo de
civismo de José e Maria encontraria eco mais tarde nos ensinos e conduta do próprio cristo.

65 - Herodes era idumeu ou edomita e não judeu.


66 - embora os fariseus formassem um grupo religioso e não político faziam coro com os zelotes e herodianos quanto a necessidade de resistirem à
dominação romana. como os zelotes, também se opunham ao pagamento de impostos.
67 - Mateus 17:24-27 e Lucas 20:19-26
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2.2. O EXEMPLO DE JESUS


Jesus pagou impostos67 e, ensinou com isto, entre outras verdades, que seus discípulos não deveriam
sonega-los a fim de não serem causa de desapontamento, afinal, ele era um cumpridor da lei e, não pagar
impostos seria o mesmo que burlar a lei. Este ato era, igualmente, um ato de cidadania.
Num outro momento, quando indagado sobre a licitude religiosa de se tributar a César, Jesus respondeu
que deveriam dar a “César o que é de César”. A moeda representa o direito social de possuir bens, e, se um
indivíduo quer usufruir dos benefícios da vida em sociedade precisa contribuir com ela. Contribuir com o
estado – um dever político – seja com impostos, prestação de serviços, exercício eleitoral, etc., é também

0
uma maneira de “dar a Deus o que é de Deus” considerando que de Deus emana todo o poder. Enfim, como
diz o Senhor: “Por mim reinam os reis e os príncipes ordenam a justiça. Por mim governam os príncipes e os
nobres; sim, todos os juizes da terra” (Pv 8:15-16)

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No momento crucial do julgamento frente a Pilatos, Jesus foi igualmente enfático ao afirmar que, de
Deus procedia toda autoridade. É sabido que a nomeação como procurador romano dado a Pilatos trazia o
selo de César, contudo, a autoridade era dada por Deus. Segundo o Evangelho de João, Pilatos afetado por
sua posição disse a Jesus: “... não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar?”

78
(Jo 19:10). Conhecia sua capacidade e autoridade, ignorava, porém, sua fonte. A resposta dada por Cristo veio
corroborar com toda a tese defendida neste estudo: “Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não
fosse dado”. (Jo 19:11).

2.3. O REINO DE DEUS


0
Também é verdade que Cristo não se preocupou muito em tratar de política secular. Sua missão era
estabelecer o Reino de Deus entre os homens. A ênfase da mensagem evangélica deveria ser a chegada do
2.
reino de Deus68 as curas e libertações seriam decorrentes desta verdade.
É evidente que os trabalhos de libertação não encerravam em si os valores deste reino, eram apenas uma
evidência de seu advento. Sobre os valores do reino de Deus podemos elencar todas as prescrições dadas pelo
Senhor no sermão do monte. As qualificações do súdito do reino de Deus foram arroladas na exposição das
beatitudes69. São cidadãos do Reino de Deus:
15

a) Os pobres de espírito (humildes). Aqueles que não atribuem valor a si mesmos;


b) Os que choram (sensíveis). Aqueles que sofrem com a percepção da maldade;
c) Os mansos (brando de gênio). Aqueles com quem é fácil de lidar;
d) Os carentes de justiça. Buscam o que é justo, andam em conformidade com o direito e se ressentem
6.

de sua falta;
e) Os misericordiosos (compassivos). Agem com compaixão.
f) Os pacificadores (conciliadores). Promovem a paz, eliminam conflitos;
g) Os perseguidos por causa da justiça e por serem discípulos de Cristo.
33

O que se segue70 são considerações sobre as principais características dos portadores de tais predicados.
O sermão do monte em si é o pronunciamento da carta constitucional do reino de Deus.
Ensinando seus discípulos acerca da oração, Jesus afirmou que entre as petições que revelam ser o
suplicante um portador da identidade de Cristo esta: “venha o teu reino”71. “Buscai primeiro o reino de Deus,
e a sua justiça...”72 exortou.
De modo geral, tratando-se de política secular, Jesus mostrou-se pouco interessado no assunto. Seu foco
estava voltado para o reino de Deus e, em favor desta tese podemos tomar o fato de que:
a) Desprezou a oferta de poder político quando foi tentado pelo diabo no deserto73;

68 - Mateus 10:7; Lucas 9:2; 10:9, 11


69 - Mateus 5:1-12
70 - O texto inteiro que vai do cap. 5 ao 7
71 - Mateus 6:10
72 - Mateus 6:33
73 - Mateus 4:9
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CIDADANIA

b) Resistiu a pressão do clamor publico para que fosse rei após o milagre da multiplicação74;
c) Enfatizou que seu reino não seria terrestre75.
Não obstante, Jesus não estivesse preocupado com a política secular, em nenhum momento disse que
seus discípulos devessem se manter alheios às responsabilidades civis e sociais. Jamais alguém foi por ele
censurado por militar politicamente76, ao contrário, como observamos anteriormente, orientou que seus
discípulos dessem a César o que lhe era devido.

3. NOS ESCRITOS PAULINOS

0
O texto neotestamentário mais extenso a tratar do assunto é, sem dúvida, o décimo terceiro capitulo
da carta de Paulo aos Romanos. Nele o ensino de Paulo é de que a submissão ás autoridades civis também

-9
constitui um dever cristão. O texto diz:

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[...] Toda a alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há potestade que não venha
de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus.
Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si

78
mesmos a condenação.
Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não
temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.
0
Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a
espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal.
2.

Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela
consciência.
Pó esta razão também pagais tributos: porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto
15

mesmo.
Portanto daí a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo: a quem imposto, imposto: a quem
temos, temor: a quem honra, honra.
6.

(Rm 13:1-7)
Em síntese, Paulo está ensinando que:
a) Os crentes precisam submeter-se às autoridades porque Deus mesmo as instituiu77 (V.1);
33

b) Ato de desobediência civil é também ato contra Deus (V.2);


c) O poder civil existe para deter o mal e promover o bem. Atua como agente de Deus em benefício
dos bons e punição dos maus78. (V. 3,4);
d) Em consideração ao que foi exposto e respeito à própria consciência o cristão deve prestar obediência
cívica79. Se o homem comum tem no temor da punição um motivo para obedecer a autoridade
civil, o crente tem o conhecimento de uma realidade espiritual superior que, seguramente pela sua
consciência deverá ser conduzido. (V. 5);
e) As natureza e atribuições do poder público justificam o pagamento de impostos. Assim, o crente deve
ser zeloso portador de crédito tributando impostos, respeito e honra à quem de direito: As autoridades.
A idéia também inclui a participação do crente em toda ação que contribua para o bem comunitário.

74 - João 6:15
75 - Lucas 22:29-30; João 18:36-37
76 - Simão, um de seus apóstolos era zelote e entre seus discípulos havia um senador, José de Arimatéia, que fez uso de sua posição política para
tirar o corpo de Jesus da cruz (Mateus 27:47; Marcos 15:47).
77 - Provérbios 8:15-16; Jo 19:11; Tito 3:1
78 - I Pedro 2:14
79 - Eclesiastes 8:2; II Pedro 2:19
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ITQ – INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR

A idéia central é a de que o poder político fora estabelecido por Deus para impor a ordem e a justiça
social cumprindo assim uma função divina.

3.1. A EXPERIÊNCIA DE PAULO


Paulo experimentou pessoalmente os benefícios de uma estrutura política fundada sobre princípios justos
e eficazes. Algumas vezes foi beneficiado pela força do estado que, intervindo no conflito do apóstolo com os
judeus, impediu que o mesmo fosse maltratado ou morto80.
É verdade que mais tarde, a igreja perderia os benefícios da estrutura política de Roma e seria cruelmente
perseguida por alguns imperadores a partir de Nero. No entanto, as recomendações paulinas são dadas de

0
forma gerais para crentes vivendo sob circunstancias políticas normais.
À semelhança de Jesus, Paulo não censura a participação do crente na militância política chega mesmo

-9
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a ser portador de saudações dos santos que estavam com ele “mas principalmente os que são da casa de
César” aos Filipenses81.

4. NAS EPISTOLAS GERAIS

78
Dos escritores das epístolas gerais é Pedro quem arvora a bandeira do compromisso cívico. Em consonância
com Paulo escreve:
[...] Sujeitai-vos pois a toda a ordenação humana por amor do Senhor: quer ao rei, como superior;
Quer aos governadores como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem.
0
Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo o bem, tapeis a boca à ignorância dos homens loucos:
Como livres, e não tendo a liberdade por cobertura da malicia, mas como servos de Deus.
2.
Honrai a todos. Amai a fraternidade. Honrai o rei. (I Pedro 2:13-17)
Em conexão com a opinião paulina Pedro sustenta razões parecidas para a obediência civil: O dever
da obediência cívica; a origem divina do mando político; a promoção do bem e o impedimento do mal, são
aspectos comuns aos apóstolos.
15

Em adição aos motivos já apresentados, Pedro acrescenta o “amor do Senhor”. Para Pedro, a virtude do
civismo está incluída no rol dos valores éticos a serem exibidos em meio a sociedade secular pagã como meio
de glorificação a Deus.
Ouvinte do sermão do monte, seguramente estava influenciado pelas lições ali apreendidas e sabia que,
como sal da terra e luz do mundo, deveria dar visibilidade às boas obras,82 afim de produzir louvores a Deus,
6.

e, nestas obras a civilidade estava incluída.


Outro fator adicional nos escritos de Pedro esta o da contraposição da igreja à opinião publica
possivelmente desfavorável naquele momento. A epístola de Pedro foi escrita vários anos depois da carta de
Paulo aos Romanos, e os dias não eram os mesmos. No início do cristianismo a igreja deixou nos romanos uma
33

impressão favorável, contudo, como pondera Merrill Tenney,


[...] No final da sétima década do século I, a situação começou a modificar-se. Os cristãos haviam se separado do
judaísmo e eram reconhecidos como um grupo distinto. Sua firme aderência à crença em um Deus invisível e em
um Cristo ressuscitado despertava a suspeita e o desprezo público, enquanto que suas asserções acerca de um
julgamento futuro e da subversão do mundo existente davam origem a mal-entendidos e ao ódio. A reação contra
os cristãos em Roma, no tempo de Nero, foi produto dessa antipatia popular ativadas pelas acusações despeitadas
desse imperador. O final das epístolas pastorais mostra que a morte de Paulo assinalou uma virada na política do
governo, que passou da tolerância distraída à crítica hostil. (TENNEY, p.354, 2008)

Em meio a um cenário desfavorável, não seria recomendável agir com insubordinação, mas com sujeição,
a fim de “tapar a boca à ignorância dos homens loucos: como livres, e não tendo a liberdade por cobertura
da malícia, mas como servos de Deus”83 “para que, naquilo que falam mal de vós , como de mal-feitores,
glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem”84.
80 - Atos 21:31-36; 22:24-29; 23:12-24; 25:10-12.
81 - Filipenses 4:22
82 - Mateus 5:13-16
83 - I Pedro 2:15-16
84 - I Pedro 2:12
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CIDADANIA

Se Paulo se limita a orientar os cristãos a sujeitar-se às autoridades políticas, Pedro vai além prevendo o
mau uso do poder pelo estado e, embora não teorize politicamente sobre o assunto em seus escritos, contudo
deixa claro em seu discurso perante o sinédrio que e “mais importa obedecer a Deus do que aos homens”85.
Para Pedro, a obediência ao governo secular não é um princípio absoluto. O estado e sua estrutura política
merecem o respeito e a obediência de todos os crentes desde que não queira impor ordens que se oponham
à vontade de Deus ou promovam o pecado. Neste caso, Sadraque, Mesaque e Abednego dão exemplo de
fidelidade a Deus desrespeitando a ordem de Nabucodonosor em adorar seu deus nacional86. Daniel era um
fiscal integro e fiel ao rei, mas não pode cumprir a lei que o impedia de orar a Deus. Foi condenado a morte
na cova dos leões, mas não desobedeceu ao Governante Supremo87. Devemos obediência ao estado desde

0
que isto não signifique desobediência a Deus.

-9
5. NO APOCALIPSE

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O livro do Apocalipse é uma síntese de todo o drama iniciado com a rebelião de Lúcifer e o debelamento
da insurreição dos anjos sob seu comando nos primórdios da história universal88; Passa pela crítica ao sistema
opressor romano tendo Babilônia como uma representação mística de Roma; Descreve um sistema político

78
futuro representado na figura da besta do capitulo treze e a ascensão do anticristo e do falso profeta, figuras
estreitamente relacionadas a política e religião; A reação de Israel ao imperialismo da besta;E, finalmente, a
manifestação de Cristo e a implantação de Seu reino milenar onde irão imperar uma ética compatível com a
santidade de Deus.
Ao fim o livro descreve a polis ideal, a cidade eterna, a nova Jerusalém, uma láurea ao triunfo final de
0
Cristo e a realização de Seu reino eterno.
2.
TÓPICO 3 – A IGREJA E A POLÍTICA
1. INTRODUÇÃO
Como pudemos verificar no estudo deste capitulo, no inicio da igreja, a estrutura estatal ofereceu alguma
15

proteção frente às atrocidades patrocinadas pelos judeus. Este favorecimento não vigorou muito tempo.
Mesmo Paulo que no início fora favorecido pelo estado, no final fora condenado e executado pelo mesmo.
Assim, as relações entre a igreja e o poder secular sofreram varias alterações durante o processo histórico. É
o que veremos de forma panorâmica neste tópico.
6.

2. A IGREJA PERSEGUIDA
As primeiras perseguições aos cristãos foram patrocinadas pelos próprios judeus que entendiam que
os seguidores de Cristo eram perturbadores da lei89. Pedro, João, Paulo, Silas e Barnabé foram vitimas desta
perseguição tendo que enfrentar cadeias e às vezes açoites. Mesmo Paulo foi um agente desta perseguição antes
33

de sua conversão. Estevão90 foi apedrejado e morto e toda a igreja de Jerusalém perseguida91 e Tiago92, irmão de
João foi morto por ordem de Herodes. Como todo o status político estava na mão dos romanos à animosidade
dos judeus para com a igreja era mais de natureza religiosa.

3. A IGREJA E OS NOVOS DESAFIOS


Conscientes da responsabilidade de sermos melhores cidadãos do que aqueles que não conhecem a
Palavra de Deus, precisamos assumir nossa posição como sal da terra e luz do mundo. O papel de difusores de

85 - Atos 5:29
86 - Daniel 3:14-18
87 - Daniel 6:1-16
88 - Apocalipse 12:7-9
89 - Atos 21:28; 24:5-6
90 - Atos 7:59-60
91 - Atos 8:1
92 - Atos 12:1-2
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luz e irradiadores das obras de Cristo, que devem ser vistas por todos os homens a fim de que glorifiquem ao
nosso pai que está nos céus, não exclui a política. Pelo contrário, a ação política nos oferece a oportunidade, de
contribuirmos mais efetivamente para o bem social.
Constitui verdadeiro desafio para a igreja evangélica, principalmente a brasileira, construir uma consciência
política saudável que a leve a uma militância eficiente.
E verdade que não é papel da igreja arvorar bandeiras ideológicas ou políticas. Nem Jesus, nem seus
apóstolos agiram como militantes políticos. O que queremos é chamar a atenção de que não seremos bons
seguidores de Cristo se nos omitirmos neste mister tão presente no dia a dia da sociedade.

0
Tem sido muito freqüente encontrarmos pregadores “bem intencionados” ensinando a demonicidade
da política sob a alegação de há corrupção neste meio. Não obstante seja verdade de que a corrupção esteja

-9
presente, e talvez mais do que em outra área da vida pública, não se justifica a negligência de não participarmos

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do processo político. Como vimos anteriormente, havia santos na casa de César, muito embora, sabemos
que lá, também havia imoralidade, idolatria e corrupção. Portanto, não é pecado ou errado tomar parte da
política. Se política fosse pecado;

78
a. José não seria governador do Egito. Vejam bem! Do Egito;
b. Moisés não seria o maior legislador da história;
c. Daniel, ainda que fosse profeta, não seria estadista na Babilonia e fiscal de Dario. Eu disse Babilonia.
d. Mordecai não teria aceitado o posto de imediato do rei – ministro?
e. Os profetas não se dariam ao trabalho de ungir os reis como representantes de Deus;
0
f. Jesus não mandaria “dar a César o que é de César”;
g. José de Arimatéia teria deixado de ser senador após tornar-se discípulo de Cristo;
2.
h. Paulo não teria apelado para as instituições políticas para salvaguardar sua segurança;
i. O próprio Deus não teria afirmado: “Por mim, reinam os reis, e os príncipes ordenam a justiça. Por
mim governam os príncipes e os nobres; sim, todos os juizes da terra” (Pv 8:15-16).
Outro grande desafio para a igreja brasileira é, faze-la ter consciência que num sistema político representativo
como o nosso, votar é dar anuência para que representantes ajam em nosso nome. Nossos representantes
15

políticos devem ser também representantes da nossa fé, da nossa ética, do nosso pensamento e comprometidos
com os valores do Reino de Deus.
6.

RESUMO DO CAPÍTULO 3
Neste capítulo você estudou sobre:
• A política no Novo Testamento
33

• O contexto palestino
• Tratados teológicos
• A Igreja e a Política

Chegou a hora da autoatividade. Você fará


uma revisão do capítulo, responderá as
questões, destacará a folha da autoatividade
e a entregará para o professor na próxima
aula. Boa revisão e ótimos resultados!
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CIDADANIA

INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR NOTA

CIDADANIA
AUTOATIVIDADE DO CAPÍTULO 3

Nome: Série: Data de Entrega:

0
Questões:

-9
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Faça uma Redação reflexiva (fruto do pensar, concluir, deduzir) de no mínimo 25 linhas, com base nas verdades e
princípios bíblicos apresentados nos Capítulos 1, 2 e 3, sobre o Tema: A IGREJA CONTEMPORÂNEA E A POLÍTICA.

0 78
2.
15
6.
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CIDADANIA

CAPÍTULO 4
ORGAnIZAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL

TÓPICO 1 - ORGAnIZAÇÃO POLÍTICA DO


BRASIL

0
04
1. InTRODUÇÃO

-9 CAPÍTULO

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A palavra política denomina a arte
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ou ciência da organização, direção e


administração de nações ou estados;
aplicação desta arte aos negócios internos
da nação (política interna) ou aos negócios
externos (política externa).
Nos regimes democráticos, a ciência
da política é a atividade dos cidadãos que
se ocupam dos assuntos públicos com seu
voto ou com sua militância.
0 78
o termo política é derivado do grego
2.
antigo politéia que indicava todos os
procedimentos relativos à polis. A origem
da palavra remonta a Grécia clássica onde brAsão NAcioNAL; Disponível em emule.
as “cidades – estados” eram denominados com.br; em 22.jul.2010
polis, palavra da onde se derivaram os termos politiké para a política em geral e
15

politikós para os cidadãos envolvidos em política. estas palavras se estenderam


para o latim politicus e foram introduzidas às línguas européias modernas pelo
termo francês politique. em 1265 já era definida neste idioma como “ciência
do governo dos estados”.
6.

No senso comum e básico a política compreende a arte de guiar ou


influenciar o modo de governo pela organização de um partido político, pela
influencia da opinião publica através da aliciação de eleitores.

2. COnCEPÇõES POLÍTICAS
33

Na concepção erudita, a política “consiste nos meios adequados para a


obtenção de qualquer vantagem”, segundo thomas Hobbes. Para russeal é
“o conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados”. e para
Nicolau Maquiavel (em o Príncipe) é “a arte de conquistar, manter e exercer
o poder, o governo”.
A política em sua forma de atividade humana está intrinsecamente
ligada ao poder, sendo que o poder político é o poder do homem sobre outro
homem, desconsiderando outras formas de poder, tais como sobre animais
ou natureza. o poder político é apenas uma das formas que o homem pode
exercer o poder sobre outro homem.
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• Concepção aristotélica: Para Aristóteles a distinção é baseada no interesse de quem se exerce o


poder. Um pai que exerce pelo interesse de seus filhos. Um despótico pelo interesse do senhor. Um
político pelo interesse de quem governa e de quem é governado, tratando-se das formas corretas
de governo, nas demais o característico é que o poder seja exercido em beneficio dos governantes.
• Concepção jusnaturalista: O fundamento do poder paterno é a natureza; do poder despótico o
castigo por um delito cometido; do poder civil o consenso.
O exercício do poder político pode ser administrado por diversos modos de poder se baseando nos
meios nos quais o ativo se utiliza para determinar a reação da massa passiva. Podemos distingui-los em três

0
categorias principais:
• Poder econômico: Baseia-se na utilização da posse de certos bens, necessários ou considerados como

-9
necessários, numa situação de necessidade, para controlar aqueles que não o possuem, empregados

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na realização de um trabalho. Aquele que possui muitos bens pode determinar o comportamento
de quem não os possui, em troca da possibilidade de concessão de vantagens.
• Poder ideológico: Se vale da influência que as idéias de uma pessoa investida de autoridade tem

78
sobre o comportamento dos demais. A importância social daqueles que possuem conhecimento é
oriunda deste tipo de comportamento. Neste modelo as ciências ganham estatuto preponderante
na vida política da sociedade. A ciência se propõe a responder pelos mistérios da vida.
• Poder político: Baseia-se na posse de instrumentos com os quais se exerce a força física. O que não
0
significa que ele seja exercido pelo uso da força; a possibilidade do uso é a condição necessária, mas
não suficiente para a existência do poder político.
2.
A política objetiva alcançar, pela ação dos políticos, em cada situação, as prioridades do grupo ou segmento
nele dominante. Em momentos de crise é a união do Estado e em momentos de estabilidade é o bem estar
e prosperidade. Em tempos de opressão é a liberdade, direitos civis e políticos e em tempos de dependência
é a independência nacional.
15

Podemos definir a política relacional como o antagonismo nas relações sociais, onde sua função está ligada
a atividade de associar e defender os amigos e de desagregar e combater os inimigos. Num mundo conflituoso,
as relações entre os grupos instigadas por estes conflitos, agregando grupos internamente e os confrontando
entre si, são as relações políticas. Um modo mais amplo de se visualizar tais conflitos entre grupos divididos
em Estados/ nações é a guerra.
6.

Finalizando, considera-se “Razão de Estado” o conjunto de princípios e máximas que seriam consideradas
injustificáveis se praticadas por um individuo comum, porém se tornam justificáveis quando realizadas pelo
detentor do poder em nome do Estado. O Estado tem razões que o indivíduo não tem, isso evidencia a diferença
entre política e moral, e essa diferença se refere aos diversos critérios segundo os quais se consideram boas
ou más as ações desses dois campos.
33

3. CONHECIMENTOS GERAIS
3.1. HISTÓRIA DA CIÊNCIA POLÍTICA
Seu surgimento se deu no período da Grécia Clássica, momento no
qual o pensar crítico é fagocitado pelo pensar racional. Entre os vários
fatores que a originaram está o surgimento
da “polis” (cidade-estado), momento onde a
Sugiro para sua leitura
política cria suas bases no mundo grego. Com
complementar: “O
o surgimento das primeiras cidades surge
Trabalho e os Dias”, de
também a preocupação em administrá-las.
Hesíodo.
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CIDADANIA

É um fato notório que cada “cidade-estado” diverge de


outros em sua orientação administrativa. A cultura, os ideais e
os interesses de seus governantes são fatores determinantes na
condução de sua administração e política. um bom exemplo disso
são as duas cidades gregas Atenas e esparta.
A administração ateniense, berço da democracia, buscava
contemplar as dimensões intelectuais do individuo como a arte,
a música, a literatura, entre outros. Já em esparta, o enfoque se
dava na força física, eles objetivavam a formação de bons exércitos. GrÉciA cLássicA; Disponível em: geocities.ws/

0
starworksrpg/historia.html; em 23.jul.2010
um bom exemplo da diferença dos dois sistemas de governo se
vê no filme tróia.

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Na política, muito embora, existam sistemas democráticos, ainda são os interesses de poucas pessoas
que regem a vida de muitas outras.
• Platão - do ponto de vista do pensador, a política ideal
é defeituosa. em sua concepção sugere que apenas os


78
filósofos e reis teriam o preparo correto para o governo
baseado na teoria de que se utilizavam de sua “alma
racional”. Para Platão o homem é imbuído de três almas:
• Alma racional – presente em filósofos e reis se
localizava na cabeça;
0
Alma torácica – presente nos guerreiros
• Alma visceral – presente nos escravos.
2.
• Aristóteles – esboça um novo tipo de política onde
a população é fundamental e defende que toda boa
política deve visar o bem comum. Aristóteles questionou
a forma de governo de sua época apontando suas falhas.
15

4. A POLÍTICA nO BRASIL
o sistema governamental brasileiro é de uma república
federal presidencialista, de regime democrático-representativo, ou
PLAtão e AristÓteLes; Disponível em: farsante.
6.

seja, uma forma de governo na qual um representante (presidente) apostos.com/.../; em 23.jul.2010


é escolhido pelo povo acumulando as funções de chefe de estado e
de chefe de governo, seu cargo é eletivo e temporário, dividido em mandatos de 4 anos (direito a um mandato
e uma reeleição). esta pessoa é eleita pelo voto para representar a maioria. Na democracia representativa o
povo dificilmente exerce sua soberania, ele elege o chefe do poder executivo e os seus representantes nos
33

órgãos legislativos, como também diretamente, mediante ao plebiscito, referendo e, raramente, iniciativa
legislativa popular.
o centro do poder político brasileiro se concentra na cidade de brasília e é composto pelo Palácio do
Planalto (executivo), supremo tribunal federal (judiciário) e congresso Nacional (legislativo). o parlamento
brasileiro é bicameral, ou seja, a câmara dos Deputados e senado.

4.1. A FEDERAÇÃO BRASILEIRA


o estado brasileiro é uma federação, pois é composto de entidades subnacionais ou estados dotados de
autonomia política garantida pela constituição federal e do poder de promulgar suas próprias constituições
(autogoverno, autolegislação e autoarrecadação). Atualmente o brasil é dividido administrativa e politicamente
em 27 unidades federativas, sendo 26 estados e um distrito federal.
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• Os Estados Brasileiros

0
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0 78
2.

MAPA Do brAsiL; Disponível em: penta2.ufrgs.br; em 22.jul.2010

• os municípios são as menores unidades políticas autônomas que compõem a federação brasileira.
Possuem natureza de pessoa jurídica de direito público com autonomia política e, limitados pela
15

constituição brasileira de 1988, possuem auto administração, autogoverno e auto-organização.


os tributos coletados pelos municípios, bem como sua participação nos impostos coletados pelos
governos estaduais e federal também são determinados por esta mesma constituição. No brasil
existem cerca de 5564 municípios. suas populações variam entre 11 milhões de habitantes, como
são Paulo e cidades com menos de 1000 habitantes.
6.

• A Nação brasileira possui cerca de 190 milhões de habitantes.

TÓPICO 2 – OS TRêS PODERES


33

1. InTRODUÇÃO
o estado brasileiro é dividido em três esferas de poder:
Ø Poder executivo
Ø Poder Legislativo
Ø Poder Judiciário
A idéia norteadora a respeito dos três poderes foi desenvolvida
por Aristóteles, na Antiguidade, mas foi aplicada pela primeira vez
na inglaterra em 1653. Porém o conceito definitivo foi desenvolvido
por Montesquieu na obra “o espírito das Leis”, publicada em 1748. o
conceito de equilíbrio entre os três poderes parte da idéia principal
do autor onde “é preciso que, pela disposição das coisas, o poder
retenha o poder”. PrAçA Dos trÊs PoDeres; Disponível em:
abordagempolicial.com; em 23.jul.2010
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CIDADANIA

2. PODER ExECUTIvO DO BRASIL


É o conjunto dos órgãos e autoridades públicas aos
quais são atribuídos pela constituição federal brasileira
(a vigente é a de 1988) a função administrativa adotando
os princípios da soberania popular e da representação.
o Poder executivo é regulado pela constituição
federal nos seus artigos 76 a 91.

0
2.1. ExECUTIvO FEDERAL
o brasil é uma república desde 15 de Novembro de

-9
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1889. o presidencialismo foi introduzido pela primeira


constituição republicana em 24 de fevereiro de 1891, PoDer executivo; Disponível em:
opinioesdodaminelli...; em 23.jul.2010
que se espelhou nas constituições dos estados unidos
e da Argentina.

78
o Poder executivo é exercido no âmbito federal desde 1891, pelo Presidente da República, eleito por
sufrágio popular e direto, em eleição em dois turnos; se houver algum impedimento é substituído pelo Vice-
Presidente. Para colaborar com o chefe do executivo são nomeados por ele os Ministros de Estado.
sendo o principal representante do poder executivo, o presidente da república tem como principais
funções:
0
Ø Nomear e exonerar os Ministros de estado;
2.
Ø exercer, com o auxílio dos Ministros de estado, a direção superior da administração federal;
Ø sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para a sua
fiel execução;
Ø vetar projetos de lei, total ou parcialmente, ou solicitar sua consideração ao congresso Nacional;
Ø Manter relações com países estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
15

Ø Decretar o estado de defesa, o estado de sítio e a intervenção federal, nos termos da constituição;
Ø remeter ao congresso plano de governo, plano anual de investimentos, assim como a prestação
anual das contas relativas ao exercício anterior;
Ø exercer o comando supremo das forças Armadas e nomear os comandantes da Marinha, do exército
e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para outros cargos;
6.

Ø o presidente é substituído no caso de impedimento (ver impeachment), e sucedido, na vaga, pelo


vice-presidente;
Para assessorá-lo no que diz respeito à defesa do estado nacional e das instituições democráticas, o
presidente conta com o conselho da república e o conselho de Defesa Nacional.
33

2.1.1. os PriNciPAis ÓrGãos Do PoDer executivo feDerAL são:


Ø Presidência da república: integrada pelo Presidente da república, seu gabinete, a casa civil, o
Gabinete de segurança institucional, a Advocacia-Geral da união, a imprensa Nacional, a secretaria
de comunicação, entre outros órgãos.
Ø vice-Presidência da república: integrada pelo vice-Presidente da república
Ø Ministérios de estado: que são órgãos de execussao de política governamental, atuando cada um
deles num setor da administração.
Ø Defensoria Pública da união
A sede do Poder executivo brasileiro se situa no Palácio do Planalto, na Praça dos três Poderes, em
brasília, Df.
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2.1.2. Autoridades Federais


• Presidente da Reública
Para concorrer à Presidência, é necessário observar as limitações impostas pela Constituição:
Ø ser brasileiro nato
Ø ter a idade mínima de 35 anos, completos antes do pleito
Ø ter o pleno exercício de seus direitos políticos
Ø ser eleitor e ter domicílio eleitoral no Brasil

0
Ø ser filiado a uma agremiação ou partido político
Ø não ter substituído o atual presidente nos seis meses antes da data marcada para a eleição.

-9
A linha sucessória é composta na seguinte ordem, pelo vice-presidente, presidente da Câmara dos

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Deputados, presidente do Senado e presidente do Supremo Tribunal Federal. A Constituição Brasileira define
as regras para a eleição do presidente e as principais são:
A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de
outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do

78
término do mandato presidencial vigente.

§ 1º - A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado.

§ 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria
absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
0
§ 3º - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até
vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-
se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
2.
§ 4º - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato,
convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.

§ 5º - Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato
com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso (artigo 77).
15

O presidente e o vice-presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando


o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo
brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil (artigo 78).
O mandato do Presidente da República é de quatro anos, sendo permitida a reeleição para o período
6.

subsequente, e terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição (artigo 82).
• Crimes de Responsabilidade: O Presidente da República deve se esmerar no cumprimento de seus
deveres. Caso não os cumpra ou cometa algum delito será levado a julgamento pelo Supremo Tribunal
Federal nos crimes comuns ou diante do Senado em caso de crimes de responsabilidade.
33

São considerados crimes de responsabilidade os atos do presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal e, principalmente contra:
I — a existência da União;
II — o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes
constitucionais das *Unidades da Federação;
III — o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV — a segurança interna do País;
V — a probidade na administração;
VI — a lei orçamentária;
VII — O cumprimento das leis e das decisões judiciais (artigo 85).
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CIDADANIA

• Galeria dos presidentes do Brasil

0
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1.º 2.º 3.º 4.º


Deodoro da fonseca floriano Peixoto Prudente de Morais campos sales
1889–1891 1891–1894 1894–1898 1898–1902

0 78
2.

5.º 6.º 7.º 8.º


rodrigues Alves Afonso Pena Nilo Peçanha Hermes da fonseca
1902–1906 1906–1909 1909–1910 1910–1914
15
6.
33

9.º • 10.º 11.º


venceslau brás rodrigues Alves Delfim Moreira epitácio Pessoa
1914–1918 não tomou posse 1918–1919 1919–1922

12.º 13.º • •
Artur bernardes Washington Luís Júlio Prestes Junta Militar
1922–1926 1926–1930 não tomou posse 1930
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0
14.º 15.º 16.º 17.º

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Getúlio vargas José Linhares Gaspar Dutra Getúlio vargas

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1930–1945 1945–1946 1946–1951 1951–1954

0 78
2.
18.º 19.º 20.º 21.º
café filho carlos Luz Nereu ramos Juscelino Kubitschek
1954–1955 1955 1955–1956 1956–1961
15
6.

22.º 23.º 24.º 25.º


Jânio Quadros ranieri Mazzilli João Goulart ranieri Mazzilli
33

1961 1961 1961–1964 1964

26.º 27.º • 28.º


castelo branco costa e silva Junta Militar emilio Medici
1964–1967 1967–1969 1969 1969–1974
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CIDADANIA

0
29.º 30.º • 31.º

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ernesto Geisel João figueiredo tancredo Neves José sarney

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1974–1979 1979–1985 não tomou posse 1985–1990

0 78
2.
32.º 33.º 34.º 35.º
fernando collor itamar franco fernando Henrique cardoso Luiz inácio Lula da silva
1990–1992 1992–1995 1995–2003 2003–atualidade

*Nota: Os três presidentes eleitos, mas que não tomaram posse não fazem parte da numeração, assim como
as duas juntas militares.
15

2.1.3. vice PresiDeNte DA rePúbLicA


o vice é eleito como companheiro de chapa do presidente da república e é incumbência sua substituir
o Presidente em seus impedimentos ou suceder-lhe na vacância do cargo. os requisitos para o cargo são os
mesmos que para a presidência.
6.

segundo o artigo 79, parágrafo único, da constituição complete ao vice-Presidente da república auxiliar
o Presidente sempre que por ele convocado para missões especiais.
tanto o Presidente da república quanto seu vice só poderão se ausentar do país com licença do congresso,
33

sob pena de perda do cargo, salvo se o período de ausência for inferior a 15 dias.
2.1.4. MiNistros Do estADo:
o Poder executivo no brasil é composto atualmente por 24 ministérios, oito secretarias da presidência
com status de ministério e seis órgãos com status de ministério. sendo cada um deles responsável por uma
área específica e liderado por um ministro.
os ministros são escolhidos pelo Presidente da república a cada mandato. eles precisam ser brasileiros
natos, maiores de 21 anos e estarem em gozo de direitos políticos.
compete ao ministro de estado, além de outras atribuições estabelecidas nesta constituição e na lei:
I — exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na
área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo presidente da República;
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I — expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;


III — apresentar ao presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério;
IV — praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo presidente
da República. (artigo 87)
2.1.5. ADMiNistrAção iNDiretA
o Poder executivo adiministra os negócios do estado diretamente através dos Ministérios e órgãos
integrantes da Presidência da república e indiretamente através dos órgãos da administração indireta:

0
Ø Autarquias: entidades criadas por legislação especial, para obter maior eficiência em determinados
setores, através da descentralização administrativa e financeira. são serviços autônomos, com
personalidade jurídica, patrimônio e receita própria. Podem estar vinculados diretamente à

-9
Presidência da república ou a determinado ministério. exemplo: o conselho Nacional de Pesquisas

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(cNPq).
Ø empresas públicas: entidades constituídas com personalidade jurídica, patrimônio próprio e capital
exclusivo da união; dedicam-se a determinadas atividades econômicas, cuja exploração é julgada
de interesse para o governo. exemplo: a eMbrAteL, empresa do setor de telecomunicações.
Ø

78
sociedades de economia mista: criadas para a exploração de determinadas atividades econômicas,
sob a forma de sociedades anônimas, em que a maioria das ações com direito de voto pertencem
à união ou a uma entidade da administração indireta. exemplos: banco do brasil e Petrobrás.
2.1.6. forçAs ArMADAs
0
As forças Armadas são órgãos especiais que visam
a manutenção da ordem interna e soberania externa
2.
dentro do estado brasileiro, constituindo a base da
segurança nacional.
Das forças Armadas fazem parte a Marinha, o
exército e a Aeronáutica, sendo elas instituições nacionais
15

permanentes e regulares com base na hierarquia e na


disciplina, sob autoridade suprema do Presidente da
república. sua função é defender a Pátria, garantir os
poderes constitucionais e manter a lei e a ordem.
6.

2.1.7. MiNistÉrio PúbLico DA uNião As forçAs ArMADAs; Disponível em cezar-


apodi.blogspot.com; em 23.jul.2010

É o órgão oficial do Poder executivo cuja função é a promoção da Justiça e defesa dos interesses sociais.
cabe-lhe a iniciativa da ação para levar aos tribunais os trangressores da lei.
No âmbito federal, é chefiado pelo procurador geral da república, nomeado pelo Presidente com aprovação
33

do senado.
2.1.8. seGurANçA PúbLicA
uma vez que a realização do bem comum é uma das tarefas do Poder executivo, a segurança pública se
torna uma de suas maiores responsabilidades.
Para o desempenho desta tarefa foram instituídas:
Ø Polícia Federal:
Ø Polícia Rodoviária Federal:
Ø Polícia Ferroviária Federal:
Ø Polícias Civis:
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CIDADANIA

2.2. EXECUTIVO ESTADUAL


É exercido pelo Governador, substituído em seus impedimentos pelo Vice-Governador e auxiliado pelos
Secretários de Estado.
Para ser Governador de estado é necessário ser brasileiro; maior de 30 anos, estar no goze de direitos
políticos e ser eleito através de partido político. Os mesmos requisitos são exigidos ao cargo de Vice-Governador.
Com relação ao tempo de mandato, eleições, são observadas as mesmas regras que para a eleição à
presidência. Sua função básica é chefiar o Poder Executivo estadual, sua competência é definida na Constituição
Estadual, respeitados os princípios da Constituição Federal.

0
Os Secretários de Estado sao nomeados pelo Governador e o número de secretários varia de um estado
para outro, suas atribuições correspondem no âmbito estadual às dos Ministros do Estado.

-9
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A ordem e a segurança pública do Estado é estruturada através das polícias civil e militar; estatutos
especiais regulam a composição e atribuições de cada uma.
Também na esfera estadual o Executivo organiza, junto ao Poder Judiciário, o Ministério Público, chefiado
pelo procurador-geral do estado, exercido pelos procuradores do Estado e promotores de justiça. Sua estrutura

78
e funcionamento, semelhantes às do Ministério Público da União. São definidos pela Constituição estadual e
leis complementares. (artigo 128, par. 3º)
2.2.1. Os principais órgãos do Poder Executivo Estadual
Ø Governos das Unidades Federativas: representados pelos governadores.
0
Ø Secretarias de Estado das Unidades Federativas.
2.
2.3. EXECUTIVO MUNICIPAL
É exercido pelo Prefeito, sendo ele, em seus impedimentos, substituído pelo Vice-Prefeito e auxiliado
pelos Secretários Municipais.
2.3.1. Os principais órgãos do Poder Executivo Municipal
15

Ø Prefeituras Municipais: representadas pelos Prefeitos.


Ø Secretarias Municipais.
O prefeito e seu vice são eleitos simultâneamente com os vereadores para o mandato de quatro anos.
Caso falhe em suas tarefas, o prefeito é julgado pelo Tribunal de Justiça de seu Estado.
6.

Requisitos para um prefeito ser elegível:


Ø possuir nacionalidade brasileira ou portuguesa (neste caso, o cidadão português deve se encontrar
amparado pelo Estatuto de Igualdade entre Portugueses e Brasileiros),
33

Ø título de eleitor em dia e estar em gozo pleno do exercício dos direitos políticos,
Ø domicilio eleitoral na circunscrição na qual o candidato se apresenta,
Ø filiação partidária,
Ø Ser alfabetizado (pela atual constituição brasileira de 1988 este tópico caiu, mas tende a ser mudado),
Ø Desincompatibilização de cargo público - Se ocupa um cargo público deve sair seis meses antes das
eleições e voltar caso possa só após seis meses ao pleito eleitoral,
Ø Renúncia de outro mandado até seis meses antes do pleito e não ser parente afim ou consangüíneo,
até segundo grau, ou cônjuge de titular de cargo eletivo; pode, entretanto, ser candidato à reeleição
(artigo 14 da Constituição).
Ø Ter idade mínima de 21 anos.
Os municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações.
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3. PODER LEGISLATIvO DO BRASIL


o Poder Legislativo analisa as propostas e elabora as leis que
irão reger a nação. este tipo de poder é constituído pelo congresso
Nacional, que no caso do brasil, é dividido em duas partes: o senado e
a câmara. em suas funções também consta fiscalizar o Poder executivo.
Nos estados é exercido nas Assembléias Legislativas e nos municípios
nas câmaras dos vereadores.

3.1. LEGISLATIvO FEDERAL

0
PoDer LeGisLAtivo; Disponível em
revistabrasileiros.com.br; em 23.jul.2010

o Poder executivo é exercido na esfera federal, desde 1891, pelo congresso Nacional, composto

-9
por Deputados federais e senadores da república, espelhado no modelo norte-americano para criar um

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Legislativo federal bicameral, dividindo-o em duas vertentes, uma a representar os estados federados, com
senadores eleitos pelo sistema majoritário, e outra o povo, com deputados eleitos pelo sistema proporcional,
formando portanto duas câmaras mutuamente revisoras. foram exceções as constituições de 1934 e 1937,
que preconizavam o unicameralismo. A doutrina entende que o bicameralismo é o sistema mais apropriado

78
às federações, ao apontar o senado como a câmara representativa dos estados federados.
o Tribunal de Contas da União também integra o Poder Legislativo federal, sendo ele um órgão de
extração de constitucional que auxilia o congresso Nacional na fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da união e das entidades de administração pública direta e indireta, quanto à
0
legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas. Ao que se dá o
nome de controle externo.
2.
3.2. AUTORIDADES LEGISLATIvAS FEDERAIS
Ø Senadores da República
Ø Deputados Federais
15

Para que possam desempenhar suas funções sem medo de represálias, ou arbitrariedades, senadores
e deputados gozam de imunidade parlamentar: sua pessoa é inviolável, isto é, o parlamentar não pode ser
preso — salvo no caso de flagrante delito em crime inafiançável — nem processado criminalmente, sem prévia
licença da câmara a qual pertence; e não pode responsabilizado por opiniões e votos emitidos no exercício
de sua função.
6.

3.2.1. o seNADo feDerAL Do brAsiL


representa a câmara alta do congresso Nacional. foi criado em
1824 juntamente com a primeira constituição do império inspirado na
câmara dos Lordes, Grã bretanha, porém como república foi inspirado
33

no senado norte americano.


o senado possui 81 senadores sendo que há três representantes
de cada unidade federativa brasileira (26 estados e 1 Distrito federal).
Pelo fato do senador representar os estados e não a população, é
que o número de representantes é igual para cada unidade federal seNADo brAsiLeiro; Disponível em
mixdemidias.zip.net/arch2007-09-
independente de sua população ou tamanho. 02_2007-09-08...; em 23.jul.2010

o Mandato de um senador dura oito anos, porém se renovam um terço deles em uma eleição e os
dois terços restantes na eleição subsequente. A escolha dos senadores se dá juntamente com a escolha do
Presidente, Governador e Deputados federais e estaduais.
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CIDADANIA

3.2.1.1. funções do senado


segundo o artigo 52 da constituição federal cabe exclusivamente ao senado federal brasileiro:
Ø Processar e julgar: Presidente da república, vice Presidente, Ministros de estado, comandantes
da forças Armadas, Ministros do superior tribunal federal, Membros do conselho de Justiça e do
conselho Nacional do Ministério Público, Procurador-Geral da república e o Advogado-Geral da
união
Ø escolher: Ministros do tribunal de contas indicados pelo Presidente da república, Presidente e
Diretores do banco central do brasil, Procurador-Geral da república, chefes de Missão Diplomática

0
e outros cargos que a lei determinar
Ø Autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da união, dos estados, do Distrito
federal, dos territórios e dos Municípios

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Ø fixar, por proposta do Presidente da república, limites globais para o montante da dívida consolidada
da união, dos estados, do Distrito federal e dos Municípios
Ø Dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da união,
dos estados, do Distrito federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas

78
pelo Poder Público federal
Ø Dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da união em operações de crédito
externo e interno
Ø estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos estados, do Distrito
federal e dos Municípios
0
Ø suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva
do supremo tribunal federal
Ø Aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da
2.
república antes do término de seu mandato
Ø elaborar seu regimento interno
Ø Dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos,
empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias
15

Ø eleger membros do conselho da república


Ø Avaliar periodicamente a funcionalidade do sistema tributário Nacional e o desempenho das
administrações tributárias da união, dos estados e do Distrito federal e dos Municípios
3.2.2. A cÂMArA Dos DePutADos feDerAis
6.

segundo a constituição federal de 1988, o Deputado federal é o


representante nacional popular eleito pelo voto direto. seu mandato
é de quatro anos e ele pode concorrer em eleições sucessivas.
compete ao deputado federal o ato de legislar e manter-se
33

como guardião fiel das leis e dogmas constitucionais nacionais,


inclusive podendo propor, emendar, alterar, revogar, derrogar leis,
leis complementares, emenda à constituição federal e propor
emenda para a constituição de um novo congresso constituinte (para
confecção de nova constituição).
A escolha do número de Deputados federais por estado é cÂMArA Dos DePutADos feDerAis; Disponível em
ooculto.wordpress.com/page/2/; em 23.jul.2010
proporcional ao número da população deste estado, com um número
mínimo de oito Deputados e máximo de setenta representantes. o número total de Deputados federais que
atuam na câmara é de 513 pessoas. o candidato deve ter residência comprovada no estado que representará
por pelo menos um ano antes da eleição.
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Em cada Estado, cada partido ou coligação partidária elege uma quantidade de deputados proporcional a
quantidade de votos recebidos, porém também existe uma cláusula de barreira que exige um número mínimo
de votos por partido.
Dentro de cada partido, os deputados eleitos são determinados pela ordem de votação. Um deputado,
depois de eleito, não pode trocar de partido pois o mandato pertence ao partido e nao a ele.
Porém, no caso de suplência, o voto volta para o “suplente eleito” pelo partido, na época da votação.
Isso causa certa confusão quando os deputados ou suplentes (ou ambos), mudam de partido, pois altera a
composição da Câmara dos Deputados.

0
Esse é um sistema de eleição proporcional, o eleitor, porém, tem a impressão que está votando em
pessoas, quando o seu voto vai primeiro para o partido e só então para o candidato.

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3.2.2.1. Comissões Parlamentares


As comissões parlamentares ganharam força e importância na nova constituição. Podem ser permanentes
ou temporárias e suas atribuições são previstas no regimento ou no ato de sua criação. Na sua composição,

78
procura-se garantir a resentação de partidos e blocos parlamentares. As comissões podem, por exemplo,
aprovar leis que dispensam a competência do plenário, realizar audiências públicas com entidades da sociedade
civil; convocar ministros de Estado para prestar informações sobre temas em debate nas comissões; solicitar
depoimentos de qualquer autoridade ou cidadão.
3.2.3. Tribunal de Contas da União
0
Cada um dos poderes exerce o seu controle interno, através de órgãos próprios e o Poder Legislativo
faz o controle externo de toda a administração, através do Tribunal de Contas da União (TCU). O Tribunal é
2.
integrado por 9 Ministros indicados pelo Presidente da República.
3.2.3.1. Suas principais atribuições
Ø Apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio
15

que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;


Ø Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos
da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo
Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade
de que resulte prejuízo ao erário público;
6.

Ø Apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na
administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões
de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório;
33

Ø Realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica
ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional
e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário;
Ø Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe,
de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
Ø Fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, juste
ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
Ø Prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou
por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
Ø Aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções
previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado
ao erário;
Ø Assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento
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CIDADANIA

da lei, se verificada ilegalidade;


Ø Sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos
Deputados e ao Senado Federal;
Ø Representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

3.3. LEGISLATIVO ESTADUAL


O Poder Legislativo Estadual é exercido na Assembléia Legislativa de cada Estado. É composta por
representantes eleitos para um período de quatro anos.

0
Aplicam-se aos deputados estaduais as mesmas regras da Constituição Federal sobre sistema eleitoral,
inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, etc. A remuneração dos deputados será

-9
fixada em cada legislatura para a legislação seguinte.

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O número de Deputados Estaduais na Assembléia pode variar entre o mínimo de 24 cadeiras e o máximo
de 94, sendo sua escolha é proporcional pelo número de Deputados Federais que aquele Estado elege. Sendo
três Deputados Estaduais para cada um Deputado Federal até que se chegue ao número de 36 membros, a
partir deste número escolhe-se um Deputado Estadual para cada um Deputado Federal.
3.3.1. Deputados Estaduais

78
Compete aos deputados estaduais a função de legislar, no campo das competências legislativas do Estado,
definidas pela Constituição Federal, inclusive podendo propor, emendar, alterar, revogar e derrogar lei estaduais,
0
tanto ordinárias como complementares, elaborar e emendar a Constituição estadual, julgar anualmente as
contas prestadas pelo Governador do Estado, criar Comissões Parlamentares de Inquérito, além de outras
competências estabelecidas na Constituição Federal e na Constituição Estadual.
2.

3.3.2. Deputados Distritais


Deputado distrital é o nome dado pela Constituição brasileira de 1988 ao representante popular do
Distrito Federal. A forma de eleição, tempo de mandato e o cálculo do número de deputados distritais são os
15

mesmos, segundo a Constituição de 1988, que para os deputados estaduais. Atualmente a Câmara Legislativa
do Distrito Federal conta com 24 deputados distritais eleitos por voto direto. Os Deputados Distritais acumulam
as competências legislativas tanto do Município quanto dos Estados.
3.3.3. Tribunais de Contas Estaduais
6.

No âmbito estadual, os Tribunais de Contas possuem sete membros que recebem o título de Conselheiros,
estas instituições devem observar os preceitos estabelecidos na Constituição Brasileira, em atenção ao princípio
da simetria. Embora tenha proibido a criação de Tribunais e Conselhos de Contas na esfera municipal, a
Constituição de 1988 permitiu a manutenção dos dois tribunais de contas de municípios existentes.
33

Atualmente, há 33 Tribunais de Contas estaduais e municipais, assim distribuídos: 22 deles examinam


as contas de cada um dos Estados e ainda dos Municípios destes Estados (com a exceção dos Estados do Rio
de Janeiro e São Paulo); 4 Tribunais de Contas estaduais examinam apenas as contas estaduais, pois, nestes
Estados (Bahia, Ceará, Goiás e Pará), há também Tribunais de Contas dos Municípios, que examinam apenas
contas municipais, mas são instituições mantidas pelos Estados. Há ainda a situação peculiar do Tribunal de
Contas do Distrito Federal, entidade da Federação brasileira que, equivalendo a um Estado e, não podendo
ser subdividida em Municípios, leva seu Tribunal de Contas a examinar matérias comuns aos Estados e aos
Municípios, que, no caso, são todas do Distrito Federal.
Além disso, há dois Municípios (Rio de Janeiro e São Paulo) que têm seus próprios Tribunais de Contas,
como instituições destas cidades (e não dos respectivos Estados), de modo que, nestes, os Tribunais de Contas
estaduais examinam as contas do Estado e de todos os outros Municípios, exceto de suas próprias capitais.
Esta situação peculiar reduz-se, desde a Constituição de 1988, apenas ao Rio de Janeiro e a São Paulo, tendo
sido vedada a criação de novos Tribunais de Contas por Municípios desde então.
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3.4. LEGISLATIvO MUnICIPAL


No município, o poder é exercido pela câmara de vereadores, eles são eleitos
para um mandato de 4 anos, seguindo as normas gerais das constituições federal
e estadual.
o número de vereadores é proporcional à população do município, observados
os seguintes limites:
Ø Mínimo de nove e máximo de vinte e um nos Municípios de até um

0
milhão de habitantes;
Ø Mínimo de trinta e três e máximo de quarenta e um nos Municípios de
mais de um milhão e menos de cinco milhões de habitantes; PoDer JuDiciário; Disponível em

-9
www.inclusive.org.br/?p=16428;

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Ø Mínimo de quarenta e dois e máximo de cinqüenta e cinco nos Municípios
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em 23.jul.2010
de mais de cinco milhões de habitantes;”
A constituição garante ainda a inviolabilidade dos vereadores por suas opiniões, palavras e votos no
exercício do mandato e na circunscrição do Município” e prescreve:

78
“proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta Constituição
para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os membros da Assembléia
Legislativa. (artigo 29, IX)

o processo legislativo municipal segue as linhas gerais dos níveis federal e estadual, com as devidas
adaptações.
0
Neste campo, a nova constituição prevê a participação da comunidade, através de “iniciativa popular
2.
de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de,
pelo menos, cinco por cento do eleitorado.”

3.5. PODER JUDICIÁRIO DO BRASIL


15

tem o poder de julgar e aplicar as leis elaboradas pelo Legislativo e exercidas pelo executivo. Ministros,
Desembargadores e Juíses formam a classe dos responsáveis por esta função. É regulado pela constituição
federal nos seus artigos de 92 a 126.
3.5.1. fuNçÕes Do PoDer JuDiciário
6.

os órgãos judiciários brasileiros exercem dois papéis. o primeiro, do ponto de vista histórico, é a função
jurisdicional, também chamada jurisdição. trata-se da obrigação e da prerrogativa de compor os conflitos de
interesses em cada caso concreto, através de um processo judicial, com a aplicação de normas gerais e abstratas.
o segundo papel é o controle de constitucionalidade. tendo em vista que as normas jurídicas só são
33

válidas quando conformadas à constituição federal, a ordem jurídica brasileira estabeleceu um método para
evitar que atos legislativos e administrativos contrariem regras ou princípios constitucionais.
A constituição federal adota, para o controle da constitucionalidade, dois sistemas:
• Difuso: todos os órgãos do Poder Judiciário podem exercê-lo e suas decisões a esse respeito são
válidas apenas para o caso concreto que apreciam;
• Concentrado: em alguns casos, os ocupantes de certos cargos públicos detêm a prerrogativa de arguir
a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, federal ou estadual, perante o supremo tribunal
federal, por meio de ação direta de inconstitucionalidade. Nesse caso, a decisão favorável ataca
a lei ou ato normativo em tese. Analogamente, há outros agentes públicos legitimados à arguição
de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal, em face de dispositivos da
constituição Estadual, perante o respectivo tribunal de Justiça.
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CIDADANIA

Dessa forma, o sistema de controle de constitucionalidade brasileiro é híbrido, ou seja, combina elementos
originados na doutrina estadunidense (controle difuso) com outros inspirados no direito europeu continental
(controle concentrado).
3.5.2. cLAssificAção Dos ÓrGãos JuDiciários
os órgãos judiciários brasileiros podem ser classificados quanto ao número de julgadores (órgãos singulares
e colegiados), quanto à matéria (órgãos da justiça comum e da justiça especial) e do ponto de vista federativo
(órgãos estaduais e federais).

0
um tribunal regional federal é órgão colegiado, enquanto que um juiz federal é considerado órgão
singular. Da mesma maneira, o tribunal de Justiça de um estado é órgão colegiado, sendo o juiz de Direito um
órgão singular.

-9
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os tribunais e juízes estaduais, os tribunais regionais federais e os juízes federais são considerados órgãos de
justiça comum. Já o tribunal superior do trabalho, tribunal superior eleitoral e superior tribunal Militar formam
a Justiça especializada, os quais julgam matéria de sua área de competência: trabalhista, eleitoral ou Militar.
eles recebem, respectivamente, recursos dos tribunais inferiores (tribunais regionais do trabalho e tribunais

78
regionais eleitorais) e da Auditoria Militar. Na primeira instância, há os juízes monocráticos (chamados de juízes
de Direito, na Justiça organizada pelos estados, juízes federais, eleitorais e do trabalho, na Justiça federal, eleitoral
e do trabalho e juízes Auditores, na Justiça Militar).
3.5.2.1. Órgãos judiciários
0
os seguintes órgãos do Poder Judiciário brasileiro exercem a função jurisdicional:
supremo tribunal federal
2.
Ø
Ø conselho Nacional de Justiça (sem função
jurisdicional, apenas funções administrativas)
Ø superior tribunal de Justiça
Ø tribunais regionais federais e juízes federais
15

Ø tribunais e juízes do trabalho


Ø tribunais e juízes eleitorais
Ø tribunais e juízes militares
Ø tribunais e juízes dos estados, do Distrito
federal e dos territórios.
6.

• Supremo Tribunal Federal


o supremo tribunal federal (stf) é o guardião
da constituição federal. compete-lhe, dentre outras
tarefas, julgar as causas em que esteja em jogo uma
33

alegada violação da constituição federal, o que ele faz


ao apreciar uma ação direta de inconstitucionalidade ou suPreMo tribuNAL feDerAL; Disponível em
um recurso contra decisão que, alegadamente, violou rpscom.blogspot.com; em 23.jul.2010
dispositivo da constituição.
o stf compõe-se de onze ministros, aprovados pelo senado federal e nomeados pelo presidente da
república, dentre cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de
idade, de notável saber jurídico e de reputação ilibada.
• Conselho Nacional de Justiça
o conselho Nacional de Justiça foi criado pela emenda constitucional nº 45, de 08 de dezembro de 2004 e
instalado em 14 de junho de 2005, com a função de controlar a atuação administrativa e financeira dos órgãos
do poder Judiciário brasileiro. também é encarregado da supervisão do desempenho funcional dos juízes.
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A composição do conselho compreende quinze membros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta
e seis anos de idade, com mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo:
Ø um ministro do supremo tribunal federal, indicado pelo respectivo tribunal
Ø um ministro do superior tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal
Ø um ministro do tribunal superior do trabalho, indicado pelo respectivo tribunal
Ø um desembargador de tribunal de Justiça, indicado pelo supremo tribunal federal
Ø um juiz estadual, indicado pelo supremo tribunal federal
Ø um juiz de tribunal regional federal, indicado pelo superior tribunal de Justiça
Ø um juiz federal, indicado pelo superior tribunal de Justiça

0
Ø um juiz de tribunal regional do trabalho, indicado pelo tribunal superior do trabalho
Ø um juiz do trabalho, indicado pelo tribunal superior do trabalho

-9
Ø um membro do Ministério Público da união, indicado pelo procurador-geral da república

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Ø um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo procurador-geral da república dentre


os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual
Ø dois advogados, indicados pelo conselho federal da ordem dos Advogados do brasil
Ø dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela câmara dos Deputados

78
e outro pelo senado federal
• Superior Tribunal de Justiça
o superior tribunal de Justiça (stJ) é o guardião
da uniformidade da interpretação das leis federais.
0
Desempenha esta tarefa ao julgar as causas, decididas
pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais
2.
dos estados, do Distrito federal e dos territórios, que
contrariem lei federal ou dêem a lei federal interpretação
divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
o stJ compõe-se de 33 ministros, nomeados pelo
15

Presidente da república dentre brasileiros com mais


de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de
notável saber jurídico e reputação ilibada (depois de
aprovada a escolha pela maioria absoluta do senado stJ; Disponível em jus-operandi.blogspot.com; em 23.jul.2010
federal) sendo um terço dentre juízes dos tribunais regionais federais e um terço dentre desembargadores
6.

dos tribunais de Justiça e outro terço alternadamente em partes iguais, dentre advogados e membros do
Ministério Público federal, estadual, do Distrito federal e dos territórios,
• Justiça Federal
são órgãos da Justiça federal os tribunais regionais federais (trf) e os juízes federais. A Justiça federal
33

julga, dentre outras, as causas em que forem parte a união, autarquia ou empresa pública federal. Dentre
outros assuntos de sua competência, os trfs decidem em grau de recurso as causas apreciadas em primeira
instância pelos Juízes federais.
• Justiça do Trabalho
os órgãos da Justiça do trabalho são o tribunal superior do trabalho (tst), os tribunais regionais do
trabalho (trts) e os juízes do trabalho. compete-lhe julgar as causas oriundas das relações de trabalho. os
Juízes do trabalho formam a primeira instância da Justiça do trabalho e suas decisões são apreciadas em grau de
recurso pelos trts. o tst, dentre outras atribuições, zela pela uniformidade das decisões da Justiça do trabalho.
em 31 de dezembro de 2004, sua competência foi ampliada, passando a processar e julgar toda e
qualquer causa decorrente das relações de trabalho, o que inclui os litígios envolvendo os sindicatos de
trabalhadores, sindicatos de empregadores, análise das penalidades administrativas impostas pelos órgãos do
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CIDADANIA

governo incumbidos da fiscalização do trabalho e direito de greve. Recebe anualmente cerca de 2,4 milhões
de processos trabalhistas.
• Justiça Eleitoral
São órgãos da Justiça Eleitoral o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os Tribunais Regionais Eleitorais (TRE),
os Juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais. Compete-lhe julgar as causas relativas à legislação eleitoral. Os TREs
decidem em grau de recurso as causas apreciadas em primeira instância pelos Juízes Eleitorais. O TSE, dentre
outras atribuições, zela pela uniformidade das decisões da Justiça Eleitoral.

0
A Justiça Eleitoral desempenha, ademais, um papel administrativo, de organização e normatização das
eleições no Brasil.

-9
A composição da Justiça Eleitoral é sui generis (peculiar, especial), pois seus integrantes são escolhidos

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dentre juízes de outros órgãos judiciais brasileiros (inclusive estaduais) e servem por tempo determinado.
• Justiça Militar
A Justiça Militar compõe-se do Superior Tribunal Militar (STM) e dos Tribunais e juízes militares, com

78
competência para julgar os crimes militares definidos em lei.
No Brasil, a Constituição Federal organizou a Justiça Militar tanto nos Estados como na União.
A Justiça Militar Estadual existe nos 26 estados-membros da Federação e no Distrito Federal, sendo
0
constituída em primeira instância pelo Juiz de Direito e pelos Conselhos de Justiça, Especial e Permanente,
presididos pelo juiz de Direito. Em Segunda Instância, nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande
do Sul pelos Tribunais de Justiça Militar e nos demais Estados pelos Tribunais de Justiça.
2.

• Justiça Estadual
A Constituição Federal determina que os estados organizem a sua Justiça Estadual, observando os princípios
constitucionais federais. Como regra geral, a Justiça Estadual compõe-se de duas instâncias, o Tribunal de Justiça
15

(TJ) e os Juízes Estaduais. Os Tribunais de Justiça dos estados possuem competências definidas na Constituição
Federal, na Constituição Estadual, bem como na Lei de Organização Judiciária do Estado. Basicamente, o TJ tem
a competência de, em segundo grau, revisar as decisões dos juízes e, em primeiro grau, julgar determinadas
ações em face de determinadas pessoas.
A Constituição Federal determina que os estados instituam a representação de inconstitucionalidade de
6.

leis e atos normativos estaduais ou municipais frente à constituição estadual (art. 125, §2º), apreciada pelo
TJ. É facultado aos estados criar a justiça militar estadual, com competência sobre a polícia militar estadual.
Os integrantes dos TJs são chamados Desembargadores. Os Juízes Estaduais são os chamados Juízes de
Direito.
33

O Tribunal do Júri, garantia constitucional, é o único órgão judicial com participação popular, em que a
população, representada pelos sete jurados, julga os seus semelhantes nos crimes contra a vida (homicídio,
infanticídio, aborto, instigação e auxílio ao suicídio). O julgamento compete aos jurados -- juízes do fato -- e a
sessão do Júri é presidida pelo Juiz de Direito, que se limita, grosso modo, a fixar a pena em caso de condenação,
ou a declarar a absolvição. A decisão sobre a absolvição ou condenação do réu é exclusiva dos jurados. Certos
crimes contra a vida estão previstos, excepcionalmente, como de competência de um Júri Federal.
• Princípios e garantias da magistratura
Para poder desempenhar as suas funções com isenção, o Poder Judiciário dispõe de princípios e garantias
previstas na Constituição Federal, tais como ingresso na carreira de juiz por meio de concurso público,
publicidade dos atos judiciais, vitaliciedade, inamovibilidade, irredutibilidade do subsídio, proibição de exercício
de outra função e proibição de exercício de atividade político-partidária.
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4. PARTIDOS POLÍTICOS BRASILEIROS


Número Data de Número de
Nomes Sigla Presidente
eleitoral registro filiados
Partido do Movimento 30 de junho de
PMDB 15 2073176 Íris de Araújo
Democrático Brasileiro 1981
Partido Trabalhista 3 de novembro de
PTB 14 1029325 Roberto Jefferson
Brasileiro 1981
Partido Democrático 10 de novembro Carlos Eduardo

0
PDT 12 1019115
Trabalhista de 1981 Vieira da Cunha
Partido dos 11 de fevereiro de

-9
PT 13 1152595 Ricardo Berzoini
Trabalhadores 1982

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11 de setembro de
Democratas DEM 25 1001204 Rodrigo Maia
1986
Partido Comunista do 23 de junho de
PCdoB 65 237840 José Renato Rabelo

78
Brasil 1988
Partido Socialista
PSB 40 1 de julho de 1988 412064 Eduardo Campos
Brasileiro
Partido da Social 24 de agosto de
PSDB 45 1189876 Sérgio Guerra
Democracia Brasileira 1989
0
Partido Trabalhista 22 de fevereiro de
PTC 36 137741 Daniel Tourinho
Cristão 1990
2.
29 de março de
Partido Social Cristão PSC 20 264019 Victor Nósseis
1990
Partido da Mobilização 25 de outubro de Oscar Noronha
PMN 33 184474
Nacional 1990 Filho
Partido Republicano 29 de outubro de
15

PRP 44 177681 Ovasco Resende


Progressista 1991
Partido Popular
PPS 23 19 de março 1992 408376 Roberto Freire
Socialista
30 de setembro de José Luiz de França
Partido Verde PV 43 249093
6.

1993 Penna
Partido Trabalhista do 11 de outubro de Luís Henrique
PTdoB 70 124734
Brasil 1994 Resende
Partido Renovador 28 de março de
PRTB 28 87354 Levy Fidélix
Trabalhista Brasileiro 1995
33

16 de novembro
Partido Progressista PP 11 1264982 Francisco Dornelles
de 1995
Partido Socialista dos 19 de dezembro José Maria de
PSTU 16 13191
Trabalhadores Unificado de 1995 Almeida
Partido Comunista Zuleide Faria de
PCB 21 9 de maio de 1996 15929
Brasileiro Melo
Partido Humanista da 20 de março de Paulo Roberto
PHS 31 106033
Solidariedade 1997 Matos
Partido Social 5 de agosto de
PSDC 27 130046 José Maria Eymael
Democrata Cristão 1997
Partido da Causa 30 de setembro de
PCO 29 3084 Rui Costa Pimenta
Operária 1997
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CIDADANIA

Partido trabalhista 2 de outubro de José Masci de


PtN 19 92225
Nacional 1997 Abreu
2 de junho de
Partido social Liberal PsL 17 158333 Luciano bivar
1998
Partido republicano 25 de agosto de vítor Paulo dos
Prb 10 176594
brasileiro 2005 santos
Partido socialismo e 15 de setembro de
PsoL 50 29816 Heloísa Helena
Liberdade 2005
19 de dezembro

0
Partido da república Pr 22 719787 Sérgio Tamer
de 2006

-9
QuADro: PArtiDos PoLÍticos brAsiLeiros; Dados de 2010.

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5. PLEBISCITO E REFEREnDO
Apesar de por vezes se considerar plebiscito como sendo o mesmo que referendo, a verdade é que os
dois conceitos podem significar ações muito diferentes e que podem, por vezes, ter significados opostos.

78
são, contudo, sempre referentes a assuntos de política geral ou local de extrema importância para as
pessoas visadas. Assim, de um modo amplo, podemos considerar que são sinônimos. Por outro lado, de um
ponto de vista específico, os termos podem apontar para conceitos diferentes, consoante os autores ou o
contexto em que são aplicados.
0
Assim, podemos dizer que plebiscito é uma consulta ao povo antes de uma lei ser constituída, de modo
a aprovar ou rejeitar as opções que lhe são propostas; o referendo é uma consulta ao povo após a lei ser
2.
constituída, em que o povo ratifica (“sanciona”) a lei já aprovada pelo estado ou a rejeita. Maurice battelli, de
facto, define plebiscito como a manifestação directa da vontade do povo que delibera sobre um determinado
assunto, enquanto que o referendo seria um acto mais complexo, em que o povo delibera sobre outra
deliberação (já tomada pelo órgão de estado respectivo).
15

Marcelo caetano, por exemplo, já definia o referendo como um processo próprio de uma conjuntura
governativa instituída, enquanto que o plebiscito seria próprio de tomadas de decisão que visassem alterações
profundas na estrutura do regime político governante (em geral, da própria constituição).

TÓPICO 3 – O PAPEL DA IGREJA nA POLÍTICA


6.

1. InTRODUÇÃO
embora para muitas pessoas a inserção de membros
do ministério nas esferas políticas da sociedade ainda
33

seja um grande tabú, é um fato notório a sua realidade.


Porém, sacerdotes, profetas ligados à política não é um
fato novo. Desde os primórdios do povo israelita esta
prática já era comum.
Alguns estadistas famosos do antigo testamento
foram:
Ø José
Ø Moisés
Ø samuel
Ø isaías
Ø Daniel cruZ; Disponível em sometimeshere.blogs...; em 23.jul.2010
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ITQ – INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR

Todos os exemplos citados acima, agindo dentro ou fora de seu território/ nação, utilizaram-se de sua
influência política vizando o bem da sociedade comum. Foram representantes de um povo numa esfera de
poder. Graças à sua performance puderam, na maioria dos casos, preservar a sua espécie.
Trazendo para parâmetros da atualidade, parlamentares evangélicos representam o povo de Cristo
na cúpula política do Estado brasileiro, vizando não só trabalhar políticas públicas que traduzam o bem da
sociedade, como também, defendendo e garantindo a continuidade dos ideais de Cristo através da Igreja
brasileira.

2. A FRENTE PARLAMENTAR EVANGÉLICA

0
Segundo o Estatuto da Frente Parlamentar Evangélica, ela é uma associação civil, de natureza não

-9
governamental, constituída no âmbito do Congresso Nacional e integrada por Deputados Federais e Senadores

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da República Federativa do Brasil (Art.1).


A Frente Parlamentar Evangélica também é conhecida como “Bancada Evangélica”, e ela defende os
interesses das igrejas. Suas finalidades são:

78
Ø Acompanhar e fiscalizar os programas e Políticas Públicas Governamentais manifestando-se quanto
aos aspectos mais importantes de sua aplicabilidade e execussão;
Ø Promover o intercâmbio com estes assemelhados de parlamentos de outros países visando ao
aperfeiçoamento recíproco das respectivas políticas e da sua atuação;
Ø Procurar de modo contínuo, a inovação da legislação necessária à promoção de políticas públicas,
0
sociais e econômicas eficazes, influindo no processo legislativo a partir das comissões temáticas
existentes nas Casas do Congresso Nacional, segundo seus objetivos, combinados com os propósitos
2.
de Deus e conforme a Sua Palavra.
Na 52ª legislatura, de 2003 a 2006, continha 66 congressistas, sendo três destes representantes Senadores.
Uma boa parte dos congressistas evangélicos são pastores. Na legislatura vigente este número caiu para 57
pessoas, com 54 Deputados Federais e 3 Senadores.
15

Os parlamentares evangélicos nem sempre votam em bloco, pois representam correntes distintas, porém
buscam os mesmos interesses em questões de conteúdo moral ou que cerceiem sua liberdade de pregação
do evangelho e de crescimento da igreja.
São contrários à agenda dita progressista, obstruindo votações de propostas visando a ampliação das
6.

hipóteses legais de aborto, instituição do casamento entre pessoas do mesmo sexo, entre outros.
A bancada evangélica no Distrito Federal conseguiu instituir um feriado chamado Dia do Evangélico.
Recentemente o Congresso Nacional aprovou o “Dia Nacional da Marcha para Jesus” que será todo sábado
subsequente aos 60 dias após o domingo de Páscoa. Teve atuação significante ao garantir para todas as religiões
33

os mesmos direitos do “Acordo Brasil x Santa Sé”, que garantia direitos exclusivos somente à Igreja Católica.
Uma vez por semana, a frente realiza cultos nas dependências do Congresso, oficiado por um dos
parlamentares pastores, sempre com grande afluência de assessores e servidores legislativos.

3. POSIÇÃO DA IGREJA COM RELAÇÃO


ÀS LEIS CONTRÁRIAS À PALAVRA DE DEUS
A Igreja do Evangelho Quadrangular, através da Secretaria Geral de Cidadania, publicou o livreto
“DOUTRINA SÓCIO-POLÌTICA – A VISÃO DA IGREJA”, no qual traz o enfoque de assuntos para a formação de
caráter de cidadaniam referente a posição da Igreja como agente sócio-político.
Note meu aluno, está é uma realidade que não podemos fugir, ou seja, a Igreja precisa posicionar-se
em relação às questões morais, éticas, sociais, políticas, além das religiosas e espirituais. Urge que todos os
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CIDADANIA

cristãos tomem consciência da sua importância e da importância da igreja nos destinos da nação. A igreja
tem o poder de através da oração e da sua ação em unidade, de acordo com a palavra de Deus, de definir os
rumos históricos e transformadores de uma sociedade, da nação. A igreja evangélica brasileira não representa
uma minoria que desconhece a sua função e os seus direitos, por isto que estamos estudando esta disciplina,
para que você transmita aos seus, aos irmãos em cristo, aos seus liderados e ovelhas esta visão bíblia, esta
consciência tão importante, para que não sejamos mais representados pessoas não comprometidas com
Jesus, com o reino de Deus e com a causa do evangelho. temos que estar influenciando em todas as áreas de
influência social, de poder.
Diante dos propósitos de Deus para o final dos tempos, para a missão da igreja, especialmente se tratando

0
do brasil, requer-se uma bancada evangélica forte, substancial, sustentável, e para isto, o povo de Deus é
decisivo tanto para votar, como para se engajar nas campanhas em prol dos candidatos evangélicos.

-9
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A ieQ, através da secretaria Geral de cidadania e do conselho Nacional de Diretores, tem trabalhado e
desenvolvido o Projeto Político de cidadania da igreja, precisamos promovê-lo e nos comprometermos com
este projeto, pois política não é pecado. o distanciamento político dos pastores, dos irmãos, só interessa a
uma pessoa, o inimigo, o qual, em contrapartida, no momento atual, trabalho para o projeto do inferno, para

78
o levantamento do Anticristo. Nós somos guerreiros de Deus, da Luz, da verdade, e da Justiça, trabalhamos
pelo projeto do céu, para a exaltação do verdadeiro cristo, o qual, em momento algum se omitiu de qualquer
situação ou questão do seu tempo. Devemos fazer o mesmo, seguindo o nosso Mestre e sendo leais à igreja.
“Quando o justo governa, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme.” (Pv 29.2)
0
3.1. nA DOUTRInA SÓCIO-POLÍTICA DA IEQ, SEGUnDO OS PRInCÍPIOS
DA PALAvRA DE DEUS A IGREJA DO EvAnGELHO QUADRAnGULAR É
2.

COnTRÁRIA:
3.1.1. DivÓrcio seM fuNDAMeNto
trocar de marido ou esposa tornou-se uma prática muito
15

freqüente. esta atitude da sociedade secular tem crescido no meio


da sociedade cristã. Hoje casais cristãos têm se separado com mais
freqüência. sempre foi plano de Deus que homem e mulher se
casassem e permanecessem juntos até a morte. Disse Jesus: “o que
Deus uniu, não o separe o homem.” (Mateus 19:06).
6.

Divórcio é um assunto polêmico e traumático. seja qual for o


caso, existem várias coisas que podemos fazer. Há várias passagens
bíblicas que falam a este respeito. (Mateus 5:32; coríntios 7:10-15; DivÓrcio; Disponível em: editorart.
wordpress.com; em 23.jul.2010
efésios 5:22,23).
33

A resposta de Jesus está em Mateus 19:4-9. É bom lembrar que ele não a
começa com a idéia presente em Deuteronômio, mas com a criação. “Não tendes
lido que o criador, desde o princípio, os fez homem e mulher, e que disse: Por esta
causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma
só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que
Deus uniu, não o separe
o homem.” (Mateus
Na disciplina de Aconselhamento e Orientação
19:4-6) então os fariseus
Familiar do Curso Livre de Teologia do ITQ,
contestaram:
este assunto será mais detalhado.
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ITQ – INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR

“Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar? Ao que Jesus respondeu: Por
causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher: entretanto;
não foi assim desde o princípio. Eu, porém, vos digo: Quem repudiar sua mulher, não sendo por
causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério.” (Mateus 19:7-9)
É interessante notar a questão levantada pelos fariseus. eles usaram a palavra “mandou” para descrever
a abordagem de Moisés sobre o assunto. Mas Jesus contrapôs o uso dessa palavra com o termo “permitiu”.
De acordo com o Mestre, o divórcio foi permitido por causa da dureza de coração das pessoas. Mas, verso

0
nove, ele afirma que a única base para o divórcio é o adultério.
Primeiramente, o senhor mostrou o ideal para o casamento.

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Depois, a exceção. freqüentemente estamos enfatizando a exceção e esquecendo o ideal realçado pelo
Mestre.

Verificar no site da Câmara www.camara.gov.br as leis

78
atuais sobre facilidades para o divórcio e divórcio online.

3.1.2. cAsAMeNto De PessoAs Do MesMo sexo e HoMossexuALisMo


A lei nº 9.278, sancionada em 10/5/96, que regulamente o 3 Do
0
Artigo 226 da constituição federal sobre a proteção do estado à união
estável entre homem e mulher.
2.
os aspectos dessa lei redobraram a preocupação da igreja em
defender os princípios bíblicos e o fortalecimento da família.
A igreja se posiciona contra a proposta da lei de união civil de
pessoas do mesmo sexo. HoMossexuALisMo; Disponível em:
15

confrariadosamigos.blogspot.com; em 23.jul.2010

A família é constituída da união indissolúvel de um homem, uma mulher e filhos. A igreja tem como
dever se posicionar a favor da moral e dos bons costumes. valores morais nãos são frutos do consenso, pois
são normas intocáveis até para os legisladores civis.
6.

Devemos de boa consciência rejeitar, expressando o nosso veemente repúdio contra qual projeto que
visa reconhecer a união civil do mesmo sexo.
Na última década, o homossexualismo tem sido uma realidade presente na sociedade. os homossexuais
têm suas próprias comunidades, suas próprias revistas e jornais. Mas se você pensa que este problema não
chegou à sua igreja, você está provavelmente errado. este é um assunto que deve ser encarado com compaixão
33

pela igreja. Alguns dizem que se trata simplesmente de uma orientação genética, outros que é uma simples
questão de escolha, uma doença, etc.
A palavra de Deus fala claramente sobre o comportamento homossexual, “Não se deixem enganar; nem
os sexualmente imorais, nem idólatras... nem os homossexuais... herdarão o reino de Deus.” (1 coríntios 6.9-
0, Levítico 18:22 e romanos 1.26-27) ...não existe fundamento no qual possa se justificar a hipótese de que
homossexuais ou bissexuais de qualquer grau ou tipo tenham cromossomos diferentes dos heterossexuais.
(Dr. John Money. Principal pesquisador de sexo da universidade Jonhns Hopkins).
“Não tendes lido que o Criador desde o princípio os fez homem e mulher...?” (Mt 19.4)
o homossexualismo contraria a intenção original do criador, que nunca muda.
“Com homem não te deitarás, como se fosse mulher: é abominação.” (Levítico 18:22) aqui a palavra de
Deus é clara referente à relação homossexual “Por causa disso os entregou Deus às paixões infames; porque
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CIDADANIA

até as suas mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas, por outro contrário à natureza;
semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente
em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo em si mesmo a merecida
punição do seu erro.” (romanos 1.26-27).
“Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganas: nem impuros, nem
idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas... Tais fostes algum de vós; mas vós vos lavastes,
mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus.”
(i coríntios 6.9-11)

0
É bom sabermos que o nosso Deus providenciou o perdão e a restauração. Jesus disse: “... e conhecereis
a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8:31) estes textos dispensam comentários.

-9
Deus não mudou e está à disposição de todos. Há esperança real aos homossexuais, pois o pecado não é maior

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do que a graça de Deus. A igreja do evangelho Quadrangular não é contra o homossexual (pessoa) e sim contra seus
atos, pois o pecado é abominação frente ao senhor Jesus. cremos que Deus ama profundamente o homossexual,
(por isso também o amamos) convidando-o a ser nova criatura, vivendo a sua natureza. o apóstolo Paulo em i co
6.10-11 destaca o resultado da restauração: “tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados
em o nome de Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.”
3.1.3. Aborto
78
o congresso Nacional derrubou o veto à esterilização, tornando
0
legal essa prática. Agora os grupos anti-vida trabalham para legalizar
o aborto.
2.
No congresso Nacional tramitam vários projetos para legalizar
a prática de aborto.
esses projetos são apoiados pelo GPePD (Grupo Parlamentar de
estudos e População) centenas de milhares de dólares são investidos
15

para a mudança da legalização a fim de atender aos interesses


eugênicos (raça pura). esta intervenção indevida em nosso país atenta Aborto; Disponível em www.notapositiva.
com/.../aborto.htm; em 23.jul.2010
contra a soberania nacional.
o mais grave, é que, parlamentares eleitos pelo povo brasileiro defendem interesses de outros países,
em detrimento de nossa soberania nacional. o eleitor precisa ser informado disso. temos uma arma poderosa
6.

e que podemos usar eficazmente: O VOTO.


Atentamos para a palavra de Nosso senhor Jesus cristo, que disse: “Eu vim para que tenham vida em
abundância.” (João 10.10)
33

Declaramos nossa posição em favor da vida humana, firmados na palavra de Deus que diz: “Não matarás”.
(Êxodo 20.13)
3.1.4. iMPosição Do coNtroLe DA NAtALiDADe e esteriLiZAção
“Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto
do ventre o seu galardão. Como flecha na mão de um
homem poderoso, assim são os filhos da mocidade. Bem-
aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão
confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta.”
(Salmos 127:3-5)

coNtroLe DA NAtALiDADe; Disponível em:


apelosdoceu.com/.../; em 23.jul.2010
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ITQ – INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR

toda criança que nasce é verdadeira dádiva de Deus. o senhor concedeu ao marido e a esposa capacidade
singular, não concedida a nenhuma outra criatura do universo, a de produzir outro ser humano com livre
arbítrio. A bíblia fala que os filhos são uma benção e se Deus nos diz: “sede fecundos, multiplicai-vos e enchei
toda terra, “ (Gênesis 1:28) é porque ele sabia que os filhos viriam para trazer felicidade e alegria a seus pais.
Gerar filhos não é apenas um ato biológico, pois, quando o casal se une, tornam-se “uma só carne”. essa é a
maneira por Deus estipulada que produzem uma pessoa, resultado do amor dos pais. o plano de Deus é que
os filhos tornem-se uma sejam também o reflexo do compromisso dos pais com a Palavra de Deus.
cremos que cada casal deve colocar no mundo, com oração e planejamento, o número de filhos que
julga para poder educar corretamente e proporcionando um desenvolvimento sadio agradando assim a Deus.

0
A esterilização no brasil é alarmante. A mesma foi responsável, em 1992, por mais de 50% dos métodos
de Planejamento familiar, atingindo em alguns estados do Nordeste até 70% dos métodos contraceptivos nas

-9
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usuárias com filhos menores de cinco anos de idade, muitas delas sem conhecimento e decisão pessoal. É
dever do conselho Nacional de saúde, através de normas, explicar o conteúdo do capítulo vii, artigo 226, 7
de 1988, sobre o Planejamento familiar, que é de “...livre decisão do casal, competindo ao estado propiciar
recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte

78
de instituições oficiais ou privadas”.
estas normas do conselho Nacional de saúde são restritivas quanto à esterilização e ao tratarem do acesso
à informação sobre a sexualidade a fertilidade e a reprodução determinam que se deva começar pelos métodos
naturais e que é necessário explicitar as contra-indicações e riscos de
cada método, a fim de garantir a liberdade na escolha consciente do
0
método. (Artigo 111, 4)
2.
3.1.5. PeNA De Morte
“Não matarás.” (Êxodo 20.13)
“... A mim pertence à vingança; eu retribuirei, diz o Senhor.”
(Romanos 12.19)
15

Por causa da crescente onda de criminalidade, um pequeno, mas


alarmante seguimento da sociedade tem trazido a questão da pena
de morte à tona.
6.

Mesmo tendo a prática de pena de morte no passado, nos PeNA De Morte; Disponível em: atuleirus.weblog.
períodos do velho testamento e hoje em algumas nações denominadas com.pt/.../12/abolicao_da_pen; em 23.jul.2010
cristãs, nossos representantes jamais apoiaram ou votarão a seu favor. A
igreja nunca irá permitir que se dê á alguém o direito de tirar a vida de
qualquer pessoa, por qualquer motivo.
33

Principalmente no brasil, a exemplo de outras nações, como os estados


unidos, correremos o risco de erros jurídicos acontecerem e infelizmente
permitir o poder econômico de adquirir meios de proteger uns de injustiçar
outros, principalmente pobres e desamparados.
3.1.6. exPLorAção De criANçA e ADoLesceNte
“Jesus, porém, disse: Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a
mim; porque dos tais é o reino dos céus.” (Mateus 19.4)
A escravidão oficialmente acabou, mas de fato continua mascarada em
nossos dias. esta pode ser vista quando criança e adolescentes são explorados
em todas as partes do mundo.
exPLorAção De criANçA e ADoLesceNte;
Disponível em sobretudo.org/trabalho-
infantil-bo-brasil.html; em 23.jul.2010
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CIDADANIA

infelizmente, o trabalho escravo de crianças e adolescentes, a prostituição infantil são uns dos muitos males
que assolam nosso país. segundo dados do ibGe, é grande o número de abusos e tráfico interno de crianças
e adolescentes. Aumenta-se ainda mais se computarmos os casos das empregadas domésticas, vendedores
ambulantes nos faróis com idade que varia entre 6 e 14 anos.
os mesmos são levados para a cidade por parentes próximos ou amigos, que os colocam à disposição
para serem explorados de maneira desumana.
De acordo com o artigo 224 do código Penal, o ato sexual com menor de 14 anos pressupõe violência é
considerado estupro.

0
Prostituição é o comércio habitual do corpo como opção voluntária de vida. A criança e o adolescente
estão em pleno desenvolvimento, faltando-lhes, portanto, maturidade física e psicológica para fazer uma

-9
opção pela prostituição.

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A igreja deve participar e elaborar projetos que visam à formação e a capacitação para fortalecer o combate
efetivo à exploração sexual de meninas e meninos adolescentes, desmantelando e enfraquecendo as redes
de exploração, através de medidas sócio-jurídicas e interferindo nas ações da política.

apoio espiritual.
78
Por todo o brasil, há inúmeros projetos voltados para o bem estar de crianças e adolescentes. e a igreja
pode e deve atuar eficazmente nestes projetos e além de oferecer o material, podemos apoiar parceiras para

Não podemos ficar inertes à esta situação, devemos dar um basta nisto, através do trabalho de
0
conscientização de toda a liderança da igreja.
com o primeiro conjunto de leis estabelecido no brasil para as crianças,
2.
o código de Menores de 1927, a Declaração universal dos Direitos da criança,
promulga pela organização das Nações unidas (oNu) em 1959, a infância
obteve o reconhecimento de ser considerada sujeito de direito. restabelecido
o estado de Direito, o brasil montou seu novo código da criança, fundado
15

nos princípios do estado Protetor e inventor do bem-estar social, o estatuto


da criança e do Adolescente (ecA) – Lei federal nº 8.069 de 13 de Julho de
1990, e representa verdadeira revolução nas questões da criança. A igreja
como forma de atuação deverá apoiar e incentivar as ações dos conselhos
tutelares, sendo parceiras.
6.

3.1.7. LeGALiZAção DA Profissão De ProstitutAs


“por uma prostituta o máximo que se paga é um pedaço de pão”.
(Pv 6.26)
33

“Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu,


ProstitutA; Disponível em: www.
porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? pulpitocristao.com/2009/08/
Absolutamente, não.” (1 co 6.15) prostitutas.html; em 23.jul.2010

A igreja prega que nenhum ser humano, para sobreviver com


dignidade e sustentar a sua família precisará vender seu corpo.
Há deputados empenhados na legalização da profissão de
prostitutas com garantias previdenciárias. A prostituição é desumana,
inconveniente, antibíblica e nociva à família.
3.1.8. DiscriMiNAção (rAçA, cor, creDo)
A lei nº 7.716 de 5 de janeiro de 1989, com alterações nas leis
nº 9.992 de 3 de Junho de 1994 e nº 9.459 de 13 de março de 1997,
são conhecidas como as leis que tratam de preconceitos de raça e cor. rAcisMo; Disponível em: duplaesportiva.blogspot.
com/2009_06_01_archiv...; em 23.jul.2010
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ITQ – INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR

o amor de Deus, destinado a todos os homens, tem sido expresso sob a forma de injustiça social por
muitos que proclamam tê-la no coração.
Jesus declarou aos seus discípulos.
“O meu mandamento é este, que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” (Jo 15.12-
14)
“Porque todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo”. (Rm 10.13)
“Pois o SENHOR vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande,

0
poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensar;” (Dt 10.17)

-9
“E, abrindo Pedro a boca, disse: reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas;”

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(Atos 10:34)
o especialista francês Michel Paty, afirmou no fórum sobre “rAcisMo e MuNDiALiZAção,” que não
podemos nos esquecer de que os homens, embora diferentes por natureza e cultura, são iguais na sua essência,

78
o que pressupõe direitos e deveres iguais. os homens atuais, ressaltou o pesquisador, pertencer a mesma
espécie, com suas variedades resultantes da mestiçagem e das misturas de caracteres morfológicos e genéticos
da espécie humana, e estão presentes em quase a totalidade das populações. ficou demonstrado, do ponto
de vista biológico, só há uma raça humana. ele chama a atenção para
o fato de que o racismo não é um produto da natureza e sim, uma
0
decisão humana que escapa da esfera da biologia e mantém-se no
âmbito dos valores.
2.
3.1.9. corruPção e iMPuNiDADe
“Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se
manifestou o braço do SENHOR?” (Sl 53.1)
15

“... progridem a demagogia, o populismo, a mentira política


nas promessas eleitorais; burla-se a justiça, generaliza-se a
impunidade e a comunidade se sente impotente e indefesa
6.

diante do delito.” (São Domingos)


Através do exemplo do povo cristão não deixaremos que a
corrupção e a impunidade contaminem as novas gerações. faremos de
tudo pra promover os bons exemplos, incentivaremos para a formação corruPção; Disponível em: gutocassiano.
33

das suas consciências através da honestidade e justiça, estimulando-os blogspot.com; em 23.jul.2010


a imitar toda a prática das normas bíblicas, que diz:
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo
o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum
louvor, nisso pensai.” (Fp 4.8).
A carta Magna e suas leis, não podem ser apenas conceitos da ciência jurídica, mas devem ser consideradas
normas do comportamento social que garantam os valores morais, sustentáculos da vida humana, pois somos
“a imagem e semelhança de Deus.” (Gênesis 1:26)
3.1.10. oPressão Aos MeNos fAvoreciDos (iMPostos e tAxAs AbusivAs)
“Eu vi a miséria do meu povo, ouvi o seu clamor por sua causa dos opressores e por isso desci para
libertá-lo” (Êx 3.7-8)
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CIDADANIA

o massacre e a opressão são considerados crime hediondo e


revela, infelizmente, o grau de brutalidade, covardia e desprezo pela
pessoa humana. estes atos constituem uma verdadeira afronta à
sociedade, a lei de Deus e aos direitos humanos; temos, como cristão,
o dever de nos empenhar a serviço dos que sofrem tais brutalidades,
em respeito e o direito a vida.
o brasil está, infelizmente, em primeiro lugar na cobrança abusiva
de impostos, em números e distribuição de valores injustos.

0
Algo precisa ser feito, com urgência, por quem não tem ambição
Pobres; Disponível em: brasilfranciscano.blogspot.
em seu coração, mas sim, o ideal de servir, e servir bem. As igrejas com/2008/11/o-amor...; em 23.jul.2010
devem ser os locais também de atendimento aos que sofrem,

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denunciando arbitrariedades, agindo e amando.


“Eis que os salários dos trabalhadores que ceifam os vossos campos, e que por vós foi retido
com fraude, está clamando; e os clamores dos ceifeiros penetraram até os ouvidos do Senhor dos

78
Exércitos”. (Tg 5.4)
3.1.11. vÍcios
As drogas sejam qual for, como o álcool, tabagismo, maconha, crak, cocaína, heroína, êxtase, haxixe, etc.
0
são uma terrível ameaça à sociedade, principalmente a juventude. A
sua liberação, é um dos grandes responsáveis pela influência entre os
jovens, aumentando assim o número dos toxicômanos.
2.

chamado do mal do século, a igreja tem o dever de atuar com


eficácia no seu combate, investindo em centros de recuperação
de dependentes químicos, restaurando famílias, como elemento
importante na formação do caráter das pessoas, dando nova vida e
15

esperança às vidas destruídas.


“Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito
santo que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que
vÍcios; Disponível em: apelosdoceu.com/.../03/os-
não sois de vós mesmos?” (1 Co 6.19)
6.

vicios-e-os-pecados/; em 23.jul.2010

Há alguns anos atrás, um deputado famoso, ferrenho defensor da maconha, importou milhares de
sementes desta planta, tentando usar de todos os meios através da política para a liberação da mesma sob o
pretexto de usá-las como remédio ou têxtil.
33

3.1.12. fecHAMeNto De iGreJAs e PrisÕes De PAstores (Lei Do siLÊNcio)


3.1.12.1. LiberDADe reLiGiosA
o direito à liberdade de religião é uma das bases da própria
origem e existência do cristianismo, como direito fundamental e pilar
da nossa nação, o direito à liberdade de religião.
A constituição brasileira defende essa liberdade e oferece refúgio
aos que sofrem perseguição religiosa. Há a Lei da Liberdade religiosa
internacional de 1998.
em seu pronunciamento de despedida à nação em 1789, George
Washington lembrou aos seus concidadãos que a religião, bem como
MorDAçA; Disponível em: olivereduc.blogspot.
o governo, é parte do tecido da vida. “religião e Moralidade são com/2009/11/senado-homofo...; em 23.jul.2010
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suportes indispensáveis,” afirmou ele. “em vão reivindica o tributo do Patriotismo o homem que trabalha
para subverter esses grandes pilares da felicidade humana, os sustentáculos mais firmes das obrigações dos
Homens e dos cidadãos.”
Washington observou que, ao lado do bom governo, deve também estar o direito das pessoas praticarem
a fé que julgarem necessária para os “grandes pilares da felicidade humana”.
Derek H. Davis, diretor de estudos entre igreja e estado da universidade de baylor, examina os quatro
pilares da liberdade religiosa internacional: a Declaração universal dos Direitos Humanos; a convenção
internacional sobre Direitos civis e Políticos; a Declaração das nações unidas sobre a eliminação de todas as

0
formas de intolerância e Discriminação com base na religião ou fé; e o Documento final de viena. “Devemos
continuar a utilizar os tratados internacionais para ampliar a liberdade religiosa através da legislação, educação
e a separação entre igreja e estado.”

-9
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A Declaração das Nações unidas sobre a eliminação de todas as formas de intolerância e de Discriminação com
base na religião ou crença, adotada em 1981, Pe outro documento fundamental que protege os direitos religiosos.
Nós como membros da comunidade global, devemos tomar a liberdade religiosa uma liberdade para todos.

3.2. nA DOUTRInA SÓCIO-POLÍTICA DA IEQ, SEGUnDO OS PRInCÍPIOS DA


PALAvRA DE DEUS A IGREJA DO EvAnGELHO QUADRAnGULAR É A FAvOR:
3.2.1. Do Direito DA ciDADANiA - coNscieNtiZAção Do Povo
0
todo homem é possuidor de direitos existenciais, morais,
78
culturais, religiosos, políticos, econômicos e sociais; temos portanto
2.
direito à vida, à integridade física, ao respeito, à segurança e aos meios
necessários para uma vida digna. À participação na vida pública, justa
distribuição dos salários, livre iniciativa, propriedade privada, liberdade
de locomoção, expressão, fixação de residência, etc.
15

como cristãos conhecedores e praticantes dos ensinamentos


da moral e bons costumes, é dever nosso ir contra os princípios da
Direito À ciDADANiA; Disponível em: www.
imoralidade, pecado, corrupção e influência maligna nas decisões josedomingos.com.br/.../; em 23.jul.2010
do destino do nosso País.
6.

É muito importante que o eleitor tome conhecimento dos trabalhos dos parlamentares e os projetos que
apresentam, como votam, se tratam da vida e da família, quais os interesses que defendem, etc.
“... e apregoareis liberdade na terra a todos os seus moradores; ano de jubileu vos será, e
tomareis, cada um à sua possessão, e cada um à sua família.” (Lv 25.10).
33

3.2.2. Direito À eDucAção reLiGiosA coM PLeNA LiberDADe De


exPressão
A constituição federal, no seu artigo 210 inciso 1, que reza:
“O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, constituirá
disciplina dos horários normais das escolas públicas de
ensino fundamental”.

temos a consciência da importância da educação na formação


da pessoa e da sociedade. somos profundamente marcados pela
religiosidade. A nossa história contém aspectos religiosos, a nossa
cultura e identidade estão firmadas em diferentes tradições religiosas.
o estado não pode furtar-se do dever de assegurar os direitos
individuais do cidadão no exercício da cidadania, através do ensino eNsiNo reLiGioso; Disponível em:
iessa.edu.br; em 23.jul.2010
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CIDADANIA

religioso, pois o mesmo é disciplina garantida pela lei Maior, contribuindo para diminuir diferenças e
desigualdades sociais. Há várias experiências de ensino religioso escolar de diferentes confissões religiosas,
conjuntamente com as secretarias de estado da educação. são experiências que, superando o proselitismo,
assumem a educação da religiosidade, tão necessária ao desenvolvimento integral da sociedade. “educa a
criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele” (Provérbio 22.6). “o
seu povo perecerá por falta de conhecimento” (oséias 4.6).
3.2.3. AssistÊNciA sociAL
Asilos, creches, centros de educação infantil, abrigos, centros

0
de convivência para idosos, casas de recuperação de viciados, casas
de Apoio Para Doentes de Aids, centros de Apoio Para crianças com
câncer ou qualquer outra forma de necessidade.

-9
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“Assim também a fé, se não tiver obras, por si está morta”


(To 2.17).
o fim de toda ação política deve ser a de fazer o possível para todo

78
AssistÊNciA sociAL; Disponível em: nds.org.br/.../
homem, mulher e criança ter uma vida humana plena com qualidade. ver_noticias.php?idnoticia=307; em 23.jul.2010

Por causa de sua capacidade de contextualização, a igreja do evangelho Quadrangular tem como membresia
pessoas de diversos segmentos e classes sociais. Pessoas que não só necessitam de amparo espiritual, mas também
de assistência social, que visa construir asilos que possam trazer conforto ao idoso, o qual, frequentemente, hoje,
0
nestes tempos de pós- modernidade, é abandonado pelos seus filhos ou parentes. Ao mesmo tempo, somos a
favor de que se construam mais creches, orfanatos e centros de reabilitação de dependentes químicos, para que
2.
nas creches as crianças possam ter um lugar seguro para sociabilizar, interagir e principalmente receber instruções
capazes de formar um caráter cristão, enquanto as mães ou responsáveis labutam, visando o seu futuro. Nos
orfanatos, crianças sem a presença de seus pais biológicos ou sem a extensão desta família possam crescer em
famílias substitutas, transformando-se em bons cidadãos.
Milhares de jovens, crianças ou adolescentes estão envolvidas no tráfego de drogas, uns como usuários
15

outros como fornecedores.


esse império satânico tem desafiado toda a sociedade que, muitas vezes, pouco ou nada tem para ajudar
na recuperação dos que lutam para fugir desse domínio. como igreja, é necessário apoiar estas pessoas que
têm procurado socorro. somos a favor que as leis estabeleçam diferenciação entre o traficante e o usuário.
6.

Que penas previstas neste caso sejam diferenciadas.


A presença cristã autêntica no social mudará o homem de dentro para fora e tornará a igreja um local de
acolhimento e apoio para a comunidade.
3.2.4. Direito À ocuPAção DA MÍDiA PeLA iGreJA (LiberDADe De iMPreNsA)
33

“E ninguém, acendendo uma candeia, a põe em oculto, nem


debaixo do alqueire, mas no velador, para os que entram
vejam a luz.” (Lc 11.33)
o fato dos evangélicos estarem adquirindo emissoras de rádio e
televisão, e outros meios de comunicação está provocando inveja e
ódio da parte de alguns empresários da mídia. Por esta razão, estão
surgindo movimentos no sentido de proibir que a igreja evangélica
seja proprietária de qualquer concessão de rádio e televisão. LiberDADe De iMPreNsA; Disponível em:
josafaramalho.blogspot.com/; em 23.jul.2010
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3.2.5. ÉticA e DecÊNciA Nos Meios De coMuNicAção


Queremos o amplo e aprofundado debate em todos os âmbitos
e escalões da sociedade brasileira sobre ética e decência nos meios
de comunicação. sabemos que o assunto não concerne somente
aos evangélicos, mas toda à toda população, uma vez que estão em
jogo a moral cristã e a degradação da família. Manifestamos nossa
grave preocupação diante do quadro de deterioração dos meios de
comunicação, principalmente através da tv. com o reflexo da violação
ÉticA e DecÊNciA; Disponível em: oeiraslocal.
dos direitos, bons costumes e a difusão da violência sob as mais diversas blogspot.com/2009_02_01_archive.html; em

0
formas, a obscenidade em palavras e atos, bem como a vulgaridade e 23.jul.2010
atentados ao pudor. como consequência, o desvio do seu papel educativo e cultural; sem falar na manipulação da

-9
informação a serviço de interesses individuais e de grupos; a exploração do sentimento religioso do nosso povo.

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Nada pode justificar que, em nome da livre expressão e arte, devamos tolerar a ostentação da licenciosidade
em novelas, entrevistas e programas humorísticos de péssimo gosto. Difundindo quando a exibição de cenas
degradantes de violência e pornografia se fazem em horários chamados nobres, tomando-se praticamente

78
impossível a opção para os telespectadores. exigimos das redes concessionárias de comunicação, absoluto
respeito às normas contidas na constituição (artigo 220-224). somos favoráveis à punição dos responsáveis
pelos meios de comunicação, queremos liberdade com responsabilidade. como cristãos éticos, digamos Não
aos meios de comunicação imorais, quer seja tv, rádio, internet. Que venham ocupar espaço nestes meios
de comunicação pessoas bem preparadas para o seu melhor uso possível. com a responsabilidade de guiar
0
milhares de fiéis no brasil, como cidadãos deste País, queremos renovar nossos sentimentos de admiração
àqueles que têm utilizado com sabedoria estes meios para a educação das futuras gerações, através dos bons
programas de lazer, educação popular, conhecimento científico e como instrumento de evangelização, que
2.
têm contribuído para a difusão dos valores éticos que a sociedade tanto precisa.
3.2.6. Meio AMbieNte
“Em lugar do espinheiro crescerá a faia, e em lugar da sarça
15

crescerá a murta; o que será para o SENHOR por nome, e


por sinal eterno, que nunca se apagará.” (Is 55.13)
“A terra dará o seu fruto e comereis a fartar; e nela
6.

habitareis seguro.” (Lv 25.19).


os evangélicos em geral têm o dever de lutar contra a dramática
destruição da natureza e o consequente desequilíbrio ecológico.
crescem os desmatamentos, as queimadas de nossas matas,
ameaçando a vida dos habitantes deste planeta, como consequência, o
33

desaparecimento de plantas, animais das reservas, de microorganismos


com danos irreparáveis. toda destruição é fruto da ambição de grupos
que não respeitam as matas e nem sequer a vegetação nas nascentes
das águas. unimos nossas vozes para solicitar, de nossas autoridades,
uma ação urgente e decisiva para conservação do nosso planeta. É
necessário criar leis severas coibitivas para aqueles que não querem
conservar as riquezas naturais. Meio AMbieNte; Disponível em:
oasissantacatarina.ning.com ;em 23.jul.2010
3.2.7. AMPAro Aos NecessitADos
“Porque tive fome, e deste-me de comer; tive sede, e deste-me de beber; era estrangeiro, e
hospedastes-me...” (Mt 25.35-36)
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CIDADANIA

temos a preocupação com os necessitados em nosso meio, é


nosso dever o compromisso de prestar solidariedade, amparo ao ser
humano principalmente com todos os vitimados pela miséria , pois
em cada rosto vemos a presença de Jesus cristo. temos a convicção
de que somente os valores cristãos, representados pelos evangélicos,
hão de promover a pessoa humana, pela qual o senhor Jesus entregou
sua vida na cruz do calvário.
“E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita;

0
então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escravidão será
como o meio-dia. E o SENHOR te guiará continuamente,

-9
e fartará tua alma em lugares áridos, e fortificará os

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teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um NecessitADos; Disponível em: ciqueirablog.
blogspot.com; ;em 23.jul.2010
manancial, cujas águas nunca faltam” (Is 58.10-11)

78
3.2.8. sAúDe e MorADiA coM iNfrAestruturA
“Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde,
assim como bem vai a tua alma.” (3 Jo 1.2)
0
A igreja vive e se desenvolve na cidade. Por
isso, ela tem o dever de ser compromissada com a
cidade. o povo que vai à igreja é o mesmo povo que
2.
vive na cidade, enfrentando os mesmos problemas
e dificuldades vividos pela igreja. temos os mesmos
sAúDe; Disponível em: www.
direitos à escola, transporte, hospital, segurança, acores.net/noticias/view-34403.
justiça, emprego, luz, água, retirada de lixo, saúde, html; em 23.jul.2010
previdência e outros. esses direitos são benefícios para qualquer cidadão, seja
15

cristão ou não, e os mesmos são administrados pelo sistema político, através do


MorADiA; Disponível em: exercício da cidadania. Defendemos uma política habitacional e urbana, visando
politicasocial2010.blogspot.com/;
em 23.jul.2010
a melhoria da qualidade de vida das pessoas, na criação de políticas para o setor,
integradas com políticas de saneamento, saúde e transporte, para atender a
6.

demanda. É necessário investimentos em mutirões, urbanização de lotes e desfavelamento, recuperação de


bairros degradados, e ações em cortiços, sempre respeitando a participação e as iniciativas dos movimentos
populares organizados.
“Através da política, podemos colocar os nossos esforços no intuito de promover programas de educação,
saúde, habitação, trabalho e salários decentes, segurança pública; ingredientes necessários para um verdadeiro
33

exercício de cidadania”.
3.2.9. trAbALHo Justo e estáveL
“Vede! O Salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos
campões, e que por vós foi retido com fraude, está clamando.
Os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor
Todo-Poderoso” (Tg 5.4, 5)
É impressionante o número de desempregados, desigualdade
e injustiça, acrescido do desespero de um povo, ao observar, sem
condições de reverter esta situação, o crescimento da violência e cArteirA De trAbALHo; Disponível em:
www.osacarolha.info/.../; em 23.jul.2010
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criminalidade. Afinal, quem pode julgar o interior de uma pessoa ao ver ou ouvir o grito de fome de seus
familiares? Quem pode entusiasmar o futuro de um jovem, quando o que ele precisa é o agora?
Defendemos o direito adquirido do homem ao trabalho, com salários justos, distribuição de renda,
igualdade para adolescentes, homens, mulheres e idosos.
Defendemos os mesmos direitos salariais para mulheres que exploradas, ao exercer as mesmas funções,
são menos remuneradas e somos contra o tabu em que pessoas de meia idade já não servem para mais nada.
É dever do estado providenciar meios para sobrevivência digna ao trabalhador e sua família, lutando contra a
corrupção, ampliando o mercado de trabalho e dando estabilidade, para que a cidadania seja uma realidade.

0
4. PROJETO DE CIDADAnIA DA IGREJA QUADRAnGULAR

-9
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A palavra Cidadania transmite muito mais do que um significado,
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nela está incluso todo um contexto da história das lutas pelos direitos
humanos.
A expressão é derivada do latim (civitas) e diz respeito ao indivíduo

78
habitante da cidade, na roma antiga indicava a situação política de uma
pessoa (exceto mulheres, escravos e crianças).

4.1. CIDADAnIA nO BRASIL


0
A construção da cidadania no brasil foi difícil. entendida e utilizada de ciDADANiA QuADrANGuLAr; Disponível
maneira diversa no decorrer da história, a cidadania está essencialmente em www.nbz.com.br/ieq/departamentos.
htm; em 23.jul.2010
ligada a conquista de direitos desde os gregos e a democracia, e para os
2.
modernos estava ligada ao direito à vida, à liberdade, à propriedade e ao sufrágio universal (direitos civis e
políticos). Nas sociedades desenvolvidas do século xx completa-se o ciclo das conquistas com os direitos sociais.
No brasil, a conquista dos direitos não seguiu a lógica nem o tempo cronológico das sociedades desenvolvidas:
aqui, tardiamente surgem os direitos individuais e políticos (1824), por fim, os direitos sociais são conquistados
15

(década de 30 e 60), exatamente quando os direitos civis e políticos foram negados. Posteriormente, no
governo do Presidente João batista de figueiredo, através do Ai-5, quando os refugiados políticos começam
a retornam ao brasil, a história começou a mudar. Posteriormente, surge o movimento para as Diretas Já, e
chegamos novamente às eleições diretas para Presidente da república, liberdade de imprensa, e tantos outros
direitos. A constituição federal de 1988, vem garantindo os avanços e as conquistas da cidadania brasileira.
6.

4.2. CIDADAnIA nA IGREJA QUADRAnGULAR


o texto a seguir, foi elaborado pelo rev. rui barbosa, secretário Geral de cidadania da ieQ.
33

“A visão, sabedoria e experiências do presidente do CND, Rev. Mario de Oliveira deu início a um
importante departamento da Igreja: A Secretaria Geral de Cidadania (maio/ 2002). A Igreja precisa
insistentemente cumprir com o seu papel: conduzir e manter imaculado o “rebanho do Senhor”, que
deve estar pronto para a vinda do Reino Eterno. No entanto, enquanto isso, ensiná-los a conhecer seus
deveres e direitos, não sendo apenas abençoados, mas também “abençoadores”, nesse mundo.
O sistema de governo na América e particularmente no Brasil, um presidencialismo democrático,
induz-nos a termos uma grande responsabilidade, fazer-se conhecer, para um povo sedento de justiça
e necessidade de uma vida promissora, não só espiritual, mas também social.
Foi nomeado pelo CND o então Secretário Geral e atual, e sob o apoio do presidente, a Igreja
destacou-se no cenário nacional, sendo útil e muitas vezes indispensável na condução das decisões
políticas.
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CIDADANIA

Ainda em 2000, foram eleitos, como representantes da Igreja:


• 216 (duzentos e dezesseis) Vereadores;
• 4 (quatro) Vice- Prefeitos;
• 2 (dois) Prefeitos;
No ano de 2002:
• 4 (quatro) Deputados Federais;
• 9 (nove) Deputados Estaduais;

0
No ano de 2004, começamos a sentir conseqüências de uma inexperiência, tramas de adversários e

-9
um certo ceticismo de um povo, não acostumado com o exercício da cidadania em favor dos evangélicos,

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além de, certamente, a perda da “visão ministerial” na política por parte de alguns. Mesmo assim,
elegemos:
• 176 (cento e setenta e seis) Vereadores;
• 4 (quatro) Vice-Prefeitos.

78
2006 foi o ano mais assustador: Como foi comentado no informativo da edição 25, jamais vivemos
um tempo de tanta confusão e espanto. A proliferação de Igreja de pastores gananciosos, doutrinas
estranhas e confusas, divisão, escândalos constantes, desunião e desinformações, permitiram que,
governantes ímpios, inimigos de um povo que preza a verdade e a honestidade, alguns líderes evangélicos
0
sem experiência sendo envolvidos na aparência do mal, informações na mídia comprometedoras e
mentirosas, e um povo zeloso pelo nome do Senhor que não admite um mau testemunho, fez com que
2.
diminuíssemos os representantes evangélicos:
• Em média, 53% menos na Câmara Federal;
• Em média 57% menos nas Assembléias Legislativas;
15

Louvado seja Deus, nosso líder e presidente não esmorece nem desanima. Luta bravamente contra
um sistema mundano e contra o maligno.
Apesar de ser duramente atacado, prevaleceu aquele que é, mais do que nunca, um ungido de Deus,
podendo dizer: “... Ó rei, vive para sempre! O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões,
6.

para que não me fizessem dano, porque foi achado em mim, inocência diante dele...” Dn 6:21,22.
Durante esse período, já no início, a Secretaria Geral de Cidadania nomeou os Secretários Estaduais
em todo o território brasileiro, e realizou inúmeros eventos; seminários; reuniões com comissões;
apoiou e orientou todos os candidatos, com muito zelo, amparada pelo estatuto da Igreja; interviu e/
33

ou participou de várias situações, quando se fez necessário, esteve presente praticamente em todos os
estados, incentivando, orientando e apoiando, etc.
A IEQ foi a primeira Igreja Evangélica a ter, por escrito, a “DOUTRINA SÓCIO - POLÍTICA” segundo
a visão da Igreja. Foi a primeira Igreja Evangélica a realizar em Brasília, nas dependências da Câmara
Federal um ato político, oficial, representando os evangélicos. É importante destacar que, Rev. Mario
de Oliveira presidente do CND, detentor de 06 (seis) mandatos como deputado federal, foi o PRIMEIRO
a declarar e ser reconhecido como representante dos evangélicos, em toda a história política brasileira.
É de suma importância nós sermos sábios e sóbrios; uma nova eleição se aproxima. Fazemos à
diferença. O adversário sabe disso!
É preciso que todos continuemos com fé, otimismo e persistência se engajando no projeto de
Cidadania Quadrangular, e assim elegermos o maior número de candidatos possível, e sermos bênçãos
para a nossa Nação.”
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ITQ – INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR

RESUMO DO CAPÍTULO 4
Neste capítulo você estudou sobre:
• Organização política do Brasil
• Concepções políticas
• A história da ciência política
• A política no Brasil
• A federação brasileira

0
• Os três poderes
• O papel da Igreja na Política
• A frente parlamentar evangélica

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• A posição da Igreja com relação às leis contrárias à palavra de Deus


• A Doutrina Sócio-Política bíblica da IEQ
• A Cidadania na Igreja Quadrangular

0 78
2.
15
6.
33

Chegou a hora da autoatividade. Você fará


uma revisão do capítulo, responderá as
questões, destacará a folha da autoatividade
e a entregará para o professor na próxima
aula. Boa revisão e ótimos resultados!
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CIDADANIA

INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR NOTA

CIDADANIA
AUTOATIVIDADE DO CAPÍTULO 4

Nome: Série: Data de Entrega:

0
Questões:

-9
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Através do estudo do capítulo 4 você tomou conhecimento sobre a visão e o Projeto de Cidadania Quadrangular
que se refere às responsabilidades sociais e políticas de cada membro da Igreja e do Ministério da IEQ. Diante
do tema tratado, apresente sua conclusão, em no mínimo 20 linhas, sobre o tema:

78
“Os cristãos e a Igreja devem tomar seus lugares no cenário político brasileiro”
0
2.
15
6.
33
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CIDADANIA

CAPÍTULO 5
TEOLOGIA POLÍTICA PRÁTICA

TÓPICO 1 – A IGREJA, UMA FONTE DE


BÊNÇÃOS

0
05
1. INTRODUÇÃO

-9 CAPÍTULO

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Por Rev. Rui Barboza: “Muitas vezes a Igreja sofre com as autoridades,
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por não compreender a concepção bíblica de cidadania e governo. Quando a


Igreja se omite, cria-se o ambiente propício para a indisposição das autoridades
para com o evangelho.

78
A Igreja tem o poder e a autoridade para abençoar o país, o estado e o
município através da oração e atuação. Nossa atitude faz a diferença!
Este livro é o resultado de anos de pesquisa e trabalho de campo, um
resumo de muitas palestras, vivência pessoal e experiência no tema, no
0
qual os autores se propõem a apresentar análises didáticas, coerentes, sem
preconceitos e exageros, porém, sem negligência e omissão, com bom senso,
tolerância e imparcialidade.
2.

Embora o tema seja delicado e polêmico no meio evangélico, neste


livro a proposta é apresentar argumentos pertinentes, dignos de análise e
consideração a respeito da participação do cristão, na cidadania, à luz da
palavra de Deus.
15

São proposições significativas, que o levarão a rever conceitos relativos a


participação do cristão na vida pública, seja como candidato, como político ou
como eleitor e, por certo, o farão ampliar a visão e o entendimento do propósito
de Deus para a vida do cristão, como cidadão do mundo e do Reino de Deus”
6.

2. O PODER DA IGREJA
2.1. A POSTURA DO CRISTÃO
33

Qual deve ser a postura do cristão diante das questões públicas? Vejamos
o que nos diz a Bíblia Sagrada:
“Exorto-te, pois, antes de tudo, que se façam súplicas, orações
intercessões e ações de graça por todos os homens. Pelos
governantes e todos os que estão em posição de autoridade, para
que vivamos uma vida calma e tranqüila, em piedade e honestidade.
Isto é bom e agradável diante de nosso Salvador, o qual deseja que
todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da
verdade.” (1 Tm 2.1-4)
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Primeiramente a bíblia nos orienta a orar pelas autoridades,


muitas vezes nos omitimos nesta tarefa. o apóstolo Paulo diz, “antes
de tudo”, ou seja, antes de qualquer coisa, em primeiro lugar, é dever
e obrigação do cristão:
ü suplicar: pedir com fervor;
ü orar: apresentar diante de Deus;
ü interceder: buscar ao senhor a favor das autoridades;
ü Agradecer: ações de graças a Deus.

0
Por que a Bíblia nos orienta desta forma? Para que tenhamos
orAr; Disponível em: projetoyoseph.
uma vida calma e tranqüila em piedade e honestidade, fazendo o wordpress.com/.../; em 06.jul.2010
trabalho primordial da igreja que é a salvação de almas.

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O que acontece quando a Igreja negligencia esta recomendação bíblica? Muitas vezes a igreja sofre com
as autoridades, por não cumprir fielmente esta orientação e não orar fervorosamente por aqueles que detêm
governo sobre nós. Quando nos omitimos, satanás instiga a indisposição das autoridades para com a igreja,
tendo como finalidade, tentar impedir o avanço do evangelho e a salvação de almas. Por isto o cristão não deve

o poder de abençoar através da oração!

2.2. O PODER ATRAvÉS DA SUBMISSÃO E DA OBEDIênCIA


0
Note o que a palavra de Deus diz sobre este assunto:
78
usar sua boca para lançar maldições sobre o país. Não podemos continuar negligenciando esta recomendação
da palavra, a igreja deve então orar, suplicar, interceder pelas autoridades, com ações de graças. A igreja tem
2.
“Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade
que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus.
Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus;
e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
15

Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más.
Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.
Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz
debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal.
6.

Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.
Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem
imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.”
33

Reflita sobre o texto e anote abaixo o que mais lhe chama atenção em relação à sua posição e atitude
para com as autoridades:
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CIDADANIA

Quem são as autoridades constituídas?


No passado eram os sumo-sacerdotes de Israel, os reis e hoje são:
• Na esfera federal:
ü Presidente da República;
ü Senadores da República;
ü Deputados Federais;
ü Ministros;
ü Judiciário: Juízes, Ministério Público;

0
ü Forças Armadas.
• Na esfera estadual:

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ü Governadores;

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ü Deputados Estaduais;
ü Secretários Estaduais;
ü Judiciário Estadual;
ü Polícia Civil e Militar.
• Na esfera municipal:
ü Prefeitos;
ü Vereadores;
ü Secretários Municipais;
ü Polícia Municipal.
0 78
A Bíblia nos ensina a gratidão, o respeito e a submissão às autoridades. Talvez você argumente comigo
2.
que “importa mais obedecer a Deus do que aos homens” conforme Atos 5.29, então eu lhe respondo que esta
verdade contida neste versículo não dever servir de apoio para rebelião. A obediência ao homem é relativa,
mas a submissão deve ser absoluta. Nossa postura deve ser pautada pela honra e respeito às autoridades
constituídas. Deus se manifesta e opera através dos canais de autoridade que ele estabeleceu sobre as nossas
vidas, desde os nossos pais.
15

2.3. O PODER ATRAVÉS DA LIBERDADE FINANCEIRA


“A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor de uns para com os outros, pois quem ama o
próximo tem cumprido a lei.” (Rm 13.8)
6.

Observe a indicação bíblica: devemos cumprir com nossas obrigações, pagar nossos impostos em dia, não
ficar devendo nada a ninguém. Não é correto o cristão sonegar impostos nem viver endividado.
Muitos vêm para a Igreja com dívidas, mas tão logo recebem a orientação da Palavra e passam a ser fiéis
33

a Deus também na vida financeira, o Senhor os abençoa, e com sabedoria, começam a prosperar, podendo
assim, honrar seus compromissos, pagar seus impostos, dando um bom exemplo na vida financeira, sem dever
nada a ninguém, gozando de credibilidade e boa reputação com o zelo inerente ao cristão. “O bom nome vale
mais que as muitas riquezas.” (Pv 22.1)

2.4. O PODER ATRAVÉS DO AMOR À PÀTRIA


“Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam. Haja paz dentro de teus muros
e segurança dentro de teus palácios. Em consideração a meus irmãos e amigos direi: Haja paz
dentro de ti. Por causa da casa do Senhor nosso Deus procurarei o teu bem.” (Sl 122.6-9)
Jerusalém era a capital de Israel; note que o Salmista exalta o nacionalismo, o amor pela pátria, em
consideração aos irmãos e amigos, em consideração à casa do Senhor. Em nossos dias a interpretação do texto
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ITQ – INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR

é literal, mas também, é possível fazer um paralelo à nação onde vivemos. somos brasileiros, devemos amar
nossa nação, acreditar e abençoar a nossa Pátria, e clamar pela manifestação do poder e da justiça de Deus.
vejo muitas pessoas que se sentem constrangidas em dizer sua origem, informar a cidade onde nasceram
ou onde residem. ora, Deus não se enganou ao enviar você para este lugar. floresça, onde estiver plantado. Ame
sua cidade, seja ela pequena ou grande. Abençoe sua cidade, não amaldiçoe,
mesmo que você tenha projetos de mudança, abençoe suas origens e os lugares
por onde passou. Prosperarão aqueles que amam o lugar onde vivem.

0
“E procurai a paz da cidade, para
O Paradigma da Igreja atual onde vos fiz transportar, e orai por

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diante da realidade social:
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Omissão ou Participação? ela ao Senhor, porque na sua paz


vós tereis paz.” (Jeremias. 29:7)

78
TÓPICO 2 – CInCO PODERES
1. InTRODUÇÃO
Antigamente, os poderes dominantes eram caracterizados pela
0
quantidade de homens aptos para a guerra, pelos exércitos, pela
quantidade de cavalos, de armas, pelas riquezas do reino. Hoje os
poderes são outros.
2.

2. SETE PODERES
os sete Poderes que mais influenciam a sociedade atual são:
15

• A Família
• Religioso: em especial o cristianismo através da igreja e tantos outros segmentos religiosos.
• Econômico: financeiro, empresas, personalidades, atletas etc.
• Educação e Ciência: poderio da tecnologia, da ciência, que avança na medicina, constrói máquinas,
computadores, mas também armas nucleares.
6.

• Político: que governa nações, independentemente do sistema político adotado, seja democracia,
ditadura, monarquia, etc.
• Arte e Cultura: cinema, teatro, Dança, etc.
• Mídia: um dos setores mais poderosos da atualidade. inclui: televisão, rádio, revistas, jornais,
internet. A mídia forma opiniões; estabelece a pauta nacional, informa e até deforma a sociedade.
33

3. A IGREJA EvAnGÉLICA nO BRASIL


Durante muitos anos a igreja evangélica, no brasil, ficou alienada em relação aos outros seis poderes.
estávamos trancados entre quatro paredes, aguardando a volta de Jesus, enquanto o mal se proliferava em
todos os setores da sociedade. Éramos simplesmente expectadores omissos e coisas negativas prosperaram,
e ameaças à igreja gracejam no país atualmente devido às atitudes há muito nutridas de comodismo,
conformismo, distanciamento e isolamento da igreja, pensando que tal atitude não lhe traria prejuízos,
desconfortos e perseguições.
A igreja não está à margem da sociedade, ela está na sociedade, é segmento social, tem papel, função
e missão junto à sociedade, o ser humano social com todas as suas realidades, possibilidades, concepções,
conceitos, preconceitos, atingido e influenciado pela política que o circunda, constitui o seu rebanho e o seu
corpo ministerial.
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CIDADANIA

4. UMA nOvA COnSCIênCIA E O DESPERTAR DO PODER


o povo de israel andou no deserto por 40 anos, apesar da distância até a terra prometida ser de apenas
onze dias. (Dt 1.2) Por que a demora? Porque toda aquela geração tinha coração de escravo, visão de escravo,
e murmurava constantemente. Não tinham fibra nem perseverança, não se dispunham a pagar o preço de
onze dias no deserto, para herdar a bênção.
No brasil, durante anos, fomos enganados por uma visão limitada e dirigida pela classe dominante, que
nos ignorava e mantinha-nos alienados da sociedade. Gerações inteiras viveram sob esta égide, entretanto o
mover do espírito santo veio sobre este país e algo tremendo está acontecendo.

0
A maior revolução, que acontece no brasil, não é o advento da globalização, nem uma revolução externa,
mas sim, a revolução interna, na mente e no coração do homem, que muda de vida ao ter um encontro com

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Deus.
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Quando a igreja ocupa espaço e posição estratégica em todos os setores da sociedade, acontece a
maior revolução de todas: a transformação do homem. sem dar um tiro, sem alvoroço, sem violência. Não é
a revolução armada, nem da esquerda, nem da direita, é a revolução de Jesus cristo, ensinando ao mundo o

78
amor e a tolerância. Neste espírito, além disto, a igreja de cristo tem reagido e recebido de Deus uma chamada
para o exercício de governo, para abençoar o povo através do governo justo.

4.1. A ABRAnGênCIA DO “SAL DA TERRA”


0
“Vós sois o sal da terra... vós sois a luz do mundo...” (Mt 5.13-14)
Nos últimos anos, algo inédito tem acontecido na igreja evangélica do brasil, estamos despertando para
2.
a realidade das coisas e entendendo a insistência de cristo: “Trabalhai até que eu venha.”
A igreja tem saído do anonimato. Não somos sal da igreja, nem luz da igreja, mas sim, sal da terra e luz do
mundo. (Mt 5.16; fp 2.14) estamos ampliando nossa visão para ganhar o mundo, a partir deste aprofundamento
na palavra de Deus, algo inédito tem acontecido em diversos setores da sociedade e nossa postura e atuação
15

mudaram. É fácil perceber.

4.2. OS SInAIS DA COnQUISTA


• Mídia
6.

em 1950, quando o empresário, Assis chateaubriand, trouxe a


televisão para o brasil, nossa reação não foi uma das mais receptivas,
dizíamos: “a televisão é a caixa do diabo, isso não é pra nós.”
Abdicamos de participar e influenciar a televisão, e veja o que
33

aconteceu: a televisão ficou a mercê de muitas influências negativas,


que ditaram as regras em muitas áreas, colocando violência,
pornografia, banalização da família, idolatria, drogas, sutilmente
criando conceitos contrários à Palavra de Deus.
Hoje a igreja está tomando posse da televisão, pois aprendemos
que é um grande instrumento de comunicação de massa. Muitas
igrejas estão adquirindo seu próprio canal de televisão, rádios,
investindo em programação nas grades da tv aberta, e também a
cabo Artistas estão se convertendo e milhões de brasileiros estão
sendo salvos, porque estamos recuperando espaço que devíamos
ter ocupado desde a chegada deste veículo de comunicação ao país. Assis cHAteAubriAND; Disponível
Ampliamos nossa visão, mudamos de postura. em www.geneall.net/H/per_page.
php?id=100114; em 06.jul.2010
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Hoje temos o desafio da internet, a igreja também já está utilizando deste espaço tecnológico para levar a
palavra de Deus. Defendemos a ampliação da ocupação da mídia pela igreja como instrumento de propagação
do evangelho às massas. contudo, ressalvamos que qualquer estratégia que a igreja adotar, não substituirá a
eficácia do modelo bíblico deixando por Jesus no Novo testamento:
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os
em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu

0
estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” (Mt 28.19-20)
• Esportes

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Quantas vezes dissemos: “A bola é a cabeça do


diabo!” “futebol é pecado.” Hoje aprendemos que
o esporte contribui para uma vida saudável, e é uma
excelente estratégia para tirar os jovens das drogas e do

78
mau caminho.
o perfil de muitos jogadores brasileiros está
mudando. Antigamente eram conhecidos como
irresponsáveis e boêmios, hoje, existem os “Atletas de
cristo”, que não se envergonham de mostrar e honrar ao
0
senhor Jesus, em suas vidas e em suas camisetas.
2.
Na copa do mundo de 1994, os adivinhadores
diziam em rede nacional, que os astros garantiam que o
brasil não ganharia o mundial; na copa de 2002, a mídia
toda dizia que a seleção brasileira não ganharia a copa;
ambos erraram redondamente. o cristianismo, hoje,
15

está associado à “geração saúde”, que cuida da mente e


KAKá – JoGADor evANGÉLico; Disponível em :
do corpo, de forma saudável, inteligente e responsável. inforgospel.wordpress.com/.../; em 06.jul.2010

• Educação
Dizíamos “a letra mata,” “estudar não é pra nós”. “Pra quê estudar?” entretanto, hoje aprendemos a
6.

importância da educação, descobrimos na palavra de Deus, que Davi era mais sábio que os seus professores,
porque ele meditava na palavra de Deus. (salmos 119:99)
No brasil, a educação é responsável por 75% da ascensão na pirâmide social, ou seja, 75% das pessoas
que ascendem da classe baixa para a classe média e alta, o fazem basicamente, porque seus filhos conseguiram
33

concluir uma universidade. No início dos anos 90, apenas 1% dos brasileiros tinha nível superior, hoje são cerca
de 10%. um avanço do qual os evangélicos fazem parte.
Descobrimos que Daniel, sadraque, Mesaque e
Abdenego eram dez vezes mais inteligentes que os outros
moços do reino da babilônia, porque se abstinham do mal
e serviam a Deus. (Dn 1.20)
Hoje, nossos filhos estão estudando e ocupando
espaços. As igrejas estão abrindo escolas evangélicas e
investindo em educação. estamos contando com um grande
número de irmãos graduados, pós-graduados, especialistas,
mestres, doutores, em muitas ciências. os jovens cristãos
acadêmicos estão estudando, pregando e ganhando outros
forMANDos; Disponível em : www.faculdadesocial.edu.br/ para cristo.
noticias.asp?id=1332em 06.jul.2010
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CIDADANIA

• Finanças
Houve tempo em que se dizia: “crente é pobre, feio e mora longe”. Na
minha época, não se podia falar em dinheiro na igreja, era pecado. toda
campanha financeira era condenada. Até o dia em que passamos a conhecer
a mensagem sobre Jeová-JirÉ, o Deus da Provisão. Hoje, apesar de alguns
excessos e até mesmo alguns abusos, despertamos para a realidade de que
precisamos investir na obra de Deus, e através da fidelidade nos dízimos e
ofertas, e na sabedoria do senhor, podemos prosperar e ter uma vida com
dignidade, conquistando um mínimo de qualidade de vida, com um bom

0
emprego, moradia, alimentação sadia e veículo próprio. Nossas igrejas estão
se enchendo de empresários e empreendedores dispostos a investir no reino, fiNANçAs; Disponível em www.

-9
nosso povo está prosperando, está construindo mais templos, ocupando adelfsconsultoria.com.br/site/

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index.php?o...; em 06.jul.2010
espaço. Deus está prosperando o seu povo, o qual investe em sua obra.
• Música
tivemos uma grande dificuldade para aceitar guitarra elétrica em

78
nossos cultos, bateria então!!... entretanto, quando descobrimos que o
Louvor e Adoração não ficaram vazios com a queda de Lúcifer, mas a igreja
ocupou espaço, então o louvor tornou-se mais poderoso e impactante,
principalmente em nosso país, onde a musicalidade faz parte do cotidiano
do brasileiro. Hoje, nossas igrejas estão repletas de bandas e estilos variados
0
de louvor, que são um tremendo chamariz e fator preponderante para a
propagação do evangelho.
2.
Músico GosPeL; Disponível em:
A música gospel (evangélica) está ocupando espaço em todos os gêneros www.atarde.com.br/cidades/noticia.
jsf?id=904887; em 06.jul.2010
e ritmos, concorrendo de igual para igual com a música secular, embora não
tenha divulgação equivalente na mídia tradicional.
• Atuação Social
15

Durante muito tempo, pensávamos em dar somente o alimento


espiritual, hoje vemos a necessidade de participar, criar instituições diversas
e organizações Não Governamentais (oNGs) de apoio e amparo aos
necessitados. os voluntários da igreja estão participando e interagindo com
6.

iniciativas da sociedade civil organizada, independente do poder público,


fazendo um trabalho muito eficaz, seja na área da saúde, no tratamento de
dependentes químicos através das casas e clínicas de recuperação, ou na
inserção social. o papel social da igreja é preponderante na recuperação e
valorização do ser humano marginalizado e excluído pela sociedade.
33

HosPitAL evANGÉLico De curitibA;


Disponível em quartotreino.blogspot.
É grande a participação do meio evangélico em associações de com/2009_11_01_archive.html; em
06.jul.2010
moradores, pais, professores e alunos, entidades assistenciais, beneficentes,
escolas, hospitais, creches, asilos, casas de recuperação, abrigos etc. A igreja
tem vocação para isto, apregoando e vivendo o amor ao próximo.
• Política
fomos ensinados que a política era do diabo e que os evangélicos
não deviam se envolver no processo. o que acontecia é que, como o voto
é obrigatório, fazíamos uma política negativa, trocando o voto por favores,
como resultado, elegíamos ímpios que nunca tiveram compromisso com
o povo de Deus, e que, uma vez eleitos, nos ignoravam e perseguiam
sutilmente, nos excluindo da vida pública do país, o que nos deixava urNA eLetrÕNicA; Disponível em
totalmente alienados das grandes questões nacionais. documentoreservado.com.br/.../urnas-
eletronicas/; em 06.jul.2010
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Hoje despertamos para a realidade, deixamos a ignorância de lado e estamos nos conscientizando de
que precisamos ser coerentes com nosso modo de vida e nossa visão de Reino, não podemos mais votar em
homens que nos ignoram, desprezam, e subestimam.
Queremos participar e eleger nossos representantes. A Igreja tem bons nomes para compor candidaturas
e representar com dignidade a comunidade evangélica e toda a nação. É bem verdade, que enfrentamos
dificuldades e tivemos algumas decepções, mas estamos aprendendo, amadurecendo e melhorando. Hoje, já
temos políticos evangélicos, dignos e competentes, atuando como vereadores, deputados e senadores. Logo,
teremos também, prefeitos, governadores, e certamente, em breve, poderemos até chegar à presidência da
República. Se o povo de Deus for consciente e unido, faremos uma grande diferença para os destinos da nação.

0
Devido à mentalidade equivocada de parte da Igreja de Cristo, infelizmente a representatividade evangélica
na Câmara Federal e no Senado diminuíram. Este quadro precisa ser revertido urgentemente.

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Sabemos que existem forças do mal, que agem em regiões do país, dos estados e dos municípios. Para
destroná-las precisamos de muita batalha de oração e boas estratégias.
Muitos desses poderes do mal se estabelecem nos palácios do poder público, por isto, toda vez que
elegemos alguém para governar sobre nós, este leva consigo todas as influências espirituais que o rodeiam,

78
se forem influências negativas e se for uma pessoa de postura ligada ao satanismo, à idolatria, à prostituição, à
incredulidade, às bebedices e às coisas perniciosas, esta pessoa, como autoridade, dará legalidade aos demônios
para agirem sobre a área de extensão de sua autoridade. Certamente, uma cidade inteira sofre influência dos
demônios pela legalidade que as autoridades lhes dão. Nesse entendimento, a Igreja tem despertado para
colocar seus representantes, crendo que, com nosso testemunho de vida, nossa postura ética e através do
0
nosso comprometimento com Deus, damos legalidade ao Senhor para agir nas cidades.
2.

“O Senhor te colocará por cabeça e não por cauda; e só estarás em cima e


não debaixo, quando obedecerdes aos mandamentos do Senhor, teu Deus,
que hoje te ordeno, para os guardar e fazer.” (Dt 28:13)
15

5. DENTRE TEUS IRMÃOS


Observe a orientação bíblica, quando se trata de governo, ou seja, alguém que terá autoridade
legitimamente estabelecida sobre nós, dando legalidade, no mundo espiritual, sobre a nação.
6.

“Colocarás, certamente, sobre ti como governante aquele que escolher o


Senhor teu Deus, dentre teus irmãos porás governante sobre ti; não poderás
pôr homem estranho sobre ti, que não seja de teus irmãos.” (Dt 17:15)
33

“Aquele que escolher o Senhor teu Deus, dentre teus irmãos” Neste texto, entendemos a importância de
não votarmos contra nossos princípios. Devemos escolher dentre os nossos irmãos alguém que seja qualificado,
competente e de bom testemunho para que possa nos representar com dignidade.
“Não poderás pôr homem estranho sobre ti, que não seja dos teus irmãos.” Se colocarmos sobre nós,
como autoridade, homem estranho, com certeza, este não se preocupará em andar de acordo com a palavra
de Deus e atrairá maldições sobre a nação.
É claro, que existem bons políticos fora da Igreja; existem pessoas honestas, competentes e trabalhadoras
em todas as classes, entretanto, devemos nos unir para termos aqueles que representam o interesse maior
do evangelho, da Igreja, das famílias, o que resulta no bem-estar e na qualidade de vida de toda a nação,
sempre com respeito e tolerância pela opinião e postura alheia, resguardando o direito de nos organizarmos
e elegermos nossos representantes.
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CIDADANIA

6. QUANDO DEUS NÃO RESPONDE


Quando não cumprimos a orientação da Palavra de Deus e optamos por pessoas sem compromisso com
Deus, observe o que acontece:
“Então, naquele dia, clamareis por causa do vosso rei, que vós houverdes
escolhido; mas o Senhor não vos ouvirá naquele dia.” (I Sml 8.18)
A eleição de Saul é um exemplo claro de escolha infeliz, onde toda a nação perece,

0
Veja o alerta em Deuteronômio 28:36: “O Senhor te levará a ti e a teu rei, que tiveres posto sobre ti,
a uma terra que não conheceste, nem tu nem teus pais; e ali serás escravizado a outros deuses, feitos de
madeira e pedra.”

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Veja ainda: “Eles fizeram reis, mas não por Mim; constituíram príncipes, mas Eu não o
soube; da sua prata e do seu ouro fizeram ídolos para si, para serem destruídos”. Oséias 8:4
O sofrimento vem e a idolatria impera, o povo é dominado por culturas divergentes da palavra de Deus,

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basta olhar as diversas nações que são dominadas por líderes ligados a toda sorte de heresia, onde o povo
sequer tem direito à liberdade religiosa e os cristãos são perseguidos e massacrados.
Deus opera na legalidade. Ele nos dá o direito de escolha, o livre arbítrio. Para que Deus tenha legalidade,
as autoridades têm que abrir a porta da cidade, do estado, da nação.
0
7. VÓS E O VOSSO REI
2.
“Se temerdes ao Senhor, e o servirdes, e obedecerdes a sua voz, e não vos rebelardes
contra a palavra do Senhor, tanto vós quanto o governante que governa sobre vós,
então estareis sob a proteção do Senhor, vosso Deus.” (I Sm 12.14)
15

Veja que a orientação de Deus é para que o povo e os governantes sirvam a Deus, então as coisas irão
bem. Por isto, precisamos zelar por nosso voto, para que esta palavra seja realidade, precisamos eleger aquele
que realmente irá pautar seu mandato pelo compromisso com os mandamentos do Senhor, que são preceitos
básicos da vida e do respeito ao ser humano, dignos de aceitação por toda e qualquer pessoa em qualquer
lugar do país.
6.

8. A QUEM INTERESSA LEIS QUE VISAM PREJUDICAR A IGREJA?


Como resultado de anos de omissão da Igreja, fomos perseguidos, presos, ridicularizados, marginalizados
e hoje, nos perseguem em forma de leis dúbias que refletem a falta de compromisso para com os evangélicos,
33

por parte daqueles que foram eleitos pela nossa falta de critério histórico. Eis alguns exemplos:
• Lei Ambiental - Limita o volume do som das Igrejas em média, a 60 decibéis.
• Estatuto da Cidade - Restringe a construção de templos às áreas centrais, e se houver a concordância
de todos os vizinhos, num raio de mais de quinhentos metros.
• Projeto de Lei que permite casamento de pessoas do mesmo sexo e a lei da homofobia. Por que
querem trazer para dentro da Igreja este tipo de situação, mudando os ensinamentos da Bíblia
Sagrada? A quem interessa legislar sobre a religião?
Tributação sobre a arrecadação da Igreja – A Constituição Federal, artigo 150, garante a imunidade
de impostos para as Igrejas. Por que somente agora, se fala em retirar a imunidade? Será que é
porque as Igrejas que estão crescendo não atendem aos interesses da classe dominante?
• Projetos conflitantes com os princípios cristãos tramitam no Congresso e refletem na pauta oficial
do país criada por setores da mídia, tais como:
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- Leis contrárias à família, como: legalização da prostituição como profissão e a legalização do


uso de drogas, como a maconha.
- Leis contrárias à vida, como tentar frequentemente instituir a legalização do aborto provocado
e a pena de morte.
Por vezes, cogita-se no Congresso instituir restrições aos evangélicos para tentar evitar que cheguemos
aos cargos públicos, numa perseguição sutil e camuflada; defendemos a manutenção do direito constitucional
de votar e sermos votados, somos cidadãos e precisamos eleger nossos representantes.
Muitas destas leis não passaram, porque estamos exercendo o direito de nos organizar e nossos

0
representantes estão se mobilizando como foi no caso do novo Código Civil em que foi preservada a condição
das Igrejas, graças à atuação de parlamentares evangélicos no Congresso Nacional. Não queremos privilégios,
apenas respeito, dignidade, justiça e igualdade de oportunidades.

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9. A IGREJA INTERAGINDO NA CIDADANIA


A Igreja vive e se desenvolve na sociedade, por isso precisa interagir na resolução dos problemas das
pessoas. O cidadão que vai à Igreja é o mesmo que tem direito à escola, moradia, segurança, saúde, emprego,

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transporte, hospital, coleta de lixo, previdência e, entre outros, o direito da ação política participativa. Esses
direitos são benefícios que o povo de Deus usa, sabendo que tudo isto é administrado pelo sistema político.
Sem a gerência da política é impossível administrar a sociedade e providenciar o que é necessário para que
se desfrute da cidadania com dignidade, conforto e prosperidade. A Igreja deve assumir o papel de orientadora,
0
com interferência significativa na sociedade, defendendo com compromisso e competência os ideais bíblicos,
que crê, prega e vive. Quem participa da Igreja espera que ela tome posições coerentes e firmes na defesa dos
2.
ideais cristãos, destacando-se como agente transformador da sociedade. Por isto a Igreja deve disponibilizar
dentre seus quadros, pessoas qualificadas e competentes para contribuir com o país na vida pública.

9.1. O JUSTO TEM QUE GOVERNAR


15

“Quando os justos governam, o povo prospera, mas,


quando os ímpios governam, o povo sofre.” (Pv. 29.2)

“Quando os justos triunfam, o povo se alegra, mas quando


os ímpios sobem, os homens se escondem.” (Pv 28.12)
6.

“Quando os ímpios sobem, os homens se escondem, mas


quando eles descem, os justos se multiplicam.” (Pv 28.28)

“Os ímpios circulam por toda parte, quando os vis são exaltados entre os homens.” (Sl 12.8)
33

A percepção da clareza da assertiva chega a ser redundante, se o ímpio governar, o mal vai triunfar, o
povo sofrerá, a corrupção aumentará, a Igreja será perseguida e desprezada, a miséria vai crescer aumentando
a distância entre ricos e pobres.
Se elegermos o justo, não somente justificado pelo sangue do Senhor Jesus Cristo, mas também que age
com justiça, honestidade, retidão, conseqüentemente o povo vai prosperar, as leis virão em defesa da família,
as Igrejas serão honradas, não privilegiadas, mas respeitadas e valorizadas e o evangelho será pregado sem
embaraços.

9.2. A HORA DA DECISÃO


Deus nos deu o livre arbítrio. “...eis que coloco diante de vós a bênção e a maldição, a bênção se
obedecerdes aos mandamentos do Senhor Deus, porém, a maldição se não obedeceres.” (Dt 11.26)
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CIDADANIA

A recomendação divina está na bíblia sagrada, cabe à igreja


organizar-se e participar do processo seletivo, apresentando nomes
dignos e capazes, cabe a nós a escolha.
Qual a nação que queremos? ela será erigida pelos políticos que
elegermos!
A decisão é nossa, a orientação é sábia, precisamos tomar a
decisão correta, o justo é que deve governar.

0
9.3. O AnALFABETO POLÍTICO
“o pior analfabeto é o analfabeto político. ele não ouve, não fala

-9
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nem participa dos acontecimentos políticos.
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ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da


farinha, do aluguel, do sapato e do remédio depende das decisões
políticas.

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A HorA DA Decisão; do Acerto do
Pr. Jair Miotto; em 23.jul.2010
o analfabeto político é tão tolo, que se orgulha e estufa o
peito dizendo que odeia a política. Não sabe ele, que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor
abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e
desonesto.” Bertolt Brecht, adaptado.
0
“o mal cresce e se prolifera, nem tanto pela ação dos ímpios, quanto pelo silêncio e omissão dos justos.”
2.
10. DEMOCRACIA REPRESEnTATIvA E PARTICIPATIvA
Note que nosso voto visa colocar no Poder alguém que represente o nosso pensamento e a nossa maneira
de agir, alguém que seja a nossa voz no exercício do mandato, que vote e apresente projetos de acordo com
a nossa ideologia de vida, alguém que verdadeiramente seja a expressão de nossa vontade, alguém que nos
15

represente.
Por isto, vemos que muitas vezes o incrédulo não vota no cristão, porque tem divergência de pensamento,
com certeza o cristão não representa o quê o incrédulo pensa. entretanto vale indagar, por que então o cristão
deveria votar em um incrédulo? ora, se o ímpio não pensa como nós, com certeza não defende os valores do
6.

cristianismo, da família, do social, como nós defendemos.


conclui-se então, que é uma tremenda falta de bom senso votarmos em alguém que decidirá por nós, se
este alguém não representa os valores que cremos e vivemos. Devemos votar sim, naquele que representa a
ideologia de vida do cristianismo.
33

11. COMPROMISSO ÉTICO CRISTÃO


“...progridem a demagogia, o populismo, a mentira política nas promessas eleitorais; burla-se a justiça,
generaliza-se a impunidade e a comunidade se sente impotente e indefesa diante do delito.” (são Domingo)
“Não é a política que corrompe o homem,
mas é o homem que corrompe a política.”
Nossa política tem que ser diferenciada pela postura honesta, santa, justa, transparente, em prol do
povo, das causas sociais. Órgãos exteriores já afirmaram que a corrupção no brasil é endêmica, e atinge todos
os setores, inclusive as classes mais baixas. temos que ser diferentes em nossa atuação perante a igreja, a
família e a sociedade. Nosso diferencial, não somente na política, mas em todas as nossas ações, tem que ser
do caráter ilibado, refletindo o cristo vivo que deixou sua glória e não veio para ser servido, mas para servir,
não só com palavras, mas com exemplos de “mãos e cara limpa”.
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ITQ – INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR

A Igreja deve ter critério ao sugerir candidatos, não basta tão somente se dizer irmão, deve ser de fato salvo,
convertido, fiel, trabalhador, não podemos mais ser enganados ou alienados, devemos escolher sempre alguém
comprometido com a palavra do evangelho; comprometido com Deus e com o povo que representa, íntegro e
competente, com propostas e projetos para criar e desenvolver políticas públicas em prol da coletividade, para
que não seja um retrocesso e uma vergonha para o Evangelho, tanto quanto zelamos pelo púlpito, devemos
zelar por aqueles que indicamos para nos representar.
Nosso compromisso com a ética e a moralidade deve ser rotineiro e nossa postura deve ser exemplar,
nossos representantes precisam ser ícones nesta área, como o Senhor Jesus, que nunca fez ou disse nada
escondido, tudo o que o político cristão faz ou fala, deve ser pautado pelo interesse público, sem negociatas

0
nem falcatruas. Deve trabalhar por todos não somente para o setor que representa. Quando nossos políticos
agirem assim receberão votos e apoio de toda a sociedade e não somente da Igreja.

-9
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“Porque o judeu Mardoqueu foi o segundo depois do Rei Assuero, era grande para com os
judeus e agradável para com a multidão dos seus irmãos, procurando o bem do seu povo e
trabalhando pela prosperidade de toda a sua nação.” (Et 10.3)

0 78
“Pois o que nos preocupa é procedermos honestamente, não só
perante o Senhor, como também diante dos homens.” (2 Co 8.21)

“Em verdade vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e
fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus.” (Mt 5.20)
2.

“Abre a tua boca a favor do mudo, a favor de todos os desamparados.


Abre a tua boca, julga retamente, e faze justiça aos pobres e aos necessitados.” (Pv 31.8-9)
15

A legítima atuação política é abençoar, seguindo o perfil do Mestre: “Eu vim para que tenham vida e a
tenham em abundância.” (Jo 10.10)
6.

12. PERFIL DO POLÍTICO CRISTÃO


1) Deve ser um irmão na fé (Dt 17.15);
2) Não deve buscar o poder em benefício próprio (Dt 17:16);
3) Não deve retroceder na fé (Dt 17.16);
4) Deve ser um servo de Deus, exemplo de caráter, ética e moralidade (Dt 17.17);
33

5) Deve ser um servo de Deus que não busca riquezas pessoais (Dt 17.17);
6) Deve ser alguém que cumpre os mandamentos de Deus (Dt 17.18- 19);
7) Deve ser homem de Deus que não pode se ensoberbecer no poder (Dt 17.20).

13. NÃO VENDA SEU VOTO


No Antigo Testamento, o profeta ungia o Rei conforme orientação do Senhor Deus, hoje, nosso voto é o
que unge os governantes. Não podemos vendê-lo por uma carga de terra, por um milheiro de tijolos, por uma
dentadura, por gasolina ou por uma cesta básica.
Existe uma cultura terrível, em nosso país, de que época de eleições é tempo de ganhar alguma
coisa dos políticos. Isto é corrupção. Temos que votar com consciência naquele que nos representará com
responsabilidade, ética e competência.
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CIDADANIA

A única coisa que nos compra é o sangue de Jesus, que nos comprou deste mundo e nos deu a salvação.
“...porque vendem o justo por dinheiro e o pobre por um par de sapatos, suspirando pelo pó da
terra sobre a cabeça dos pobres, eles pervertem o caminhos dos humildes...” (Amós 2:6,7)

14. FELIZ É A NAÇÃO CUJO DEUS É O SENHOR


“Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor e cujo povo ele escolheu para sua herança.” (Sl 33.12)
Uma nação é feliz quando Deus governa e tem como representante alguém que tem a mente de Cristo.

0
Então esta nação é abençoada e, como fruto desse governo, ela prospera na saúde, na educação, no bem-estar
econômico, no conhecimento, na liberdade de ir e vir, de pensamento e de fé, tornando-se uma referência a

-9
ser seguida.

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Adoramos o nosso Deus, O conhecemos e nos sujeitamos à sua vontade. Como eleger aquele que não
partilha dos mesmos princípios, que não tem o mesmo comprometimento para com a vida e para com a
sociedade?

78
É tempo de unidade. Um membro da nossa Igreja, e um membro do nosso Ministério precisa ser leal à
Igreja, além de ser leal ao Senhor. Precisamos visar os interesses gerais da Igreja, e não os interesses pessoais
e locais em primeiro lugar, pois só assim virá a bênção de Deus sobre de nós de maneira plena.
“E lhes darei um só coração, e um só caminho, para que
0
me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos.” (Jr 32.39)
2.
“Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.
É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba,
a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes.
15

Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião,


porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre.” (Sl 133)
Para acontecer a mudança completa, basta a união da Igreja, independente de denominação; não é
suficiente estarmos juntos, temos que estar unidos em um só coração, em uma só linguagem e por certo
6.

ocuparemos espaço e faremos diferença em nossa geração.


Vamos ampliar este projeto de conquista e plantar, em todos os escalões, pessoas comprometidas com
Deus, com a fé, com a Bíblia, com a família e com o social. Precisamos mais e mais unir esforços, como em
um verdadeiro mutirão de cidadania em benefício da coletividade, para alcançarmos este grandioso objetivo.
33

Não podemos ficar na inércia, a Igreja deve sair do “deitado eternamente em berço esplêndido” fazendo
a transição para agir, atuar, conforme sugeriu nosso Vice-Presidente da República, José de Alencar, mudar para
“desperto, vigilante em solo esplêndido”.

14.1. UM ALERTA
Com José no governo, Deus abençoou Israel e todo o Egito, através da atuação de um homem, Deus
preservou duas nações. (Gênesis 41 a 50)
Entretanto depois da morte de José o povo de Israel não se preocupou em colocar alguém no trono, não
se organizou e passou a ser escravizado, mesmo sendo maioria era dominado por uma minoria organizada.
Foram 430 anos de escravidão.
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“E José morreu, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração. E os filhos de Israel frutificaram
e cresceram muito, multiplicaram-se e se fortaleceram muito, e a terra se encheu deles. Um novo
Faraó surgiu no Egito que não conhecera José, e este disse: eis que o povo dos filhos de Israel
é mais numeroso e mais forte do que nós. Usemos de astúcia para com eles, para que não se
multiplique... então puseram sobre eles exatores para os oprimirem com trabalhos forçados...
e os egípcios cruelmente faziam os filhos de Israel servir como escravos. Os egípcios lhes

0
amarguravam a vida com serviços pesados em barro e tijolos e com toda sorte de trabalhos no
campo,... os faziam servir com crueldade.” (Êxodo 1:6-14)

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Por isto a necessidade de nos organizamos e nos unirmos em torno de um propósito comum, superando
obstáculos e preconceitos internos e denominacionais, priorizando as questões maiores da defesa do povo
de Deus.

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2.
15

RESUMO DO CAPÍTULO 5
Neste capítulo estudamos sobre a Teologia Política Prática, observando os aspectos principais da
6.

consciência e da conduta do cristão em relação à sua participação na vida pública, elegendo seus representantes
através do voto. Ressaltou-se aqui a necessidade de unidade para uma ação transformadora e abençoadora
por parte da Igreja e de cada cristão para com a sociedade.
33

Chegou a hora da autoatividade. Você fará


uma revisão do capítulo, responderá as
questões, destacará a folha da autoatividade
e a entregará para o professor na próxima
aula. Boa revisão e ótimos resultados!
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INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR NOTA

CIDADANIA
AUTOATIVIDADE DO CAPÍTULO 5

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Justifique a frase abaixo com seus argumentos:


“Há a necessidade de unidade para uma ação transformadora e abençoadora por parte da Igreja e de cada
cristão para com a sociedade.” Esta frase traz a idéia central do capítulo 5.

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2.
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6.
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CAPÍTULO 6
POLÍTICA nÃO É PECADO

TÓPICO 1 – COnSCIEnTIZAÇÃO

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2.

bANDeirA brAsiLeirA; Disponível em www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?...; em 27.jul.2010


15

1. InTRODUÇÃO
A igreja evangélica brasileira tem se dividido em relação à participação no
processo eleitoral e político do país. Parte dos nossos irmãos ainda mantém
6.

o pensamento (paradigma) de que política não é uma atividade compatível


com a postura e a fé cristã.
os capítulos anteriores já mencionaram esta situação, e a necessidade
urgente da quebra deste paradigma. e neste capítulo traremos os comentários
finais para reforçar a mudança desta ideologia.
33

fui testemunha de um fato muito interessante quando estive na 75ª


convenção internacional da igreja do evangelho Quadrangular em Palm
springs, no estado da califórnia, nos euA, em 1998, o qual mostra a importância
e a força da igreja em relação ao governo. em uma das sessões plenárias da
convenção os pastores discutiram a respeito de um documento declaratório
onde a ieQ dos euA se posicionava em relação a um assunto de governo.
Aprovado o texto, o mesmo seria assinado e imediatamente enviado à
mesa do Presidente bill clinton. Note bem, os governantes são eleitos para
representar a sociedade, na qual a igreja está inserida. são eleitos para tratar
dos interesses do povo, portanto, a atitude da igreja americana não foi uma
atitude simplesmente ousada, mas foi uma atitude consciente, responsável
e de direito. No brasil, não é diferente, temos os mesmos direitos, e nossas
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vozes podem se fazer ouvidas quando a Igreja entende que está dentro do contexto da nação e da sociedade
e é afetada e até pode ser limitada pela ação e decisão dos governantes e parlamentares que a representa ou
que legislam sobre os assuntos nacionais e religiosos. Não basta nos fiarmos na Constituição, precisamos ficar
atentos aos atos parlamentos, às propostas, aos projetos de lei que tramitam no Senado, na Câmara Federal,
nas Assembléias Legislativas, nas Câmaras de Vereadores. Além de estar atentos precisamos acompanhar os
processos e quando necessário reagirmos e nos movimentarmos corretamente, responsavelmente, eticamente,
exercendo a nossa cidadania dentro da visão cristã. A Igreja Evangélica brasileira não pode mais ficar alienada
às questões nacionais, precisa como Jesus ensinou: “Vigiar e Orar”.
Este é o espírito com o qual abordaremos os assuntos deste capítulo. Vamos lá?

0
2. OS CIDADÃOS E A RESPONSABILIDADE COM O VOTO

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“E tu, dentre todo o povo, procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que
aborreçam a avareza e põe-nos sobre eles.” (Ex 18.21)
Mesmo não sendo deste mundo, pois nossa natureza foi mudada pelo Senhor Jesus e a ele pertencemos –

e para fazer diferença, sendo sal e luz.

78
estamos vivendo neste mundo, com sistemas organizacionais necessários: Estamos no mundo para testemunho

Portanto, agir com responsabilidade frente à eleições é de suma importância para o cristão. Quando
evocamos a responsabilidade cristã na eleição, não estamos nos referindo ao fato do crente ir à urna e depositar
0
seu voto tão somente. A responsabilidade precisa navegar por águas mais profundas, ou seja, por todo um
conjunto de fatores que envolvem a política e a eleição propriamente dita. Não participar de um processo político
2.
tão importante para a Nação, como é o caso das eleições, é agir irresponsavelmente, uma vez que podemos e
devemos fazer com que o reino de Deus e a sua vontade sejam realidades no âmbito político e governamental.
As Escrituras nos orientam como termos nossos governantes. Isso significa que somos responsáveis por eles.
Essa responsabilidade passa também pela escolha, que é feita num processo de eleição. Portanto, nenhum
crente deve ficar alheio à prática e participação política, antes, deve participar com responsabilidade.
15

Como eu disse na introdução do capítulo, o cristão precisa estar a par dos problemas sociais, não
comercializar o seu voto, pois o voto é inegociável. Negociar o coto é corromper a consciência política e negar
a maneira de ver a realidade social do meio em que se vive. É trair a Nação. É pecado.
Na prática, é bom enfatizar, e é necessário saber que o que deve influenciar o nosso voto é a análise séria
6.

das necessidades do nosso povo, das propostas de atuação dos candidatos e da ideologia do partido político
que o candidato adotou. Verifique também a trajetória do candidato, sua biografia, seu trabalho.
A Família Quadrangular é conclamada para que se uma neta visão, a fim de promover a justiça social e o
temor a Deus dentro dos meios governamentais, para que a sociedade sinta esses reflexos positivos e, assim,
33

viver melhor.
Meu aluno, consciente ou não, querendo ou não, uma pessoa toma uma das seguintes posições políticas:
• Alienado;
• Conscientizado;
• Engajado.
Como professores, através deste nosso estudo, estamos procurando leva-lo à segunda e terceira posições,
pois a mais prejudicial e trágica é a primeira. Acreditamos que você tem compreendido o embasamento
teológico-bíblico e a urgência paradigmática para a adotação de uma nova visão, uma nova postura, uma nova
linguagem e uma nova ação. A Igreja tem uma missão no governo do mundo.
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TÓPICO 2 – POLÍTICA nÃO É PECADO


Colaboração: Prof. Mestre Cícero Bezerra

1. InTRODUÇÃO - POLITICA nA IGREJA


“O maior castigo para quem não gosta de política é ser governado pelos que gostam”. Arnold
Toynbee, historiador inglês.

0
o mundo é novo, não sei se é admirável, mas
podemos constatar que é novo, e as novidades não são

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novas, não querendo filosofar, mas já filosofando, a

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gestão do mundo moderno é feita por poucos como tem


sido no decorrer da historia. o sistema é anticristão, anti-
Deus, as redes sociais mobilizadas para impactar o mundo
são assim, com valores não cristãos. estamos cercados

78
por leis contrárias, modo de vida contrário aos valores do
reino de Deus, se fala em uma nova ordem mundial, uma
filosofia contrária à de Deus, mantida por intelectuais
ateus e contrários aos princípios do reino de Deus. Nesse
contexto a igreja fica alienada. Alguém disse que “a igreja
0
chega, mas chega tarde”. Diz a lenda entre as igrejas
principalmente as evangélicas que política é pecado,
com esse lema, vamos-nos alienando, nos isolando, não
2.
atendendo as expectativas das pessoas, não exercendo
a tarefa profética da igreja, não se posicionando e não
trazendo os valores do reino de Deus para o mundo
inserir fiGurA: PoLÍticA e reLiGião; Disponível em: blogs.
contemporâneo. chegamos ao descalabro de termos uma maiscomunidade.com/blogdocallado/page/2/; em 27.jul.2010
15

igreja no brasil que é a favor do aborto. será que é igreja?


esse tópico tem a proposta de apresentar a política na sua verdadeira essência, não entraremos em
abordagens partidárias, trabalharemos as questões conceituais, com objetivo de esclarecer aos leitores que
política não é pecado, pecado é a corrupção a desonestidade, a roubalheira e as ações contra o povo. Política
é a arte de gerenciar os povos.
6.

• Dicas:
 Politica não é para escravizar, mas para ajudar.
 Politica não é pecado, pecado é corrupção, roubo e opressão.
 Politica é para ajudar pessoas.
 Politica visa o bem estar da sociedade.
33

 os políticos cristãos devem ser honestos e comprometidos com o bem estar da sociedade.
 os políticos cristãos devem ter a vocação para o serviço.
 os políticos cristãos devem ser comprometidos com os valores do reino de Deus.
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ITQ – INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR

RESUMO DO CAPÍTULO 6
Neste capítulo estudamos sobre a consciência que devemos ter a respeito da política e da responsabilidade
para com o voto, bem como, sobre o tema “Política não é pecado”.

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6.
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Chegou a hora da autoatividade. Você fará


uma revisão do capítulo, responderá as
questões, destacará a folha da autoatividade
e a entregará para o professor na próxima
aula. Boa revisão e ótimos resultados!
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Redija uma redação sobre o tema: “POLÍTICA NÃO É PECADO”. (No mínimo, 25 linhas)
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FInAL
caro(a) Aluno(a)!
caminhamos até aqui para lhe transmitir o conhecimento das verdades bíblicas quanto a Governo e a
aplicação prática das verdades para que a igreja de Deus continue cumprindo a sua missão e o seu destino
histórico e de transformação social através de uma ação consciente, unida e responsável.
Que cidadania tenha lhe ajudado a ampliar os seus horizontes, e lhe dê a formação necessária para

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continuar combatendo o bom combate até o dia que você terminará a sua carreira guardando a fé.
felicidades, muitos frutos, e uma reprodução saudável do seu caráter na vida daqueles que o senhor

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lhe confiar.

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com amor e gratidão,


Prof. Jair Miotto
Prof. Lécio Contu
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Profa. Roberta Tschernev
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