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Diretor Executivo
Pr. Erivelton Tavares
PrePArAção De originAis
Prof. Marco Antonio teixeira lapa
2.
Elaboração
Prof. Jair Miotto
Prof. Lécio Contu
Prof. Marco A. T. Lapa
15
Revisão
Prof. Pr. Marco A. T. Lapa
6.
Projeto Gráfico
Eurípedes Mendes
DiagramaçãO
33
Juliana Dias
Produção
SGEC – Secretaria Geral de Educação e Cultura da
Igreja do Evangelho Quadrangular
Gestão: Pr. Erivelton Tavares
1ª EDIÇÃO: 2010
EDIÇÃO DEZEMBRO 2018 - 2.000 EXEMPLARES
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem a permissão escrita dos autores, por quaisquer meios a não ser
em citações breves, com indicação da fonte. A violação dos direitos dos autores (Lei n.9.610/98) é crime estabelecido
pelo artigo 184 do código penal.
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CIDADANIA
Palavra do Presidente
“Quando os justos governam, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme”
Provérbios 29:2
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É com muita alegria que nós, representantes do Conselho Nacional de Diretores da Igreja do
Evangelho Quadrangular introduzimos a vocês, através da Secretaria Geral de Educação e Cultura,
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a matéria de Cidadania em nosso currículo disciplinar.
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Assunto de suma importância, notamos que os temas que envolvem a Cidadania no Brasil,
principalmente dentro da Igreja, vinham sendo expressados de forma muito tímida entre nós. Porém
a cada dia que passa percebemos que são os representantes parlamentares que elegemos que
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podem ou não reger o futuro de nossa liberdade religiosa em nosso país.
Antigamente os cristãos perseguidos eram presos, mortos ou discriminados; atualmente
são cerceados através das Leis que visam impedir não só o crescimento da Igreja como também
apregoar, em alguns casos, a imoralidade, a destruição das famílias, a descriminalização das drogas
0
e tantos outros assuntos que ferem os princípios da ética e da moral.
Eu te incentivo a encarar esta matéria não apenas como mais um assunto a ser estudado,
2.
mas como uma bandeira em defesa da preservação da família, dos direitos dos cidadãos de bem e
da ampliação e aplicação do Projeto de Cidadania da Igreja do Evangelho Quadrangular.
Desejo a você um bom curso. Receba o meu abraço e que Deus te abençoe!
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CIDADANIA
APRESENTAÇÃO
Caro(a) Aluno(a)!
É com prazer e grande responsabilidade que lhe apresentamos a disciplina
de Cidadania.
Cidadania, atualmente, tem sido um assunto tratado no âmbito escolar,
0
juntamente com a Ética, e no momento histórico que vivemos como Igreja
de Cristo no Brasil e especialmente para a Igreja do Evangelho Quadrangular,
orientar os acadêmicos quanto à sua própria cidadania, quanto à necessidade
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do entendimento de que a demonização da cidadania no sue aspecto político só
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parte, como educadores quadrangulares, um desafio diário para que o reino
Portanto, você irá perceber que as colocações que fazemos neste livro
quebram paradigmas, ou seja, posições ou tradições que tem penetrado ou se
0
perpetuado na Igreja, e que diante do cenário político e das ameaças à Igreja
de Cristo no Brasil, precisamos reconsiderar e mudar.
2.
Ingresse nesta disciplina com o objetivo de refletir, considerar, e incorporar
as verdades aqui apresentadas.
Bem vindos ao estudo de Cidadania! Olá, que bom
podermos estar juntos
15
novamente!!
Prof. Jair Miotto
Prof. Lécio Contu
A partir de agora vam
Prof. Marco Lapa
estudar Cidadania.
6.
e qual é a nossa
responsabilidade com
cristãos perante a nos
nação.
Bem-Vindos!
Desejo a você um
ótimo curso!
THEO
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CIDADANIA
SUMÁRIO
PLANO DE ESTUDOS DA DISCIPLINA..................................................................................................... 15
EMENTA................................................................................................................................................. 15
OBJETIVO GERAL . ................................................................................................................................. 15
OBJETIVOS ESPECÍFICOS . ..................................................................................................................... 15
PROGRAMA DA DISCIPLINA.................................................................................................................. 15
0
CAPÍTULO 1 – ASPECTOS GERAIS DA TEOLOGIA POLÍTICA................................................................... 17
TÓPICO 1 – CONCEITOS FUNDAMENTAIS........................................................................................................ 17
1. INTRODUÇÃO . ............................................................................................................................................ 17
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2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS....................................................................................................................... 18
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4. IMPORTÂNCIA COMO MENSAGEM EVANGÉLICA........................................................................................ 19
TÓPICO 3 – UM VÍNCULO HISTÓRICO.............................................................................................................. 20
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................. 20
TÓPICO 4 – DEUS E A POLÍTICA....................................................................................................................... 20
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................. 20
0
2. O GOVERNO UNIVERSAL DE DEUS............................................................................................................... 20
2.1. EVIDÊNCIAS DA EXISTÊNCIA DE UM GOVERNO ANTERIOR Á CRIAÇÃO DO HOMEM............................... 21
2.
2.2. DEUS E SEU DIREITO DE GOVERNAR........................................................................................................ 21
2.3. O GOVERNO DE DEUS E OS SISTEMAS POLÍTICOS TERRENOS.................................................................. 21
2.4. O GOVERNANTE COMO REPRESENTANTE DE DEUS................................................................................. 21
2.5. A QUESTÃO DISPENSACIONAL.................................................................................................................. 22
3. A BÍBLIA E A QUESTÃO DA AUTORIDADE..................................................................................................... 24
15
0
1.8. BABILÔNIA................................................................................................................................................ 37
2. A DIPLOMACIA............................................................................................................................................. 38
TÓPICO 5 – O CATIVEIRO E O PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO . ................................................................... 38
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1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................. 38
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4.1.1. Contribuições deixadas pelos gregos ......................................................................................... 40
RESUMO DO CAPÍTULO 2............................................................................................................................... 42
AUTOATIVIDADE DO CAPÍTULO 2.................................................................................................................... 45
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................. 51
2. NAS PALAVRAS DE CRISTO .......................................................................................................................... 51
2.1. O EXEMPLO DE JOSÉ E MARIA ................................................................................................................ 51
2.2. O EXEMPLO DE JESUS............................................................................................................................... 52
2.3. O REINO DE DEUS ................................................................................................................................... 52
6.
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................. 55
2. A IGREJA PERSEGUIDA................................................................................................................................. 55
3. A IGREJA E OS NOVOS DESAFIOS ................................................................................................................ 55
RESUMO DO CAPÍTULO 3............................................................................................................................... 56
AUTOATIVIDADE DO CAPÍTULO 3.................................................................................................................... 57
0
2.1.6. Forças Armadas................................................................................................................................ 68
2.1.7. Ministério Público da União........................................................................................................... 68
2.1.8. Segurança Pública............................................................................................................................ 68
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2.2. EXECUTIVO ESTADUAL.............................................................................................................................. 69
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3.1. LEGISLATIVO FEDERAL.............................................................................................................................. 70
3.2. AUTORIDADES LEGISLATIVAS FEDERAIS.................................................................................................... 70
3.2.1. O Senado Federal do Brasil............................................................................................................ 70
3.2.1.1. Funções do Senado........................................................................................................................ 71
3.2.2. A Câmara dos Deputados Federais................................................................................................ 71
0
3.2.2.1. Comissões Parlamentares............................................................................................................ 72
3.2.3. Tribunal de Contas da União.......................................................................................................... 72
2.
3.2.3.1. Suas principais atribuições . ........................................................................................................ 72
3.3. LEGISLATIVO ESTADUAL............................................................................................................................ 73
3.3.1. Deputados Estaduais........................................................................................................................ 73
3.3.2. Deputados Distritais......................................................................................................................... 73
3.3.3. Tribunais de Contas Estaduais....................................................................................................... 73
15
3.1.11. VÍCIOS.................................................................................................................................................. 87
3.1.12. FECHAMENTO DE IGREJAS E PRISÕES DE PASTORES (LEI DO SILÊNCIO) ............................................. 87
3.1.12.1. LIBERDADE RELIGIOSA...................................................................................................................... 87
3.2. Na Doutrina Sócio-Política da IEQ, segundo os Princípios
da Palavra de Deus a Igreja do Evangelho Quadrangular é A FAVOR:.................................................... 88
3.2.1. Do direito da Cidadania - Conscientização do Povo ................................................................ 88
3.2.2. Direito à Educação religiosa com Plena Liberdade de Expressão......................................... 88
3.2.3. Assistência Social . ........................................................................................................................... 89
3.2.4. Direito à Ocupação da Mídia pela Igreja (Liberdade de Imprensa)......................................... 89
0
3.2.5. Ética e decência nos Meios de Comunicação.............................................................................. 90
3.2.6. Meio Ambiente.................................................................................................................................... 90
3.2.7. Amparo aos Necessitados ......................................................................................................................................... 90
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3.2.8. Saúde e Moradia com Infraestrutura......................................................................................... 91
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RESUMO DO CAPÍTULO 4............................................................................................................................... 94
AUTOATIVIDADE DO CAPÍTULO 4.................................................................................................................... 95
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................................ 100
2. SETE PODERES........................................................................................................................................... 100
3. A IGREJA EVANGÉLICA NO BRASIL............................................................................................................. 100
4. UMA NOVA CONSCIÊNCIA E O DESPERTAR DO PODER . ........................................................................... 101
4.1. A ABRANGÊNCIA DO “SAL DA TERRA”.................................................................................................... 101
6.
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FINAL ................................................................................................................................................... 127
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PLANO DE ESTUDOS DA
DISCIPLINA
EMENTA
Esta disciplina visa levar o aluno a compreender conceitos que envolvem cidadania. Conhecer e
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compreender a Organização Social e Política brasileira. Desenvolver o senso crítico responsável do aluno com
relação às políticas nacionais, para que mantenha-se informado e possa apoiar e manifestar-se de forma ética,
cristã e produtiva.
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OBJETIVO GERAL
Que o aluno entenda a teologia política e social da Igreja conforme a palavra de Deus para ser uma voz
para quebrar paradigmas na era pós-moderna devido aos preconceitos e falta de conhecimento existente em
78
relação à Cidadania, e se torne um agente de transformação social através do seu ministério.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Aprender que Deus e a política não são distantes, e que a palavra de Deus fornece as bases para a
0
teologia política.
• Aprender que política não é pecado, antes é mandato divino: “dominai a terra”.
2.
• Estudar a relação entre os atos de Deus e os eventos políticos no Antigo testamento, e identificar a
ação política de Deus na relação de poder, mando e obediência com as instituições legais existentes.
• Estudar a relação entre os atos de Deus e o cenário cultural e histórico do período intertestamentário
e neotestamentário.
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PROGRAMA DA DISCIPLINA
CAPÍTULO 1 – ASPECTOS GERAIS DA TEOLOGIA POLÍTICA
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CAPÍTULO 1
ASPECTOS GERAIS DA TEOLOGIA POLÍTICA
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TEOLOGIA POLÍTICA; Disponível em blig.ig.com.br/
debateaberto/2008/11/; em 05.jul.2010
2.
TÓPICO 1 – COnCEITOS
FUnDAMEnTAIS
1. InTRODUÇÃO
15
A relação entre religião e política é um fato que não pode ser ignorado,
sobretudo quando afeta diretamente a vida e os destinos da sociedade. Para
exemplificar esta assertiva, no brasil, até o reinado de D. Pedro ii quando foram
instituídos os cartórios, a vida civil era regida pela igreja católica. Assim, da
6.
2. COnCEITOS FUnDAMEnTAIS
• DE POLÍTICA
etimologicamente o termo é a conjunção das palavras gregas polis (plural, cidade) e technè (conhecimento,
arte, ciência). A idéia presente é a de significar “conhecimento sobre as coisas da cidade”. A palavra politeia
também de origem grega significa todas as atividades referentes à pólis.
como conceito podemos adotar a já conhecida definição de “política” como a arte de bem governar a
“polis” (estado). como disciplina é tida como o ramo da filosofia que trata da relação entre poder, e mando,
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e obediência, em todas as suas implicações morais.
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• DE CIVISMO (CIDADANIA)
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do estado. A Ética e a Moral são conceitos estreitamente relacionados com a idéia de cidadania. Neste contexto,
as leis figuram como agentes da moral e realizadoras de princípios e cuja observação realiza os atos de civismo.
• DE TEOLOGIA POLÍTICA
0
É o ramo da filosofia política e da teologia que investiga a conexão entre política e religião e o resultado
desta interatividade bem como busca orientação bíblica e espiritual para o exercício da cidadania sob a regência
das escrituras sagradas. como teologia, busca na revelação (bíblia) a fonte de esclarecimento e conhecimento.
2.
ocupa-se da questão de como os planos espirituais e físicos podem estabelecer e manter seus convênios. A
Wikipédia, quanto à teologia política informa que “os pensamentos e os discursos teológicos influenciam a
política, a sociedade, a economia e a cultura.”
TÓPICO 2 – A IMPORTÂnCIA
15
DA TEOLOGIA POLÍTICA
1. InTRODUÇÃO
6.
0
seus sistemas legais. tanto nas sociedades mais primitivas quanto nas nações mais desenvolvidas pode-se
observar o amalgama entre as leis ou princípios normativos e a religião. É esta conjunção que faz com que
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seja indispensável o exame de uma teologia política. se Deus tem algo a nos dizer acerca de política e nossas
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como proposta cívica, encontramos na revelação, o grande interesse de Deus em ser o soberano de um
estado teocrático onde a cidadania forneça as bases para uma sociedade de adoradores.
Para os israelitas do Antigo testamento, a observação da Lei, dada por Deus a Moisés no deserto, era
garantia de segurança e prosperidade1. No Novo testamento somos exortados a nos sujeitarmos às autoridades
por serem estas enviadas por Deus. Assim observa Pedro:
0
“Sujeitai-vos pois a toda ordenação humana por amor do Senhor: quer ao rei, como superior;
2.
Quer aos governadores como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que
fazem o bem. Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo o bem, tapeis a boca à ignorância
dos homens loucos” (1 Pe 2.13-15)
15
tomando como base o versículo supracitado podemos concluir que uma cidadania norteada pela moral
bíblica proporciona ao cidadão piedoso segurança contra a ação
dos malfeitores, louvores para os piedosos, satisfação da vontade
de Deus e silêncio dos insensatos.
6.
0
No mundo antigo parece que o casamento entre governo e religião favorecia tanto o estabelecimento
como a manutenção dos sistemas imperiais.
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No egito, os faraós eram considerados semi-deuses e seus decretos considerados sagrados, daí, o emprego
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os impérios que se sucederam a partir de então, o persa, o grego e o romano também mantiveram estreito
relacionamento com a religião seja por considerar o rei como um deus ou simples representante deste.
morais. estas são, por sua vez, são cobradas por representantes
da divindade, que, responsabilizam os indivíduos por seus
atos com punições ou recompensas, tanto quanto assumem
responsabilidades de salvaguardar seus direitos fundamentais.
6.
com/2009_11_22_archiv...; em 05.jul.2010
intervindo na historia da humanidade castigando ou
responsabilizando-os por seus atos.
2 - Daniel 3:1-6
3 - ii reis 19:15
4 - Jô 38
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CIDADANIA
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deste estado, pois a força legal combateu contra os sublevados . E
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Nos textos bíblicos pesquisados fica manifesto a relação dos fatos com a política pela presença de
conceitos como “trono”, “rei”, “nação”, “reino”, “reino de nosso Deus”, etc., assim como a importância de uma
política assentada na base da justiça e soberania de Deus e na fidelidade de seus agentes, única garantia de
estabelecimento e manutenção do bem e da ordem.
O primeiro versículo citado se refere claramente aos “reinos da Terra”7 e a segunda faz menção de
hierarquias visíveis e invisíveis8 dando evidencias de que o governo de Deus se estende aos domínios das
instituições humanas. Na sessão seguinte veremos a forma como esta intervenção acontece.
O apóstolo Paulo recomenda aos crentes de Roma que “toda alma esteja sujeita às autoridades
superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus”
(Rm 13.1). Como conhecedor profundo do sistema religioso judaico, pois pertencera ao grupo dos fariseus9,
Paulo conforma suas palavras ao sistema teológico judaico que considerava Deus, não apenas como a causa
33
primaria, mas também, como o principio de todas as coisas. Para Champlim e Bentes, “nele é que todas as
coisas teriam origem e nele todas as coisas encontrariam o seu alvo. Nele, todas as coisas encontrariam seu
plano (causa formal) e através dele todas as coisas são produzidas ou realizadas (causa eficiente)”10. E, é este
pensamento que norteia o pensamento por de trás das afirmações de Paulo. Portanto, toda autoridade, civil,
militar ou política em qualquer esfera de atividade, possui um poder delegado por Deus. O texto a seguir,
reflete o pensamento judaico acerca dos governantes terrenos:
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Ele virá contra vós terrível e repentinamente,
Pois um juízo severo atingirá os que estão em lugares altos
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(Sabedoria de Salomão 6:1-5)
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é de Deus e todos os que a constituem, e, os políticos com o culto religioso. Servia para designar o
são servos de Deus, estabelecidos para promover o sacerdote, pastor ou qualquer líder religioso.
bem à sociedade mediante a aplicação da lei, sejam
eles tementes a Deus ou não.
0
Sobre os versículos subseqüentes à carta aos Romanos 3:1 faremos uma análise mais detalhada no
capitulo três.
2.
2.5. A QUESTÃO DISPENSACIONAL
Segundo escreveu Lawrence Olson, “em Apocalipse 21.27 é revelado o grande propósito de
Deus, de ter um reino, um universo sobre o qual Ele presidirá e do qual será banido para sempre tudo
o que não estiver em harmonia com ele” (OLSON, 1979,p. 24). Estabelecer um reino, como qualquer
15
sistema político exige um efetivo, e, este efetivo formado por pessoas (súditos), uma legislação, um
governante (qualquer posto) e um sistema legal (magistrados, juizes, policia, etc...) que lhe garanta
governabilidade. Na questão dispensacional, Olson afirma que Deus, o soberano absoluto (o governante
mor) a fim de definir o efetivo com quem passará a eternidade em Seu reino eterno, estabeleceu um
plano que inclui períodos probatórios em que o homem seria testado quanto a sua fidelidade a Ele.
6.
11 - Atos morais em contraste com “comportamento” que pode ser um simples deitar, comer ou caminhar.
12 - Gênesis 2:15
13 - Gênesis 1:26
14 - Gênesis 2:16
15 - Gênesis 2:17
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CIDADANIA
A Dispensação da Consciência: Período que começa com a queda do homem e se estende até o
dilúvio. Agora destituído das regalias do Édem e da comunhão com Deus o homem precisa buscar
orientação em sua própria consciência. O estado é de guerra de todos contra todos não há leis
que normatize as relações sociais e a corrupção logo chega a nausear o Senhor que sentencia a
humanidade à sua quase extinção, preservando apenas Noé e sua família. O homem não conseguiu
ir longe em sua tentativa de vida autônoma. Deus iria cobrar o mau uso da faculdade de escolher
entre o bem e o mal. O Dilúvio fora anunciado.
A Dispensação do Governo Humano: Com o dilúvio tem inicio a dispensação do governo humano.
Neste período começam a se organizar os primeiros aldeamentos. A vida em sociedade deve
0
ser agora pautada em princípios normativos que se transformarão em leis. No governo humano
Deus delega ao homem a responsabilidade judicial. Nasce à pena capital como meio de proteger
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a vida em contraste com a dispensação anterior: “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo
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homem se derramará o seu” (Gênesis 9:6) decreta o Senhor. Segundo Olson, comentando sobre a
responsabilidade do homem em aplicar a pena capital, como meio de conter os maus acrescenta
que “A investidura dessa autoridade e responsabilidade no homem foi uma novidade no novo pacto
de Deus com os homens após o dilúvio” (OLSON, 1979. P.55).
78
A Dispensação Patriarcal: Período que começa com o chamado de Abraão. O mundo já está avançado
em seu processo civilizatorio. O patriarca é retirado de Ur dos Caldeus e peregrina por civilizações
já bem organizadas como o Egito, e chega à Canaã com a promessa ser o pai de uma nação. Deus
está revelando aos poucos seu projeto de reino. Com promessas sendo dadas ao descendentes de
Abraão, Deus vai fortalecendo Seu ideal de nação que mais tarde passando pela forja do sofrimento
0
no Egito sairão prontos para receber o mais bem elaborado código de leis com que irá governá-los.
A Dispensação da Lei: Período que começou com a entrega da lei a Moisés no Sinai e se estendeu até
2.
a crucificação de Cristo. Nos dias de Moisés já existiam, entre nações mais antigas e desenvolvidas,
bons sistemas legislativos. O código de Hamurabi, o mais extenso e bem conservado documento
sobre leis, achado em Susã, antecede os registros bíblicos. Nele, leis sobre questões civis, criminais
e comerciais dão testemunho da bem elaborada legislação babilônica.
15
É neste contexto histórico que Deus passa a Moisés as tabuas da Lei. Inequivocamente, foi o decálogo
que deu a Israel o status moral jamais observado em outras civilizações. O mundo inteiro e até os
dias de hoje, é influenciado pela moralidade na nação hebréia. Como já fora dito anteriormente,
toda a cultura do mundo ocidental esta sustentada no direito romano, na política dos gregos e na
moralidade judaica. Uma combinação proporcionada pelo cristianismo fator que analisaremos mais
6.
adiante.
Os Dez Mandamentos constituem a base de todo o sistema legislativo da sociedade israelita e por
ela Deus exercera sua soberania, não somente sobre os israelitas, mas, sobre todas as nações que
por intermédio de Israel seriam abençoadas ou amaldiçoadas16.
33
governar o mundo. Apenas permitiu que escolhêssemos a quem servir e com quem nos aliar. No milênio,
o usurpador terá sido colocado fora de combate e reinarão com Cristo aqueles que se uniram a ele pela
graça que fora ofertada aos homens.
0
necessária à reflexão no estudo bíblico sobre a autoridade. Deste modo, vamos abordar sucintamente cada um.
• Poder: Do latim possum, potes, posse (ser capaz de, ter a possibilidade de) comunica a
-9
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capacidade ou possibilidade de realizar alguma coisa. Este sentido pode permutar com o
de autoridade. Em alguns textos bíblicos, ambos os sentidos18 (de capacidade e autoridade)
aparecerão intercambiavelmente.
• Contrato: O vocábulo nasce do latim contraere de com (junto) e tracto (puxar, arrastar) e
78
tractum pedaço de couro, pano ou papel que, antigamente, mediante um acordo era rasgado
ficando uma parte com cada acordante. No futuro, o encaixe das partes servia de prova de que
o acordo fora efetivado. A importância de compreendermos este conceito reside no fato de que
o mesmo se encontra nas bases da reflexão sobre política. Os filósofos que teorizaram sobre a
política, governo e sociedade, entre os quais destacamos Thomas Hobbes, John Locke, e Jean-
0
Jacques Russeau, criaram o conceito de “contrato social” para designar o acordo estabelecido
entre os membros da sociedade para viverem juntos. Esplanaram seus pontos de vista sobre a
2.
necessidade do homem se submeter a um governo com o propósito de usufruir de uma ordem
social oferecida por um sistema político e um governante.
• Lei: Da palavra latina legere (aquilo que se lê), é o conjunto de regras que emana da autoridade
soberana, esta, pode ser Deus, o governante, ou a sociedade em si.
15
• Responsabilidade: Dever de responder as pelas ações pessoais e coletivas, assim como pelas
conseqüências destas, sob o pressuposto de que as mesmas são produto de nossa capacidade
deliberativa.
• Autoridade: Do latim auctoritas (garantia, prestígio, influência) designa a condição que da à pessoa
delegada o direito de se fazer obedecer e de deliberar em nome da sociedade que representa e
6.
18 - Ex.: “Pode dar frutos...” “É capaz...” (João 15:14) “Posso todas as coisas...” “sou capaz, consigo” (Filipenses 4:13) ou “poder para perdoar...”
“autoridade para perdoar...” (Marcos 2:10), “...dado todo o poder...” “dada toda autoridade” (Mateus 28:18)
19 - Gênesis 2:16-17
20 - Josué 1:7
21 - Josué 1:9-11.
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CIDADANIA
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É na submissão aos representantes da lei (nossos superiores) que se opera o bem comum e coloca o
individuo sob o favor da autoridade suprema. Deus é a autoridade suprema de onde emanam todos os poderes,
-9
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“por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a
condenação” (Rm 13:2), e, não se trata apenas da autoridade eclesiástica, mas de todas as potestades.
RESUMO DO CAPÍTULO 1
Neste capitulo vimos que:
•
implicações morais.
0
• Civismo é a devoção à coisa publica.
•
78
Política é a arte de bem governar o estado.
• Como ramo da filosofia, a política trará da relação entre poder, mando e obediência e todas as suas
A Teologia Política investiga a conexão entre a política e religião e o resultado desta interatividade.
2.
• Não se pode ignorar as prescrições da Bíblia para a vivência política e social.
• A proposta cívica da teologia política é revelar o interesse de Deus em ser o soberano de um estado
teocrático, uma sociedade de adoradores.
• No mundo antigo a relação entre governo e religião favorecia tanto o estabelecimento como a manutenção
dos sistemas imperiais.
• A Teologia política se fundamenta no teísmo; Crença de que Deus se interessa pelos homens e tudo o
15
• A política é de Deus e os políticos são seus servos estabelecidos para promover o bem.
• Dispensações são períodos probatórios em que Deus exerceria seu governo com base na Sua palavra revelada.
• As Dispensações são sete, a da inocência, da consciência, do governo humano, patriarcal, da lei, da graça
e o milênio.
• Autoridade é o direito de exercer o poder.
33
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AUTOATIVIDADE DO CAPÍTULO 1
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Questões:
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2. Responda:
a) O Que é Teologia Política?
78
b) Que importância tinha a Teologia Política no mundo antigo, na relação entre governo e religião?
c) O que é autoridade?
0
2.
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CAPÍTULO 2
A POLÍTICA nO AnTIGO TESTAMEnTO
1. InTRODUÇÃO
Neste capitulo estudaremos a
relação entre os atos de Deus e os
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02
eventos políticos narrados no Antigo
testamento desde a criação, até o
-9 CAPÍTULO
Período intertestamentário. Nosso
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como na esfera física.
De forma concisa podemos listar
alguns exemplos em que poder e religião
caminharam com os laços estreitados no
0
isrAeL; Disponível em cia-de-jesus-cristo.
decurso da história: spaceblog.com.br/.../; em 12.jun.2010
24 - referência aos atos de Deus sobre os poderes constituídos com o propósito de cumprir seus desígnios.
25 - Gênesis 12:18
26 - Gênesis 41
27 - Gênesis 7:19 – 12:36
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do versículo 1 e o estado da terra no versículo 2. Em Isaias somos informados que a terra foi criada habitada30.
É para este universo habitado antes dos eventos da criação31 que voltaremos nossa vistas, com o propósito
-9
de identificarmos os elementos de uma política já praticada antes da existência do homem. A este mundo
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FUNCIONAL)
A lamentação sobre o rei de Tiro no capitulo 28 de Ezequiel descreve, por analogia, a existência de um
sistema político no mundo pré-adâmico. Os elementos que ligam o texto à idéia de governo são suficientes
para concluirmos que se trata de um discurso político. Termos como: príncipe, cadeira de Deus, rei, ungido,
te estabeleci, comércio, etc., dão evidência de que o oráculo se refere a um estado político que sofre uma
0
intervenção de Deus, o Soberano.
O texto32 em si é um julgamento com sentença aplicada de um príncipe que não honrou sua patente. O
2.
príncipe em questão é Lúcifer, cujas qualidades33 são destacadas num primeiro momento, em segundo lugar
seu posto34, depois sua natureza35, seu delito36 em seguida seguido de sua condenação37.
O mesmo evento é narrado por Isaias no capitulo 14. A figura analógica é o rei de Babilônia38 que,
sentenciado por sua arrogância e sublevação perdeu sua posição39. Ao que parece, Estes textos tem em comum
15
tratar-se da mesma pessoa e dos mesmos acontecimentos; a sublevação de um querubim designado para
ser príncipe de um estado de direito formado por seres celestiais, estabelecido na terra (Éden) e que tentou
usurpar a posição de Deus40 sendo combatido e derrotado por agentes fiéis ao grande Soberano41.
No livro de Jô, Deus nos dá noticias sobre o exercício de sua soberania desde os primórdios do universo,
onde celebrações cósmicas eram levadas a cabo pelos anjos na contemplação da criação, e sobre os eventos
6.
ordem política inegável. Um passeio panorâmico pela angelologia nos faria perceber que entre os anjos existe uma
estrutura hierárquica composta por querubins, arcanjos, serafins, anjos em si e cujo organograma somente Deus
28 - Apocalipse 12:7-9.
29 - Isaias 14:13
30 - Isaias 45:18
31 - Aparentemente a semana da criação não trata de toda a criação em si, mas, da criação dos elementos (sol, lua , estrelas, plantas, animais,
homem, etc...) que fazem parte do mundo que conhecemos. Seguramente já havia céu e terra antes do primeiro dia do hexamerom (vide glossário)
e uma ordem social, visto que os anjos já fazem parte deste mundo criado desde “o principio”.
32 - Ezequiel 28:1-19, especialmente o de perícope entre os versos 11 e 19.
33 - Sábio v.3, aferidor das medidas (padrão) v. 12, formosura perfeita v. 12; perfeito v 15.
34 - Príncipe v.2, rei v. 12,
35 - Querubim ungido v. 14
36 - Arrogância v. 2, iniqüidade v15, violência v.16, etc.
37 - Queda e degradação
38 - Isaias 14:13
39 - Isaias 14:12-16
40 - Isaias 14:13; Ezequiel 28:2;
41 - Os Miguel e seus anjos conf. Apocalipse 12.7-9
42 - Jô 38
43 - Apocalipse 12:7-9
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CIDADANIA
e os anjos podem esquematizar. É lógico que sabemos quem ocupa o lugar mais alto. É sabido também, que estes
seres, invisíveis aos homens, cumprem as ordens de Deus e desempenham serviços em beneficio dos homens44.
3. A TEOCRACIA ADÂMICA
Após o conflito que, aparentemente, deixou a terra em estado caótico, Deus decidiu restaurar a terra e agiu
conforme o relatório de Gênesis 1.1-31. Ao criar o homem, deu-lhe o poder de dominar sobre toda a criação
terrestre. Obviamente, não abriu mão do recurso legal, sem o que, nenhuma sociedade é governável. A garantia
de um governo bem sucedido está na disposição bem equilibrada entre o ato político e os preceitos que o rege.
Assim, o usufruto dos bens do Éden45, dependeria da observação da lei dada por Deus; deste modo, o Senhor
0
ordenou dizendo “da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres,
certamente morrerás” (Gn 2.17). Com um pouco de boa vontade torna-se fácil perceber a relação entre poder,
-9
autoridade, mando e obediência na instalação da primeira sociedade entre os homens.
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Jamais encontraremos qualquer organização, qualquer sociedade, por menor que seja, que não se sirva
de leis como garantia de ordem e paz social, mesmo a micro sociedade formada por Deus, Adão e Eva.
78
A desobediência do homem no jardim do Éden resultou na total cisão entre ele e Deus. Essa cisão foi total de
forma que todo o conhecimento de que se dispunha fora aniquilado. Bonhoeffer afirma que a partir da desobediência
[...] em vez de conhecer apenas o bondoso Deus e tudo nEle entende a si mesmo como fonte do bem e do mal; em
vez de aceitar a escolha e eleição divinas, deseja escolher mesmo, ser a origem da escolha [...] Em vez de saber de si
tão somente na realidade de ser eleito e amado por Deus, tem que entender-se na possibilidade de escolher, de ser
0
origem do bem e do mal. Tornou-se como Deus, mas contra Deus. (BONHOEFFER, p. 16, 1995)
Com a descendência de Caim o mundo se sistematiza definindo setores, que facilitariam as relações sociais,
sobretudo, no que diz respeito à produção de bens e consequentemente o comércio. Assim, a pecuária, com
Jabal, a arte com Jubal, a indústria metalúrgica com Tubalcaim46, constituem as bases de uma sociedade que
começa a ganhar contornos de um estado político, muito embora, não sejamos informados de como a ordem
era estabelecida. Todavia, a sociedade não estava totalmente desprovida de referências morais, pois com o
33
44 - Salmo 91:11; 103:20; 148:2; Mateus 4:11; 13:49; 26:53; Marcos 1:13; Lucas 4:10...
45 - O usufruto dos benefícios do jardim está prescrito no capítulo 2 e no versículo 10 de gênesis onde diz: “De toda a árvore do jardim comerás livremente”.
46 - Gênesis 4:20-22
47 - Gênesis 4:26
48 - Gênesis 6:1-12
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O governante teria a responsabilidade de representar a comunidade, promover a paz e a justiça e gerenciar
as atividades de interesse coletivo. Ninrode, neto de Cão, tornou-se notável guerreiro e caçador o que lhe dera
status de líder entre seus contemporâneos tornando-se o primeiro rei de que se tem notícia. Seu reino abarcava
-9
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grandes cidades como Babel, Ereque e Acade. Acade tornou-se, mais tarde, o primeiro império da historia.
Assur, filho de Sem, se estabeleceu na porção ocidental do Rio Tigre e seus descendentes deram origem
a Assíria fundando posteriormente a cidade de Nínive. Mais tarde os assírios vieram a se tornar uma potencia
temida pelos seus vizinhos da Mesopotâmia.
78
Estes eventos ocorrem durante o período chamado “dispensação do governo humano”. Ainda afetados
pela ignorância causada pela queda, como já havíamos dito no ponto anterior, o homem tenta entender os
fenômenos dos quais, a necessidade de governo faz parte. Na carência do saber surge o mito.
Originado do grego múthos (palavra, narrativa), o mito representa, nos primórdios da civilização, a primeira
0
manifestação do conhecimento. Trata-se de estória criada com o propósito de explicar os fenômenos. Por ele,
realidades como as manifestações climáticas, a doença, ou mesmo a morte são associadas a figuras divinas.
Desta maneira, nos sistemas míticos, os fenômenos são personalizados. Assim, o sol, a lua, as estrelas, o vento,
2.
o raio ou o trovão recebem status de divindade, e, na variedade de fenômenos nasce a variedade de deuses.
Como o governo exige poder, não se poder deixar de associar o governante à figura da divindade. Desta
forma, além de servir como meio de se explicar o mundo, o mito serviu também como agente motivador dos
atos humanos. Hamurabi, rei de Babilônia e o primeiro grande legislador por exemplo, se considerava divino,
15
e, mediante a operação de deuses que punem e premiam as ações humanas esperava ver na devoção religiosa
de seus súditos, a observação das leis.
Nos grandes impérios pagãos o mito aparece como base de sua religião, do Egito a Roma, e, na religião o
sustentáculo de seu poder. Não estavam totalmente destituídos de razão, só não sabiam que por traz de toda
verdadeira autoridade, há um Deus verdadeiro de onde emana todo o poder. Deste modo, ao separar para si
6.
um povo (Israel), o Senhor manifestará Sua vontade para a vida política do homem.
1. INTRODUÇÃO
De uma das grandes cidades caldéias, Ur49, Deus chama a Abraão50 para, a partir dele, organizar uma grande
nação. Com a chamada de Abraão entramos na dispensação patriarcal. Um homem piedoso é convocado para sair
de um sistema urbano bem consolidado para constituir uma nação começando por um sistema tribal nômade.
2. O PATRIARCADO
Não é possível identificar uma política complexa no sistema patriarcal nômade. Sabe-se que a autoridade,
tanto civil como religiosa era exercida pelo patriarca e que os direitos e deveres variavam de acordo com a
condição do individuo (esposa, filho, escravo, concubina, etc.) no clã.
49 - Gênesis 11:28
50 - Gênesis 12:1
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conduzindo, ele mesmo, a campanha ou designando um líder (juiz)
aceito por todos. o sistema era semelhante ao modelo árabe em que
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o sheik exercia sua autoridade unindo os principais chefes de família.
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A história de José nos ensina como um estadista pode ser grande estando
6.
Por aproximadamente 400 anos israel esteve escravizado no egito. Quando Deus se apresenta para Moisés,
e ordena que se dirija a faraó, dá-lhe a garantia de uma intervenção direta no propósito de libertar a nação. com
as pragas enviadas sobre solo egípcio, Deus não somente convence a faraó de liberar os israelitas como exibe ao
povo a quem constituirá uma nação, sua superioridade sobre as divindades nacionais egípcias.
51 - Êxodo 1:9
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Neste contexto, Moisés figura como o grande líder, Arão como seu auxiliar imediato e, no decorrer do drama,
novas funções vão surgindo e instituições criadas. Através de Jetro, sogro de Moisés, surge o primeiro tribunal e
com Josué e calebe as primeiras vocações para o serviço militar.
0
governamental que lhes garanta unidade política e, de acordo com De vaux, “os membros formam um mesmo
povo, participam em um mesmo culto, mas não têm um líder comum e a tradição antiga não conhece nessa
-9
época nenhuma personalidade comparável a Moisés ou a Josué”52.
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em 13.jul.2010
política sem uma representação estável.
não possuíam o carisma dos juízes anteriores, eram corruptos e foram rejeitados pelos lideres da nação.
Ameaçados pelos filisteus e assistindo o envelhecimento de samuel, os lideres, representantes tribais, se
exigindo um rei a samuel. Queriam uma política mais consistente e eficaz que desse para israel segurança e
unidade nacional. Deste modo nasce a monarquia, com saul, o escolhido de Deus para ser o primeiro rei de israel54.
o ultimo grande juiz de israel foi samuel. seus filhos Joel e Abias chegaram a ser nomeados juízes mas,
não possuíam o carisma dos juízes anteriores, eram corruptos e foram rejeitados pelos lideres da nação.
Ameaçados pelos filisteus e assistindo o envelhecimento de samuel, os lideres, representantes tribais,
se exigindo um rei a samuel. Queriam uma política mais consistente e eficaz que desse para israel segurança
e unidade nacional. Deste modo nasce a monarquia, com saul, o escolhido de Deus para ser o primeiro rei
de israel.
52 - vAux, roland De. instituições de israel no Antigo testamento. são Paulo: vida Nova, p. 119, 2004.
53 - Josué 24:25
54 - i samuel 9:16; 10:1
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com Davi, a monarquia realizou o sonho israelita de um governo
central. Neste tempo israel prosperou, Jerusalém foi tomada e se
transformou na capital do novo estado. o templo foi arquitetado
-9
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e abriu-se o caminho para o reinado de salomão que daria a israel cetro reAL; Disponível em umdireitoquerespeite.
status de império. blogspot.com/2009_03_01_...; em 13.jul.2010
salomão conseguiu realizar as potencialidades criadas por Davi. com a segurança consolidada salomão
não precisou se preocupar com a defesa do estado.
78
sem muitos problemas, salomão modernizou seu exercito, fortaleceu relações diplomáticas com grandes
nações, solidificou a unidade nacional, construiu uma frota mercante fortalecendo o comércio exterior e
desenvolveu a indústria de mineração com a extração do cobre. A Grande realização, porém, foi à construção
do templo. Definitivamente a antiga liga tribal dava lugar a um estado dinástico com todas as instituições civis
organizadas.
0
2.
3. UM ESTADO DIvIDIDO
Apesar do êxito político, salomão não foi perfeito. Durante seu reinado, alienou as tribos do norte
do governo de Jerusalém. Judá, devido suas terras fecundas e por ser a sede da capital, tornou-se mais
independente que as outras tribos. este fato gerou descontentamento das demais tribos em especial a de efraim.
15
com a morte de salomão, Jeroboão lutou pelo poder defendendo os interesses das tribos do norte,
sobretudo de efraim. roboão, filho e sucessor de salomão não se esforçou muito na tentativa de manter
a unidade do estado e não impediu a cisma. Assim Judá ficou com o rico território do sul com a capital em
Jerusalém e israel (como passou a se chamar o reino do norte) com a capital em samaria governado por
Jeroboão. Nos dois reinos se alternaram bons e maus reis até a destruição e deportação das tribos do norte
6.
4. O REI
Pelo processo de implantação da monarquia fica notório que um rei deveria ser um escolhido de Deus. o profeta
33
fora consultado e deveria conduzir o assunto à presença de Deus. “e samuel orou ao senhor; e Disse o senhor a
samuel: ouve a voz do povo...” (i sm 8:6b-7a). Deus, embora com censura, anuíra quanto à vindicação popular, não
sem, contudo, estabelecer as normas; No texto que vai versículo 9 ao 22 do capitulo 8 de samuel encontramos as
regras ditadas por Deus para a observação do rei. os eventos subseqüentes revelam como Deus conduziu o processo;
desde o encontro entre o profeta samuel e saul até o reconhecimento55 público do novo monarca.
Mesmo que a instalação de uma monarquia tenha sido inspirada nas nações vizinhas, a idéia de que Deus
deveria ser considerado estava presente. Para as nações pagãs que circundavam israel, “o rei “pai” governa
em nome do Deus nacional” (cazelles, p.122, 1986). sobre a natureza sagrada do rei De vaux observa que
[...] alguém é rei “pela graça de Deus”, não só porque Deus fez aliança com a dinastia davídica, mas porque em
cada sucessão sua escolha está envolvida. Se a realeza competiu a Salomão e não a seu irmão mais velho Adonias, é
“porque isto veio da parte de Iahvé”, 1 Rs 2.15; cf. 1 Cr 28.5, e cada entronização implica uma renovação da aliança
davídica e uma adoção do novo soberano por Iahvé (VAUX, p127, 2004).
55 - i samuel caps. 8 ao 10
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talvez o ato mais significativo da natureza divina da realeza esteja no rito da unção. A coroação, segundo
De vaux, não aparece, por exemplo, na consagração de salomão. No entanto, o rito da unção está presente
como cerimônia essencial. Desde o inicio da monarquia em israel, quando saul foi ungido56 o rito se repetiu
com todos os reis de Judá e provavelmente também, os de israel . o oficiante deveria ser alguém ligado a Deus,
um profeta ou um sacerdote. o rito religioso da unção simbolizava a consagração do monarca, que assim, se
tornava um participante da santidade de Deus. Por esta razão, Davi não quis matar57 a saul, e, executou um
homem que disse ter matado a saul58.
um rei, não era apenas coroado. era, sobretudo, consagrado. No cerimonial da unção estava representada
a concessão de autoridade dada ao rei para reger, segundo a vontade de Deus, a nação escolhida para ser um
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reino de sacerdotes.
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TÓPICO 4 – ISRAEL E SUAS RELAÇõES InTERnACIOnAIS
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1. OS InIMIGOS
As primeiras guerras que israel teve que enfrentar
78
foi em função da conquista de canaã. Na medida em que
encontravam resistência, tomavam posse do território
pela força das armas. Não é sem motivo, que, após
se instalarem no território conquistado vieram a ter
problemas com seus vizinhos.
0
Durante o período dos juízes até o governo de saul,
israel precisou se defender das continuas hostilidades
2.
de povos vizinhos. com Davi, as guerras tinham fins
expansionistas. os principais inimigos de israel foram:
1.1. OS MIDIAnITAS
15
1.2. OS AMOnITAS
eram descendentes de Amom, o filho mais novo de Ló. este povo tratou israel com muita hostilidade
ainda que, os israelitas fossem orientados a não molestá-los por serem descendentes de Ló. No livro de Juízes
somos notificados de que os amonitas se reuniram com outros povos para atacarem israel. A animosidade de
Amom para com israel só cessou, quando, muito tempo depois, os romanos dominaram a região.
56 - i samuel 9:16
57 - i samuel 24:7, 11; 26:9,11, 23.
58 - ii samuel 1:10-16
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CIDADANIA
1.3. OS AMALEQUITAS
Habitavam o sul da Palestina, entre a Iduméia e o Egito. Assim que Israel saiu do Egito, os amalequitas foram os
primeiros inimigos a empreender campanha contra os hebreus. Em todo o Pentateuco, eles são citados juntamente
com os moabitas e amonitas em conspiração contra Israel. Possuíam um poderoso e numeroso exercito. Foram
eles que intimidaram os dez expias que Moises enviou para ver a terra. Até os dias do rei Ezequias quando foram
definitivamente derrotados no monte Seir, os amalequitas nutriram seu ódio contra Israel.
1.4 - OS MOABITAS
0
Também eram descendentes de Ló. Viviam num pequeno território a leste do mar Morto. Foram eles
que negaram a Moisés e o povo que com ele estava, passagem por seu território. Foi Balaque, rei de Moabe,
que tentou convencer Balaão a amaldiçoar Israel. (Nm 22:1).
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Nos dias de Eglom , rei dos moabitas, Israel ficou subjugado até que Eude, da tribo de Benjamim libertou
os hebreus deste cativeiro (Jz 3:12-30). Ainda durante a monarquia, moabe se mostrou disposto a furtar de
Israel, a tranqüilidade.
1.5. OS FILISTEUS
78
Os filisteus eram guerreiros que se instalaram ao sudoeste da Palestina dominando as costas marítimas de
Jope, ao norte, até a cidade de Gaza, ao Sul. Foram as constantes ameaças dos filisteus que levaram os lideres de
Israel a desejarem um rei. É do termo “Filistia”, dado por eles ao território ocupado, que deriva o nome “Palestina”.
0
Não se tem muitas informações sobre a origem desse povo. Sabe-se ao menos, que não eram semitas.
Talvez fossem os que os egípcios chamavam de “povo do mar”.
2.
Os inúmeros conflitos entre filisteus e israelitas nos oferecem as mais notáveis narrativas de combates
da historia: As façanhas de Sansão e a contenda entre Davi e Golias.
As incursões de Nabucodonosor aniquilaram este povo que nunca mais se soergueu.
1.6. A SÍRIA
15
Situada na costa oriental do mediterrâneo, era também chamada de Arã nos dias do Antigo Testamento.
Sua capital Damasco, juntamente com Zabá foram conquistadas por Davi. Anteriormente já haviam sido
combatidas por Saul. As hostilidades entre Síria e Israel se estenderam por cerca de cento e cinqüenta anos
após o reinado de Salomão. Bem-Hadade I de Damasco por duas ocasiões, tentou dominar Israel, porém sem
6.
êxito. Com eles, Acabe tentou estabelecer aliança contra os assírios. Com a derrota dos assírios, Bem-Hadade
traiu a aliança com Acabe e empreendeu nova investida contra Israel sendo derrotada por Judá e Israel unidos
em Ramote de Gileade (I Re 22:1-35).
1.7. A ASSÍRIA
33
Localizada entre a Armênia ao norte e Babilônia ao sul, tinha mo meio o rio Tigre. Sua capital é Assur de
onde vinha o nome do pais Assurnasirpal II (875-860 aC) lutou contra Israel em Carcar. Julgava um rei sem rival.
Salmaneser V (726-722) atacou a capital de Israel, Samaria, e Senaqueribe, seu filho, marchou sobre Judá nos
dias de Isaías mas foi detido pelo Senhor e acabou assassinado por seu filho Esar-Hadon.
Esar-Hadon conquistou o Egito mas este se libertou cabendo mais tarde a Assurbanipal reconquistar o
Egito. Os assírios se mantiveram como império até a ascensão do Império Babilônico.
1.8. BABILÔNIA
Fundada por Ninrode na terra de Sinear, sul do Iraque. Teria sido mesmo lugar onde foi edificada a Torre
de Babel. A região banhada pelos rios Tigre e Eufrates não apresenta um histórico de perseguição a Israel ou
Judá, no entanto sob o reinado de Nabucodonosor, que havia conquistado todo o sudoeste da Ásia, a Babilônia
subjugou Jerusalém levando cativos os judeus e Zedequias seu rei.
É no contexto do cativeiro babilônico que se darão os eventos narrados por Jeremias e Daniel.
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ITQ – INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR
2. A DIPLOMACIA
A idéia de ser israel a nação escolhida de Deus transformou todas as nações gentílicas em suas inimigas
e adversárias militares. contudo, a política diplomática de israel seguiu os padrões comuns servindo de
instrumento na busca da solução de conflitos ou prevenção dos mesmos mediante relações amigáveis, sobretudo
com países potencialmente perigosos.
Acordos diplomáticos podem ser observados desde que Abraão construiu seu plano. em Gn 12:12, por
exemplo, Abraão se aliança com três príncipes amorreus. isaque faz o mesmo com Abimeleque. também Moises
estabelece acordo com os queneus e Josué aceita aliança com seis tribos cananéias e também os gibeonitas.
0
Durante o reinado, Davi estabelece relações diplomáticas com tiro e com o rei de Hamati (ii sm 5:11;
8:9-12). foi, porém, salomão, quem mais se dedicou às alianças diplomáticas. Mais pacífico do que Davi, seu
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pai, procurou manter relações amistosas com todos os seus vizinhos. em seu templo, a fama da sua sabedoria
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A diplomacia também foi usada como tentativa de evitar conflitos armados. Jefté antes de empreender
campanha militar contra os amonitas tentou o dialogo (Jz 11:2-33). também ezequias tentou as vias do acordo
com senaqueribe sendo salvo do líder assírio apenas por uma intervenção divina.
De forma geral a diplomacia como manobra de política externa teve a finalidade única de dar a israel
0
alguma vantagem ou favorecimento sem maiores interesses de com ela, cumprir sua missão de nação sagrada.
2.
TÓPICO 5 – O CATIvEIRO E O PERÍODO
InTERTESTAMEnTÁRIO
1. InTRODUÇÃO
15
3. O CATIVEIRO DE JUDÁ
O inicio do cativeiro babilônico se deus durante o reinado de Jeoiaquim (597 a.C.) por ordem de
Nabucodonosor. O exílio durou até 538 a.C. quando o medo-persa Ciro consentiu que os judeus retornassem a
Jerusalém e reedificassem o templo.
Tanto o cativeiro assírio quanto o babilônico foram preditos pelos profetas do Antigo Testamento.
Aconteceram como manifestações do juízo de Deus em resposta à freqüente apostasia nacional. Havia
razões morais e espirituais por detrás destes acontecimentos como demonstração da soberania divina onde
a universalidade do governo de Deus é evidenciada e sua intervenção na história com fins de executar seu
0
propósito é patenteada.
4. O PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO
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O período intertestamentário é o período que começa com o fim da atividade profética do Antigo Testamento
e se estende até a composição do primeiro livro do Novo Testamento. Embora o período intertestamentário tenha
sido um tempo de silêncio profético, só quebrado com os pronunciamentos de João Batista, constitui um ponto
da história extremamente relevante para o advento do cristianismo. Os acontecimentos políticos deste período
78
serviram para preparar o cenário para a manifestação do Messias e proclamação do Evangelho pelo mundo de
então. Entre os eventos políticos que merecem destaque estão: A dominação Greco-macedônica marcando o
fim do império medo-persa e, posteriormente, a dominação romana.
cultura grega (ele era macedônico) e discípulo de Aristóteles dedicou especial esforço na propagação da cultura
helênica pelo mundo conquistado.
Em suas expedições, levava, não somente soldados, mas mestres e artistas divulgando, assim, o
pensamento e cultura da civilização grega. As conquistas de Alexandre não tinham apenas fins de expansão
6.
33
política, mas objetivavam também a fixação da cultura grega nos países dominados. Este processo foi mais
tarde denominado “helenização”.
Alexandre fundou cidades, algumas das quais, tornaram-se importantes centros comerciais como
Alexandria. O grande general morreu em Babilônia aos 33 anos de idade em 323 a C. vitimado pelo alcoolismo
e os desgastes provocados pela intensa atividade militar.
Sua morte causou o desmembramento do império.Seus generais, em disputa pelo poder, desintegraram
o império transformando-o em quatro reinos: o da Macedônia e Grécia sob o reinado de Cassandro; O
da Trácia e parte da Ásia Menos sob Lisímaco; a Mesopotâmia e parte da Ásia Menor e norte da Síria sob
Seleuco e o do Egito, incluindo a Palestina e a Síria sob Ptolomeu. Este desmembramento realizou a profecia
0
de Daniel59 manifestando o total controle de Deus nos eventos políticos da humanidade, e, dos quatro
generais que sucederam a Alexandre, Seleuco e Ptolomeu se tornaram importantes personagens da história
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Intertestamentária, pois estariam envolvidos diretamente na história da Palestina.
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Com o império dividido, a Judéia ficou sob o domínio de Ptolomeu Soter que subjugou Jerusalém em 320
a. C. Soter estabeleceu a capital de seu reino em Alexandria onde fundou um museu e uma grande biblioteca.
Seu sucessor foi Ptolomeu Filadelfo. Bondoso com os judeus foi o responsável pela tradução para o grego
78
das escrituras hebraicas.
Em 198 a.C. após várias disputas territoriais, os Ptolomeus foram derrotados e Antíoco, o Grande assumiu
o controle da Palestina sendo bem recebido pelos judeus. Entretanto, entre 175 e 164 a. C. os judeus foram
brutalmente perseguidos por Antíoco Epifanio que desejava exterminá-los. Sob suas ordens, milhares de
0
judeus foram assassinados.
Epifânio profanou o templo de Jerusalém oferecendo nele uma porca, animal considerado imundo
2.
pelos judeus, como sacrifício sobre o altar. A conduta de Antíoco Epifânio provocou revolta entre os judeus
que reagiram violentamente sob a liderança de Judas Macabeus, que, pela força das armas conseguiu a
independência dos israelitas.
4.1.1. Contribuições deixadas pelos gregos
15
• A Língua
O sonho de Alexandre de Universalizar o a cultura grega foi levado adiante pelos seus sucessores. Tanto
os Selêucidas como os Ptolomeus se empenharam em espalhar a cultura grega pelo mundo conquistado. A
língua originada na literatura grega clássica falada por Alexandre e seus comandados foi adaptada e difundida
por todo o mundo mediterrâneo.
6.
O grego tornou-se uma língua universal e, nos dias de Jesus, quase toda população do mundo civilizado
se comunicava através dela. Tornou-se o vernáculo do império romano. O grego falado pelo vasto território
romano ficou mais tarde conhecido como “koiné”, ou sejas, “comum”.
É importante salientar que quando Ptolomeu Filadelfo patrocinou a tradução das escrituras hebraicas
33
para o grego, na versão que ficou conhecida como Sptuaginta, colocou o mundo gentílico em contato com a
Revelação de Deus. A partir de então o mundo conhecido estaria familiarizado com a verdade cuja Revelação,
iniciada com o Antigo Testamento, seria concluída, naquele momento histórico, com o Novo Testamento.
O grego falado e escrito nos dias de Jesus é o mesmo que Paulo usou em suas pregações entre os gentios
e também o mesmo grego empregado pelos demais discípulos na composição do Novo Testamento.
Para muitos teólogos a expansão do império Greco-Macedônico e o empenho de Alexandre e seus
sucessores em divulgar a cultura grega pelo mundo foram atos da providência divina quando determina o
caminho dos homens através das circunstancias e condições históricas. Alguns acreditam que o próprio Deus
criou o grego koiné para nos comunicar o Evangelho.
Quando Jesus nasceu, o cenário estava preparado. Em qualquer parte do império romano os ensinamentos
de Cristo podiam ser comunicados e compreendidos sem as variações provocadas pelas traduções.
59 - Daniel 11:4-5
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CIDADANIA
Os escritos neotestamentários saíram de seus autores em grego, e, em grego foram lidos por seus
destinatários. Foi o grego que possibilitou a fácil compreensão do Evangelho que tão eficiente e rapidamente
se espalhou desde Jerusalém até os confins da terra.
• A Filosofia
A Filosofia também deu sua contribuição para o advento do Cristo quando enfraqueceu as antigas religiões
do mundo gentílico, sobretudo a grega. Seus questionamentos colocaram em cheque os postulados dos mitos.
O forte apelo à razão e a disciplina intelectual da filosofia fazia com que os indivíduos que com ela tivessem
contato abandonassem sua religião.
0
Com Sócrates e Platão os gregos aprenderam, com cinco séculos de antecedência do cristianismo, que
existe um mundo eterno e perfeito dos quais o mundo temporal e sensível era apenas uma cópia pálida. Não
conseguiram colocar os homens lá mas despertaram o desejo.
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Antes de Sócrates e Platão, Parmênides descobriu um principio cujo conceito aproximou-se muito da que
fora dado pelo próprio Deus em resposta a Moisés acerca de si mesmo. Este princípio passou a se chamar
“principio de identidade”. O principio de identidade diz que: o ser é; o não ser não é. Parece muito óbvio
não? Mas, o que dizer da resposta que Deus deu a Moisés? – Eu Sou o que Sou. Também não parece obvio?
78
Para Parmênides, o SER era o principio de todas as coisas e a concepção de Ser do filosofo era a seguinte:
• O ser é eterno. Para Parmênides o ser não pode ter principio nem fim. Ou seja, não pode não ter
sido ou vir a deixar de ser;
• O ser é imutável. Toda mudança implica em deixar de ser;
0
• O ser é infinito. Ou seja, não pode ter limites. Ter fim é o mesmo que deixar de ser. Isto se aplica ao
tempo e ao espaço;
• O ser é imóvel. Significa que o ser é mais extenso do que o espaço. Não á lugar onde o ser não esteja.
2.
Uma forma de onipresença.
A diferença entre a concepção de SER de Parmênides e a descrição do SER bíblico é que o filosofo não
deu ao ser uma natureza pessoal.
Outro resultado que a filosofia produziu nos dias de Jesus foi a percepção das pessoas acerca da
15
insuficiência da religião e da razão como meios de aplacar as inquietudes do coração humano. Aristóteles
tratou sobre a “felicidade”, mas não disse como obtê-la ou pelo menos quem teve acesso ao seu tratado não
conseguiu por ele alcanças a felicidade. Em síntese produziu no homem de então, fome de uma relação real e
consistente com Deus. A filosofia destruiu o panteão mitológico dos gregos60, evocou o uso da razão e deixou
no coração do homem uma lacuna existencial capaz de ser preenchido somente pelo Evangelho. Esta foi a
6.
razão de o Evangelho ter sido tão bem aceito pelos gentios nos dias de Paulo. A filosofia serviu como um arado
que, revolvendo a terra, preparou-a para a semeadura.
• Elementos da Mitologia
Idéias como a imortalidade da alma, de premiação ou punição após a morte como recompensa pelos atos
33
praticados em vida, mulheres virtuosas grávidas de deuses e heróis semideuses gerados dessas relações, da
mitologia grega, fizeram com que o mundo gentílico, familiarizados com estas crenças compreendesse melhor
o Evangelho. Desta forma, o nascimento de Jesus, o Deus homem, nascido de uma virgem não pareceu tão
estranho ao não judeu. Além das similaridades, entre outras, citadas, o cristianismo emprestou alguns termos
da mitologia para representar doutrinas como Théos (deus), daimonion (divindades, espíritos), Thánatos (deus
da morte), Hades (deus das profundezas e também lugar dos mortos), Tártaro (inferno), etc.
Enfim, quando Jesus nasceu, o mundo estava pronto para recebê-lo como nunca esteve antes ou depois.
Foi por isso que o apóstolo Paulo denominou àqueles dias de “A plenitude dos tempos”.
Finalmente, por todos os fatores analisados, chagamos a conclusão de que não podemos ignorar
importância da política, uma instituição criada e usada por Deus quando o assunto é cumprir Seus desígnios.
RESUMO DO CAPÍTULO 2
Neste capitulo vimos que:
• A política já existia antes da existência do homem.
• Ezequiel 28 descreve a existência de um sistema político já no universo pré adâmico.
• Jó fala sobre o exercício da soberania de Deus desde os primórdios do universo.
• A primeira cidade foi fundada por Caim durante a dispensação da consciência.
• A ausência de leis e de instituições políticas produziu uma sociedade perversa que Deus destruiu
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com o dilúvio.
• Ninrode foi o primeiro rei da história e Acade o primeiro império.
• Do Deus verdadeiro emana todo o poder político.
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• No sistema patriarcal nômade não existia uma política complexa.
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do drama, novas funções vão surgindo e instituições criadas. Através de Jetro, sogro de Moisés
surge o primeiro tribunal e com Josué e Calebe as primeiras vocações para o serviço militar.
• Em Canaã as doze tribos recém chegadas organizam uma confederação.
• No tempo dos Juízes Israel se encontrava desorganizado politicamente.
• Josué havia organizado um sistema político formado por líderes, conselheiros, juízes e oficiais.
0
Este estado, contudo, não vigorou.
• A desorganização de Israel favoreceu a ação de tribos inimigas.
2.
• Nos momentos de crise aguda Deus levantou lideres, os juízes, que, com suas proezas devolviam
à Israel sua liberdade.
• Querendo uma política mais consistente e unidade nacional o povo pede um rei a Samuel.
• Saul é escolhido por Deus para ser o primeiro rei de Israel.
• Com Saul a autoridade do rei ainda se limita à função militar.
15
• Com Davi, a monarquia realizou o sonho Israelita de um governo central e Israel prosperou.
• Jerusalém se torna a capital do novo estado.
• Salomão consolidou o reino deixando todas as instituições civis organizadas.
• Com a morte de Salomão o reino se dividiu.
• Na monarquia o rei deveria ser um escolhido de Deus.
6.
• O ato mais significativo da natureza divina era o rito da unção. Por ele, o rei se tornava um
participante da santidade de Deus.
• Israel teve que enfrentar as primeiras guerras em função da conquista de Canaã.
• Entre os inúmeros inimigos de Israel os filisteus se destacaram oferecendo as mais notáveis
narrativas de combates da história: As façanhas de Sansão e Davi.
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CIDADANIA
CIDADANIA
AUTOATIVIDADE DO CAPÍTULO 2
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Questões:
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2.
2. Que conseqüências trouxe a ausência de leis e instituições políticas durante o período da dispensação
da consciência?
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5. Que rei logrou consolidar o reino de Israel com todas as instituições civis organizadas?
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CIDADANIA
CAPÍTULO 3
A POLÍTICA nO nOvO TESTAMEnTO
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No capitulo anterior vimos como
Antíoco, o Grande assumiu o controle da
-9 CAPÍTULO
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em impressionantes vitórias de Judas. Finalmente, em 165 a. C. Judas entrou no templo de Jerusalém retirando
dele, todo aparato dos cultos pagãos instituídos por Epifânio. Sentindo-se ainda ameaçado pelos sírios, Judas
Macabeus pediu ajuda aos romanos. No entanto, morreu em combate antes que a ajuda chegasse.
Jônatas tomou o seu lugar e depois Simão, ambos irmãos de Judas, tornando-se governadores da Judéia.
Simão também pediu a intervenção romana. Os romanos deram a Simão, o status de rei com características
dinásticas.
Como a monarquia era hereditária Simão foi sucedido por João Hircano. A família de Macabeus era
também chamada de Hasmom, e, a dinastia dos reis-sacerdotes61 macabeus também ficou conhecida como
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hasmoneana.
Na sucessão de reis-sacerdote, a partir de João Hircano, seguiu-se a seguinte ordem:
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• Aristóbulo. Filho de João Hircano. Com Aristóbulo, a imoralidade se instalou na linhagem hasmoneana.
Mandou prender sua mãe, e seus irmãos que morreram na prisão. Morreu jovem vitimado pelo
alcoolismo.
• Alexandre Janeu. Irmão de Aristóbulo foi solto da prisão por Salomé Alexandra, viúva de Aristóbulo,
78
com quem se casou. Tornou-se tirano e provocador. Quase foi morto no templo por zombar dos
fariseus em uma celebração durante a festa dos Tabernáculos. Morreu em 78 a. C.
• Alexandra. Começou a reinar com quase setenta anos. Salomé Alexandra era viúva de Aristóbulo e
de Alexandre Janeu. Manteve-se no poder por sete anos. Neste tempo nomeou seu filho Hircano II
como sumo-sacerdote.
0
• Hircano II. Filho de Alexandra e sumo-sacerdote tornou-se rei com a morte de sua mãe em 67 a. C.
Foi destronado por seu irmão Aristóbulo II.
2.
• Aristóbulo II. Por um tempo, Aristóbulo e Hircano fizeram as pazes e estruturaram os laços fraternos
e viveram como amigos. Entretanto, a amizade não durou muito e após vários conflitos, Hircano
fugiu. Neste tampo, Antipater, um idumeu que servia aos romanos, aproveitando-se da confusão
gerada com a luta pelo poder, tomou o controle da Judéia com a anuência dos romanos que com
Pompeu tomaram definitivamente a Judéia encerrando-se assim a era dos Macabeus.
15
Fundada em 753 a.C. na península Itálica a cidade de Roma já era no século V a. C. uma pólis bem
solidificada politicamente na forma republicana. Conquistando as cidades circunvizinhas por meio de acordos
ou guerras, principalmente contra os etruscos e tribos menores ao sul passou a dominar toda a península. Em
265 a. C. toda a península Itálica estaria subjugada.
33
Após longas e encarniçadas batalhas contra Cartago finalmente o general Cipião Emiliano destruiu-a
completamente tornando Roma senhora do Mediterrâneo Ocidental em 146 a.C. Paulatinamente os exércitos
de Roma foram conquistando os territórios a sua volta chegando a abarcar quase todo o mundo conhecido.
Na Judéia, os romanos se instalaram a pedido de Judas Macabeu tornando-se sob Pompeu mais uma província
do vasto império romano .
Os benefícios que os romanos trouxeram para a pregação do Evangelho não favoreceram apenas os
palestinos, o mundo todo pode receber as Boas Novas com rapidez e eficácia pelas condições que Roma lhes
dava e cujos fatores principais enumeramos.
• A Legislação Romana
O direito está para os romanos como a filosofia para os gregos, entretanto, não é objetivo deste caderno
examinar o complexo sistema legislativo romano, mas somente aqueles aspectos que facilitarão nossa
compreensão do propósito de Deus para a propagação Evangelho e de como sua propagação foi favorecida.
Assim, para citar um exemplo, a lei da adoção que dava ao individuo o direito de ser adotado tornando-o
0
conseqüentemente herdeiro legitimo do pai adotivo é usado por Paulo para explicar aos romanos a condição62
que o crente adquire em relação a Deus quando se converte. Outros exemplos em que Paulo menciona a
legislação romana estão em Romanos 8:15, 23; Romanos 9:4; Colossenses 4:5 e Efésios 1:5.
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A universalidade das leis romanas deu a Paulo a possibilidade de, por meio de analogias, explicar sua
teologia e ser compreendido em todos os pontos do império por onde pregou.
Foi a cidadania romana, uma concessão que os romanos faziam a indivíduos ilustres da sociedade ou
a cidadãos nascidos em determinadas cidades, portanto, um legado do direito romano, que deu a Paulo as
78
condições de apelar para César e ter sua integridade preservada diante da ameaça de uma cessão de açoites.
A ida de Paulo a Roma cumpriu o desígnio de Deus de fazer o Evangelho chegar aos confins da terra.
Outro fator do direito romano que facilitou a veiculação do Evangelho e a prática do cristianismo foi a
liberdade religiosa que os súditos do império gozavam. Vale também ressaltar que a lei universal dos romanos
0
que dava a seus súditos direitos iguais, criou um ambiente propício à pregação do Evangelho que, segundo Cairns,
[...] proclamava a unidade da raça humana, baseada no fato de que todos os homens estavam sob a pena do pecado
2.
e no fato de que a todos era oferecida a salvação que os integra num organismo universal, a Igreja Cristã, o Corpo
de Cristo. (Cairns, 1995 p. 29).
Mediterrâneo.
Esta paz que se instalou no mundo foi outro fato que contribuiu com a difusão da mensagem de Cristo.
Num mundo totalmente subjugado por um só império, não era difícil encontrar devotos desiludidos com seus
deuses nacionais. Assim, religiões que ofereciam um deus-salvador eram bem aceitas. Isto aconteceu com o
6.
culto a Cibele da Frigia cuja doutrina contemplava a idéia de ressurreição, Isis do Egito, que se assemelhava
ao culto de Cibele e que também enfatizava a morte e ressurreição e Mitra, um deus persa que tinha nascido
de forma portentosa.
Estas religiões foram difundidas e aceitas por quase todo o império e, embora rivalizassem com o
cristianismo, muitos de seus aspectos favoreceram a aceitação da fé cristã. Tudo isso, produto da unidade
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2.
O IMPÉRIO ROMANO; Disponível em www.ecunico.com.br/.../index.php?numpg=daniel2; em 14.jul.2010
mergulhada em sangue por causa de uma guerra civil que não cessava, foram a Damasco, em 63 a.C. pedir
a interferência mediadora de Pompeu que lá se encontrava. Assim, cumprindo, a principio, uma missão
pacificadora, os romanos se apossaram da Palestina com a anuência dos judeus. Desde então, a Palestina
tornou-se um reino vassalo de Roma.
6.
O Império Romano havia agregado inúmeras cidades e pequenos reinos sobre quem impôs seu domínio
e soberania. O vasto território era administrado por uma estrutura política do tipo provincial. Cada reino ou
nação conquistada tornava-se uma província romana.
Em 63 a.C. quando o general Pompeu tomou posse da Palestina, transformou-a numa província romana
anexada à Síria.
33
63 - Procuradores
64 - A Palestina era uma província considerada instável e sempre a beira de conflitos. Os judeus não aceitavam a dominação romana e se recusavam
a adorar o imperador, já que, o culto ao mesmo era praticado em todas as províncias do império. O próprio Cristo teria sido executado como um
criminoso político uma vez que vindicava para si um reino.
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CIDADANIA
0
entrementes, movidos pelo desconforto político, alguns
grupos se organizaram para difundir os ideais patrióticos
da “nação escolhida” e propagar a esperança messiânica.
-9
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os zelotes constituíam um desses grupos. Partido político-
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cerco romano na fortaleza de Massada. Quando os romanos invadiram a fortaleza encontraram apenas duas
0
mulheres e cinco crianças. os demais revoltosos haviam cometido o suicídio.
outro grupo político relevante entre os judeus estava o partido dos herodianos. estes eram simpatizantes
2.
da dinastia herodiana e acreditavam que o messias viria desta dinastia. concordavam com os fariseus66 que
pregavam a necessidade dos judeus se manterem unidos contra a política de um governo opressor, mas, não
faziam oposição ao pagamento de impostos aos romanos.
É neste teatro que cristo e seus discípulos pregarão o evangelho, anunciando um reino que não é deste
mundo, mas que impõe aos seus súditos responsabilidades para com ele, entre elas, as da política.
15
A cidadania estava entre estas virtudes. De modo idêntico, os procedimentos de cristo reproduziam o caráter
responsável se seus pais terrenos. veremos na seqüência alguns destes procedimentos.
sem os recursos de que dispomos hoje. Poderíamos fazer idéia do desconforto do casal, que sem conseguir uma
hospedagem apropriada, teve que se acomodar num estábulo e ali ver o nascimento de seu filho? e, não se
tratava de um passeio ou uma viagem de negócios. estavam cumprindo com seu dever cívico. o evangelho de
Lucas registra este fato da seguinte maneira:
[...] E aconteceu naqueles dias que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse.
(Este primeiro alistamento foi feito sendo Cirênio presidente da Síria). E todos iam alistar-se, cada um à sua própria
cidade. E subiu também José da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém (porque era
da casa e família de Davi), a fim de alistar-se com Maria, sua mulher, que estava grávida. E aconteceu que estando
eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu a luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em
panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem. (Lc 2:1-7
o nascimento de Jesus se deu, entrementes, José e Maria prestavam obediência cívica. o exemplo de
civismo de José e Maria encontraria eco mais tarde nos ensinos e conduta do próprio cristo.
0
uma maneira de “dar a Deus o que é de Deus” considerando que de Deus emana todo o poder. Enfim, como
diz o Senhor: “Por mim reinam os reis e os príncipes ordenam a justiça. Por mim governam os príncipes e os
nobres; sim, todos os juizes da terra” (Pv 8:15-16)
-9
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No momento crucial do julgamento frente a Pilatos, Jesus foi igualmente enfático ao afirmar que, de
Deus procedia toda autoridade. É sabido que a nomeação como procurador romano dado a Pilatos trazia o
selo de César, contudo, a autoridade era dada por Deus. Segundo o Evangelho de João, Pilatos afetado por
sua posição disse a Jesus: “... não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar?”
78
(Jo 19:10). Conhecia sua capacidade e autoridade, ignorava, porém, sua fonte. A resposta dada por Cristo veio
corroborar com toda a tese defendida neste estudo: “Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não
fosse dado”. (Jo 19:11).
de sua falta;
e) Os misericordiosos (compassivos). Agem com compaixão.
f) Os pacificadores (conciliadores). Promovem a paz, eliminam conflitos;
g) Os perseguidos por causa da justiça e por serem discípulos de Cristo.
33
O que se segue70 são considerações sobre as principais características dos portadores de tais predicados.
O sermão do monte em si é o pronunciamento da carta constitucional do reino de Deus.
Ensinando seus discípulos acerca da oração, Jesus afirmou que entre as petições que revelam ser o
suplicante um portador da identidade de Cristo esta: “venha o teu reino”71. “Buscai primeiro o reino de Deus,
e a sua justiça...”72 exortou.
De modo geral, tratando-se de política secular, Jesus mostrou-se pouco interessado no assunto. Seu foco
estava voltado para o reino de Deus e, em favor desta tese podemos tomar o fato de que:
a) Desprezou a oferta de poder político quando foi tentado pelo diabo no deserto73;
b) Resistiu a pressão do clamor publico para que fosse rei após o milagre da multiplicação74;
c) Enfatizou que seu reino não seria terrestre75.
Não obstante, Jesus não estivesse preocupado com a política secular, em nenhum momento disse que
seus discípulos devessem se manter alheios às responsabilidades civis e sociais. Jamais alguém foi por ele
censurado por militar politicamente76, ao contrário, como observamos anteriormente, orientou que seus
discípulos dessem a César o que lhe era devido.
0
O texto neotestamentário mais extenso a tratar do assunto é, sem dúvida, o décimo terceiro capitulo
da carta de Paulo aos Romanos. Nele o ensino de Paulo é de que a submissão ás autoridades civis também
-9
constitui um dever cristão. O texto diz:
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[...] Toda a alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há potestade que não venha
de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus.
Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si
78
mesmos a condenação.
Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não
temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.
0
Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a
espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal.
2.
Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela
consciência.
Pó esta razão também pagais tributos: porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto
15
mesmo.
Portanto daí a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo: a quem imposto, imposto: a quem
temos, temor: a quem honra, honra.
6.
(Rm 13:1-7)
Em síntese, Paulo está ensinando que:
a) Os crentes precisam submeter-se às autoridades porque Deus mesmo as instituiu77 (V.1);
33
74 - João 6:15
75 - Lucas 22:29-30; João 18:36-37
76 - Simão, um de seus apóstolos era zelote e entre seus discípulos havia um senador, José de Arimatéia, que fez uso de sua posição política para
tirar o corpo de Jesus da cruz (Mateus 27:47; Marcos 15:47).
77 - Provérbios 8:15-16; Jo 19:11; Tito 3:1
78 - I Pedro 2:14
79 - Eclesiastes 8:2; II Pedro 2:19
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A idéia central é a de que o poder político fora estabelecido por Deus para impor a ordem e a justiça
social cumprindo assim uma função divina.
0
forma gerais para crentes vivendo sob circunstancias políticas normais.
À semelhança de Jesus, Paulo não censura a participação do crente na militância política chega mesmo
-9
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a ser portador de saudações dos santos que estavam com ele “mas principalmente os que são da casa de
César” aos Filipenses81.
78
Dos escritores das epístolas gerais é Pedro quem arvora a bandeira do compromisso cívico. Em consonância
com Paulo escreve:
[...] Sujeitai-vos pois a toda a ordenação humana por amor do Senhor: quer ao rei, como superior;
Quer aos governadores como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem.
0
Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo o bem, tapeis a boca à ignorância dos homens loucos:
Como livres, e não tendo a liberdade por cobertura da malicia, mas como servos de Deus.
2.
Honrai a todos. Amai a fraternidade. Honrai o rei. (I Pedro 2:13-17)
Em conexão com a opinião paulina Pedro sustenta razões parecidas para a obediência civil: O dever
da obediência cívica; a origem divina do mando político; a promoção do bem e o impedimento do mal, são
aspectos comuns aos apóstolos.
15
Em adição aos motivos já apresentados, Pedro acrescenta o “amor do Senhor”. Para Pedro, a virtude do
civismo está incluída no rol dos valores éticos a serem exibidos em meio a sociedade secular pagã como meio
de glorificação a Deus.
Ouvinte do sermão do monte, seguramente estava influenciado pelas lições ali apreendidas e sabia que,
como sal da terra e luz do mundo, deveria dar visibilidade às boas obras,82 afim de produzir louvores a Deus,
6.
Em meio a um cenário desfavorável, não seria recomendável agir com insubordinação, mas com sujeição,
a fim de “tapar a boca à ignorância dos homens loucos: como livres, e não tendo a liberdade por cobertura
da malícia, mas como servos de Deus”83 “para que, naquilo que falam mal de vós , como de mal-feitores,
glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem”84.
80 - Atos 21:31-36; 22:24-29; 23:12-24; 25:10-12.
81 - Filipenses 4:22
82 - Mateus 5:13-16
83 - I Pedro 2:15-16
84 - I Pedro 2:12
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CIDADANIA
Se Paulo se limita a orientar os cristãos a sujeitar-se às autoridades políticas, Pedro vai além prevendo o
mau uso do poder pelo estado e, embora não teorize politicamente sobre o assunto em seus escritos, contudo
deixa claro em seu discurso perante o sinédrio que e “mais importa obedecer a Deus do que aos homens”85.
Para Pedro, a obediência ao governo secular não é um princípio absoluto. O estado e sua estrutura política
merecem o respeito e a obediência de todos os crentes desde que não queira impor ordens que se oponham
à vontade de Deus ou promovam o pecado. Neste caso, Sadraque, Mesaque e Abednego dão exemplo de
fidelidade a Deus desrespeitando a ordem de Nabucodonosor em adorar seu deus nacional86. Daniel era um
fiscal integro e fiel ao rei, mas não pode cumprir a lei que o impedia de orar a Deus. Foi condenado a morte
na cova dos leões, mas não desobedeceu ao Governante Supremo87. Devemos obediência ao estado desde
0
que isto não signifique desobediência a Deus.
-9
5. NO APOCALIPSE
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O livro do Apocalipse é uma síntese de todo o drama iniciado com a rebelião de Lúcifer e o debelamento
da insurreição dos anjos sob seu comando nos primórdios da história universal88; Passa pela crítica ao sistema
opressor romano tendo Babilônia como uma representação mística de Roma; Descreve um sistema político
78
futuro representado na figura da besta do capitulo treze e a ascensão do anticristo e do falso profeta, figuras
estreitamente relacionadas a política e religião; A reação de Israel ao imperialismo da besta;E, finalmente, a
manifestação de Cristo e a implantação de Seu reino milenar onde irão imperar uma ética compatível com a
santidade de Deus.
Ao fim o livro descreve a polis ideal, a cidade eterna, a nova Jerusalém, uma láurea ao triunfo final de
0
Cristo e a realização de Seu reino eterno.
2.
TÓPICO 3 – A IGREJA E A POLÍTICA
1. INTRODUÇÃO
Como pudemos verificar no estudo deste capitulo, no inicio da igreja, a estrutura estatal ofereceu alguma
15
proteção frente às atrocidades patrocinadas pelos judeus. Este favorecimento não vigorou muito tempo.
Mesmo Paulo que no início fora favorecido pelo estado, no final fora condenado e executado pelo mesmo.
Assim, as relações entre a igreja e o poder secular sofreram varias alterações durante o processo histórico. É
o que veremos de forma panorâmica neste tópico.
6.
2. A IGREJA PERSEGUIDA
As primeiras perseguições aos cristãos foram patrocinadas pelos próprios judeus que entendiam que
os seguidores de Cristo eram perturbadores da lei89. Pedro, João, Paulo, Silas e Barnabé foram vitimas desta
perseguição tendo que enfrentar cadeias e às vezes açoites. Mesmo Paulo foi um agente desta perseguição antes
33
de sua conversão. Estevão90 foi apedrejado e morto e toda a igreja de Jerusalém perseguida91 e Tiago92, irmão de
João foi morto por ordem de Herodes. Como todo o status político estava na mão dos romanos à animosidade
dos judeus para com a igreja era mais de natureza religiosa.
85 - Atos 5:29
86 - Daniel 3:14-18
87 - Daniel 6:1-16
88 - Apocalipse 12:7-9
89 - Atos 21:28; 24:5-6
90 - Atos 7:59-60
91 - Atos 8:1
92 - Atos 12:1-2
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luz e irradiadores das obras de Cristo, que devem ser vistas por todos os homens a fim de que glorifiquem ao
nosso pai que está nos céus, não exclui a política. Pelo contrário, a ação política nos oferece a oportunidade, de
contribuirmos mais efetivamente para o bem social.
Constitui verdadeiro desafio para a igreja evangélica, principalmente a brasileira, construir uma consciência
política saudável que a leve a uma militância eficiente.
E verdade que não é papel da igreja arvorar bandeiras ideológicas ou políticas. Nem Jesus, nem seus
apóstolos agiram como militantes políticos. O que queremos é chamar a atenção de que não seremos bons
seguidores de Cristo se nos omitirmos neste mister tão presente no dia a dia da sociedade.
0
Tem sido muito freqüente encontrarmos pregadores “bem intencionados” ensinando a demonicidade
da política sob a alegação de há corrupção neste meio. Não obstante seja verdade de que a corrupção esteja
-9
presente, e talvez mais do que em outra área da vida pública, não se justifica a negligência de não participarmos
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do processo político. Como vimos anteriormente, havia santos na casa de César, muito embora, sabemos
que lá, também havia imoralidade, idolatria e corrupção. Portanto, não é pecado ou errado tomar parte da
política. Se política fosse pecado;
78
a. José não seria governador do Egito. Vejam bem! Do Egito;
b. Moisés não seria o maior legislador da história;
c. Daniel, ainda que fosse profeta, não seria estadista na Babilonia e fiscal de Dario. Eu disse Babilonia.
d. Mordecai não teria aceitado o posto de imediato do rei – ministro?
e. Os profetas não se dariam ao trabalho de ungir os reis como representantes de Deus;
0
f. Jesus não mandaria “dar a César o que é de César”;
g. José de Arimatéia teria deixado de ser senador após tornar-se discípulo de Cristo;
2.
h. Paulo não teria apelado para as instituições políticas para salvaguardar sua segurança;
i. O próprio Deus não teria afirmado: “Por mim, reinam os reis, e os príncipes ordenam a justiça. Por
mim governam os príncipes e os nobres; sim, todos os juizes da terra” (Pv 8:15-16).
Outro grande desafio para a igreja brasileira é, faze-la ter consciência que num sistema político representativo
como o nosso, votar é dar anuência para que representantes ajam em nosso nome. Nossos representantes
15
políticos devem ser também representantes da nossa fé, da nossa ética, do nosso pensamento e comprometidos
com os valores do Reino de Deus.
6.
RESUMO DO CAPÍTULO 3
Neste capítulo você estudou sobre:
• A política no Novo Testamento
33
• O contexto palestino
• Tratados teológicos
• A Igreja e a Política
CIDADANIA
AUTOATIVIDADE DO CAPÍTULO 3
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Questões:
-9
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Faça uma Redação reflexiva (fruto do pensar, concluir, deduzir) de no mínimo 25 linhas, com base nas verdades e
princípios bíblicos apresentados nos Capítulos 1, 2 e 3, sobre o Tema: A IGREJA CONTEMPORÂNEA E A POLÍTICA.
0 78
2.
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CIDADANIA
CAPÍTULO 4
ORGAnIZAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL
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04
1. InTRODUÇÃO
-9 CAPÍTULO
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A palavra política denomina a arte
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2. COnCEPÇõES POLÍTICAS
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0
categorias principais:
• Poder econômico: Baseia-se na utilização da posse de certos bens, necessários ou considerados como
-9
necessários, numa situação de necessidade, para controlar aqueles que não o possuem, empregados
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na realização de um trabalho. Aquele que possui muitos bens pode determinar o comportamento
de quem não os possui, em troca da possibilidade de concessão de vantagens.
• Poder ideológico: Se vale da influência que as idéias de uma pessoa investida de autoridade tem
78
sobre o comportamento dos demais. A importância social daqueles que possuem conhecimento é
oriunda deste tipo de comportamento. Neste modelo as ciências ganham estatuto preponderante
na vida política da sociedade. A ciência se propõe a responder pelos mistérios da vida.
• Poder político: Baseia-se na posse de instrumentos com os quais se exerce a força física. O que não
0
significa que ele seja exercido pelo uso da força; a possibilidade do uso é a condição necessária, mas
não suficiente para a existência do poder político.
2.
A política objetiva alcançar, pela ação dos políticos, em cada situação, as prioridades do grupo ou segmento
nele dominante. Em momentos de crise é a união do Estado e em momentos de estabilidade é o bem estar
e prosperidade. Em tempos de opressão é a liberdade, direitos civis e políticos e em tempos de dependência
é a independência nacional.
15
Podemos definir a política relacional como o antagonismo nas relações sociais, onde sua função está ligada
a atividade de associar e defender os amigos e de desagregar e combater os inimigos. Num mundo conflituoso,
as relações entre os grupos instigadas por estes conflitos, agregando grupos internamente e os confrontando
entre si, são as relações políticas. Um modo mais amplo de se visualizar tais conflitos entre grupos divididos
em Estados/ nações é a guerra.
6.
Finalizando, considera-se “Razão de Estado” o conjunto de princípios e máximas que seriam consideradas
injustificáveis se praticadas por um individuo comum, porém se tornam justificáveis quando realizadas pelo
detentor do poder em nome do Estado. O Estado tem razões que o indivíduo não tem, isso evidencia a diferença
entre política e moral, e essa diferença se refere aos diversos critérios segundo os quais se consideram boas
ou más as ações desses dois campos.
33
3. CONHECIMENTOS GERAIS
3.1. HISTÓRIA DA CIÊNCIA POLÍTICA
Seu surgimento se deu no período da Grécia Clássica, momento no
qual o pensar crítico é fagocitado pelo pensar racional. Entre os vários
fatores que a originaram está o surgimento
da “polis” (cidade-estado), momento onde a
Sugiro para sua leitura
política cria suas bases no mundo grego. Com
complementar: “O
o surgimento das primeiras cidades surge
Trabalho e os Dias”, de
também a preocupação em administrá-las.
Hesíodo.
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CIDADANIA
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starworksrpg/historia.html; em 23.jul.2010
um bom exemplo da diferença dos dois sistemas de governo se
vê no filme tróia.
-9
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Na política, muito embora, existam sistemas democráticos, ainda são os interesses de poucas pessoas
que regem a vida de muitas outras.
• Platão - do ponto de vista do pensador, a política ideal
é defeituosa. em sua concepção sugere que apenas os
•
78
filósofos e reis teriam o preparo correto para o governo
baseado na teoria de que se utilizavam de sua “alma
racional”. Para Platão o homem é imbuído de três almas:
• Alma racional – presente em filósofos e reis se
localizava na cabeça;
0
Alma torácica – presente nos guerreiros
• Alma visceral – presente nos escravos.
2.
• Aristóteles – esboça um novo tipo de política onde
a população é fundamental e defende que toda boa
política deve visar o bem comum. Aristóteles questionou
a forma de governo de sua época apontando suas falhas.
15
4. A POLÍTICA nO BRASIL
o sistema governamental brasileiro é de uma república
federal presidencialista, de regime democrático-representativo, ou
PLAtão e AristÓteLes; Disponível em: farsante.
6.
órgãos legislativos, como também diretamente, mediante ao plebiscito, referendo e, raramente, iniciativa
legislativa popular.
o centro do poder político brasileiro se concentra na cidade de brasília e é composto pelo Palácio do
Planalto (executivo), supremo tribunal federal (judiciário) e congresso Nacional (legislativo). o parlamento
brasileiro é bicameral, ou seja, a câmara dos Deputados e senado.
• Os Estados Brasileiros
0
-9
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0 78
2.
• os municípios são as menores unidades políticas autônomas que compõem a federação brasileira.
Possuem natureza de pessoa jurídica de direito público com autonomia política e, limitados pela
15
1. InTRODUÇÃO
o estado brasileiro é dividido em três esferas de poder:
Ø Poder executivo
Ø Poder Legislativo
Ø Poder Judiciário
A idéia norteadora a respeito dos três poderes foi desenvolvida
por Aristóteles, na Antiguidade, mas foi aplicada pela primeira vez
na inglaterra em 1653. Porém o conceito definitivo foi desenvolvido
por Montesquieu na obra “o espírito das Leis”, publicada em 1748. o
conceito de equilíbrio entre os três poderes parte da idéia principal
do autor onde “é preciso que, pela disposição das coisas, o poder
retenha o poder”. PrAçA Dos trÊs PoDeres; Disponível em:
abordagempolicial.com; em 23.jul.2010
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CIDADANIA
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2.1. ExECUTIvO FEDERAL
o brasil é uma república desde 15 de Novembro de
-9
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78
o Poder executivo é exercido no âmbito federal desde 1891, pelo Presidente da República, eleito por
sufrágio popular e direto, em eleição em dois turnos; se houver algum impedimento é substituído pelo Vice-
Presidente. Para colaborar com o chefe do executivo são nomeados por ele os Ministros de Estado.
sendo o principal representante do poder executivo, o presidente da república tem como principais
funções:
0
Ø Nomear e exonerar os Ministros de estado;
2.
Ø exercer, com o auxílio dos Ministros de estado, a direção superior da administração federal;
Ø sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para a sua
fiel execução;
Ø vetar projetos de lei, total ou parcialmente, ou solicitar sua consideração ao congresso Nacional;
Ø Manter relações com países estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
15
Ø Decretar o estado de defesa, o estado de sítio e a intervenção federal, nos termos da constituição;
Ø remeter ao congresso plano de governo, plano anual de investimentos, assim como a prestação
anual das contas relativas ao exercício anterior;
Ø exercer o comando supremo das forças Armadas e nomear os comandantes da Marinha, do exército
e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para outros cargos;
6.
0
Ø ser filiado a uma agremiação ou partido político
Ø não ter substituído o atual presidente nos seis meses antes da data marcada para a eleição.
-9
A linha sucessória é composta na seguinte ordem, pelo vice-presidente, presidente da Câmara dos
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Deputados, presidente do Senado e presidente do Supremo Tribunal Federal. A Constituição Brasileira define
as regras para a eleição do presidente e as principais são:
A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de
outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do
78
término do mandato presidencial vigente.
§ 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria
absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
0
§ 3º - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até
vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-
se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
2.
§ 4º - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato,
convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
§ 5º - Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato
com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso (artigo 77).
15
subsequente, e terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição (artigo 82).
• Crimes de Responsabilidade: O Presidente da República deve se esmerar no cumprimento de seus
deveres. Caso não os cumpra ou cometa algum delito será levado a julgamento pelo Supremo Tribunal
Federal nos crimes comuns ou diante do Senado em caso de crimes de responsabilidade.
33
São considerados crimes de responsabilidade os atos do presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal e, principalmente contra:
I — a existência da União;
II — o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes
constitucionais das *Unidades da Federação;
III — o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV — a segurança interna do País;
V — a probidade na administração;
VI — a lei orçamentária;
VII — O cumprimento das leis e das decisões judiciais (artigo 85).
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0
-9
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0 78
2.
12.º 13.º • •
Artur bernardes Washington Luís Júlio Prestes Junta Militar
1922–1926 1926–1930 não tomou posse 1930
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0
14.º 15.º 16.º 17.º
-9
Getúlio vargas José Linhares Gaspar Dutra Getúlio vargas
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0 78
2.
18.º 19.º 20.º 21.º
café filho carlos Luz Nereu ramos Juscelino Kubitschek
1954–1955 1955 1955–1956 1956–1961
15
6.
0
29.º 30.º • 31.º
-9
ernesto Geisel João figueiredo tancredo Neves José sarney
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0 78
2.
32.º 33.º 34.º 35.º
fernando collor itamar franco fernando Henrique cardoso Luiz inácio Lula da silva
1990–1992 1992–1995 1995–2003 2003–atualidade
*Nota: Os três presidentes eleitos, mas que não tomaram posse não fazem parte da numeração, assim como
as duas juntas militares.
15
segundo o artigo 79, parágrafo único, da constituição complete ao vice-Presidente da república auxiliar
o Presidente sempre que por ele convocado para missões especiais.
tanto o Presidente da república quanto seu vice só poderão se ausentar do país com licença do congresso,
33
sob pena de perda do cargo, salvo se o período de ausência for inferior a 15 dias.
2.1.4. MiNistros Do estADo:
o Poder executivo no brasil é composto atualmente por 24 ministérios, oito secretarias da presidência
com status de ministério e seis órgãos com status de ministério. sendo cada um deles responsável por uma
área específica e liderado por um ministro.
os ministros são escolhidos pelo Presidente da república a cada mandato. eles precisam ser brasileiros
natos, maiores de 21 anos e estarem em gozo de direitos políticos.
compete ao ministro de estado, além de outras atribuições estabelecidas nesta constituição e na lei:
I — exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na
área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo presidente da República;
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0
Ø Autarquias: entidades criadas por legislação especial, para obter maior eficiência em determinados
setores, através da descentralização administrativa e financeira. são serviços autônomos, com
personalidade jurídica, patrimônio e receita própria. Podem estar vinculados diretamente à
-9
Presidência da república ou a determinado ministério. exemplo: o conselho Nacional de Pesquisas
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(cNPq).
Ø empresas públicas: entidades constituídas com personalidade jurídica, patrimônio próprio e capital
exclusivo da união; dedicam-se a determinadas atividades econômicas, cuja exploração é julgada
de interesse para o governo. exemplo: a eMbrAteL, empresa do setor de telecomunicações.
Ø
78
sociedades de economia mista: criadas para a exploração de determinadas atividades econômicas,
sob a forma de sociedades anônimas, em que a maioria das ações com direito de voto pertencem
à união ou a uma entidade da administração indireta. exemplos: banco do brasil e Petrobrás.
2.1.6. forçAs ArMADAs
0
As forças Armadas são órgãos especiais que visam
a manutenção da ordem interna e soberania externa
2.
dentro do estado brasileiro, constituindo a base da
segurança nacional.
Das forças Armadas fazem parte a Marinha, o
exército e a Aeronáutica, sendo elas instituições nacionais
15
É o órgão oficial do Poder executivo cuja função é a promoção da Justiça e defesa dos interesses sociais.
cabe-lhe a iniciativa da ação para levar aos tribunais os trangressores da lei.
No âmbito federal, é chefiado pelo procurador geral da república, nomeado pelo Presidente com aprovação
33
do senado.
2.1.8. seGurANçA PúbLicA
uma vez que a realização do bem comum é uma das tarefas do Poder executivo, a segurança pública se
torna uma de suas maiores responsabilidades.
Para o desempenho desta tarefa foram instituídas:
Ø Polícia Federal:
Ø Polícia Rodoviária Federal:
Ø Polícia Ferroviária Federal:
Ø Polícias Civis:
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0
Os Secretários de Estado sao nomeados pelo Governador e o número de secretários varia de um estado
para outro, suas atribuições correspondem no âmbito estadual às dos Ministros do Estado.
-9
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A ordem e a segurança pública do Estado é estruturada através das polícias civil e militar; estatutos
especiais regulam a composição e atribuições de cada uma.
Também na esfera estadual o Executivo organiza, junto ao Poder Judiciário, o Ministério Público, chefiado
pelo procurador-geral do estado, exercido pelos procuradores do Estado e promotores de justiça. Sua estrutura
78
e funcionamento, semelhantes às do Ministério Público da União. São definidos pela Constituição estadual e
leis complementares. (artigo 128, par. 3º)
2.2.1. Os principais órgãos do Poder Executivo Estadual
Ø Governos das Unidades Federativas: representados pelos governadores.
0
Ø Secretarias de Estado das Unidades Federativas.
2.
2.3. EXECUTIVO MUNICIPAL
É exercido pelo Prefeito, sendo ele, em seus impedimentos, substituído pelo Vice-Prefeito e auxiliado
pelos Secretários Municipais.
2.3.1. Os principais órgãos do Poder Executivo Municipal
15
Ø título de eleitor em dia e estar em gozo pleno do exercício dos direitos políticos,
Ø domicilio eleitoral na circunscrição na qual o candidato se apresenta,
Ø filiação partidária,
Ø Ser alfabetizado (pela atual constituição brasileira de 1988 este tópico caiu, mas tende a ser mudado),
Ø Desincompatibilização de cargo público - Se ocupa um cargo público deve sair seis meses antes das
eleições e voltar caso possa só após seis meses ao pleito eleitoral,
Ø Renúncia de outro mandado até seis meses antes do pleito e não ser parente afim ou consangüíneo,
até segundo grau, ou cônjuge de titular de cargo eletivo; pode, entretanto, ser candidato à reeleição
(artigo 14 da Constituição).
Ø Ter idade mínima de 21 anos.
Os municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações.
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0
PoDer LeGisLAtivo; Disponível em
revistabrasileiros.com.br; em 23.jul.2010
o Poder executivo é exercido na esfera federal, desde 1891, pelo congresso Nacional, composto
-9
por Deputados federais e senadores da república, espelhado no modelo norte-americano para criar um
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Legislativo federal bicameral, dividindo-o em duas vertentes, uma a representar os estados federados, com
senadores eleitos pelo sistema majoritário, e outra o povo, com deputados eleitos pelo sistema proporcional,
formando portanto duas câmaras mutuamente revisoras. foram exceções as constituições de 1934 e 1937,
que preconizavam o unicameralismo. A doutrina entende que o bicameralismo é o sistema mais apropriado
78
às federações, ao apontar o senado como a câmara representativa dos estados federados.
o Tribunal de Contas da União também integra o Poder Legislativo federal, sendo ele um órgão de
extração de constitucional que auxilia o congresso Nacional na fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da união e das entidades de administração pública direta e indireta, quanto à
0
legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas. Ao que se dá o
nome de controle externo.
2.
3.2. AUTORIDADES LEGISLATIvAS FEDERAIS
Ø Senadores da República
Ø Deputados Federais
15
Para que possam desempenhar suas funções sem medo de represálias, ou arbitrariedades, senadores
e deputados gozam de imunidade parlamentar: sua pessoa é inviolável, isto é, o parlamentar não pode ser
preso — salvo no caso de flagrante delito em crime inafiançável — nem processado criminalmente, sem prévia
licença da câmara a qual pertence; e não pode responsabilizado por opiniões e votos emitidos no exercício
de sua função.
6.
o Mandato de um senador dura oito anos, porém se renovam um terço deles em uma eleição e os
dois terços restantes na eleição subsequente. A escolha dos senadores se dá juntamente com a escolha do
Presidente, Governador e Deputados federais e estaduais.
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e outros cargos que a lei determinar
Ø Autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da união, dos estados, do Distrito
federal, dos territórios e dos Municípios
-9
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Ø fixar, por proposta do Presidente da república, limites globais para o montante da dívida consolidada
da união, dos estados, do Distrito federal e dos Municípios
Ø Dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da união,
dos estados, do Distrito federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas
78
pelo Poder Público federal
Ø Dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da união em operações de crédito
externo e interno
Ø estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos estados, do Distrito
federal e dos Municípios
0
Ø suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva
do supremo tribunal federal
Ø Aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da
2.
república antes do término de seu mandato
Ø elaborar seu regimento interno
Ø Dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos,
empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias
15
Em cada Estado, cada partido ou coligação partidária elege uma quantidade de deputados proporcional a
quantidade de votos recebidos, porém também existe uma cláusula de barreira que exige um número mínimo
de votos por partido.
Dentro de cada partido, os deputados eleitos são determinados pela ordem de votação. Um deputado,
depois de eleito, não pode trocar de partido pois o mandato pertence ao partido e nao a ele.
Porém, no caso de suplência, o voto volta para o “suplente eleito” pelo partido, na época da votação.
Isso causa certa confusão quando os deputados ou suplentes (ou ambos), mudam de partido, pois altera a
composição da Câmara dos Deputados.
0
Esse é um sistema de eleição proporcional, o eleitor, porém, tem a impressão que está votando em
pessoas, quando o seu voto vai primeiro para o partido e só então para o candidato.
-9
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78
procura-se garantir a resentação de partidos e blocos parlamentares. As comissões podem, por exemplo,
aprovar leis que dispensam a competência do plenário, realizar audiências públicas com entidades da sociedade
civil; convocar ministros de Estado para prestar informações sobre temas em debate nas comissões; solicitar
depoimentos de qualquer autoridade ou cidadão.
3.2.3. Tribunal de Contas da União
0
Cada um dos poderes exerce o seu controle interno, através de órgãos próprios e o Poder Legislativo
faz o controle externo de toda a administração, através do Tribunal de Contas da União (TCU). O Tribunal é
2.
integrado por 9 Ministros indicados pelo Presidente da República.
3.2.3.1. Suas principais atribuições
Ø Apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio
15
Ø Apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na
administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões
de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório;
33
Ø Realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica
ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional
e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário;
Ø Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe,
de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
Ø Fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, juste
ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
Ø Prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou
por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
Ø Aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções
previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado
ao erário;
Ø Assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento
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Aplicam-se aos deputados estaduais as mesmas regras da Constituição Federal sobre sistema eleitoral,
inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, etc. A remuneração dos deputados será
-9
fixada em cada legislatura para a legislação seguinte.
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O número de Deputados Estaduais na Assembléia pode variar entre o mínimo de 24 cadeiras e o máximo
de 94, sendo sua escolha é proporcional pelo número de Deputados Federais que aquele Estado elege. Sendo
três Deputados Estaduais para cada um Deputado Federal até que se chegue ao número de 36 membros, a
partir deste número escolhe-se um Deputado Estadual para cada um Deputado Federal.
3.3.1. Deputados Estaduais
78
Compete aos deputados estaduais a função de legislar, no campo das competências legislativas do Estado,
definidas pela Constituição Federal, inclusive podendo propor, emendar, alterar, revogar e derrogar lei estaduais,
0
tanto ordinárias como complementares, elaborar e emendar a Constituição estadual, julgar anualmente as
contas prestadas pelo Governador do Estado, criar Comissões Parlamentares de Inquérito, além de outras
competências estabelecidas na Constituição Federal e na Constituição Estadual.
2.
mesmos, segundo a Constituição de 1988, que para os deputados estaduais. Atualmente a Câmara Legislativa
do Distrito Federal conta com 24 deputados distritais eleitos por voto direto. Os Deputados Distritais acumulam
as competências legislativas tanto do Município quanto dos Estados.
3.3.3. Tribunais de Contas Estaduais
6.
No âmbito estadual, os Tribunais de Contas possuem sete membros que recebem o título de Conselheiros,
estas instituições devem observar os preceitos estabelecidos na Constituição Brasileira, em atenção ao princípio
da simetria. Embora tenha proibido a criação de Tribunais e Conselhos de Contas na esfera municipal, a
Constituição de 1988 permitiu a manutenção dos dois tribunais de contas de municípios existentes.
33
0
milhão de habitantes;
Ø Mínimo de trinta e três e máximo de quarenta e um nos Municípios de
mais de um milhão e menos de cinco milhões de habitantes; PoDer JuDiciário; Disponível em
-9
www.inclusive.org.br/?p=16428;
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Ø Mínimo de quarenta e dois e máximo de cinqüenta e cinco nos Municípios
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em 23.jul.2010
de mais de cinco milhões de habitantes;”
A constituição garante ainda a inviolabilidade dos vereadores por suas opiniões, palavras e votos no
exercício do mandato e na circunscrição do Município” e prescreve:
78
“proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta Constituição
para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os membros da Assembléia
Legislativa. (artigo 29, IX)
o processo legislativo municipal segue as linhas gerais dos níveis federal e estadual, com as devidas
adaptações.
0
Neste campo, a nova constituição prevê a participação da comunidade, através de “iniciativa popular
2.
de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de,
pelo menos, cinco por cento do eleitorado.”
tem o poder de julgar e aplicar as leis elaboradas pelo Legislativo e exercidas pelo executivo. Ministros,
Desembargadores e Juíses formam a classe dos responsáveis por esta função. É regulado pela constituição
federal nos seus artigos de 92 a 126.
3.5.1. fuNçÕes Do PoDer JuDiciário
6.
os órgãos judiciários brasileiros exercem dois papéis. o primeiro, do ponto de vista histórico, é a função
jurisdicional, também chamada jurisdição. trata-se da obrigação e da prerrogativa de compor os conflitos de
interesses em cada caso concreto, através de um processo judicial, com a aplicação de normas gerais e abstratas.
o segundo papel é o controle de constitucionalidade. tendo em vista que as normas jurídicas só são
33
válidas quando conformadas à constituição federal, a ordem jurídica brasileira estabeleceu um método para
evitar que atos legislativos e administrativos contrariem regras ou princípios constitucionais.
A constituição federal adota, para o controle da constitucionalidade, dois sistemas:
• Difuso: todos os órgãos do Poder Judiciário podem exercê-lo e suas decisões a esse respeito são
válidas apenas para o caso concreto que apreciam;
• Concentrado: em alguns casos, os ocupantes de certos cargos públicos detêm a prerrogativa de arguir
a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, federal ou estadual, perante o supremo tribunal
federal, por meio de ação direta de inconstitucionalidade. Nesse caso, a decisão favorável ataca
a lei ou ato normativo em tese. Analogamente, há outros agentes públicos legitimados à arguição
de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal, em face de dispositivos da
constituição Estadual, perante o respectivo tribunal de Justiça.
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Dessa forma, o sistema de controle de constitucionalidade brasileiro é híbrido, ou seja, combina elementos
originados na doutrina estadunidense (controle difuso) com outros inspirados no direito europeu continental
(controle concentrado).
3.5.2. cLAssificAção Dos ÓrGãos JuDiciários
os órgãos judiciários brasileiros podem ser classificados quanto ao número de julgadores (órgãos singulares
e colegiados), quanto à matéria (órgãos da justiça comum e da justiça especial) e do ponto de vista federativo
(órgãos estaduais e federais).
0
um tribunal regional federal é órgão colegiado, enquanto que um juiz federal é considerado órgão
singular. Da mesma maneira, o tribunal de Justiça de um estado é órgão colegiado, sendo o juiz de Direito um
órgão singular.
-9
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os tribunais e juízes estaduais, os tribunais regionais federais e os juízes federais são considerados órgãos de
justiça comum. Já o tribunal superior do trabalho, tribunal superior eleitoral e superior tribunal Militar formam
a Justiça especializada, os quais julgam matéria de sua área de competência: trabalhista, eleitoral ou Militar.
eles recebem, respectivamente, recursos dos tribunais inferiores (tribunais regionais do trabalho e tribunais
78
regionais eleitorais) e da Auditoria Militar. Na primeira instância, há os juízes monocráticos (chamados de juízes
de Direito, na Justiça organizada pelos estados, juízes federais, eleitorais e do trabalho, na Justiça federal, eleitoral
e do trabalho e juízes Auditores, na Justiça Militar).
3.5.2.1. Órgãos judiciários
0
os seguintes órgãos do Poder Judiciário brasileiro exercem a função jurisdicional:
supremo tribunal federal
2.
Ø
Ø conselho Nacional de Justiça (sem função
jurisdicional, apenas funções administrativas)
Ø superior tribunal de Justiça
Ø tribunais regionais federais e juízes federais
15
A composição do conselho compreende quinze membros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta
e seis anos de idade, com mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo:
Ø um ministro do supremo tribunal federal, indicado pelo respectivo tribunal
Ø um ministro do superior tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal
Ø um ministro do tribunal superior do trabalho, indicado pelo respectivo tribunal
Ø um desembargador de tribunal de Justiça, indicado pelo supremo tribunal federal
Ø um juiz estadual, indicado pelo supremo tribunal federal
Ø um juiz de tribunal regional federal, indicado pelo superior tribunal de Justiça
Ø um juiz federal, indicado pelo superior tribunal de Justiça
0
Ø um juiz de tribunal regional do trabalho, indicado pelo tribunal superior do trabalho
Ø um juiz do trabalho, indicado pelo tribunal superior do trabalho
-9
Ø um membro do Ministério Público da união, indicado pelo procurador-geral da república
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78
e outro pelo senado federal
• Superior Tribunal de Justiça
o superior tribunal de Justiça (stJ) é o guardião
da uniformidade da interpretação das leis federais.
0
Desempenha esta tarefa ao julgar as causas, decididas
pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais
2.
dos estados, do Distrito federal e dos territórios, que
contrariem lei federal ou dêem a lei federal interpretação
divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
o stJ compõe-se de 33 ministros, nomeados pelo
15
dos tribunais de Justiça e outro terço alternadamente em partes iguais, dentre advogados e membros do
Ministério Público federal, estadual, do Distrito federal e dos territórios,
• Justiça Federal
são órgãos da Justiça federal os tribunais regionais federais (trf) e os juízes federais. A Justiça federal
33
julga, dentre outras, as causas em que forem parte a união, autarquia ou empresa pública federal. Dentre
outros assuntos de sua competência, os trfs decidem em grau de recurso as causas apreciadas em primeira
instância pelos Juízes federais.
• Justiça do Trabalho
os órgãos da Justiça do trabalho são o tribunal superior do trabalho (tst), os tribunais regionais do
trabalho (trts) e os juízes do trabalho. compete-lhe julgar as causas oriundas das relações de trabalho. os
Juízes do trabalho formam a primeira instância da Justiça do trabalho e suas decisões são apreciadas em grau de
recurso pelos trts. o tst, dentre outras atribuições, zela pela uniformidade das decisões da Justiça do trabalho.
em 31 de dezembro de 2004, sua competência foi ampliada, passando a processar e julgar toda e
qualquer causa decorrente das relações de trabalho, o que inclui os litígios envolvendo os sindicatos de
trabalhadores, sindicatos de empregadores, análise das penalidades administrativas impostas pelos órgãos do
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CIDADANIA
governo incumbidos da fiscalização do trabalho e direito de greve. Recebe anualmente cerca de 2,4 milhões
de processos trabalhistas.
• Justiça Eleitoral
São órgãos da Justiça Eleitoral o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os Tribunais Regionais Eleitorais (TRE),
os Juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais. Compete-lhe julgar as causas relativas à legislação eleitoral. Os TREs
decidem em grau de recurso as causas apreciadas em primeira instância pelos Juízes Eleitorais. O TSE, dentre
outras atribuições, zela pela uniformidade das decisões da Justiça Eleitoral.
0
A Justiça Eleitoral desempenha, ademais, um papel administrativo, de organização e normatização das
eleições no Brasil.
-9
A composição da Justiça Eleitoral é sui generis (peculiar, especial), pois seus integrantes são escolhidos
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dentre juízes de outros órgãos judiciais brasileiros (inclusive estaduais) e servem por tempo determinado.
• Justiça Militar
A Justiça Militar compõe-se do Superior Tribunal Militar (STM) e dos Tribunais e juízes militares, com
78
competência para julgar os crimes militares definidos em lei.
No Brasil, a Constituição Federal organizou a Justiça Militar tanto nos Estados como na União.
A Justiça Militar Estadual existe nos 26 estados-membros da Federação e no Distrito Federal, sendo
0
constituída em primeira instância pelo Juiz de Direito e pelos Conselhos de Justiça, Especial e Permanente,
presididos pelo juiz de Direito. Em Segunda Instância, nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande
do Sul pelos Tribunais de Justiça Militar e nos demais Estados pelos Tribunais de Justiça.
2.
• Justiça Estadual
A Constituição Federal determina que os estados organizem a sua Justiça Estadual, observando os princípios
constitucionais federais. Como regra geral, a Justiça Estadual compõe-se de duas instâncias, o Tribunal de Justiça
15
(TJ) e os Juízes Estaduais. Os Tribunais de Justiça dos estados possuem competências definidas na Constituição
Federal, na Constituição Estadual, bem como na Lei de Organização Judiciária do Estado. Basicamente, o TJ tem
a competência de, em segundo grau, revisar as decisões dos juízes e, em primeiro grau, julgar determinadas
ações em face de determinadas pessoas.
A Constituição Federal determina que os estados instituam a representação de inconstitucionalidade de
6.
leis e atos normativos estaduais ou municipais frente à constituição estadual (art. 125, §2º), apreciada pelo
TJ. É facultado aos estados criar a justiça militar estadual, com competência sobre a polícia militar estadual.
Os integrantes dos TJs são chamados Desembargadores. Os Juízes Estaduais são os chamados Juízes de
Direito.
33
O Tribunal do Júri, garantia constitucional, é o único órgão judicial com participação popular, em que a
população, representada pelos sete jurados, julga os seus semelhantes nos crimes contra a vida (homicídio,
infanticídio, aborto, instigação e auxílio ao suicídio). O julgamento compete aos jurados -- juízes do fato -- e a
sessão do Júri é presidida pelo Juiz de Direito, que se limita, grosso modo, a fixar a pena em caso de condenação,
ou a declarar a absolvição. A decisão sobre a absolvição ou condenação do réu é exclusiva dos jurados. Certos
crimes contra a vida estão previstos, excepcionalmente, como de competência de um Júri Federal.
• Princípios e garantias da magistratura
Para poder desempenhar as suas funções com isenção, o Poder Judiciário dispõe de princípios e garantias
previstas na Constituição Federal, tais como ingresso na carreira de juiz por meio de concurso público,
publicidade dos atos judiciais, vitaliciedade, inamovibilidade, irredutibilidade do subsídio, proibição de exercício
de outra função e proibição de exercício de atividade político-partidária.
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ITQ – INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR
0
PDT 12 1019115
Trabalhista de 1981 Vieira da Cunha
Partido dos 11 de fevereiro de
-9
PT 13 1152595 Ricardo Berzoini
Trabalhadores 1982
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11 de setembro de
Democratas DEM 25 1001204 Rodrigo Maia
1986
Partido Comunista do 23 de junho de
PCdoB 65 237840 José Renato Rabelo
78
Brasil 1988
Partido Socialista
PSB 40 1 de julho de 1988 412064 Eduardo Campos
Brasileiro
Partido da Social 24 de agosto de
PSDB 45 1189876 Sérgio Guerra
Democracia Brasileira 1989
0
Partido Trabalhista 22 de fevereiro de
PTC 36 137741 Daniel Tourinho
Cristão 1990
2.
29 de março de
Partido Social Cristão PSC 20 264019 Victor Nósseis
1990
Partido da Mobilização 25 de outubro de Oscar Noronha
PMN 33 184474
Nacional 1990 Filho
Partido Republicano 29 de outubro de
15
1993 Penna
Partido Trabalhista do 11 de outubro de Luís Henrique
PTdoB 70 124734
Brasil 1994 Resende
Partido Renovador 28 de março de
PRTB 28 87354 Levy Fidélix
Trabalhista Brasileiro 1995
33
16 de novembro
Partido Progressista PP 11 1264982 Francisco Dornelles
de 1995
Partido Socialista dos 19 de dezembro José Maria de
PSTU 16 13191
Trabalhadores Unificado de 1995 Almeida
Partido Comunista Zuleide Faria de
PCB 21 9 de maio de 1996 15929
Brasileiro Melo
Partido Humanista da 20 de março de Paulo Roberto
PHS 31 106033
Solidariedade 1997 Matos
Partido Social 5 de agosto de
PSDC 27 130046 José Maria Eymael
Democrata Cristão 1997
Partido da Causa 30 de setembro de
PCO 29 3084 Rui Costa Pimenta
Operária 1997
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CIDADANIA
0
Partido da república Pr 22 719787 Sérgio Tamer
de 2006
-9
QuADro: PArtiDos PoLÍticos brAsiLeiros; Dados de 2010.
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5. PLEBISCITO E REFEREnDO
Apesar de por vezes se considerar plebiscito como sendo o mesmo que referendo, a verdade é que os
dois conceitos podem significar ações muito diferentes e que podem, por vezes, ter significados opostos.
78
são, contudo, sempre referentes a assuntos de política geral ou local de extrema importância para as
pessoas visadas. Assim, de um modo amplo, podemos considerar que são sinônimos. Por outro lado, de um
ponto de vista específico, os termos podem apontar para conceitos diferentes, consoante os autores ou o
contexto em que são aplicados.
0
Assim, podemos dizer que plebiscito é uma consulta ao povo antes de uma lei ser constituída, de modo
a aprovar ou rejeitar as opções que lhe são propostas; o referendo é uma consulta ao povo após a lei ser
2.
constituída, em que o povo ratifica (“sanciona”) a lei já aprovada pelo estado ou a rejeita. Maurice battelli, de
facto, define plebiscito como a manifestação directa da vontade do povo que delibera sobre um determinado
assunto, enquanto que o referendo seria um acto mais complexo, em que o povo delibera sobre outra
deliberação (já tomada pelo órgão de estado respectivo).
15
Marcelo caetano, por exemplo, já definia o referendo como um processo próprio de uma conjuntura
governativa instituída, enquanto que o plebiscito seria próprio de tomadas de decisão que visassem alterações
profundas na estrutura do regime político governante (em geral, da própria constituição).
1. InTRODUÇÃO
embora para muitas pessoas a inserção de membros
do ministério nas esferas políticas da sociedade ainda
33
Todos os exemplos citados acima, agindo dentro ou fora de seu território/ nação, utilizaram-se de sua
influência política vizando o bem da sociedade comum. Foram representantes de um povo numa esfera de
poder. Graças à sua performance puderam, na maioria dos casos, preservar a sua espécie.
Trazendo para parâmetros da atualidade, parlamentares evangélicos representam o povo de Cristo
na cúpula política do Estado brasileiro, vizando não só trabalhar políticas públicas que traduzam o bem da
sociedade, como também, defendendo e garantindo a continuidade dos ideais de Cristo através da Igreja
brasileira.
0
Segundo o Estatuto da Frente Parlamentar Evangélica, ela é uma associação civil, de natureza não
-9
governamental, constituída no âmbito do Congresso Nacional e integrada por Deputados Federais e Senadores
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78
Ø Acompanhar e fiscalizar os programas e Políticas Públicas Governamentais manifestando-se quanto
aos aspectos mais importantes de sua aplicabilidade e execussão;
Ø Promover o intercâmbio com estes assemelhados de parlamentos de outros países visando ao
aperfeiçoamento recíproco das respectivas políticas e da sua atuação;
Ø Procurar de modo contínuo, a inovação da legislação necessária à promoção de políticas públicas,
0
sociais e econômicas eficazes, influindo no processo legislativo a partir das comissões temáticas
existentes nas Casas do Congresso Nacional, segundo seus objetivos, combinados com os propósitos
2.
de Deus e conforme a Sua Palavra.
Na 52ª legislatura, de 2003 a 2006, continha 66 congressistas, sendo três destes representantes Senadores.
Uma boa parte dos congressistas evangélicos são pastores. Na legislatura vigente este número caiu para 57
pessoas, com 54 Deputados Federais e 3 Senadores.
15
Os parlamentares evangélicos nem sempre votam em bloco, pois representam correntes distintas, porém
buscam os mesmos interesses em questões de conteúdo moral ou que cerceiem sua liberdade de pregação
do evangelho e de crescimento da igreja.
São contrários à agenda dita progressista, obstruindo votações de propostas visando a ampliação das
6.
hipóteses legais de aborto, instituição do casamento entre pessoas do mesmo sexo, entre outros.
A bancada evangélica no Distrito Federal conseguiu instituir um feriado chamado Dia do Evangélico.
Recentemente o Congresso Nacional aprovou o “Dia Nacional da Marcha para Jesus” que será todo sábado
subsequente aos 60 dias após o domingo de Páscoa. Teve atuação significante ao garantir para todas as religiões
33
os mesmos direitos do “Acordo Brasil x Santa Sé”, que garantia direitos exclusivos somente à Igreja Católica.
Uma vez por semana, a frente realiza cultos nas dependências do Congresso, oficiado por um dos
parlamentares pastores, sempre com grande afluência de assessores e servidores legislativos.
cristãos tomem consciência da sua importância e da importância da igreja nos destinos da nação. A igreja
tem o poder de através da oração e da sua ação em unidade, de acordo com a palavra de Deus, de definir os
rumos históricos e transformadores de uma sociedade, da nação. A igreja evangélica brasileira não representa
uma minoria que desconhece a sua função e os seus direitos, por isto que estamos estudando esta disciplina,
para que você transmita aos seus, aos irmãos em cristo, aos seus liderados e ovelhas esta visão bíblia, esta
consciência tão importante, para que não sejamos mais representados pessoas não comprometidas com
Jesus, com o reino de Deus e com a causa do evangelho. temos que estar influenciando em todas as áreas de
influência social, de poder.
Diante dos propósitos de Deus para o final dos tempos, para a missão da igreja, especialmente se tratando
0
do brasil, requer-se uma bancada evangélica forte, substancial, sustentável, e para isto, o povo de Deus é
decisivo tanto para votar, como para se engajar nas campanhas em prol dos candidatos evangélicos.
-9
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A ieQ, através da secretaria Geral de cidadania e do conselho Nacional de Diretores, tem trabalhado e
desenvolvido o Projeto Político de cidadania da igreja, precisamos promovê-lo e nos comprometermos com
este projeto, pois política não é pecado. o distanciamento político dos pastores, dos irmãos, só interessa a
uma pessoa, o inimigo, o qual, em contrapartida, no momento atual, trabalho para o projeto do inferno, para
78
o levantamento do Anticristo. Nós somos guerreiros de Deus, da Luz, da verdade, e da Justiça, trabalhamos
pelo projeto do céu, para a exaltação do verdadeiro cristo, o qual, em momento algum se omitiu de qualquer
situação ou questão do seu tempo. Devemos fazer o mesmo, seguindo o nosso Mestre e sendo leais à igreja.
“Quando o justo governa, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme.” (Pv 29.2)
0
3.1. nA DOUTRInA SÓCIO-POLÍTICA DA IEQ, SEGUnDO OS PRInCÍPIOS
DA PALAvRA DE DEUS A IGREJA DO EvAnGELHO QUADRAnGULAR É
2.
COnTRÁRIA:
3.1.1. DivÓrcio seM fuNDAMeNto
trocar de marido ou esposa tornou-se uma prática muito
15
A resposta de Jesus está em Mateus 19:4-9. É bom lembrar que ele não a
começa com a idéia presente em Deuteronômio, mas com a criação. “Não tendes
lido que o criador, desde o princípio, os fez homem e mulher, e que disse: Por esta
causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma
só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que
Deus uniu, não o separe
o homem.” (Mateus
Na disciplina de Aconselhamento e Orientação
19:4-6) então os fariseus
Familiar do Curso Livre de Teologia do ITQ,
contestaram:
este assunto será mais detalhado.
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ITQ – INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR
“Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar? Ao que Jesus respondeu: Por
causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher: entretanto;
não foi assim desde o princípio. Eu, porém, vos digo: Quem repudiar sua mulher, não sendo por
causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério.” (Mateus 19:7-9)
É interessante notar a questão levantada pelos fariseus. eles usaram a palavra “mandou” para descrever
a abordagem de Moisés sobre o assunto. Mas Jesus contrapôs o uso dessa palavra com o termo “permitiu”.
De acordo com o Mestre, o divórcio foi permitido por causa da dureza de coração das pessoas. Mas, verso
0
nove, ele afirma que a única base para o divórcio é o adultério.
Primeiramente, o senhor mostrou o ideal para o casamento.
-9
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Depois, a exceção. freqüentemente estamos enfatizando a exceção e esquecendo o ideal realçado pelo
Mestre.
78
atuais sobre facilidades para o divórcio e divórcio online.
confrariadosamigos.blogspot.com; em 23.jul.2010
A família é constituída da união indissolúvel de um homem, uma mulher e filhos. A igreja tem como
dever se posicionar a favor da moral e dos bons costumes. valores morais nãos são frutos do consenso, pois
são normas intocáveis até para os legisladores civis.
6.
Devemos de boa consciência rejeitar, expressando o nosso veemente repúdio contra qual projeto que
visa reconhecer a união civil do mesmo sexo.
Na última década, o homossexualismo tem sido uma realidade presente na sociedade. os homossexuais
têm suas próprias comunidades, suas próprias revistas e jornais. Mas se você pensa que este problema não
chegou à sua igreja, você está provavelmente errado. este é um assunto que deve ser encarado com compaixão
33
pela igreja. Alguns dizem que se trata simplesmente de uma orientação genética, outros que é uma simples
questão de escolha, uma doença, etc.
A palavra de Deus fala claramente sobre o comportamento homossexual, “Não se deixem enganar; nem
os sexualmente imorais, nem idólatras... nem os homossexuais... herdarão o reino de Deus.” (1 coríntios 6.9-
0, Levítico 18:22 e romanos 1.26-27) ...não existe fundamento no qual possa se justificar a hipótese de que
homossexuais ou bissexuais de qualquer grau ou tipo tenham cromossomos diferentes dos heterossexuais.
(Dr. John Money. Principal pesquisador de sexo da universidade Jonhns Hopkins).
“Não tendes lido que o Criador desde o princípio os fez homem e mulher...?” (Mt 19.4)
o homossexualismo contraria a intenção original do criador, que nunca muda.
“Com homem não te deitarás, como se fosse mulher: é abominação.” (Levítico 18:22) aqui a palavra de
Deus é clara referente à relação homossexual “Por causa disso os entregou Deus às paixões infames; porque
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CIDADANIA
até as suas mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas, por outro contrário à natureza;
semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente
em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo em si mesmo a merecida
punição do seu erro.” (romanos 1.26-27).
“Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganas: nem impuros, nem
idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas... Tais fostes algum de vós; mas vós vos lavastes,
mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus.”
(i coríntios 6.9-11)
0
É bom sabermos que o nosso Deus providenciou o perdão e a restauração. Jesus disse: “... e conhecereis
a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8:31) estes textos dispensam comentários.
-9
Deus não mudou e está à disposição de todos. Há esperança real aos homossexuais, pois o pecado não é maior
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do que a graça de Deus. A igreja do evangelho Quadrangular não é contra o homossexual (pessoa) e sim contra seus
atos, pois o pecado é abominação frente ao senhor Jesus. cremos que Deus ama profundamente o homossexual,
(por isso também o amamos) convidando-o a ser nova criatura, vivendo a sua natureza. o apóstolo Paulo em i co
6.10-11 destaca o resultado da restauração: “tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados
em o nome de Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.”
3.1.3. Aborto
78
o congresso Nacional derrubou o veto à esterilização, tornando
0
legal essa prática. Agora os grupos anti-vida trabalham para legalizar
o aborto.
2.
No congresso Nacional tramitam vários projetos para legalizar
a prática de aborto.
esses projetos são apoiados pelo GPePD (Grupo Parlamentar de
estudos e População) centenas de milhares de dólares são investidos
15
Declaramos nossa posição em favor da vida humana, firmados na palavra de Deus que diz: “Não matarás”.
(Êxodo 20.13)
3.1.4. iMPosição Do coNtroLe DA NAtALiDADe e esteriLiZAção
“Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto
do ventre o seu galardão. Como flecha na mão de um
homem poderoso, assim são os filhos da mocidade. Bem-
aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão
confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta.”
(Salmos 127:3-5)
toda criança que nasce é verdadeira dádiva de Deus. o senhor concedeu ao marido e a esposa capacidade
singular, não concedida a nenhuma outra criatura do universo, a de produzir outro ser humano com livre
arbítrio. A bíblia fala que os filhos são uma benção e se Deus nos diz: “sede fecundos, multiplicai-vos e enchei
toda terra, “ (Gênesis 1:28) é porque ele sabia que os filhos viriam para trazer felicidade e alegria a seus pais.
Gerar filhos não é apenas um ato biológico, pois, quando o casal se une, tornam-se “uma só carne”. essa é a
maneira por Deus estipulada que produzem uma pessoa, resultado do amor dos pais. o plano de Deus é que
os filhos tornem-se uma sejam também o reflexo do compromisso dos pais com a Palavra de Deus.
cremos que cada casal deve colocar no mundo, com oração e planejamento, o número de filhos que
julga para poder educar corretamente e proporcionando um desenvolvimento sadio agradando assim a Deus.
0
A esterilização no brasil é alarmante. A mesma foi responsável, em 1992, por mais de 50% dos métodos
de Planejamento familiar, atingindo em alguns estados do Nordeste até 70% dos métodos contraceptivos nas
-9
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usuárias com filhos menores de cinco anos de idade, muitas delas sem conhecimento e decisão pessoal. É
dever do conselho Nacional de saúde, através de normas, explicar o conteúdo do capítulo vii, artigo 226, 7
de 1988, sobre o Planejamento familiar, que é de “...livre decisão do casal, competindo ao estado propiciar
recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte
78
de instituições oficiais ou privadas”.
estas normas do conselho Nacional de saúde são restritivas quanto à esterilização e ao tratarem do acesso
à informação sobre a sexualidade a fertilidade e a reprodução determinam que se deva começar pelos métodos
naturais e que é necessário explicitar as contra-indicações e riscos de
cada método, a fim de garantir a liberdade na escolha consciente do
0
método. (Artigo 111, 4)
2.
3.1.5. PeNA De Morte
“Não matarás.” (Êxodo 20.13)
“... A mim pertence à vingança; eu retribuirei, diz o Senhor.”
(Romanos 12.19)
15
Mesmo tendo a prática de pena de morte no passado, nos PeNA De Morte; Disponível em: atuleirus.weblog.
períodos do velho testamento e hoje em algumas nações denominadas com.pt/.../12/abolicao_da_pen; em 23.jul.2010
cristãs, nossos representantes jamais apoiaram ou votarão a seu favor. A
igreja nunca irá permitir que se dê á alguém o direito de tirar a vida de
qualquer pessoa, por qualquer motivo.
33
infelizmente, o trabalho escravo de crianças e adolescentes, a prostituição infantil são uns dos muitos males
que assolam nosso país. segundo dados do ibGe, é grande o número de abusos e tráfico interno de crianças
e adolescentes. Aumenta-se ainda mais se computarmos os casos das empregadas domésticas, vendedores
ambulantes nos faróis com idade que varia entre 6 e 14 anos.
os mesmos são levados para a cidade por parentes próximos ou amigos, que os colocam à disposição
para serem explorados de maneira desumana.
De acordo com o artigo 224 do código Penal, o ato sexual com menor de 14 anos pressupõe violência é
considerado estupro.
0
Prostituição é o comércio habitual do corpo como opção voluntária de vida. A criança e o adolescente
estão em pleno desenvolvimento, faltando-lhes, portanto, maturidade física e psicológica para fazer uma
-9
opção pela prostituição.
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A igreja deve participar e elaborar projetos que visam à formação e a capacitação para fortalecer o combate
efetivo à exploração sexual de meninas e meninos adolescentes, desmantelando e enfraquecendo as redes
de exploração, através de medidas sócio-jurídicas e interferindo nas ações da política.
apoio espiritual.
78
Por todo o brasil, há inúmeros projetos voltados para o bem estar de crianças e adolescentes. e a igreja
pode e deve atuar eficazmente nestes projetos e além de oferecer o material, podemos apoiar parceiras para
Não podemos ficar inertes à esta situação, devemos dar um basta nisto, através do trabalho de
0
conscientização de toda a liderança da igreja.
com o primeiro conjunto de leis estabelecido no brasil para as crianças,
2.
o código de Menores de 1927, a Declaração universal dos Direitos da criança,
promulga pela organização das Nações unidas (oNu) em 1959, a infância
obteve o reconhecimento de ser considerada sujeito de direito. restabelecido
o estado de Direito, o brasil montou seu novo código da criança, fundado
15
o amor de Deus, destinado a todos os homens, tem sido expresso sob a forma de injustiça social por
muitos que proclamam tê-la no coração.
Jesus declarou aos seus discípulos.
“O meu mandamento é este, que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” (Jo 15.12-
14)
“Porque todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo”. (Rm 10.13)
“Pois o SENHOR vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande,
0
poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensar;” (Dt 10.17)
-9
“E, abrindo Pedro a boca, disse: reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas;”
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(Atos 10:34)
o especialista francês Michel Paty, afirmou no fórum sobre “rAcisMo e MuNDiALiZAção,” que não
podemos nos esquecer de que os homens, embora diferentes por natureza e cultura, são iguais na sua essência,
78
o que pressupõe direitos e deveres iguais. os homens atuais, ressaltou o pesquisador, pertencer a mesma
espécie, com suas variedades resultantes da mestiçagem e das misturas de caracteres morfológicos e genéticos
da espécie humana, e estão presentes em quase a totalidade das populações. ficou demonstrado, do ponto
de vista biológico, só há uma raça humana. ele chama a atenção para
o fato de que o racismo não é um produto da natureza e sim, uma
0
decisão humana que escapa da esfera da biologia e mantém-se no
âmbito dos valores.
2.
3.1.9. corruPção e iMPuNiDADe
“Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se
manifestou o braço do SENHOR?” (Sl 53.1)
15
0
Algo precisa ser feito, com urgência, por quem não tem ambição
Pobres; Disponível em: brasilfranciscano.blogspot.
em seu coração, mas sim, o ideal de servir, e servir bem. As igrejas com/2008/11/o-amor...; em 23.jul.2010
devem ser os locais também de atendimento aos que sofrem,
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78
Exércitos”. (Tg 5.4)
3.1.11. vÍcios
As drogas sejam qual for, como o álcool, tabagismo, maconha, crak, cocaína, heroína, êxtase, haxixe, etc.
0
são uma terrível ameaça à sociedade, principalmente a juventude. A
sua liberação, é um dos grandes responsáveis pela influência entre os
jovens, aumentando assim o número dos toxicômanos.
2.
vicios-e-os-pecados/; em 23.jul.2010
Há alguns anos atrás, um deputado famoso, ferrenho defensor da maconha, importou milhares de
sementes desta planta, tentando usar de todos os meios através da política para a liberação da mesma sob o
pretexto de usá-las como remédio ou têxtil.
33
suportes indispensáveis,” afirmou ele. “em vão reivindica o tributo do Patriotismo o homem que trabalha
para subverter esses grandes pilares da felicidade humana, os sustentáculos mais firmes das obrigações dos
Homens e dos cidadãos.”
Washington observou que, ao lado do bom governo, deve também estar o direito das pessoas praticarem
a fé que julgarem necessária para os “grandes pilares da felicidade humana”.
Derek H. Davis, diretor de estudos entre igreja e estado da universidade de baylor, examina os quatro
pilares da liberdade religiosa internacional: a Declaração universal dos Direitos Humanos; a convenção
internacional sobre Direitos civis e Políticos; a Declaração das nações unidas sobre a eliminação de todas as
0
formas de intolerância e Discriminação com base na religião ou fé; e o Documento final de viena. “Devemos
continuar a utilizar os tratados internacionais para ampliar a liberdade religiosa através da legislação, educação
e a separação entre igreja e estado.”
-9
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A Declaração das Nações unidas sobre a eliminação de todas as formas de intolerância e de Discriminação com
base na religião ou crença, adotada em 1981, Pe outro documento fundamental que protege os direitos religiosos.
Nós como membros da comunidade global, devemos tomar a liberdade religiosa uma liberdade para todos.
É muito importante que o eleitor tome conhecimento dos trabalhos dos parlamentares e os projetos que
apresentam, como votam, se tratam da vida e da família, quais os interesses que defendem, etc.
“... e apregoareis liberdade na terra a todos os seus moradores; ano de jubileu vos será, e
tomareis, cada um à sua possessão, e cada um à sua família.” (Lv 25.10).
33
religioso, pois o mesmo é disciplina garantida pela lei Maior, contribuindo para diminuir diferenças e
desigualdades sociais. Há várias experiências de ensino religioso escolar de diferentes confissões religiosas,
conjuntamente com as secretarias de estado da educação. são experiências que, superando o proselitismo,
assumem a educação da religiosidade, tão necessária ao desenvolvimento integral da sociedade. “educa a
criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele” (Provérbio 22.6). “o
seu povo perecerá por falta de conhecimento” (oséias 4.6).
3.2.3. AssistÊNciA sociAL
Asilos, creches, centros de educação infantil, abrigos, centros
0
de convivência para idosos, casas de recuperação de viciados, casas
de Apoio Para Doentes de Aids, centros de Apoio Para crianças com
câncer ou qualquer outra forma de necessidade.
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78
AssistÊNciA sociAL; Disponível em: nds.org.br/.../
homem, mulher e criança ter uma vida humana plena com qualidade. ver_noticias.php?idnoticia=307; em 23.jul.2010
Por causa de sua capacidade de contextualização, a igreja do evangelho Quadrangular tem como membresia
pessoas de diversos segmentos e classes sociais. Pessoas que não só necessitam de amparo espiritual, mas também
de assistência social, que visa construir asilos que possam trazer conforto ao idoso, o qual, frequentemente, hoje,
0
nestes tempos de pós- modernidade, é abandonado pelos seus filhos ou parentes. Ao mesmo tempo, somos a
favor de que se construam mais creches, orfanatos e centros de reabilitação de dependentes químicos, para que
2.
nas creches as crianças possam ter um lugar seguro para sociabilizar, interagir e principalmente receber instruções
capazes de formar um caráter cristão, enquanto as mães ou responsáveis labutam, visando o seu futuro. Nos
orfanatos, crianças sem a presença de seus pais biológicos ou sem a extensão desta família possam crescer em
famílias substitutas, transformando-se em bons cidadãos.
Milhares de jovens, crianças ou adolescentes estão envolvidas no tráfego de drogas, uns como usuários
15
0
formas, a obscenidade em palavras e atos, bem como a vulgaridade e 23.jul.2010
atentados ao pudor. como consequência, o desvio do seu papel educativo e cultural; sem falar na manipulação da
-9
informação a serviço de interesses individuais e de grupos; a exploração do sentimento religioso do nosso povo.
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Nada pode justificar que, em nome da livre expressão e arte, devamos tolerar a ostentação da licenciosidade
em novelas, entrevistas e programas humorísticos de péssimo gosto. Difundindo quando a exibição de cenas
degradantes de violência e pornografia se fazem em horários chamados nobres, tomando-se praticamente
78
impossível a opção para os telespectadores. exigimos das redes concessionárias de comunicação, absoluto
respeito às normas contidas na constituição (artigo 220-224). somos favoráveis à punição dos responsáveis
pelos meios de comunicação, queremos liberdade com responsabilidade. como cristãos éticos, digamos Não
aos meios de comunicação imorais, quer seja tv, rádio, internet. Que venham ocupar espaço nestes meios
de comunicação pessoas bem preparadas para o seu melhor uso possível. com a responsabilidade de guiar
0
milhares de fiéis no brasil, como cidadãos deste País, queremos renovar nossos sentimentos de admiração
àqueles que têm utilizado com sabedoria estes meios para a educação das futuras gerações, através dos bons
programas de lazer, educação popular, conhecimento científico e como instrumento de evangelização, que
2.
têm contribuído para a difusão dos valores éticos que a sociedade tanto precisa.
3.2.6. Meio AMbieNte
“Em lugar do espinheiro crescerá a faia, e em lugar da sarça
15
0
então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escravidão será
como o meio-dia. E o SENHOR te guiará continuamente,
-9
e fartará tua alma em lugares áridos, e fortificará os
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teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um NecessitADos; Disponível em: ciqueirablog.
blogspot.com; ;em 23.jul.2010
manancial, cujas águas nunca faltam” (Is 58.10-11)
78
3.2.8. sAúDe e MorADiA coM iNfrAestruturA
“Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde,
assim como bem vai a tua alma.” (3 Jo 1.2)
0
A igreja vive e se desenvolve na cidade. Por
isso, ela tem o dever de ser compromissada com a
cidade. o povo que vai à igreja é o mesmo povo que
2.
vive na cidade, enfrentando os mesmos problemas
e dificuldades vividos pela igreja. temos os mesmos
sAúDe; Disponível em: www.
direitos à escola, transporte, hospital, segurança, acores.net/noticias/view-34403.
justiça, emprego, luz, água, retirada de lixo, saúde, html; em 23.jul.2010
previdência e outros. esses direitos são benefícios para qualquer cidadão, seja
15
exercício de cidadania”.
3.2.9. trAbALHo Justo e estáveL
“Vede! O Salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos
campões, e que por vós foi retido com fraude, está clamando.
Os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor
Todo-Poderoso” (Tg 5.4, 5)
É impressionante o número de desempregados, desigualdade
e injustiça, acrescido do desespero de um povo, ao observar, sem
condições de reverter esta situação, o crescimento da violência e cArteirA De trAbALHo; Disponível em:
www.osacarolha.info/.../; em 23.jul.2010
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ITQ – INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR
criminalidade. Afinal, quem pode julgar o interior de uma pessoa ao ver ou ouvir o grito de fome de seus
familiares? Quem pode entusiasmar o futuro de um jovem, quando o que ele precisa é o agora?
Defendemos o direito adquirido do homem ao trabalho, com salários justos, distribuição de renda,
igualdade para adolescentes, homens, mulheres e idosos.
Defendemos os mesmos direitos salariais para mulheres que exploradas, ao exercer as mesmas funções,
são menos remuneradas e somos contra o tabu em que pessoas de meia idade já não servem para mais nada.
É dever do estado providenciar meios para sobrevivência digna ao trabalhador e sua família, lutando contra a
corrupção, ampliando o mercado de trabalho e dando estabilidade, para que a cidadania seja uma realidade.
0
4. PROJETO DE CIDADAnIA DA IGREJA QUADRAnGULAR
-9
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A palavra Cidadania transmite muito mais do que um significado,
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nela está incluso todo um contexto da história das lutas pelos direitos
humanos.
A expressão é derivada do latim (civitas) e diz respeito ao indivíduo
78
habitante da cidade, na roma antiga indicava a situação política de uma
pessoa (exceto mulheres, escravos e crianças).
(década de 30 e 60), exatamente quando os direitos civis e políticos foram negados. Posteriormente, no
governo do Presidente João batista de figueiredo, através do Ai-5, quando os refugiados políticos começam
a retornam ao brasil, a história começou a mudar. Posteriormente, surge o movimento para as Diretas Já, e
chegamos novamente às eleições diretas para Presidente da república, liberdade de imprensa, e tantos outros
direitos. A constituição federal de 1988, vem garantindo os avanços e as conquistas da cidadania brasileira.
6.
“A visão, sabedoria e experiências do presidente do CND, Rev. Mario de Oliveira deu início a um
importante departamento da Igreja: A Secretaria Geral de Cidadania (maio/ 2002). A Igreja precisa
insistentemente cumprir com o seu papel: conduzir e manter imaculado o “rebanho do Senhor”, que
deve estar pronto para a vinda do Reino Eterno. No entanto, enquanto isso, ensiná-los a conhecer seus
deveres e direitos, não sendo apenas abençoados, mas também “abençoadores”, nesse mundo.
O sistema de governo na América e particularmente no Brasil, um presidencialismo democrático,
induz-nos a termos uma grande responsabilidade, fazer-se conhecer, para um povo sedento de justiça
e necessidade de uma vida promissora, não só espiritual, mas também social.
Foi nomeado pelo CND o então Secretário Geral e atual, e sob o apoio do presidente, a Igreja
destacou-se no cenário nacional, sendo útil e muitas vezes indispensável na condução das decisões
políticas.
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CIDADANIA
0
No ano de 2004, começamos a sentir conseqüências de uma inexperiência, tramas de adversários e
-9
um certo ceticismo de um povo, não acostumado com o exercício da cidadania em favor dos evangélicos,
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além de, certamente, a perda da “visão ministerial” na política por parte de alguns. Mesmo assim,
elegemos:
• 176 (cento e setenta e seis) Vereadores;
• 4 (quatro) Vice-Prefeitos.
78
2006 foi o ano mais assustador: Como foi comentado no informativo da edição 25, jamais vivemos
um tempo de tanta confusão e espanto. A proliferação de Igreja de pastores gananciosos, doutrinas
estranhas e confusas, divisão, escândalos constantes, desunião e desinformações, permitiram que,
governantes ímpios, inimigos de um povo que preza a verdade e a honestidade, alguns líderes evangélicos
0
sem experiência sendo envolvidos na aparência do mal, informações na mídia comprometedoras e
mentirosas, e um povo zeloso pelo nome do Senhor que não admite um mau testemunho, fez com que
2.
diminuíssemos os representantes evangélicos:
• Em média, 53% menos na Câmara Federal;
• Em média 57% menos nas Assembléias Legislativas;
15
Louvado seja Deus, nosso líder e presidente não esmorece nem desanima. Luta bravamente contra
um sistema mundano e contra o maligno.
Apesar de ser duramente atacado, prevaleceu aquele que é, mais do que nunca, um ungido de Deus,
podendo dizer: “... Ó rei, vive para sempre! O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões,
6.
para que não me fizessem dano, porque foi achado em mim, inocência diante dele...” Dn 6:21,22.
Durante esse período, já no início, a Secretaria Geral de Cidadania nomeou os Secretários Estaduais
em todo o território brasileiro, e realizou inúmeros eventos; seminários; reuniões com comissões;
apoiou e orientou todos os candidatos, com muito zelo, amparada pelo estatuto da Igreja; interviu e/
33
ou participou de várias situações, quando se fez necessário, esteve presente praticamente em todos os
estados, incentivando, orientando e apoiando, etc.
A IEQ foi a primeira Igreja Evangélica a ter, por escrito, a “DOUTRINA SÓCIO - POLÍTICA” segundo
a visão da Igreja. Foi a primeira Igreja Evangélica a realizar em Brasília, nas dependências da Câmara
Federal um ato político, oficial, representando os evangélicos. É importante destacar que, Rev. Mario
de Oliveira presidente do CND, detentor de 06 (seis) mandatos como deputado federal, foi o PRIMEIRO
a declarar e ser reconhecido como representante dos evangélicos, em toda a história política brasileira.
É de suma importância nós sermos sábios e sóbrios; uma nova eleição se aproxima. Fazemos à
diferença. O adversário sabe disso!
É preciso que todos continuemos com fé, otimismo e persistência se engajando no projeto de
Cidadania Quadrangular, e assim elegermos o maior número de candidatos possível, e sermos bênçãos
para a nossa Nação.”
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RESUMO DO CAPÍTULO 4
Neste capítulo você estudou sobre:
• Organização política do Brasil
• Concepções políticas
• A história da ciência política
• A política no Brasil
• A federação brasileira
0
• Os três poderes
• O papel da Igreja na Política
• A frente parlamentar evangélica
-9
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0 78
2.
15
6.
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CIDADANIA
AUTOATIVIDADE DO CAPÍTULO 4
0
Questões:
-9
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Através do estudo do capítulo 4 você tomou conhecimento sobre a visão e o Projeto de Cidadania Quadrangular
que se refere às responsabilidades sociais e políticas de cada membro da Igreja e do Ministério da IEQ. Diante
do tema tratado, apresente sua conclusão, em no mínimo 20 linhas, sobre o tema:
78
“Os cristãos e a Igreja devem tomar seus lugares no cenário político brasileiro”
0
2.
15
6.
33
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0
-9
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2.
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CIDADANIA
CAPÍTULO 5
TEOLOGIA POLÍTICA PRÁTICA
0
05
1. INTRODUÇÃO
-9 CAPÍTULO
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Por Rev. Rui Barboza: “Muitas vezes a Igreja sofre com as autoridades,
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78
A Igreja tem o poder e a autoridade para abençoar o país, o estado e o
município através da oração e atuação. Nossa atitude faz a diferença!
Este livro é o resultado de anos de pesquisa e trabalho de campo, um
resumo de muitas palestras, vivência pessoal e experiência no tema, no
0
qual os autores se propõem a apresentar análises didáticas, coerentes, sem
preconceitos e exageros, porém, sem negligência e omissão, com bom senso,
tolerância e imparcialidade.
2.
2. O PODER DA IGREJA
2.1. A POSTURA DO CRISTÃO
33
Qual deve ser a postura do cristão diante das questões públicas? Vejamos
o que nos diz a Bíblia Sagrada:
“Exorto-te, pois, antes de tudo, que se façam súplicas, orações
intercessões e ações de graça por todos os homens. Pelos
governantes e todos os que estão em posição de autoridade, para
que vivamos uma vida calma e tranqüila, em piedade e honestidade.
Isto é bom e agradável diante de nosso Salvador, o qual deseja que
todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da
verdade.” (1 Tm 2.1-4)
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ITQ – INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR
0
Por que a Bíblia nos orienta desta forma? Para que tenhamos
orAr; Disponível em: projetoyoseph.
uma vida calma e tranqüila em piedade e honestidade, fazendo o wordpress.com/.../; em 06.jul.2010
trabalho primordial da igreja que é a salvação de almas.
-9
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O que acontece quando a Igreja negligencia esta recomendação bíblica? Muitas vezes a igreja sofre com
as autoridades, por não cumprir fielmente esta orientação e não orar fervorosamente por aqueles que detêm
governo sobre nós. Quando nos omitimos, satanás instiga a indisposição das autoridades para com a igreja,
tendo como finalidade, tentar impedir o avanço do evangelho e a salvação de almas. Por isto o cristão não deve
Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más.
Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.
Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz
debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal.
6.
Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.
Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem
imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.”
33
Reflita sobre o texto e anote abaixo o que mais lhe chama atenção em relação à sua posição e atitude
para com as autoridades:
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CIDADANIA
0
ü Forças Armadas.
• Na esfera estadual:
-9
ü Governadores;
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ü Deputados Estaduais;
ü Secretários Estaduais;
ü Judiciário Estadual;
ü Polícia Civil e Militar.
• Na esfera municipal:
ü Prefeitos;
ü Vereadores;
ü Secretários Municipais;
ü Polícia Municipal.
0 78
A Bíblia nos ensina a gratidão, o respeito e a submissão às autoridades. Talvez você argumente comigo
2.
que “importa mais obedecer a Deus do que aos homens” conforme Atos 5.29, então eu lhe respondo que esta
verdade contida neste versículo não dever servir de apoio para rebelião. A obediência ao homem é relativa,
mas a submissão deve ser absoluta. Nossa postura deve ser pautada pela honra e respeito às autoridades
constituídas. Deus se manifesta e opera através dos canais de autoridade que ele estabeleceu sobre as nossas
vidas, desde os nossos pais.
15
Observe a indicação bíblica: devemos cumprir com nossas obrigações, pagar nossos impostos em dia, não
ficar devendo nada a ninguém. Não é correto o cristão sonegar impostos nem viver endividado.
Muitos vêm para a Igreja com dívidas, mas tão logo recebem a orientação da Palavra e passam a ser fiéis
33
a Deus também na vida financeira, o Senhor os abençoa, e com sabedoria, começam a prosperar, podendo
assim, honrar seus compromissos, pagar seus impostos, dando um bom exemplo na vida financeira, sem dever
nada a ninguém, gozando de credibilidade e boa reputação com o zelo inerente ao cristão. “O bom nome vale
mais que as muitas riquezas.” (Pv 22.1)
é literal, mas também, é possível fazer um paralelo à nação onde vivemos. somos brasileiros, devemos amar
nossa nação, acreditar e abençoar a nossa Pátria, e clamar pela manifestação do poder e da justiça de Deus.
vejo muitas pessoas que se sentem constrangidas em dizer sua origem, informar a cidade onde nasceram
ou onde residem. ora, Deus não se enganou ao enviar você para este lugar. floresça, onde estiver plantado. Ame
sua cidade, seja ela pequena ou grande. Abençoe sua cidade, não amaldiçoe,
mesmo que você tenha projetos de mudança, abençoe suas origens e os lugares
por onde passou. Prosperarão aqueles que amam o lugar onde vivem.
0
“E procurai a paz da cidade, para
O Paradigma da Igreja atual onde vos fiz transportar, e orai por
-9
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diante da realidade social:
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78
TÓPICO 2 – CInCO PODERES
1. InTRODUÇÃO
Antigamente, os poderes dominantes eram caracterizados pela
0
quantidade de homens aptos para a guerra, pelos exércitos, pela
quantidade de cavalos, de armas, pelas riquezas do reino. Hoje os
poderes são outros.
2.
2. SETE PODERES
os sete Poderes que mais influenciam a sociedade atual são:
15
• A Família
• Religioso: em especial o cristianismo através da igreja e tantos outros segmentos religiosos.
• Econômico: financeiro, empresas, personalidades, atletas etc.
• Educação e Ciência: poderio da tecnologia, da ciência, que avança na medicina, constrói máquinas,
computadores, mas também armas nucleares.
6.
• Político: que governa nações, independentemente do sistema político adotado, seja democracia,
ditadura, monarquia, etc.
• Arte e Cultura: cinema, teatro, Dança, etc.
• Mídia: um dos setores mais poderosos da atualidade. inclui: televisão, rádio, revistas, jornais,
internet. A mídia forma opiniões; estabelece a pauta nacional, informa e até deforma a sociedade.
33
0
A maior revolução, que acontece no brasil, não é o advento da globalização, nem uma revolução externa,
mas sim, a revolução interna, na mente e no coração do homem, que muda de vida ao ter um encontro com
-9
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Deus.
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Quando a igreja ocupa espaço e posição estratégica em todos os setores da sociedade, acontece a
maior revolução de todas: a transformação do homem. sem dar um tiro, sem alvoroço, sem violência. Não é
a revolução armada, nem da esquerda, nem da direita, é a revolução de Jesus cristo, ensinando ao mundo o
78
amor e a tolerância. Neste espírito, além disto, a igreja de cristo tem reagido e recebido de Deus uma chamada
para o exercício de governo, para abençoar o povo através do governo justo.
Hoje temos o desafio da internet, a igreja também já está utilizando deste espaço tecnológico para levar a
palavra de Deus. Defendemos a ampliação da ocupação da mídia pela igreja como instrumento de propagação
do evangelho às massas. contudo, ressalvamos que qualquer estratégia que a igreja adotar, não substituirá a
eficácia do modelo bíblico deixando por Jesus no Novo testamento:
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os
em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu
0
estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” (Mt 28.19-20)
• Esportes
-9
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78
mau caminho.
o perfil de muitos jogadores brasileiros está
mudando. Antigamente eram conhecidos como
irresponsáveis e boêmios, hoje, existem os “Atletas de
cristo”, que não se envergonham de mostrar e honrar ao
0
senhor Jesus, em suas vidas e em suas camisetas.
2.
Na copa do mundo de 1994, os adivinhadores
diziam em rede nacional, que os astros garantiam que o
brasil não ganharia o mundial; na copa de 2002, a mídia
toda dizia que a seleção brasileira não ganharia a copa;
ambos erraram redondamente. o cristianismo, hoje,
15
• Educação
Dizíamos “a letra mata,” “estudar não é pra nós”. “Pra quê estudar?” entretanto, hoje aprendemos a
6.
importância da educação, descobrimos na palavra de Deus, que Davi era mais sábio que os seus professores,
porque ele meditava na palavra de Deus. (salmos 119:99)
No brasil, a educação é responsável por 75% da ascensão na pirâmide social, ou seja, 75% das pessoas
que ascendem da classe baixa para a classe média e alta, o fazem basicamente, porque seus filhos conseguiram
33
concluir uma universidade. No início dos anos 90, apenas 1% dos brasileiros tinha nível superior, hoje são cerca
de 10%. um avanço do qual os evangélicos fazem parte.
Descobrimos que Daniel, sadraque, Mesaque e
Abdenego eram dez vezes mais inteligentes que os outros
moços do reino da babilônia, porque se abstinham do mal
e serviam a Deus. (Dn 1.20)
Hoje, nossos filhos estão estudando e ocupando
espaços. As igrejas estão abrindo escolas evangélicas e
investindo em educação. estamos contando com um grande
número de irmãos graduados, pós-graduados, especialistas,
mestres, doutores, em muitas ciências. os jovens cristãos
acadêmicos estão estudando, pregando e ganhando outros
forMANDos; Disponível em : www.faculdadesocial.edu.br/ para cristo.
noticias.asp?id=1332em 06.jul.2010
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CIDADANIA
• Finanças
Houve tempo em que se dizia: “crente é pobre, feio e mora longe”. Na
minha época, não se podia falar em dinheiro na igreja, era pecado. toda
campanha financeira era condenada. Até o dia em que passamos a conhecer
a mensagem sobre Jeová-JirÉ, o Deus da Provisão. Hoje, apesar de alguns
excessos e até mesmo alguns abusos, despertamos para a realidade de que
precisamos investir na obra de Deus, e através da fidelidade nos dízimos e
ofertas, e na sabedoria do senhor, podemos prosperar e ter uma vida com
dignidade, conquistando um mínimo de qualidade de vida, com um bom
0
emprego, moradia, alimentação sadia e veículo próprio. Nossas igrejas estão
se enchendo de empresários e empreendedores dispostos a investir no reino, fiNANçAs; Disponível em www.
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nosso povo está prosperando, está construindo mais templos, ocupando adelfsconsultoria.com.br/site/
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index.php?o...; em 06.jul.2010
espaço. Deus está prosperando o seu povo, o qual investe em sua obra.
• Música
tivemos uma grande dificuldade para aceitar guitarra elétrica em
78
nossos cultos, bateria então!!... entretanto, quando descobrimos que o
Louvor e Adoração não ficaram vazios com a queda de Lúcifer, mas a igreja
ocupou espaço, então o louvor tornou-se mais poderoso e impactante,
principalmente em nosso país, onde a musicalidade faz parte do cotidiano
do brasileiro. Hoje, nossas igrejas estão repletas de bandas e estilos variados
0
de louvor, que são um tremendo chamariz e fator preponderante para a
propagação do evangelho.
2.
Músico GosPeL; Disponível em:
A música gospel (evangélica) está ocupando espaço em todos os gêneros www.atarde.com.br/cidades/noticia.
jsf?id=904887; em 06.jul.2010
e ritmos, concorrendo de igual para igual com a música secular, embora não
tenha divulgação equivalente na mídia tradicional.
• Atuação Social
15
Hoje despertamos para a realidade, deixamos a ignorância de lado e estamos nos conscientizando de
que precisamos ser coerentes com nosso modo de vida e nossa visão de Reino, não podemos mais votar em
homens que nos ignoram, desprezam, e subestimam.
Queremos participar e eleger nossos representantes. A Igreja tem bons nomes para compor candidaturas
e representar com dignidade a comunidade evangélica e toda a nação. É bem verdade, que enfrentamos
dificuldades e tivemos algumas decepções, mas estamos aprendendo, amadurecendo e melhorando. Hoje, já
temos políticos evangélicos, dignos e competentes, atuando como vereadores, deputados e senadores. Logo,
teremos também, prefeitos, governadores, e certamente, em breve, poderemos até chegar à presidência da
República. Se o povo de Deus for consciente e unido, faremos uma grande diferença para os destinos da nação.
0
Devido à mentalidade equivocada de parte da Igreja de Cristo, infelizmente a representatividade evangélica
na Câmara Federal e no Senado diminuíram. Este quadro precisa ser revertido urgentemente.
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Sabemos que existem forças do mal, que agem em regiões do país, dos estados e dos municípios. Para
destroná-las precisamos de muita batalha de oração e boas estratégias.
Muitos desses poderes do mal se estabelecem nos palácios do poder público, por isto, toda vez que
elegemos alguém para governar sobre nós, este leva consigo todas as influências espirituais que o rodeiam,
78
se forem influências negativas e se for uma pessoa de postura ligada ao satanismo, à idolatria, à prostituição, à
incredulidade, às bebedices e às coisas perniciosas, esta pessoa, como autoridade, dará legalidade aos demônios
para agirem sobre a área de extensão de sua autoridade. Certamente, uma cidade inteira sofre influência dos
demônios pela legalidade que as autoridades lhes dão. Nesse entendimento, a Igreja tem despertado para
colocar seus representantes, crendo que, com nosso testemunho de vida, nossa postura ética e através do
0
nosso comprometimento com Deus, damos legalidade ao Senhor para agir nas cidades.
2.
“Aquele que escolher o Senhor teu Deus, dentre teus irmãos” Neste texto, entendemos a importância de
não votarmos contra nossos princípios. Devemos escolher dentre os nossos irmãos alguém que seja qualificado,
competente e de bom testemunho para que possa nos representar com dignidade.
“Não poderás pôr homem estranho sobre ti, que não seja dos teus irmãos.” Se colocarmos sobre nós,
como autoridade, homem estranho, com certeza, este não se preocupará em andar de acordo com a palavra
de Deus e atrairá maldições sobre a nação.
É claro, que existem bons políticos fora da Igreja; existem pessoas honestas, competentes e trabalhadoras
em todas as classes, entretanto, devemos nos unir para termos aqueles que representam o interesse maior
do evangelho, da Igreja, das famílias, o que resulta no bem-estar e na qualidade de vida de toda a nação,
sempre com respeito e tolerância pela opinião e postura alheia, resguardando o direito de nos organizarmos
e elegermos nossos representantes.
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CIDADANIA
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Veja o alerta em Deuteronômio 28:36: “O Senhor te levará a ti e a teu rei, que tiveres posto sobre ti,
a uma terra que não conheceste, nem tu nem teus pais; e ali serás escravizado a outros deuses, feitos de
madeira e pedra.”
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Veja ainda: “Eles fizeram reis, mas não por Mim; constituíram príncipes, mas Eu não o
soube; da sua prata e do seu ouro fizeram ídolos para si, para serem destruídos”. Oséias 8:4
O sofrimento vem e a idolatria impera, o povo é dominado por culturas divergentes da palavra de Deus,
78
basta olhar as diversas nações que são dominadas por líderes ligados a toda sorte de heresia, onde o povo
sequer tem direito à liberdade religiosa e os cristãos são perseguidos e massacrados.
Deus opera na legalidade. Ele nos dá o direito de escolha, o livre arbítrio. Para que Deus tenha legalidade,
as autoridades têm que abrir a porta da cidade, do estado, da nação.
0
7. VÓS E O VOSSO REI
2.
“Se temerdes ao Senhor, e o servirdes, e obedecerdes a sua voz, e não vos rebelardes
contra a palavra do Senhor, tanto vós quanto o governante que governa sobre vós,
então estareis sob a proteção do Senhor, vosso Deus.” (I Sm 12.14)
15
Veja que a orientação de Deus é para que o povo e os governantes sirvam a Deus, então as coisas irão
bem. Por isto, precisamos zelar por nosso voto, para que esta palavra seja realidade, precisamos eleger aquele
que realmente irá pautar seu mandato pelo compromisso com os mandamentos do Senhor, que são preceitos
básicos da vida e do respeito ao ser humano, dignos de aceitação por toda e qualquer pessoa em qualquer
lugar do país.
6.
por parte daqueles que foram eleitos pela nossa falta de critério histórico. Eis alguns exemplos:
• Lei Ambiental - Limita o volume do som das Igrejas em média, a 60 decibéis.
• Estatuto da Cidade - Restringe a construção de templos às áreas centrais, e se houver a concordância
de todos os vizinhos, num raio de mais de quinhentos metros.
• Projeto de Lei que permite casamento de pessoas do mesmo sexo e a lei da homofobia. Por que
querem trazer para dentro da Igreja este tipo de situação, mudando os ensinamentos da Bíblia
Sagrada? A quem interessa legislar sobre a religião?
Tributação sobre a arrecadação da Igreja – A Constituição Federal, artigo 150, garante a imunidade
de impostos para as Igrejas. Por que somente agora, se fala em retirar a imunidade? Será que é
porque as Igrejas que estão crescendo não atendem aos interesses da classe dominante?
• Projetos conflitantes com os princípios cristãos tramitam no Congresso e refletem na pauta oficial
do país criada por setores da mídia, tais como:
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representantes estão se mobilizando como foi no caso do novo Código Civil em que foi preservada a condição
das Igrejas, graças à atuação de parlamentares evangélicos no Congresso Nacional. Não queremos privilégios,
apenas respeito, dignidade, justiça e igualdade de oportunidades.
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transporte, hospital, coleta de lixo, previdência e, entre outros, o direito da ação política participativa. Esses
direitos são benefícios que o povo de Deus usa, sabendo que tudo isto é administrado pelo sistema político.
Sem a gerência da política é impossível administrar a sociedade e providenciar o que é necessário para que
se desfrute da cidadania com dignidade, conforto e prosperidade. A Igreja deve assumir o papel de orientadora,
0
com interferência significativa na sociedade, defendendo com compromisso e competência os ideais bíblicos,
que crê, prega e vive. Quem participa da Igreja espera que ela tome posições coerentes e firmes na defesa dos
2.
ideais cristãos, destacando-se como agente transformador da sociedade. Por isto a Igreja deve disponibilizar
dentre seus quadros, pessoas qualificadas e competentes para contribuir com o país na vida pública.
“Os ímpios circulam por toda parte, quando os vis são exaltados entre os homens.” (Sl 12.8)
33
A percepção da clareza da assertiva chega a ser redundante, se o ímpio governar, o mal vai triunfar, o
povo sofrerá, a corrupção aumentará, a Igreja será perseguida e desprezada, a miséria vai crescer aumentando
a distância entre ricos e pobres.
Se elegermos o justo, não somente justificado pelo sangue do Senhor Jesus Cristo, mas também que age
com justiça, honestidade, retidão, conseqüentemente o povo vai prosperar, as leis virão em defesa da família,
as Igrejas serão honradas, não privilegiadas, mas respeitadas e valorizadas e o evangelho será pregado sem
embaraços.
0
9.3. O AnALFABETO POLÍTICO
“o pior analfabeto é o analfabeto político. ele não ouve, não fala
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nem participa dos acontecimentos políticos.
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A HorA DA Decisão; do Acerto do
Pr. Jair Miotto; em 23.jul.2010
o analfabeto político é tão tolo, que se orgulha e estufa o
peito dizendo que odeia a política. Não sabe ele, que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor
abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e
desonesto.” Bertolt Brecht, adaptado.
0
“o mal cresce e se prolifera, nem tanto pela ação dos ímpios, quanto pelo silêncio e omissão dos justos.”
2.
10. DEMOCRACIA REPRESEnTATIvA E PARTICIPATIvA
Note que nosso voto visa colocar no Poder alguém que represente o nosso pensamento e a nossa maneira
de agir, alguém que seja a nossa voz no exercício do mandato, que vote e apresente projetos de acordo com
a nossa ideologia de vida, alguém que verdadeiramente seja a expressão de nossa vontade, alguém que nos
15
represente.
Por isto, vemos que muitas vezes o incrédulo não vota no cristão, porque tem divergência de pensamento,
com certeza o cristão não representa o quê o incrédulo pensa. entretanto vale indagar, por que então o cristão
deveria votar em um incrédulo? ora, se o ímpio não pensa como nós, com certeza não defende os valores do
6.
A Igreja deve ter critério ao sugerir candidatos, não basta tão somente se dizer irmão, deve ser de fato salvo,
convertido, fiel, trabalhador, não podemos mais ser enganados ou alienados, devemos escolher sempre alguém
comprometido com a palavra do evangelho; comprometido com Deus e com o povo que representa, íntegro e
competente, com propostas e projetos para criar e desenvolver políticas públicas em prol da coletividade, para
que não seja um retrocesso e uma vergonha para o Evangelho, tanto quanto zelamos pelo púlpito, devemos
zelar por aqueles que indicamos para nos representar.
Nosso compromisso com a ética e a moralidade deve ser rotineiro e nossa postura deve ser exemplar,
nossos representantes precisam ser ícones nesta área, como o Senhor Jesus, que nunca fez ou disse nada
escondido, tudo o que o político cristão faz ou fala, deve ser pautado pelo interesse público, sem negociatas
0
nem falcatruas. Deve trabalhar por todos não somente para o setor que representa. Quando nossos políticos
agirem assim receberão votos e apoio de toda a sociedade e não somente da Igreja.
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“Porque o judeu Mardoqueu foi o segundo depois do Rei Assuero, era grande para com os
judeus e agradável para com a multidão dos seus irmãos, procurando o bem do seu povo e
trabalhando pela prosperidade de toda a sua nação.” (Et 10.3)
0 78
“Pois o que nos preocupa é procedermos honestamente, não só
perante o Senhor, como também diante dos homens.” (2 Co 8.21)
“Em verdade vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e
fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus.” (Mt 5.20)
2.
A legítima atuação política é abençoar, seguindo o perfil do Mestre: “Eu vim para que tenham vida e a
tenham em abundância.” (Jo 10.10)
6.
5) Deve ser um servo de Deus que não busca riquezas pessoais (Dt 17.17);
6) Deve ser alguém que cumpre os mandamentos de Deus (Dt 17.18- 19);
7) Deve ser homem de Deus que não pode se ensoberbecer no poder (Dt 17.20).
A única coisa que nos compra é o sangue de Jesus, que nos comprou deste mundo e nos deu a salvação.
“...porque vendem o justo por dinheiro e o pobre por um par de sapatos, suspirando pelo pó da
terra sobre a cabeça dos pobres, eles pervertem o caminhos dos humildes...” (Amós 2:6,7)
0
Então esta nação é abençoada e, como fruto desse governo, ela prospera na saúde, na educação, no bem-estar
econômico, no conhecimento, na liberdade de ir e vir, de pensamento e de fé, tornando-se uma referência a
-9
ser seguida.
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Adoramos o nosso Deus, O conhecemos e nos sujeitamos à sua vontade. Como eleger aquele que não
partilha dos mesmos princípios, que não tem o mesmo comprometimento para com a vida e para com a
sociedade?
78
É tempo de unidade. Um membro da nossa Igreja, e um membro do nosso Ministério precisa ser leal à
Igreja, além de ser leal ao Senhor. Precisamos visar os interesses gerais da Igreja, e não os interesses pessoais
e locais em primeiro lugar, pois só assim virá a bênção de Deus sobre de nós de maneira plena.
“E lhes darei um só coração, e um só caminho, para que
0
me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos.” (Jr 32.39)
2.
“Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.
É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba,
a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes.
15
Não podemos ficar na inércia, a Igreja deve sair do “deitado eternamente em berço esplêndido” fazendo
a transição para agir, atuar, conforme sugeriu nosso Vice-Presidente da República, José de Alencar, mudar para
“desperto, vigilante em solo esplêndido”.
14.1. UM ALERTA
Com José no governo, Deus abençoou Israel e todo o Egito, através da atuação de um homem, Deus
preservou duas nações. (Gênesis 41 a 50)
Entretanto depois da morte de José o povo de Israel não se preocupou em colocar alguém no trono, não
se organizou e passou a ser escravizado, mesmo sendo maioria era dominado por uma minoria organizada.
Foram 430 anos de escravidão.
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“E José morreu, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração. E os filhos de Israel frutificaram
e cresceram muito, multiplicaram-se e se fortaleceram muito, e a terra se encheu deles. Um novo
Faraó surgiu no Egito que não conhecera José, e este disse: eis que o povo dos filhos de Israel
é mais numeroso e mais forte do que nós. Usemos de astúcia para com eles, para que não se
multiplique... então puseram sobre eles exatores para os oprimirem com trabalhos forçados...
e os egípcios cruelmente faziam os filhos de Israel servir como escravos. Os egípcios lhes
0
amarguravam a vida com serviços pesados em barro e tijolos e com toda sorte de trabalhos no
campo,... os faziam servir com crueldade.” (Êxodo 1:6-14)
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Por isto a necessidade de nos organizamos e nos unirmos em torno de um propósito comum, superando
obstáculos e preconceitos internos e denominacionais, priorizando as questões maiores da defesa do povo
de Deus.
0 78
2.
15
RESUMO DO CAPÍTULO 5
Neste capítulo estudamos sobre a Teologia Política Prática, observando os aspectos principais da
6.
consciência e da conduta do cristão em relação à sua participação na vida pública, elegendo seus representantes
através do voto. Ressaltou-se aqui a necessidade de unidade para uma ação transformadora e abençoadora
por parte da Igreja e de cada cristão para com a sociedade.
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CAPÍTULO 6
POLÍTICA nÃO É PECADO
TÓPICO 1 – COnSCIEnTIZAÇÃO
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2.
1. InTRODUÇÃO
A igreja evangélica brasileira tem se dividido em relação à participação no
processo eleitoral e político do país. Parte dos nossos irmãos ainda mantém
6.
vozes podem se fazer ouvidas quando a Igreja entende que está dentro do contexto da nação e da sociedade
e é afetada e até pode ser limitada pela ação e decisão dos governantes e parlamentares que a representa ou
que legislam sobre os assuntos nacionais e religiosos. Não basta nos fiarmos na Constituição, precisamos ficar
atentos aos atos parlamentos, às propostas, aos projetos de lei que tramitam no Senado, na Câmara Federal,
nas Assembléias Legislativas, nas Câmaras de Vereadores. Além de estar atentos precisamos acompanhar os
processos e quando necessário reagirmos e nos movimentarmos corretamente, responsavelmente, eticamente,
exercendo a nossa cidadania dentro da visão cristã. A Igreja Evangélica brasileira não pode mais ficar alienada
às questões nacionais, precisa como Jesus ensinou: “Vigiar e Orar”.
Este é o espírito com o qual abordaremos os assuntos deste capítulo. Vamos lá?
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2. OS CIDADÃOS E A RESPONSABILIDADE COM O VOTO
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“E tu, dentre todo o povo, procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que
aborreçam a avareza e põe-nos sobre eles.” (Ex 18.21)
Mesmo não sendo deste mundo, pois nossa natureza foi mudada pelo Senhor Jesus e a ele pertencemos –
78
estamos vivendo neste mundo, com sistemas organizacionais necessários: Estamos no mundo para testemunho
Portanto, agir com responsabilidade frente à eleições é de suma importância para o cristão. Quando
evocamos a responsabilidade cristã na eleição, não estamos nos referindo ao fato do crente ir à urna e depositar
0
seu voto tão somente. A responsabilidade precisa navegar por águas mais profundas, ou seja, por todo um
conjunto de fatores que envolvem a política e a eleição propriamente dita. Não participar de um processo político
2.
tão importante para a Nação, como é o caso das eleições, é agir irresponsavelmente, uma vez que podemos e
devemos fazer com que o reino de Deus e a sua vontade sejam realidades no âmbito político e governamental.
As Escrituras nos orientam como termos nossos governantes. Isso significa que somos responsáveis por eles.
Essa responsabilidade passa também pela escolha, que é feita num processo de eleição. Portanto, nenhum
crente deve ficar alheio à prática e participação política, antes, deve participar com responsabilidade.
15
Como eu disse na introdução do capítulo, o cristão precisa estar a par dos problemas sociais, não
comercializar o seu voto, pois o voto é inegociável. Negociar o coto é corromper a consciência política e negar
a maneira de ver a realidade social do meio em que se vive. É trair a Nação. É pecado.
Na prática, é bom enfatizar, e é necessário saber que o que deve influenciar o nosso voto é a análise séria
6.
das necessidades do nosso povo, das propostas de atuação dos candidatos e da ideologia do partido político
que o candidato adotou. Verifique também a trajetória do candidato, sua biografia, seu trabalho.
A Família Quadrangular é conclamada para que se uma neta visão, a fim de promover a justiça social e o
temor a Deus dentro dos meios governamentais, para que a sociedade sinta esses reflexos positivos e, assim,
33
viver melhor.
Meu aluno, consciente ou não, querendo ou não, uma pessoa toma uma das seguintes posições políticas:
• Alienado;
• Conscientizado;
• Engajado.
Como professores, através deste nosso estudo, estamos procurando leva-lo à segunda e terceira posições,
pois a mais prejudicial e trágica é a primeira. Acreditamos que você tem compreendido o embasamento
teológico-bíblico e a urgência paradigmática para a adotação de uma nova visão, uma nova postura, uma nova
linguagem e uma nova ação. A Igreja tem uma missão no governo do mundo.
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o mundo é novo, não sei se é admirável, mas
podemos constatar que é novo, e as novidades não são
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novas, não querendo filosofar, mas já filosofando, a
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por leis contrárias, modo de vida contrário aos valores do
reino de Deus, se fala em uma nova ordem mundial, uma
filosofia contrária à de Deus, mantida por intelectuais
ateus e contrários aos princípios do reino de Deus. Nesse
contexto a igreja fica alienada. Alguém disse que “a igreja
0
chega, mas chega tarde”. Diz a lenda entre as igrejas
principalmente as evangélicas que política é pecado,
com esse lema, vamos-nos alienando, nos isolando, não
2.
atendendo as expectativas das pessoas, não exercendo
a tarefa profética da igreja, não se posicionando e não
trazendo os valores do reino de Deus para o mundo
inserir fiGurA: PoLÍticA e reLiGião; Disponível em: blogs.
contemporâneo. chegamos ao descalabro de termos uma maiscomunidade.com/blogdocallado/page/2/; em 27.jul.2010
15
• Dicas:
Politica não é para escravizar, mas para ajudar.
Politica não é pecado, pecado é corrupção, roubo e opressão.
Politica é para ajudar pessoas.
Politica visa o bem estar da sociedade.
33
os políticos cristãos devem ser honestos e comprometidos com o bem estar da sociedade.
os políticos cristãos devem ter a vocação para o serviço.
os políticos cristãos devem ser comprometidos com os valores do reino de Deus.
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RESUMO DO CAPÍTULO 6
Neste capítulo estudamos sobre a consciência que devemos ter a respeito da política e da responsabilidade
para com o voto, bem como, sobre o tema “Política não é pecado”.
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Redija uma redação sobre o tema: “POLÍTICA NÃO É PECADO”. (No mínimo, 25 linhas)
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FInAL
caro(a) Aluno(a)!
caminhamos até aqui para lhe transmitir o conhecimento das verdades bíblicas quanto a Governo e a
aplicação prática das verdades para que a igreja de Deus continue cumprindo a sua missão e o seu destino
histórico e de transformação social através de uma ação consciente, unida e responsável.
Que cidadania tenha lhe ajudado a ampliar os seus horizontes, e lhe dê a formação necessária para
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continuar combatendo o bom combate até o dia que você terminará a sua carreira guardando a fé.
felicidades, muitos frutos, e uma reprodução saudável do seu caráter na vida daqueles que o senhor
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lhe confiar.
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REFERÊNCIAS
CHAMPLIM, R. N.; BENTES, J.M. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia.São Paulo: Candeia,1997, p. 944
VAUX, Roland De. Instituições de Israel no Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, p. 119, 2004
TENNEY, Merrill C.; Novo Testamento - sua origem e análise, O; São Paulo: Editora: Shedd Publicações.
STOTT, John R. W.; O CRISTÃO EM UMA SOCIEDADE NÃO CRISTÃ; Niterói: Ed. Vinde; 1989.
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AMORESE, Rubem Martins; EXCELENTÍSSIMOS SENHORES; Viçosa: Ed. Ultimato; 1995.
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FRESTON, Paul; EVANGÉLICOS NA POLÍTICA BRASILEIRA: História ambígua e desafio ético; Curitiba: Ed.
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Encontrão; 1994.
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