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Saúde Emocional

“Não basta ser cristão, é preciso viver a vida com saúde emocional,
mental e espiritual.”

SOCORRO, ESTOU DOENTE!

O médico descobre o que o paciente tem, através dos sintomas que ele
apresenta. Quais seriam alguns dos sintomas que evidencia. “Um
coração doente”. Em Ef 4.31 e Fl. 4.6,7,8,11, Paulo nos ajuda a
compreender estes sintomas e como viver a vida com “saúde interior”.

Nove sintomas:
a) “Amargura” (Gr) “pikia” esta palavra aparece três vezes nas páginas
do N.T.,a saber,aqui, em Atos 8.23 e Rm. 3.14. Significa uma disposição
dura, maliciosa,
inclinada ás contendas. Na linguagem diária, esta palavra era usada para
indicar o “gosto amargo” que certas coisas tem ao nosso paladar. Muitas
pessoas ficam “amarguradas” devido ás experiências da vida, pela
derrota, pelo ludíbrio, pelo desapontado, e vivem a manifestar formas de
amargura e ressentimento, como uma espécie de autodefesa; mas não
demora que tal atitude se torne parte permanente de seu caráter.

b) “Cólera” Este termo deve ser entendido como excitações temporárias


de furor, “explosões” de ira. A cólera é uma das manifestações de
egoísmo, mediante o que o indivíduo iracundo ´´ataca´´ a seus
semelhantes, quando não consegue as coisas a seu jeito, em qualquer
situação. Tanto a cólera como a ira pode resultar de um espírito
amargurado.

c) “Ira” No grego é “orge”, similar ao vocábulo usado no versículo 26


deste cap. , e também traduzido nesta versão portuguesa por “ira”.
Temos aqui um “ódio” profundamente arraigado, que resulta em
explosões periódicas de “cólera”. Pois é evidente que cólera é uma
forma de ódio, produzindo os mesmo resultados prejudicais tanto para o
indivíduo iracundo como para o objeto do seu ódio. Devemos pensar
aqui em um “sentimento duradouro”, em que o indivíduo não perdoa a
outrem, tomando uma atitude diametralmente oposta da longanimidade e
da bondade.
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d) “Gritaria” No grego é “Krauge”, que significa literalmente “clamor”
“grito”, mas que, figuradamente era termo usado para indicar os
acontecimentos e as condições lamentáveis, como, por exemplo, “a
morte de Jesus”, a aflição da mulher no parto, etc. Mas neste ponto,
indica as “explosões de cólera” em gritos clamorosos. Pode se imaginar
a voz estrangulada e rançosa que difama e ataca a outros.

e) “Blasfêmias” Neste ponto não devemos pensar em declarações


“heréticas”, mas sim, em termos gerais, “palavras injuriosas”. Tal
vocábulo é usado para indicar as injurias proferida pelos homens contra
Deus ou contra seus semelhantes, mas este último aspecto humano é
especialmente frisado. No dizer de Alford, trata-se do “...solapamento
insidioso da calúnia e da suspeita maligna”.

f) “Malícia” No grego se encontrava o vocábulo “Kakia”, que significa


“maldade”, “depravação”, “iniqüidade”, “vício”, mas que tem aqui,
particularmente, o sentido de “má vontade”, “malignidade”, “malícia”.
Um “espírito maligno” parece ser o significado deste versículo; e tais
atitudes têm muitas e variadas manifestações. Talvez este mal, deve ser
considerado “raiz de todos os demais” (da lista anterior).

g) “Ansiedade” (Fil. 4. 6) Esta palavra pode ser definida como um


sentimento íntimo de apreensão, mal estar, preocupação, angústia e/ou
medo, acompanhado de um despertar físico intenso. Ela pode surgir
como uma reação a um perigo específico identificável, ou em resposta a
um perigo imaginário com a expressão “angústia vaga, flutuante”. São
vários os tipos de ansiedade identificados (e.g.,real, fóbica, ego-
neorótica, básica, aguda e crônica, normal, moderada e intensa) .

h) “Poluição mental” (Fl. 4.7,8; Tt.1.15) Tudo começa na metade.


Todos os homens que viveram uma vida de excelência, ganharam a
batalha na mente e mantiveram cativos seus pensamentos corretos. Você
é aquilo que pensa (Pv. 23.7): “Pois como imaginou em sua alma , assim
é”. Muitos constatam isso e não se surpreendem: as ações que vão
saindo de dentro de nós são exatamente nossos pensamentos que foram
entrando.

i) “Descontentamento” (Fl. 4. 11) A insatisfação crônica, é um dos


sintomas que mostra o quanto uma pessoa esta doente no seu interior. O
descontentamento a ausência de espírito de gratidão.
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 Você vive do passado e tem medo do futuro?
 Está deprimido e sentindo-se vazio por dentro?
 Está preso á opinião das pessoas a seu respeito?
 Leva para o lado pessoal as atitudes de estresse de todo o mundo
ou se sente excluído quando alguém o olha atravessado?
 Está sempre ocupado demais a ponto de achar que sua vida está
descontrolada?
 Tem hábitos de comportamento compulsivos?
 Sente-se culpado por dizer não, mesmo quando fez isso por
motivo corretos?
 Está paralisado pelo medo?
 Tem pavio curto? Como reage á recepção?
 Teve algum relacionamento destrutivo na vida?
 Você é dependente de aprovação?

Não ignore.
Ignorar os sinais de aviso não vai fazer os problemas irem embora. È o
mesmo que ignorar o aviso de que o tanque de gasolina está ´´vazio´´ e
esperar que o carro continue andando.

Não dê desculpas.
Muitos de nós damos desculpas para nossas dores emocionais em vez de
procurarmos o problema que as está causando.

Não doure a pílula.


Muitas vezes, abrigamos nossa dor com uma casa bonitinha, com
roupinhas enfeitadas e uma posição de prestígio.

Não disfarce.
Muitos disfarçam com empreendimentos e ocupação excessiva.

Não finja que a dor não existe.


Muitos de nós não temos a mínima idéia do motivo da nossa dor porque
fingimos que está tudo bem.

Não adie o tratamento.


Não adie o tratamento de seus sinais de alerta, caso contrário eles é que
vão cuidar de você.
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Os Seis Grandes
Problemas do Casamento

A Bíblia ensina que não existe provação que “não seja


humana”. A psicologia moderna e a mente popular desejam
que pensemos que cada um de nós é totalmente diferente dos
outros. Assim também, muitas pessoas crêem que seus
problemas são singulares. Contudo pela minha experiência
em aconselhamentos, vejo que a vida corrobora o que a
Palavra de Deus diz: o pecado é comum a todos os homens, é
“humano” (1 co 10. 13.). O casamento e o lar enfrentar seis
inimigos principais. Felizmente, a maioria das pessoas não
está sendo afligida por todos eles – se cooperarmos com ele.
Você já pensou seriamente em nossa principal afirmação de
que “quando um homem natural é cheio do sobrenatural, do
Espírito Santo, ele se torna diferente”? Em que consiste essa
diferença? A plenitude do Espírito não nos torna mais
elevado. Contudo, ele nos torna mais belos na aparência, nem
nos dá mais talentos, ou um Q.I. mais elevado. Contudo, ele
nos capacita a usarmos nossas habilidades em todo o seu
potencial, de tal forma que pode parecer que ele nos deu
novos talentos. Na verdade, o que ele fez foi libertar-nos de
algo que nos inibiu durante toda vida.

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Analisemos os doze produtos ou fruto do Espírito que surgem
em nossa vida, quando dele estamos cheios. “Um cântico no
coração” “um espírito agradecido” e “uma atitude de
submissão” – todas essas coisas são reações emocionais,
assim como os outros nove frutos: amor, alegria, paz...
Costumamos associar ao coração esses sentimentos
agradáveis, e está certo. Os cientistas falam desse coração
como o centro do organismo acha-se neurologicamente ligado
a todos os órgãos vitais do corpo. Se um problema emocional
qualquer se prolonga por certo tempo, ele acabará por afetar
alguma parte do corpo – geralmente o ponto mais fraco. È a
isso que chamamos “doença provocada por distúrbios
emocionais”.
Ali ele relaciona seqüência e uns males que o próprio
indivíduo atrai para si, devido a conflitos emocionais. Todo
crente que ler aquele livro entende o que os médicos querem
dizer quando afirmam que 65 a 80 por cento das doenças são
causadas por distúrbios emocionais. Isso significa que não.
Mas isso nada seria, ser comparado com a felicidade que o
fato traria para os lares desses crentes. Não existe nada que
tenha mais influência para afastar os jovens de Cristo e da
igreja, do que pais emocionalmente perturbados.
Naturalmente, eles não esperam que os pais sejam perfeitos,
mas querem que sejam pelos menos mais controlados
emocionalmente - os que são um desejo bem razoável.
Quando os pais são cheios do Espírito Santo, eles realizam
esse desejo no lar.

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Saúde Emocional e a Infância

Elementos nocivos ao bom desenvolvimento infantil:


- Humilhação causada por familiares, parentes e/ou amigos.
- Brigas entre os cônjuges.
- Longa ausência dos pais no período de crescimento da criança.
- Excesso de afazeres dos pais.
- Falta de tempo para diálogo por parte dos pais.
- Falta de tempo para lazer e recreação com os filhos.
- Dificuldades financeiras da família.
- Excesso de castigo físico (espancamento).
- Excesso de punições (não dar presentes, impedir de brincar com os
colegas).
- Excesso de atividades domésticas.
- Violência doméstica por parte do pai (quebrar tudo em casa, ou,
espancar a esposa e filhos).
- Falta de reconhecimento de sua pessoalidade.
- Ausência de elogios ou de valorização pessoal por parte dos pais.
-Falta de cuidados com a saúde física e mental.
-Ausência de contatos físicos (positivamente reforçados como beijo,
abraço e afago).
-Excesso de xingamentos, palavrões e depreciação pessoal.
-Solidão (ausência de amigos e de relacionamentos saudáveis).
- Excessivo zelo religioso.
- Criação com excesso de limites, ou ausência de limites.
Estes são apenas alguns elementos presentes na maioria das famílias que
enfrentam dificuldades com seus membros que sejam dependentes
químicos.
Podemos entender claramente que a estrutura familiar influencia de
forma direta quanto à formação do caráter do dependente químico.
Nesse ambiente familiar, seja o homem ou a mulher, ambos tendem a
buscar soluções imediatas para alívio de suas tensões emocionais.
A vida emocional nesse contexto familiar se desenvolve de maneira
deformada.
A pessoa cresce sem referencial afetivo e dentro de si existem muitas
tensões emocionais. Ela não sabe como lidar com tais pressões, tentando
delas se aliviar o mais rápido possível. Sendo que nem ela mesma sabe o
que a motiva a agir dessa ou daquela maneira.
O usuário, dependente químico, vive em constante desequilíbrio
emocional. Seu humor é algo inconstante.
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Valores Emocionais

Os dependentes químicos apresentam alguns pontos em


comum, quanto aos seus valores emocionais.

- Baixa auto-estima.
- Sentimentos de rejeição.
- Sentimentos de inferioridade.
- Sentimentos de superioridade (quando estão sob o efeito
químico).
- Medo de seus medos (pânico).
- Desejo de ser amado.
- Sentem-se injustiçados pelos familiares e pela sociedade.
- Têm mudanças constantes no humor.
- Falta de equilíbrio emocional.
-Agem sempre em função da emoção.
- Vivem mentindo para si e para o próximo.
- Não conseguem ser real consigo mesmo.

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Afetividade

Um fator a destacar nessas famílias é o fato de os pais terem


dificuldade de lidar com a afetividade.

Podemos ver alguns exemplos, no caso do homem:

- Pai muito severo e autoritário.


- Pai dominador.
- Pai prepotente.
- Pai insensível.
- Pai retraído.
- Pai fraco.
- Pai apático.
- Pai impotente.
- Pai irresponsável.

No aspecto feminino poderíamos destacar:

- Dificuldade para expressar amor e carinho.


- Excesso de trabalho.
- Falta de tempo para o convívio com a criança.
- Excesso de castigo físico.
- Indiferença ou alienação quanto ao crescimento e
desenvolvimento emocional, escolar, físico e psicológico da
criança.
- Falta de limites.
- Excesso de limites.

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A estrutura familiar do dependente químico, de maneira geral,
não consegue atender as necessidades emocionais de seus
membros. Quase geralmente - dor, tristeza, desamor, angústia,
medo e ódio - são elementos presentes de forma marcante
nestes lares.
Sem conseguir lidar com as tensões emocionais, a pessoa
procura alívio imediato para seus conflitos internos.
As drogas e o álcool são usados de maneira ineficaz para
resolver os conflitos internos.

Em sentido geral existe transtornos emocionais devido a motivos pré-


conscientes e inconscientes*, que conduzem o dependente químico ao
uso constante de drogas ou bebidas alcoólicas.
Pacientes que usam drogas normalmente são aqueles que crescem sob
condições graves de privação afetiva e familiar...**

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A Infância

As primeiras fases do desenvolvimento infantil são a base, o


alicerce, para o transcorrer da vida da criança, passando pela
fase adulta, até chegar à morte.
O que ocorrer nesse período serão fatores determinantes quanto
à visão de mundo dessa criança e quanto ao seu pleno
desenvolvimento.
Pensando-se um pouco acerca da teoria freudiana sobre a mente
humana, ela fala de três termos chamados de ‘ consciente’,
‘pré-consciente’ e ‘inconsciente’, com os quais poderemos ser
bem-sucedidos em nossa descrição a cerca dos fenômenos
mentais. Vejamos.
A criança recebe informações emocionais desde o ventre
materno. E por este motivo ela deve ser tratada com amor,
carinho e respeito desde a fecundação até o nascimento bem
como no decorrer de toda a sua infância. As informações
emocionais que a criança recebe são assimiladas por sua mente.
O inconsciente, sempre ocupou um lugar importante de
questionamento muito antes de Freud. Todos os estudiosos da
psique sempre escarafuncharam o assunto.
Há muito tempo se questiona a respeito de fatos inconscientes
existentes na estrutura psicológica do homem.
A descoberta do inconsciente foi realizada de forma paulatina.
Inicialmente conclui-se que havia um limiar na consciência.
Depois descobriu-se que existia material registrado
mentalmente abaixo do limiar, o que foi chamado de
subconsciente***, (que nós psicanalistas chamamos de pré-
consciente ou pré-consciência). Muito tempo depois, partindo-
se de doutrinas dos psicopatologistas,
chegou-se ao reconhecimento da existência de fatos
inconscientes e de atividades psíquicas inconscientes que
influenciavam o comportamento humano.

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Outro fator importante, que devemos prestar bastante atenção, é
que a criança aprende imitando. Esta é a maneira pela qual a
criança assimila seus valores de julgamento ético, e os porá em
prática na vida adulta.
A criança integrará à sua personalidade aquilo que creia ser os
valores e princípios básicos de seus pais.
Freud mostrou no “Caso do pequeno Hans” como é prejudicial
à criança o adulto responder com mentiras às perguntas feitas
por ela, pois a induz a mentir e lhe cria sérios conflitos.
Podemos então pensar que as pessoas, que convivem com a
criança sejam, adultos, pais, tios, avós ou parentes na sua
infância, são espelhos que elas observam e a partir dali
aprendem atuar.
Para a criança, as nossas atitudes ensinam muito mais que os
nossos discursos. E se o discurso não estiver de acordo com a
atitude, certamente ela perceberá.
Os elementos que afetam a vida adulta (medos, fobias, manias,
obsessões) estão ligadas à infância.
A resposta emocional que damos ao anúncio do nascimento de
uma criança é de grande importância para o feto.
Muitos problemas assim seriam eliminados, já ali, se
claramente houvesse aceitação por partes dos pais.
A gravidez indesejada traz sérios problemas para o feto em
desenvolvimento.
Amor, carinho, aceitação, compreensão, bondade e amizade,
são elementos que todo ser humano precisa.
E isso deve estar presente desde a infância de maneira clara,
indubitável e inconfundível.
* o trabalho de pesquisas realizado por Freud apresentou de forma sistemáticas os mais diferentes
aspectos do inconsciente.
inconsciente. Ele iniciou pesquisando as recordações, relevando que lembranças que
pareciam perdidas poderiam voltar à consciência. Sendo que aqueles episódios, cenas, fatos e
acontecimento passados nos primórdios de nossas vidas que não são lembrados ou não voltam à
consciência, são fatos e elementos que de alguma maneira nos afetam.
afetam.
** Séculos XX e XXI O que permanece e o que se transforma, Ed. Lemos, pg91.
***Conjunto de atividades psíquicas que não se manifestam na consciência de fato, mas que podem
ser invocadas por ela. Diferencia-se do inconsciente por ser este inacessível à consciência.

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Descubra o tipo de personalidade do seu filho
Agora você tem uma compreensão mais clara das categorias
básicas de tipos de personalidades, pode lhe ser útil dar uma
olhada nas preferências de seus filhos. Lembre-se de que a
personalidade de uma criança ainda está em desenvolvimento, e
ainda que algumas de suas preferências possam ser muito
claras, outras podem ser ambíguas.

Descobrir o tipo de seu filho (Extraído de One of a Kind, de


La Vonne Neff)

Se seus filhos são pequenos, ou se você não quer que façam o


teste de indicador, apenas o observe-os. O que vê?

1. Seu filho:

 Age rápido, às vezes sem pensar?


 Cansa-se de trabalhos ou jogos demorados e lentos?
 Gosta de aprender fazendo?
 É tagarela?
 Gosta de atividades novas?
 Gosta de fazer coisas com os outros?
 Importa-se com o que as outras crianças pensam?
 Descarrega emoções, quando ocorrem?
Essas são todas as características de extrovertidos.quando seu
filho está agindo dessa maneira ele está extrovertendo.

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2. Seu filho:

 Pensa antes de agir?


 Trabalha ou brinca pacientemente durante longo
período de tempo?
 Gosta de aprender lendo?
 Guarda as coisas para si?
 Hesita em experimentar algo novo?
 Tem poucos amigos íntimos?
 Quer um lugar tranqüilo para trabalhar ou brincar?
 Estabelece seus próprios padrões, apesar da opinião
dos outros?
 Contém as emoções?
Todas essas são características dos introvertidos. Quando seu
filho age assim ele está introvertendo.

3. Seu filho:

 Aprecia atividades familiares e de rotina?


 Quer saber o jeito certo de fazer as coisas?
 Observa cuidadosamente e se lembra de muitos
detalhes?
 Memoriza facilmente?
 Pergunta “Aconteceu mesmo?”
 Gosta de colorir desenhos?
 Gosta de colecionar objetos?
 Gosta de atividades manuais?
 Parece equilibrado e paciente?
São todas características de tipos que tendem à sensação.
Quando seus filhos agem assim, estão percebendo mediante os
sentidos.

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4. Seu filho:

 gosta de aprender coisas novas?


 Gosta de ser diferente?
 Aprende depressa mas esquece detalhes?
 Tem uma imaginação viva?
 Usa os brinquedos de formas novas e originais?
 Perde coisas com freqüência?
 Passa rapidamente de um interesse pelo outro?
 Trabalha, pára, brinca, volta a trabalhar, pára, brinca?
Essas são características de tipos intuitivos. Quando a criança
age dessa maneira ela está percebendo por intuição.

5. Seu filho:

 pergunta muito “por quê”?


 insiste em explicações lógicas?
 Assusta-se quando se comete injustiça com alguém?
 Gosta de arrumar as coisas ordenadamente?
 Demonstra mais interesse em idéias do que em
pessoas?
 Sustenta com firmeza aquilo em que acredita?
 Não parece à vontade com respeito a afeto?
 Quer que nos jogos haja regras, e que sejam
respeitadas?
 Gosta de ser elogiado quando faz alguma coisa certa?
Os tipos pensadores têm essas características. Quando seu filho
se comporta dessa maneira ele está fazendo julgamentos
fundamentados no pensamento.

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6. Seu filho:

 gosta de falar ou ler sobre pessoas?


 Gosta de ser elogiado por se preocupar com os
outros?
 Assusta-se se vê alguém infeliz?
 Conta histórias expressivamente, com muitos
detalhes?
 Tenta ser discreto, mesmo que isso implique mentir?
 Demonstra mais interesse em pessoas do que em
idéias?
 Em geral concorda com as opiniões dos amigos?
 Gosta de ouvir que você o ama?
 Relaciona-se bem com outras crianças, professores e
parentes?
São características do tipo “sentimento”. As crianças
comportam-se assim porque estão formulando apreciações
fundamentadas no sentimento.

7. Seu Filho:

 gosta de saber o que vai acontecer?


 Sabe como as coisas “deveriam ser”?
 Aprecia fazer escolhas?
 Em geral trabalha antes de brincar?
 Disciplina-se para fazer o que deve ser feito?
 Tem metas claras?
 Tem opiniões definidas?
 Mantém seu quarto em ordem?
 Gosta de receber responsabilidades?
Todas essas características são sinais de que a criança é do tipo
“avaliador”. Ela se relaciona com o por meio de sua função de
avaliação.

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8. Seu filho:

 Aprecia a espontaneidade?
 Demonstra muita curiosidade?
 Gosta de testar novas experiências e idéias?
 Aprecia fazer do trabalho um jogo?
 Tenta superar-se?
 Adapta-se bem a mudanças circunstanciais?
 Conserva a mente aberta?
 Não se importa com o fato de as coisas estarem fora
do lugar?
 Gosta de entender tudo que estiver acontecendo?
Quando seu filho tem esse comportamento ele está se
relacionando com o mundo por meio da função de percepção.

PESQUISANDO MAIS FUNDO

O modo mais preciso de identificar o tipo de personalidade é por


meio do Indicador de Tipo Myers-Briggs, ou para seus filhos o
Indicador de Tipos para Crianças Murphy-Meisgeier. Procure
um psicólogo ou conselheiro cristão qualificado que possa
ajudá-lo na aplicação do teste.

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A Família é de Importância para as Crianças

A família de uma criança é, notadamente, a influência de maior


importância em sua vida. Nenhuma outra chega tão perto dela. O lar
molda o seu caráter e personalidade. É verdade que o temperamento
herdado constitui uma forte contribuição para sua formação, mas a vida e
a criação recebida no lar é que determinam a direção que o temperamento
irá tomar. Por exemplo, suponhamos que nasçam duas crianças com
temperamento colérico, em duas famílias bem diferentes entre si, ao
crescer. Ambas serão pessoas ativas e vigorosas. Mas uma delas provém
de um lar onde sofreu rejeição e viu o pai rebelar-se contra a autoridade.
É muito provável que se torne um marginal, e que viva de roubar e
prejudicar o próximo. A outra, que teve um lar cheio de amor, onde
aprendeu a respeitar valores e leis, provavelmente se tornará um adulto
útil, com uma contribuição muito significativa para sua comunidade.
Uma notável ilustração desse contraste são as famílias de Max Jukes e
Jonathan Edwards. Max Jukes, que morava no estado de Nova York, não
valorizava uma criação cristã para os filhos, e casara-se com uma jovem
que pensava da mesma forma. Foi feito um levantamento de 1.026
descendentes desse casal. Trezentos tivera morte prematura. Cem deles
estiveram em penitenciárias, onde passaram em média treze anos. Cento e
noventa das mulheres dessa família tornaram-se prostitutas, e houve cem
bêbados. Pela escala econômica de nossos dias, essa família teria custado
ao estado mais de seis milhões de dólares. Não existe registro de
contribuição de nenhum deles para a sociedade.
Jonathan Edwards morava no mesmo estado, valorizava uma educação
cristã para os filhos e casou-se com uma moça que pensava o mesmo.
Faz-se um estudo de 729 de seus descendentes. Trezentos deles tornaram-
se pregadores do evangelho. Sessenta e cinco foram professores
universitários e treze diretores de faculdades. Sessenta escreveram bons
livros; três permaneceram ao legislativo dos Estados Unidos, e um deles
foi vice-presidente da nação. Não se pode subestimar as contribuições
dessa família para o estado de Nova York e para o país. A família de
Edwards é um notável exemplo da aplicação de um princípio bíblico:

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“Ensina a criança no caminho que se deve andar, e ainda quando for
velho não se desviará dele.” (Pv 22.6.) Apesar de reconhecermos a
enorme influência que a televisão e a escola exercem sobre o caráter e
valores morais de nossos filhos, a verdade é que nada tem maior
influência que o lar e a família.

O quadro acima mostra que, embora outros fatores possam entrar na


formação da personalidade da criança durante diversos estágios de seu
desenvolvimento, nenhum deles possui maior influência que a família.
Por isso, com toda justiça, acha-se colocado no centro do círculo pois o
lar é o coração do processo de edificação do caráter. Essa verdade deve
ser altamente tranqüilizadora para os pais crentes, que às vezes se
indagam se poderão criar bem os filhos, nestes dias de tanta corrupção e
maldade. Certa vez um jovem casal argumentou:
-Não vamos ter filhos. A sociedade está tão corrompida, que nos
recusamos a colocar uma criança no mundo, pois temos medo de perdê-la
para ele.

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Nós retrucamos prontamente, dizendo que essa atitude revelava falta de
confiança plena no poder de Deus para fazer de seu lar cristão um lugar
onde o filho fosse preparado convenientemente. Encaremos os fatos: no
primeiro século da era cristã, também, a vida oferecia poucas
possibilidades de felicidade, mas os cristãos se casavam e tinham filhos
muitos bons, e eles dominaram o mundo ocidental em menos de trezentos
anos. Muitas famílias cristãs ativas estão entregando à sociedade jovens
de excelente caráter. Naturalmente, nós contamos com vantagens que os
crentes do primeiro século não conheciam, como, por exemplo, a
influência vital da igreja tanto nos pais como nos jovens.

INFLUÊNCIAS RECEBIDAS NA INFÂNCIA

O quadro acima apresenta algumas das importantes influências que a


criança recebe na infância e que afetam toda a sua vida. Os valores morais
e o caráter não são aprendidos dos pais; elas os “captam” no convívio do
lar. A criança que vê os pais demonstrando respeito pelos direitos dos
outros formam uma atitude correta para com o próximo. Mas aquela que
vê os pais mentirem e enganarem, fará a mesma coisa.
A criança que se sente profundamente amada desde o primeiro dia de sua
vida, será muito mais segura (guardadas as proporções de seu
temperamento), do que a que se sente rejeitada. Foi feito um estudo com
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recém-nascidos num hospital e verificou-se que aqueles que foram
separados da mãe imediatamente após o nascimento, ficando distanciados
delas até seis horas, e depois trazidos para a primeira mamada, revelaram,
um mês depois, mesmo senso de curiosidade e agilidade mental, do que
os que foram colocados nos braços da mãe logo que ambos estavam
prontos. Alguns médicos já chegaram à conclusão de que longos períodos
de separação da mãe são prejudiciais ao estado emocional do bebê. Está
claro que a intenção de Deus era que o recém-nascido passasse do ventre
da mãe para o contato do seu corpo. Nessas questões, a medicina moderna
está longe de ser um auxílio à natureza, pois pesquisas já demonstraram
que as crianças amamentadas ao seio têm menor propensão para a
gagueira, à idade de cinco ou seis anos, do que aquelas que são
amamentadas na mamadeira. Os médicos já realizaram esse estudo não
estavam muito certos se essa diferença era causada pelo fato de a
amamentação ao seio fortalecer mais os músculos da boca, ou por terem
elas maior segurança emocional, devido ao contato, proximidade, amor e
carinhos da mãe.
Em nosso trabalho de aconselhamento, tenho visto várias vezes os efeitos
de uma condição familiar ruim refletirem-se em problemas sexuais.
Quando conversamos com uma mulher frígida, logo procuramos saber se
sofreu rejeição por parte do pai na infância. Uma menina de cinco anos,
que tem liberdade de correr para os braços do pai, sentar em seu colo e
beijá-lo sempre que quiser, será uma jovem emocionalmente preparada
para ser, daí a quinze ou vinte anos, uma esposa sexualmente ajustada.
Mas, se uma garotinha vê o pai rejeitar todas as suas expressões
espontâneas de afeto, antes de chegar aos seis ou oito anos de idade, ela já
estará predisposta á frigidez.
A melhor educação sexual começa bem antes de a criança ir para a escola.
Pais que se amam e demonstram sua afeição quase nunca têm filhos
frígidos ou homossexuais. Durante as pesquisas que realizamos para o
livro The Unhappy Gays (Os infelizes homossexuais), onde abordo a
questão do homossexualismo, descobri por que tantos jovens aceitam a
mentira de que já nasceram assim. É que os sinais de desvios já surgem
logo no início da vida, e eles estão pensam que é algo de nascença. Na
verdade, sua inclinação sexual, geralmente foi determinada antes dos três
anos de idade, devido a uma rejeição do pai ou à presença de uma mãe
dominadora ou “sufocante” . a melhor prevenção contra o
homossexualismo, é um relacionamento terno e sadio com o pai, para a
menina e com a mãe, para o menino; e uma figura positiva da mãe para a
menina e do pai para o menino. Antigamente, o pai que tinha uma figura
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masculina, e sempre passava algum tempo na companhia dos filhos,
nunca tinha problemas com filhos homossexuais. (Ultimamente tem
havido tanta divulgação e incentivo do homossexualismo, que muitos
jovens resolvem experimentar e acabam adquirindo o hábito. Nessas
circunstâncias, qualquer um pode ser levado por ele. Mas, mesmo assim,
a melhor prevenção contra o problema é uma boa vida familiar.)
De há muito já se descobriu que os pais irritados e agressivos tornam os
filhos irritados e agressivos. Pessoas educadas e bondosas, da mesma
forma , reproduzem essas qualidades na vida dos filhos. Sem dúvida
alguma, essa é a razão por que uma adolescente me impressionou por ser
a jovem mais educada, bondosa e que mais demonstra consideração pelos
outros, dentre todas as que já conheci. Ela vem de uma família em que a
mãe também é uma pessoa assim. O ditado que diz: “Tal mãe, tal filha”
não é apenas um dito qualquer. É um truísmo. E se a “mãe” for como
deve ser, a “filha” será a melhor possível.

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O PROBLEMA DA AUTO-REJEIÇÃO
Nesses últimos anos temos sido alertados para um problema universal, a auto-
rejeição. Diferentemente dos que temos debatido até agora, essa emoção nem
sempre é facilmente detectável. Pelo contrário, ela pode estar tão
profundamente enraizada no indivíduo, que passa despercebida – pois adota
muitas facetas, que variam de pessoa para pessoa e de acordo com o momento.
A auto-rejeição pode levar um indivíduo a retrair-se do convívio social,
abandonar uma carreira, reprimir a expressão de sua personalidade, entregar-se
a autodepreciação, acreditar na própria inferioridade, entrar em depressão, ou
deixar-se dominar por um sem número de idéias erradas, algumas até bem
estranhas. Em suma, ela faz com que pessoas capazes se desvalorizem.
Existem muitas causas de auto-rejeição, dentre as quais o temperamento, mas
as principais são a desaprovação, rejeição e crítica exagerada por parte dos pais.
Geralmente, uma criança que recebe muito amor e carinho no lar,
principalmente durante os primeiros anos de vida, não terá o problema da auto-
rejeição, a não ser que seja profundamente melancólica. Um dos pontos fracos
dos melancólicos é seu espírito de crítica, que muitas vezes se volta contra ele
mesmo. A única solução para isso é a vida cheia do Espírito.
Em Como Vencer a Depressão estudamos esse assunto com maiores detalhes,
portanto não irei elaborá-lo aqui, mas apenas citarei as causas gerais e a
solução. A maioria das pessoas rejeita a própria aparência, seus talentos, o
ambiente em que vive, os pais ou o futuro. Alguns poucos rejeitam todas as
cinco coisas. Se alguém as rejeita, então seu problema é sério. Aqueles que já
leram nossos livros podem acrescentar mais um lado passível de rejeição – o
temperamento. Seja qual for a sua combinação de temperamento, algumas
pessoas crêem que poderiam ser mais felizes se tivessem outro. Aliás, já
mencionei em várias ocasiões, em palestras ou pela página impressa, que
nenhum temperamento ou nenhuma combinação de dois temperamentos é
melhor que o outro – embora alguns sejam melhores que os outros para certas
coisas. Por exemplo, se eu achasse que estou com uma doença grave, não iria
consultar-me com o Dr. Sanguíneo. Eu o procuraria se fosse piloto e precisasse
fazer algum leve exame, a fim de satisfazer algum requisito da Força Aérea.
Mas se estivesse suspeitando de uma doença grave, procuraria o Dr.
Melancólico, ou o Dr. Fleumático. (O Dr. Colérico geralmente é muito rude.
Quando terminasse o exame, o local, provavelmente, estaria pior. Entretanto,
ele é excelente em tempo de guerra, como médico do front, ou como supervisor
da ala de emergência de um grande hospital – se não for preciso tomar decisões
súbitas.)

22
A Cura da Auto-Rejeição

Aquele que rejeita a si mesmo precisa reconhecer, primeiramente, que se


acha numa posição de rebeldia contra Deus. Quando não gostamos de
nossa aparência, nosso tamanho, nosso temperamento, nossos talentos, a
quem estamos culpando? A Deus, é lógico. Foi ele que, no momento de
nossa concepção, agrupou os gens que resultaram em nossa pessoa.
Muitas pessoas dizem, ou pelo menos dão a entender o seguinte:

- Diga você o que quiser, mas o fato é que se Deus me amasse não teria
me feito assim.

Essa idéia não é somente errada, mas também pode provocar doenças,
complicando ainda mais a situação. Esses indivíduos só chegarão à auto-
aceitação, se admitirem sua ingratidão, incredulidade e rebelião contra
Deus. Os passos abaixo são destinados à aplicação de nosso método para
a cura da auto-rejeição.

1) Encare a auto-rejeição como pecado e confesse-a a Deus.


2) Peça a Deus que remova o hábito de auto-rejeição.
3) Peça-lhe que o encha com seu Espírito. (Lc 11.13.)
4) Dê graças a ele pela maneira que você é. (1 Ts 5.18.)
5) Repita este mesmo processo toda vez que ocorrer a auto-rejeição.
6) Procure um tipo de serviço cristão em que possa servir a Deus e ao
próximo. (Rm 12.1,2.)

É de grande importância que o crente que tem esse problema da auto-


rejeição, faça, pelo menos uma vez, uma enunciação clara, agradecendo a
Deus pelo modo como é, pela sua personalidade. Se seu problema de
rejeição se concentra na questão da aparência, ele deve olhar-se no
espelho e dar graças a Deus, principalmente por aqueles pontos que está
rejeitando. Lembremos que se Deus quisesse que tivéssemos outra
aparência, nós a teríamos. Em seguida, deve dar graças a ele pelos seus
talentos, e oferecê-los a ele. Mesmo que consideremos nossos dons como
sendo pequenos, não importa. Ele é perito em operar em pessoas comuns
e realizar nelas atos extraordinários. Eu sou um que pode afirmar tal
coisa. Se eu revelasse aqui minhas notas em Linguagem, no ginásio e na
faculdade, provavelmente você pararia de ler este livro imediatamente.

23
Quem visse minha escrita, talvez conseguisse decifrar apenas metade das
palavras. Nosso Deus nunca se deixou limitar pelos nossos talentos, e
como ele é a fonte de todo poder, deixe que ele opere por seu intermédio.
Todo mundo ficará admirado com os resultados.
O leitor pode indagar por que incluí a auto-rejeição como um dos
inimigos da família. Concordo com Bill Gothard, quando ele afirma que:
“A atitude de uma pessoa para consigo mesma influenciará sua atitude
para com Deus, para com os outros e influenciará tudo que ela faz.”
Para conseguir o máximo de tudo, precisamos compreender que somos
tão importantes para Deus, que ele permitiu que seu Filho morresse por
nós, e que ele quer usar nossas vida, começando no lar.
Muitos crentes, certamente bem intencionados, agarram-se à idéia errônea
de que a auto-aceitação ou o amor por si mesmo é anti-espiritual.
Reconhecemos que um dos frutos do Espírito é “mansidão” (ou
humildade), mas Jesus pressupôs a auto-aceitação quando disse: “Ama a
teu próximo como a ti mesmo.” A ordem determinada por Deus é bem
clara – amar a ele em primeiro lugar, depois o cônjuge e filhos, e por fim
nosso próximo e a nós da mesma forma. Se depreciarmos a nós mesmo,
isso nos impedirá de amar nossa família como devemos.

24
Auto-estima X Baixa auto-estima:

Um fator muito importante a ser ressaltado em nossas vidas é


como cada um de nós se vê interiormente; não quero evocar aqui
as questões sobre culpas, medos ou pecados, mas sim, o quanto
de valor realmente damos a nós mesmos.
Sabemos, por experiência própria, que muitas pessoas possuem
um alto grau de insatisfação interior consigo mesmas,
desvalorizando-se a ponto de muitas vezes ridicularizarem a si
mesmas perante os outros, e há ainda aqueles que não se
valorizam, a ponto de serem “esculhambados” e ridicularizados
perante um grupo e não se mostrarem nem um pouco afetados
pelo fato de terem perdido a auto-estima. É lamentável vermos
tantas pessoas massacradas e exploradas pelos seus semelhantes,
seja moral, social espiritual, emocional ou culturalmente, pois o
ser humano é capaz de destruir outro ser humano através da
esfacelação da auto-estima do outro.
O dependente químico possui baixa auto-estima. Ele não se
valoriza, conseqüentemente tem dificuldade de valorizar aqueles
que o cercam, principalmente os familiares, pois vive um
conflito de amor e ódio em relação aos seus entes queridos.
Há uma passagem bíblica que gostaria de citar:

Porque, como imagina em sua alma, assim ele é. (Provérbios


23:7ª SBTB).

25
Tantas pessoas há que se sujeitam a coisas que detestam fazer,
mas não têm forças para vencer barreira, porque não possuem
mais valores internos positivos a respeito de si. Ficamos
chocados com tipos de relacionamentos tão conturbados em
alguns lares, onde um dos cônjuges faz de “gato e sapato” ao
outro, fazendendo-o passar por terríveis humilhações perante os
filhos, familiares, vizinhos e a sociedade e, ainda assim, a pessoa
não esboça a mínima reação.
Precisamos compreender que tais pessoas estão destruídas
internamente, sendo impossível por si só encontrarem o caminho
de volta para a valorização e a restauração da auto-estima. Sem
um equilíbrio interior das nossas emoções, a energia vital que
possuímos para uma vida feliz e alegre será canalizada para
sentimentos obscuros e nefastos à nossa pessoa levando-nos a
uma vida de infelicidade, amargura e sofrimento.
O equilíbrio de uma auto-estima aos pedaços não é tarefa fácil
de restaurar.

Jesus Cristo afirma: O ladrão não vem senão a roubar, a


matar, e a destruir; eu vim para tenham vida, e atenham com
abundância. (João 10.10. SBTB.)

É por isso que existem tantas pessoas destruídas, desde a mais


tenra infância até a adolescência e mesmo no fim da vida adulta.

26
A INFERIORIDADE SUSCITADA PELO DIABO

O pecado tem sido o maior adversário na área de nossos


sentimentos, influenciando nossas ações para o mal (Rm
7.7.15,19), causando-nos o sentimento de inferioridade (Rm
7.24). Para impedir que tal situação perpetue em nosso coração,
devemos confessar nossos pecados ao senhor, confiando em sua
misericórdia (1 Jo 1.9; 2.1,2).

a) A falsa mensagem de Satanás – Para afastar o homem de


Deus, Satanás (Gn 3.1) trouxe uma falsa mensagem ao
casal do Éden, dizendo: “...e sereis como Deus, sabendo o
bem e o mal” (Gn 3.5b). A idéia de superioridade trouxe,
na verdade, inferioridade ao casal (Gn 3.10), descobrindo-
lhes a nudez perante o Senhor, causando vexames e
trazendo o castigo sobre a tão ditosa idéia de ser como
Deus (Gn 3.23,24).

b) A falsa idéia da inferioridade – Estamos sempre


tendentes a nos julgar inferiores às demais criaturas
criadas (Rm 19.20,21), porém, não podemos esquecer de
que Deus nos fez de uma maneira especial (Sl 139.41),
colocando-nos numa posição privilegiada (Sl 8.4-6).
Devemos dar graças a Deus pelo que somos no grande
propósito divino (Jô 7.17,18).

c) A falsa idéia da indignação – A partir do pecado, a


indignidade tomou conta do homem, baixando a sua auto-
estima (Jó 40.4), e impedindo-o de aceitar o propósito de
Deus para sua vida (At 13.46). Muitos, hoje, deixam de ser
úteis ao Reino de Deus, exatamente porque dão lugar ao
complexo da inferioridade, não valorizando a obra que
Cristo consumou na Cruz e seu favor (Jô 1.12).

27
VENCENDO O COMPLEXO DE INFERIORIDADE

Muitas coisas contribuem para um sentimento de inferioridade. Uma


delas é o desconhecimento da imagem de Deus em nós (Gn 1.27; Cl
3.10). A Bíblia diz que a falta de conhecimento nos escraviza (Os 4.6).
Por isso, devemos compreender que a verdade nos liberta da
inferioridade: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará... Se,
pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jô 8.32,36).

a) Somos imagem e semelhança de Deus – O homem foi feito


imagem e semelhança de Deus: “E criou Deus o homem à sua
imagem; à imagem de Deus o criou...” (Gn 1.27). O termo hebraico
traduzido por “imagem” sempre designa uma imagem plástica,
efígie ou estátua. Significa que o homem expressa a real imagem
divina no seu ser, não havendo, portanto, lugar para a inferioridade:
“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho
à glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na
mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2 Co 3.18).

b) Somos superiores entre a criação – O homem deve exercer seu


direito de ser imagem de Deus por meio da dominação sobre o
mundo animal: “... e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as
aves dos céus, e sobre todo o animal que se move a terra” (Gn
1.28). este domínio dado por Deus, distingue a superioridade do
homem sobre a criação: “ Fazes com que ele tenha domínio sobre
as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés: todas as
ovelhas e bois, assim como os animais do campo, as aves do céu, e
os peixes do mar, e tudo o que passa pelas veredas dos mares” (Sl
8.8-6)
c) Somos amados de Deus – O homem, mesmo caído, é um ser
amado por Deus (Jô 3.16). A expressão desse amor está na pessoa
de Jesus, o Filho de Deus, que veio dar sua vida por nós (Jô 15.13;
Rm 5.8; 1 Pe 1.20). Portanto, devemos crer nesse imensurável amor
(1 Jo 4.16) e banir de nossa vida todo o complexo de inferioridade
(2 Sm 22.2).

28
A AUTO-ESTIMA VALORIZA A VIDA

Por ter sido criado à imagem de Deus, possuímos grande valor,


significado e mérito. A Bíblia afirma que fomos “coroados de
honra e de glória” (Sl 8.5), e isto nos proporciona auto-estima.
Devemos, portanto, estimular os atributos que Deus nos deu e
viver sempre valorizando a vida que recebemos do Senhor (Fp
3.13,14).

a) Estimulando nosso amor próprio – A auto-estima deve


conduzir a ver-nos como criaturas dignas, valorizadas e
amadas por Deus: “Aquele que tem os mandamentos e os
guarda esse é o que me ama; e aquele que ama será amado
de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele” (Jô
14.21). Quem ama a si mesmo se cuida, alimenta e
sustenta (Ef 5.29), porque sabe que é o templo do Espírito
Santo (1 Co 6.19), sendo comprado por um alto preço (1
Co 6.20). O selo do Espírito Santo nos valoriza diante de
Deus e do mundo (Ef 1.13; 4.30).

b) Estimulando os dons divinos – Todo o crente possui dons


que lhe foram dados por Deus (Rm 12.6-8). Através deles,
o Espírito Santo nos usa para edificação da igreja (1 Co
14.12). Ao estimular os dons que há em nós (2 Tm 1.6),
desenvolvemos a auto-estima, lançando fora todo o
complexo de inferioridade (Jô 12.3; 2 Co 11.5).

c) Produzindo realizações – O sentimento de inferioridade,


surge, normalmente, por falta de realizações na vida. As
pessoas, em geral, concentram-se muito em suas fraquezas,
inibindo ou negando suas habilidades e talentos dados por
Deus (Mt 25.24,25). É necessário, portanto, desenvolver as
aptidões que temos e realizar algo em favor da obra de
Deus e do próximo (Gl 6.9,10; Jo 3.17).

29
Stress pode causar depressão, entre outras doenças graves!

Viver uma vida saudável é a meta de muita gente. Levantar


cedo, fazer exercício, ter uma alimentação rica em fibras,
abundante em verduras e legumes, passar o dia de trabalho sem
alterações no humor ou nos ânimos e uma noite de sono
tranqüilo são sonhos acalentados pela maioria de nós. Mas, na
realidade, nem tudo são flores. Uma vida atribulada, lanche na
hora do almoço e sem tempo para dormir bem, as pessoas
reclamam cada vez mais que o stress tem se sobreposto à
qualidade de vida.

A palavra stress é usada genericamente com vários sentidos, mas


na verdade, significa um conjunto de reações orgânicas e
psíquicas de adaptação que o organismo emite quando é exposto
a qualquer estímulo que o excite, irrite, amedronte ou traga
felicidade. Nem sempre está ligado a situações ruins. Segundo a
Dra. Gladys Maria Cunha Tavares, diretora clínica do Hospital e
Maternidade Santa Marina, “as pessoas precisam aprender a
lidar com o stress que, muitas vezes, por ser um aliado”.

30
Um mal que leva a outros!

Depois de anos ministrando palestras sobre o assunto, ela destaca a


importância de se tratar o stress comparando-o a um violão. Quando
as cordas estão frouxas, há um relaxamento em demasia, quando
estão muito tensas, estão duras demais. Há uma medida certa,
quando o violão está afinado corretamente. Se o stress persiste, acaba
buscando energia em outros locais do organismo, como açúcares
(diabetes) e gordura (colesterol). Não é uma doença, mas pode
desencadear várias, como hipertensão, depressão, problemas
gástricos, enxaqueca etc, conforme o seu estágio.

As Fases do Stress

O stress na primeira fase, “o bom stress”, segundo a Dra. Gladys, é o


estado de alerta, quando as pessoas prestam maior atenção, estão
preparadas, de prontidão, plugadas no mundo. nesta fase, as reações
são dilatação de pupilas, palpitação, respiração alterada, frieza nas
mãos e nos pés, tensão muscular, inibição da digestão e boca seca. A
segunda fase é a resistência, que persiste o desgaste necessário à
manutenção do estado de alerta. O organismo continua sendo
provido de fontes de energia rapidamente mobilizadas, aumentando a
potencialidade para outras ações no caso de novos perigos,
ajustando-se à situação em que se encontra. As reações podem ser de
resistência do organismo em relação a infecções, sensação de
desgaste, provocando cansaço, lapsos de memória e supressão de
várias funções corporais relacionadas com o comportamento sexual.
Com a permanência dos estímulos estressores, há a terceira fase,
denominada exaustão, ou esgotamento, quando há uma queda na
imunidade e o surgimento da maioria das doenças, como por
exemplo: diabetes, herpes, problemas respiratórios, alteração de
peso, depressão, ansiedade, fobias, alterações do sono, dificuldade de
concentração, bruxismo, distúrbios do comportamento sexual e
envelhecimento.

31
Como controlar o Stress

Além do desenvolvimento da disciplina de exercícios regulares,


dieta equilibrada, momentos de relaxamento e lazer, como
férias, por exemplo, mostrar às pessoas o momento de ficar só, a
prática do bom humor e o estabelecimento de empatia são
práticas que podem ajudar em cada fase do stress. Mas o
principal é se conhecer melhor e buscar o seu agente estressor,
visto que, muitas vezes, não é a quantidade de horas trabalhadas,
nem mesmo a vida atribulada os causadores do stress. Segundo a
Dra. Gladys, “cada pessoa pode ser o seu próprio agente
estressor; neste caso, há necessidade de ajuda para controlar o
stress e buscar novas oportunidades”. Afinal, as emoções de
cada um e a saúde física dependem quase que exclusivamente da
interpretação de cada um do mundo exterior. A realidade de
cada pessoa é o produto de sua própria criação. E quanto mais se
entende as pressões e situações que influenciam, melhor é a
adaptação e menor o stress diante da vida.

32
STRESS E DEPRESSÃO

PODEM AGRAVAR O MAU FUNCIONAMENTO DO


INTESTINO

O que muitas pessoas não sabem é que a SII tem características


psicossomáticas e suas manifestações estão intimamente ligadas às
emoções.

A Síndrome do Intestino Irritável (SII) afeta entre 15% e 20%


da população ocidental e, nos Estados Unidos, é a segunda
causa mais freqüente da falta ao trabalho, perdendo apenas
para os estados gripais. No Brasil, estima-se que o problema
afete mais de 1,5 milhão de pessoas sendo as mulheres e 41%
dos homens, segundo o Professor titular da Disciplina de
Gastroenterologia da PUC de Campinas – SP, Prof. Dr.
Flávio Quilici.
O problema é considerado uma doença funcional, ou seja, não
se encontram em exames laboratoriais evidências de alteração
orgânicas, mas sim no funcionamento do intestino. Porém, o
que muitas pessoas não sabem é que a SII tem características
psicossomáticas e suas manifestações estão intimamente
ligadas às emoções, principalmente em relação à intensidade
dos sintomas da SII, os estados depressivos e as alterações do
sono. “Muitos pacientes com freqüência referem
desencadeamento do quadro ou agravamento dos sintomas
em períodos do estresse”, afirma o psiquiatra Dr. José Paulo
Fiks.
Embora ainda não existam explicações causais que liguem a
SII à depressão e ao estresse, os relatos de pacientes e a
evolução da síndrome mostram que esta ligação tem
influência no quadro da doença. Isto se deve à relação direta
existente entre o cérebro e o sistema nervoso autônomo que
controla a musculatura intestinal. Portanto, a redução do

33
estresse, tais como as tensões profissionais, familiares e etc,
têm impacto nos sintomas da Síndrome.
“O estresse normalmente provoca alterações no sistema
digestivo e, nas pessoas com SII, o intestino é mais sensível,
causando alterações ainda maiores”, explica o psiquiatra.
Há trabalhos científicos que confirmam a relação da SII com
alterações psicológicas. Por isso, hoje a doença é cada vez
mais estudada como uma patologia que exige cuidado
multidisciplinar. Para o Dr. Fiks, os tratamentos isolados, em
que são tratados somente os sintomas da SII, sem a
abordagem dos aspectos psíquicos, podem prolongar e até
mesmo agravar a doença, limitando assim a rotina de vida do
paciente, levando à perda da qualidade de vida e possível
agravamento de um transtorno mental associado. “Indivíduos
podem adquirir hábitos restritivos na tentativa de prevenir os
sintomas. Há os que sofrem de aumento de número de
evacuações e tentam sair de casa munidos de material
higiênico para emergências. Há os que se envergonham de
lugares silenciosos, como reuniões, salas de espetáculos etc,
por causa de sintomas como gases e movimentos intestinais”,
comenta ele.
As equipes multidisciplinares, que incluem a psicologia, têm
observado a associação simultânea de quadros psíquico e SII.
Os transtornos associados mais freqüentes são: fobia social,
transtorno de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo,
transtorno de ansiedade generalizada e depressão.
Há estudos que chegaram a 95% de concomitância entre a SII
e algum distúrbio mental, mostrando a importância de novas
diretrizes para os tratamentos.
É importante ressaltar que pela possibilidade de diferentes
apresentações da SII cada paciente deve ser abordado de
forma individualizada.

34
Além disso, é de fundamental importância a relação médico-
paciente, que tem como objetivo criar um vínculo positivo
com o paciente, que servirá como base sólida na abordagem
terapêutica.
O médico deve se preocupar em escutar o paciente e fazer o
diagnóstico via sinais, sintomas, exames físicos e
laboratoriais.
A investigação da SII pode causar frustração e desconfiança
no paciente, pois resultados negativos em uma pesquisa
laboratorial podem surgir a alguns pacientes que uma doença
potencialmente séria deixou de ser descoberta. Isso porque,
apesar dos sintomas, não existem evidências orgânicas de
relevância, nem laboratoriais . “Um dos primeiros passos é
afastar o fantasma do câncer, que freqüentemente apavora os
dentes. Outro passo importante é explicar o conceito de
patologia funcional, pois a sociedade busca por respostas nos
resultados de laboratório, o que não acontece com esta
síndrome”, conclui Dr. Fiks.

35
Sobre a Síndrome do Intestino Irritável – SII

A Síndrome é uma doença intestinal benigna, caracterizada


por um conjunto de sintomas digestivos, que pode ocorrer em
qualquer idade, sendo mais comum entre 30 e 50 anos e sexo
feminino. “Os sintomas mais freqüentes são dor e desconforto
abdominal, diarréia e/ou prisão de ventre e a forma
alternante”, explica o Prof. Dr. Quilici.
A SII é classificada como uma doença funcional, pois quando
examinam o intestino, não encontram nenhum sinal de dano
ou alteração em sua estrutura. Em relação à apresentação
desses quadros, a maioria (cerca de 70%) é de quadros leves.
Porém, em alguns pacientes podemos encontrar formas mais
graves da doença que podem alterar as atividades diárias,
causando insegurança de ir ao trabalho, participar de reuniões
sociais ou fazer uma viagem.
O controle dos sintomas da SII pode ser alcançado por meio
de dietas específicas, reduzindo o estresse e com
medicamentos que controlam os movimentos intestinais,
melhorando a dor e desconforto abdominal, além de
normalizarem o trânsito intestinal.

36
Vencendo o Stress e a Competitividade

Is 40.28 – Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o


Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se
fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento.

Is 40.29 – Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que


não tem nenhum vigor.

Is 40.30 – Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de


exausto caem,

Is 40.31 – Mas os que esperam no Senhor renovam as suas


forças, sobem com asas de águias, correm e não se cansam,
caminham e não se fatigam.

De acordo com os especialistas no assunto, o stress é


provocado pela sobrecarga de trabalho físico e mental. A
razão óbvia desse mal hoje é a grande competitividade que
existe nas empresas e nos afazeres diários que nos cerceiam a
liberdade de desfrutar de “um tempo” sozinho. Estamos
sempre cercados de situações adversas que nos roubam o
tempo de descanso, tão essencial para a cura do stress. Por
isso, precisamos aprender a descansar em Deus e entregar a
Ele as nossas cargas emocionais e espirituais a fim de que
possamos descansar no corpo e no espírito.

37
O STRESS, UM MAL DO MUNDO MODERNO

Quem não sente a falta de tempo? Quem não está atarefado


com tantos afazeres? É comum ouvir crentes, obreiros e
líderes reclamarem do acúmulo de serviços de temos nos dias
atuais. O desenvolvimento da tecnologia nos impõe
conhecimentos variados e isto está sobrecarregando o
intelecto, cansando a nossa mente, produzindo stress em
nosso sistema nervoso. O melhor a fazer é procurar o
refrigério na Palavra de Deus (Sl 19.7; 23.1-3).

a) O stress pelos muitos afazeres – Os afazeres do dia-a-


dia que muitas vezes nos afadigam, causam o
malfadado stress. Foi assim que Jesus encontrou Marta
em sua casa: “Marta, porém, andava distraída em
muitos serviços...” (Lc 10.40). Ao solicitar a
intervenção de Jesus para que Maria posse ajudá-la, ela
ouviu o Mestre dizer: “Marta, Marta, estás ansiosa e
afadigada com muitas coisas. Mas uma só é
necessária...” (Lc 10.41,42ª). Em outras palavras, Jesus
quis dizer: “Estás estressada com muitos serviços
domésticos”. Quantas vezes nos encontramos assim?
Envolvidos demasiadamente com as coisas do lar, da
vida, da família e até mesmo com os outros, quando
“uma só é necessária”. Devemos reservar momentos
para estar aos pés de Jesus (Lc 10.42).

38
b) O stress pelas lutas espirituais – Ninguém melhor do
que o apóstolo Paulo para nos falar de stress: “Porque,
mesmo quando chegamos à Macedônia, a nossa carne
não teve repouso algum, antes em tudo fomos
atribulados; por fora combates, temores por dentro”
(2Co 7.5). Muitas vezes, as lutas espirituais superam as
da área secular ou as físicas (Cl 2.1), é necessário,
portanto, buscar o refúgio e a renovação espiritual em
Deus (2Co 4.16).

c) O stress pelo cansaço mental – Devido ao acumulo de


afazeres diários, a nossa mente se cansa de tanto
planejar a execução deles. Daí vem o stress mental.
Somente em Deus podemos superá-lo (Is 26.3). Paulo
reconhecia sua incapacidade mental e dependia tão-
somente de Deus para a execução de sua obra: “Não que
sejamos capazes por nós de pensar alguma coisa, como
de nós mesmo, mas a nossa capacidade vem de Deus”
(2Co 3.5). Para sustentar o stress mental devemos
prioritariamente ocupar nossa mente com as coisas
espirituais (Fp 4.8).

39
A COMPETITIVIDADE E A REALIDADE ATUAL

A globalização trouxe ao mundo uma nova ordem mundial. A


competitividade entre empresas e indivíduos, transformou o
planeta numa grande arena, onde todos lutam por seus ideais.
Na vida espiritual não tem sido diferente, pois hoje vemos o
surgimento de novas “igrejas e líderes” que, infelizmente, não
estão comprometidos com o Reino de Deus (2Tm 3.1-5). Essa
nova realidade tem levado muitas pessoas ao stress,
questionando a obra de Deus (Mc 9.38-40).

a) A realidade de competitividade – Através do


profeta Jeremias, Deus nos faz compreender a
realidade da competitividade, quando disse: “Se te
fatigas, correndo com homens, que vão a pé – Como
poderás competir com os que vão a cavalos?...” (Jr
12.5ª). Neste trecho das Escrituras podemos
claramente ver a diferença entre correr “a pé” e
competir “com cavalos”. Esta verdade bíblica revela
os dias atuais em que muitos ainda estão “a pé” em
suas idéias e projetos, enquanto outros já estão
“correndo” com cavalos, através do uso da
tecnologia existente. Por isso, a igreja precisa usar
todos os meios disponíveis para resgatar as almas
(1Co 9.22).

40
b) A competitividade espiritual – Ainda nos dias de
Paulo já era acirrada a disputa pela obra de Deus,
havendo grande competitividade espiritual: “Verdade
é que alguns pregam a Cristo por inveja e porfia,
mas, outros: de boa mente” (Fp 1.15). Paulo
contemporizava tudo isto, na esperança que Cristo
fosse pregado de alguma maneira (Fp 1.18). Ele,
entretanto, buscava pregar em campos virgens e
férteis, onde não havia a semente do Evangelho (Rm
15.20), para não competir em campo alheio como faz
muitos hoje em dia (2Co 10.16).

c) A competitividade pelas ovelhas – Infelizmente,


poucos hoje se aventuram ir pescar em mar alto (Lc
5.4), preferindo apenas ficar em terra para arrebanhar
as ovelhas “gordas e fortes”, por causa da gordura e
da lã (Ez 34.3). A competitividade pelas ovelhas é
tanta que muitos não se importam com o estado delas
(Pv 27.23), arrebanhando qualquer uma, apenas para
dominá-las (Ez 34.4). mas a verdadeira “ovelha de
Cristo” não segue ao estranho (Jô 10.5), pois conhece
a voz do verdadeiro pastor (Jô 10.27).

41
A CURA DO STRESS ATRAVÉS DO DESCANSO

Está cientificamente provado que um bom período de


descanso é essencial para a cura do stress. Isto confirma a
Palavra de Deus, que recomenda o descanso para a renovação
das forças (Sl 55.6; Is 28.12). Deus sempre se preocupou com
o descanso de seu povo. Por isso, no deserto, levou-os a
lugares de descanso, evitando o stress da caminhada (Nm
10.33).

a) Deus deixou-nos o exemplo de descanso – É


maravilhoso saber que o próprio Deus descansou após a
obra da Criação (Gn 2.2). Que necessidade haveria
Deus de descansar sendo Ele incansável? (Is 40.28).
Certamente para nos deixar de exemplo, ensinando
acerca de nossas limitações físicas (Lv 23.3).

b) A importância do descanso para o corpo – A vida


humana é cheia de enfados e canseiras (Sl 90.10; Ec
1.18), precisando do merecido descanso, a fim de se
renovar (Mc 14.40,41) e evitar o stress. Por isso Deus
recomendou, necessariamente, um descanso para corpo
físico e a mente (Êx 23.12; Dt 5.14).

c) Em Jesus, o descanso perfeito – Na era da Graça,


podemos descansar em Cristo Jesus: “Vinde a mim,
todos que estais cansados e oprimidos, e eu vos
aliviarei” (Mt 11.28). O descanso em Cristo é perfeito,
porque nele podemos trocar todos os fardos pesados da
vida, por um fardo leve e suave (Mt 11.30).

42
VENCENDO ATRAVÉS DE ATIVIDADES
SAUDÁVEIS

Segundo os especialistas, outra maneira de vencer o stress e a


competitividade da vida é alterar a rotina, fazendo outras atividades
que contribuam para o descanso físico e mental, tais como caminhada
vistas, convívio social e uma alimentação balanceada. O cristão
precisa priorizar suas atividades espirituais, aproveitando cada
momento para transmitir o amor, a comunhão e a paz que temos em
Jesus (1Pe 3.15).

a) A importância do lazer saudável – Houve um tempo em que


lazer era sinônimo de pecado. Hoje, em determinados períodos,
muitas igrejas procuram locais de retiros para ali passarem o dia
com os crentes em atividades saudáveis, contribuindo para a
cura do stress, tão comum nos grandes centros. A recomendação
bíblica, portanto, é que tudo seja feito para a glória de Deus
(1Co 10.31), a fim de que o Evangelho não seja escandalizado
(1Co 10.32). Lembremo-nos da observação de Paulo a Tito:
“Todas as coisas são puras para os puros...” (Tt 1.15).

b) A importância dos exercícios físicos – A concepção de Paulo


sobre exercícios físicos é que eles para pouco aproveitam (1Tm
4.8). Entretanto, para a vida sedentária que vivemos atualmente,
eles têm um grande valor restaurador. Um tipo de exercício
muito comum hoje em dia é a caminhada. Podemos caminhar
por alguns momentos, em oração, louvor, gratidão ou até
mesmo falando de Jesus para alguma pessoa (Ef 6.18; 1Ts 5.18;
2Tm 4.2). Isso é o que a Bíblia ensina sobre “remir o tempo”
(Cl 4.5).

c) Curando-se através de atividades espirituais – O stress pode


ser curado também através de atividades espirituais,
principalmente quando meditamos na Palavra de Deus (Sl
119.165), ou em momentos a sós com o Senhor na oração (Mt
6.6; Mt 14.23). Certamente, o Espírito Santo atua e coopera para
a nossa restauração física e espiritual (Rm 8.26ª; 2Co 12.9).

43
PRIMEIRO PARA MIM

Infelizmente a nossa sociedade nos passa idéias tais como:


“Primeiro para o próximo, depois para você”, “Pare de pensar
em você, pense nos outros”, “Deixe de fazer para você, faça
para o próximo.”
Até um certo ponto, essas idéias tem sentido, mas não é isso
que a Bíblia diz: “... Amarás o teu próximo como a ti
mesmo.” (Mt 22.39b).
Ninguém poderá amar o próximo, verdadeiramente, se não
amar a si mesmo.

 PENSAR: PRIMEIRO EM MIM


 FAZER: PRIMEIRO PARA MIM
 ORAR: PRIMEIRO POR MIM
 TRABALHAR: PRIMEIRO PARA MIM
 PROJETAR: PRIMEIRO PARA MIM
 CONSTRUIR: PRIMEIRO PARA MIM
 AMAR: PRIMEIRO A MIM.

Não é para esquecermos do próximo ou sermos egoístas, não,


é questão de prioridade.

44
DICAS TERAPÊUTICAS

 Leia Salmos em voz alta.


 Ore diariamente.
 Ouça música clássica e instrumental.
 Faça palavras cruzadas.
 Faça passeios em parques, chácaras, fazendas e etc.
 Apreciar a natureza.
 Sorria, o riso é terapêutico.
 Leia e ouça humor sadia.
 Viajar programadamente.
 Faça Filantropia.
 Perdoar as ofensas.
 Brincar, brincadeira de criança.
 Chorar, choro de desabafo.
 Desabafar com alguém de confiança.
 Amar, amar muito.
 Escrever carta de desabafo.
 Escrever carta de gratidão.
 Escrever carta de motivação.
 Escrever carta de elogio.
 Escrever carta profética.
 Escrever e ler poesias e poemas.
 Meditar na Palavra de Deus.
 Memorizar a Palavra de Deus.
 Praticar a Palavra de Deus.

45
O CRISTÃO E A DEPRESSÃO

CONCEITO

É a sensação de abandono, sentimento de indignidade, perda


de amor próprio, sentimento de pessimismo a respeito do
futuro e uma tristeza profunda.

DICIONÁRIO AURÉLIO

Depressão é o ato de deprimir-se; abatimento moral ou físico;


letargia.

Os psicólogos afirmam que depressão é a mais antiga


anormalidade psicologia. Lendo o livro de Jó, vamos
observar que Jó enfrentou esse problema:
 Jó 3:20 – Tristeza extrema
 Jó 3:21 – Perturbação de sono
 Jó 17:1 – Pessimismo em relação à vida
 Jó 3:26 – Sensação de desamparo
 Jó 9:21 – A vida sem sentido
 Jó 17:7 – Sinais físicos de tristeza

OUTROS EXEMPLOS DE DEPRESSÃO NA BÍBLIA

 Moisés – Nm. 11:11 a 15


 Elias – 1 Reis 19
 Davi – Salmos 42

TIPOS DE DEPRESSÃO

1) Depressão neurótica
2) Depressão normal
3) Depressão séria
46
MOTIVOS DA DEPRESSÃO

1) Experiências Traumatizantes
2) Problemas de enfermidades
3) Problemas biológicos
CAUSAS DA DEPRESSÃO

1) Ressentimentos – (Mt 18:22)


2) Mágoa – (Ef 4:31)
3) Ira – (Sl 37:8)
4) Ação Maligna – Quando não há causas orgânicas ou
emocionais, a depressão pode ser provocada por ação
demoníaca.

SÃO TRÊS AS RELAÇÕES BÁSICAS QU PODEM NOS


LEVAR À DEPRESSÃO

1) Indecisão
2) Raiva
3) Injustiça

O CRENTE PODE FICAR DEPRIMIDO?

(1 Rs. 19; Jer. 4:3; Sl. 42:3)

47
TRATANDO A DEPRESSÃO

A. Relacione-se intimamente com outras pessoas.


B. Leia a palavra de Deus diariamente.
C. Você pode esquecer o passado procurando a companhia
de outras pessoas.
D. Assuma o controle da sua vida.
E. Procure ocupar-se com alguma atividade.
F. Dê graças ao Senhor em todas as circunstâncias (Its.
5:18)

CURA DA DEPRESSÃO
RECEITA DO SALMO 37

1) Não se indignar por causa dos malfeitores (v.1)


2) Confiar em Deus (v.3)
3) Fazer o bem(v.3)
4) Deleitar-se em Deus (v.4)
5) Entregar o caminho ao Senhor e esperar Nele (v.7)

TENHA SEMPRE UMA DOSE DE HUMOR

O líder que marca a vida dos liderados é aquele que sabe


liderar com senso de humor, apesar das pressões do exercício
do seu cargo (Ec. 3:4). Um líder que sabe sorrir junto ao
grupo, jamais será esquecido.

48
Definido “Senso de Humor”

Alguém que tem senso de humor “é capaz de perceber,


apreciar ou expressar o que é engraçado, interessante ou
absurdo”. Fica claro que senso de humor é mais do que
brincadeiras ou hilaridades superficiais de gargalhadas e tapas
nas costas.
Podemos afirmar que o senso de humor genuíno é como a
alegria profunda da qual Paulo fala, quando descreve a lista
das virtudes do fruto do Espírito, em Gálatas 5:23,23: “Mas o
fruto do Espírito é: amor,alegria, paz, longanimidade,
benignidade , bondade, fidelidade, mansidão e domínio
próprio. Contra estas coisas não há lei”. Qual a diferença
entre a alegria e felicidade?
Felicidade é um sentimento que depende das circunstâncias.
Alegria é um sentimento que independe das circunstâncias.
Um exemplo disso é Paulo e Silas cantando na prisão, depois
de haverem sido açoitados (Atos 16).

49
Jesus e o senso de humor

Em Mateus 11:16-19, Jesus fala da doença da insatisfação e do mau


humor crônico. O Mestre está falando à liderança religiosa de Israel
daqueles dias.
Seria Jesus um líder capaz de sorrir diante de um fato engraçado com
seus discípulos? Se a nossa expressão facial fala muito sobre nosso
estado emocional, como seria a do rosto de Cristo no seu cotidiano?
Não podemos esquecer que Jesus era cem por cento homem e cem por
cento Deus, ou seja, ele estava sujeito a tudo isso como ser humano.
A Bíblia, no livro de Eclesiastes, diz que há tempo para tudo, inclusive
para rir e tempo de saltar de alegria (Ec. 3:4). Jesus começou seu
ministério público em uma festa (Jo. 2), na parábola do Filho Pródigo,
Ele mostra o pai preocupado com o “mau humor” do filho mais velho
(Lc. 15:28). Uma das melhores empresas aéreas do Brasil, para
contratar um funcionário, dentre os oito itens que fazem parte da
avaliação do perfil do candidato, o “bom humor” é considerado um
dos mais importantes. Bernardo Johnson, um conhecido missionário
americano que dedicou sua vida fazendo cruzadas no Brasil e no
mundo, dizia: “Deus tem um senso de humor tremendo. Olha para o
tamanho do pescoço da girafa, para o chifre na ponta do nariz do
rinoceronte, para o bico e as cores da arara! Só um Deus que sabe
sorrir poderia fazer isso!”.
Elton Trueblood escreveu como Jesus usou o humor, a sátira, a ironia
e o paradoxo, a fim de ajudar a esclarecer idéias profundas. Isso se
verifica em algumas passagens dos Evangelhos. Vejamos algumas:
Coar um mosquito e engolir um camelo (Mt. 23:24); O camelo
passando pelo fundo agulha (Mt. 19:24; Mc. 10:25; Lc. 18:25); Cegos
guiando cegos (Lc. 9:36); Mortos sepultando mortos (Mt. 8:32); Figos
de espinheiros (Mt. 7:16; Lc. 6:44); Argueiro e trave no olho (Mt. 7:4;
Lc. 6:41); O que é mais fácil: perdoar ou curar? Quando a lógica era
perguntar: o que é mais difícil? (Mt. 9:5).
É bom lembrar que Jesus sempre fez uso do senso de humor para
esclarecer e aumentar a compreensão e jamais para aferir ou
ridicularizar; eis o porquê de Ele ser o Modelo insuperável para todos
os líderes. O que está escrito em Neemias 8:10 deveria ser o texto
áureo para o líder: “A alegria do Senhor é a minha força”.

50
Os benefícios de se ter uma boa dose de senso de
humor

1) Manter o senso de humor ajuda o líder a conviver com as


pressões do exercício da liderança. Existem líderes tão
sérios, que sua liderança não tem vida, calor e nem alegria.
São pessoas que não se descontraem, que não sabem o que
é confraternização, não desfrutam do prazer de estar na
presença de ninguém. Há um adágio francês que diz: “O dia
mais completamente perdido de todos é aquele no qual
ninguém riu”. É por isso que a Bíblia diz: “O coração alegre
aformoseia o rosto” (Pv. 15:13). E “A alegria do coração é
banquete contínuo.” (Pv. 15.15).

2) O senso de humor contribui para que o líder veja as coisas


em perspectiva, impedindo-o fazer tempestade em copo
d’água.

3) Líderes bem humorados têm mais saúde: Nosso corpo vive


intensas modificações apenas com uma “boa risada”. Os
pulmões, por exemplo, podem multiplicar quatro vezes sua
capacidade receptora de oxigênio. Isso, por sua vez, produz
mais adrenalina com conseqüente benefício para os
asmáticos por sua função broncodilatadora. Também os
órgãos do sistema digestivo são beneficiados. Fígado,
pâncreas, intestino e os músculos que os rodeiam,
produzem maior quantidade de sucos, melhorando
consideravelmente a digestão. O coração, ao bater mais
rápido, acelera a circulação do sangue, diminuindo a
pressão arterial e facilitando a eliminação de toxinas. O
cérebro também colhe os efeitos de uma boa risada quando
o hipotálamo, ao liberar mais endorfinas, produz processos
analgésicos, Neurologistas, como Lee Berk, afirmam que rir
é de grande ajuda para produzir uma resposta imunológica
mais favorável no combate ao estresse. Enfim, uma “boa
risada” funciona melhor do que uma bateria de remédios.
(Extraídos de um jornal).
51
Medindo o grau de irritabilidade

Através do texto de Provérbios, capítulo 15, podemos fazer uma auto-


avaliação do nosso grau de irritabilidade.

 A maneira de como você responde às situações mais diversas na


vida, revela como você está emocionalmente. O verso 1 diz que
a resposta branda desvia o furor, mas que a palavra dura suscita
a ira. Como tem sido sua esposa, os filhos, os empregados, dos
discípulos, no trânsito, na igreja etc.?
 A expressão facial é o espelho da nossa alma – O verso 13 diz
que “o coração alegre deixa o rosto bonito e agradável”.
Algumas pessoas, ao chegarem em casa, demonstram um estado
tão forte de mau humor, que até o cachorrinho de estimação se
esconde debaixo da cama com medo. Imagine, então, como não
ficam os filhos e o cônjuge! É interessante que nossa face
transmite mensagens muito fortes, dependendo do nosso estado
de espírito. Pessoas com alto grau de irritabilidade demonstram
isto na própria face; e todos percebem...
 O dia do irritado é sempre de sofrimento – O verso 15 diz que
“todos os dias do aflito são maus”. Em compensação, “a alegria
do coração” daqueles que se deixam tratar pelo Senhor e pela
Sua Palavra, “é banquete contínuo”.
 Toda pessoa irritada é tóxica – O irritado crônico, por onde
passa, intoxica o ambiente, promovendo contendas. E isso pode
ser verificado no verso 18, que diz que “o homem iracundo
suscita contenda, enquanto que o longânimo apazigua a luta”.

Minha oração é que você possa estar transportando para dentro de si


um “banquete que nunca termina”, porque esta alegria independente
das circunstâncias. Conservemos em nossas mentes as palavras de
Habacuque: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na
vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não
produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malha sejam arrebatas,
e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no Senhor;
exultarei no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é minha força, e
fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas
alturas” (Hb. 3:17-19).

52
Raiva, Hostilidade e Amargura

Nós chegamos à mesma conclusão, pois três


temperamentos mostram uma inclinação para a raiva.
Expressam-na de maneiras diferentes, mas é raiva do
mesmo jeito. O sangüíneo tem um rápido e inflamado
acesso de cólera, mas após a explosão, esquece
imediatamente. O colérico possui uma disposição de
ânimo igualmente explosiva, mas guarda mágoa
indefinidamente, e, sempre que se lembra do fato, volta a
arder em cólera. O melancólico que raramente tem acessos
súbitos, muitas vezes pensa mais em vingança. Assim
sendo, ele pensa no fato durante muito tempo, “fervendo”
interiormente, mas pode ou não dar vazão à raiva. A
contenção das emoções comum neles atua no sentido de
inibir seus sentimentos e ponderações. O fleumático
raramente tem raiva, a não ser que seu outro temperamento
seja suficientemente forte para levá-lo a isso. (Todas as
pessoas possuem dois temperamentos, um dominante e um
secundário. Estudos mais recentes sobre temperamentos
indicam que muitas pessoas possuem três.) Por isso,
muitos fleumáticos sentem raiva, devido ao seu
temperamento secundário. Quando falamos em raiva,
estamos pensando em suas diversas formas: amargura,
vingança, ressentimento, agressão e talvez mais umas dez
formas de expressão de hostilidade. Em nossa opinião,
nada destrói mais um relacionamento conjugal e a psique
dos filhos que a raiva. O lar foi criado para ser um núcleo
de paz, alegria e amor, onde o casal e filhos que
porventura tivessem, pudessem se abrigar, protegendo-se
do mundo egoísta e hostil. Infelizmente, muitas pessoas
encontram mais hostilidade e animosidade em sua casa, do
que no mundo lá fora.

53
A Cura da Raiva

Contudo, há pessoas que insistem em afirmar que é bom


ter um pouco de raiva. Reconhecemos que o texto de
Efésios 4.26,27 dá margem à ira justa, mas com três
ressalvas: (1) não pecar; (2) não deixar que o sol se ponha
sobre a sua ira e (3) não dar lugar ao diabo. Esse tipo de
raiva é impessoal, pois é a raiva que sentimos não por
nossa causa, mas por causa de outrem. O tipo de raiva que
a maioria das pessoas sente, e que provoca desarmonia na
família, e com a qual estamos nos ocupando aqui, é a raiva
egoística, inflada de orgulho, e que surge quando alguém
nos rejeita, insulta ou magoa.
Hoje em dia existe uma tendência por parte das pessoas
bem intencionadas para fazerem sugestões no sentido de
que “canalizemos nossa raiva”, ou que a “controlemos” ou
que a “utilizemos para um fim proveitoso”. Uma senhora
muito geniosa disse:
- Externe a raiva!
Erroneamente, ela acredita que a raiva reprimida é pior do
que a que se expressa. Na verdade, externa a raiva só faz
piorar o problema, pois o processo se aprofunda mais no
subconsciente do indivíduo. A cada vez que praticamos
um ato, mais fácil se torna repeti-lo outra vez, pois
estamos transformando em hábito. E isso se aplica mais
ainda quando se trata de atos negativos. Já se sabe que uma
hostilidade reprimida causa úlcera perfurada e mais outras
cinqüenta enfermidades que o Dr. McMillen menciona em
seu livro. Mas existe uma solução melhor – curar a raiva.
Consideremos detalhadamente os passos seguintes, pois
eles já foram testados, e muitos já comprovaram que
realmente funcionam. Esses passos para se superar a raiva
são muito semelhantes àqueles cinco passos para vencer os
problemas emocionais.

54
1) Reconheça que a raiva é pecado. (Ef 4,30-32.) Nenhum
pecado, hábito ou fraqueza poderá ser superado se não
estivermos dispostos a reconhecer que ela é aquilo é
pecado. No caso da raiva, reconhecer que ela é pecado e
que repugna a Deus, é o primeiro passo gigantesco no
sentido de eliminá-la. Se alguém tiver alguma dúvida, sobre
o fato de ela ser errada ou não, faça um estudo bíblico sobre
a ira. Encontrará mais de vinte e cinco versículos que a
apresentam sob uma luz negativa, e inúmeras ilustrações, de
Caim a Pedro, que a condenam. (E nenhuma delas é mais
triste que a de Moisés.) Um estudo desses nos ajudará a
evitar a tendência natural que todos temos para justificar ou
encontrar escusas para a raiva. Essa atitude é autodestrutiva,
pois invalida a possibilidade de cura. Nunca vi uma pessoa,
que não reconhece a raiva como pecado, conseguir superá-
la.

2) Confesse o pecado da raiva. (1Jo 1.9.) Não somente


precisamos do perdoa de Deus para nossa raiva, a cada vez
que a sentimos, como também precisamos expressar o fato
de que ela é um erro e que queremos nos livrar dela. Diz o
salmista que “os ouvidos do Senhor estão sempre atentos ao
clamor do pecado”, e que ele está pronto para perdoar.

3) Peça a Deus que remova de você esse hábito. (1Jo 5.14,


15.) Além de ser um pecado, a raiva é também um hábito.
Agora que somos crentes, não somos mais escravos do
hábito e além disso contamos com um novo poder para
superá-lo. Portanto, quando a raiva surgir, reconheçamos
que é um erro, confessemos esse pecado em nome de Jesus
Cristo, e gozemos da sua purificação. Devemos pedir-lhe
também que retire de nós esse hábito, sabendo que ele
promete conceder-nos qualquer coisa que lhe pedirmos,
segundo a sua vontade. Assim sendo, podemos esperar,
com toda a confiança, que este terrível hábito vá aos poucos
perdendo sua força até desaparecer. Os crentes podem ser
vítimas de um hábito, mas não precisam ser escravos dele.
55
4) Peça-lhe para que o encha com o Espírito Santo. (Lc 11.13.)
É bom fazer esse pedido toda vez que pecarmos. Alguns
instrutores bíblicos crêem que somos novamente cheios do
Espírito assim que confessamos nosso pecado – e pode ser
que tenham razão. Mas como ainda não encontrei um texto
bíblico que comprove isso, prefiro pedir.

5) Dê graças a Deus por aquela pessoa ou fato que causa


irritação. (1Ts 5.18.) É de suma importância que mudemos
nossa atitude mental para com aquilo que nos causa raiva.
Começamos essa mudança dando graça a Deus por aquela
pessoa ou circunstância, e ainda em meio a ela (Ef 5.19,20),
entendendo que aquilo nos sobreveio para o nosso bem (Rm
8.28). Aquilo pode não ter sido um bem em si mesmo, mas
foi para o nosso bem. Tenhamos o cuidado de não permitir
que nossa mente volte a fixar-se naquilo que causa raiva. Se
isso acontecer, teremos que observar novamente todo esse
processo, terminando com uma oração de agradecimento.

6) Repita o processo toda vez que sentir raiva novamente. Os


hábitos não são formados da noite para o dia, e tampouco
desaparecem de um momento para o outro. Mas, à medida
que formos empregando esta fórmula, as crises de raiva irão
desaparecendo aos poucos. Em meu caso, devo reconhecer,
com toda sinceridade, que, vez por outra, ainda sou
obrigado a confessar a Deus um súbito acesso de mau
gênio, mas com muito menos freqüência do que há
dezesseis anos atrás (tendo conseguido um melhora de
cerca de 300 por cento), tanto que pareço outra pessoa, bem
diferente do que era.

56
LANÇAR FORA OS LIXOS EMOCIONAIS

Se pararmos para pensar, há uma infinidade de lares; das mais


diferentes formas. Até mesmo um modesto barraco pode ser chamado
de lar, porque ali reside alguém.
Existem tanto as casas simples como as luxuosas, porém o mais
importante não é a fachada ou aparência externa, mas, sim, a estrutura
interna da casa. E o que ela contém.
Poderíamos utilizar a comparação que Jesus fez; vejamos:
Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica,
assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre
a rocha;
E desceu a chuva, e correram a rios, e assopraram ventos, e
combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada
sobre a rocha.
E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre,
compara-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a
areia; E desceu a chuva, e correram os rios, e assopraram os
ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua
queda.
E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se
admirou da sua doutrina; (Mateus 7.24-28 SBTB.)
Utilizando a figura de linguagem dessa citação poderemos construir
nossa casa tanto sobre a areia como sobre a rocha. E poderemos
transferir esse ensinamento para as nossas vidas.
Vemos um grande número de pessoas construindo suas casas “sobre a
areia”, sem fundamento sólido.
Quando estamos construindo “sobre a areia” nem percebemos que
estamos fazendo um investimento que não terá retorno e que será de
pouca duração. Por esse motivo vemos tantas pessoas com a vida
destruída, com seus sonhos destruídos, pois correram atrás de algo
ilusório.
Além de construir a casa sobre a areia, outro erro que podemos
cometer será a tendência de “encher de lixo” nossa casa.
As pessoas enchem suas vidas com valores nulos, verdadeiro “lixo
emocional”, e, negligente ou imprudente, não fazem uma “limpeza
emocional”, passando assim a se sentir de mal a pior.

57
O dependente químico carrega seu íntimo muito “lixo emocional”, e é
isso que o torna impulsivo, lhe traz angústia, o leva à perda do
controle emocional e muitos deles chegam até mesmo no suicídio.

58
As pessoas vão deixando se alojar nelas “lixo emocional”.

Esse lixo pode ser identificado de várias formas como as que estão
descritas abaixo:

 Ódio
 Amargura
 Tristeza
 Mágoa
 Medo (temores)
 Ressentimento
 Sensação de incapacidade ou impotência ante a via.
 Angústia
 Aflição
 Dor
 Raiva
 Ira
 Desejo de vingança
 Traição
 Perdas
 Sentimento de rejeição
 Sentimento de inferioridade
 Culpa
 Solidão
 Desejo de ser amado
 Desejo de ser reconhecido
 Falta de perdão e tantas outras.

Imagine uma casa que só acumule coisas ruins em seu interior. Com
certeza essa casa estará sujeita à ruína. E se em vez de limpar e
purificar minha casa, eu trouxer mais sujeira e miséria para dentro
dela?
Quem gostaria de morar num ambiente sujo, podre, estragado,
cheirando muito mal e prestes a ruir a qualquer momento?
O dependente químico tem dificuldade de enxergar o que realmente
está acontecendo com ele.
Ele não consegue ver o que ele está causando.

59
Seus valores emocionais estão amplamente deteriorados. Ele cheira
mal “emocionalmente”. Apenas os “abutres” estão ao meu lado,
porque gostam de “carniça” e desejam devorá-lo, assim que ele vacile
e morra.
As pessoas passam a conviver com a miséria, a desgraça, o sofrimento
emocional, e acabam pensando que isso pode ser algo normal. São
freqüentemente maltratadas e agem assim também consigo mesmas e
com aqueles que as cercam. Principalmente os familiares.

De quem é a culpa de a casa estar assim? Ou melhor dizendo, de


minha vida estar assim?

Em nossa mente podem aparecer muitos culpados, nem sempre de


forma consciente.

 Pai
 Mãe
 Sociedade
 Irmãos
 Os clérigos (padres, pastores, sacerdotes, freiras, guias
espirituais...).
 A nação
 Os parentes
 A falta de sorte
 As más companhias
 O vício
 Deus
 O governo
 A namorada (o namorado)
 A noiva (o noivo)
 A mulher (o marido)
 Os filhos
 Os amigos
 A escola
 A vida
 O emprego
 E outros...

60
Um erro que cometemos freqüentemente é culpa a terceiros pelas
desgraças e desventuras que ocorrem. Atitudes como essa não nos
ajudam em nada. Embora, é claro, haja pessoas que passem toda uma
vida elegendo culpados.
Talvez seja difícil admitir que o grande culpado por a casa estar assim
é o próprio indivíduo. Cada um de nós se torna responsável pelas
decisões que toma. Então quando acertamos, parabéns! Quando
erramos, devemos reconhecer o erro e começar de novo. Nunca é tarde
para iniciarmos uma nova vida.

Será que eu estou disposto a admitir que também tenho erros e


fracassos? Ou vou continuar a culpar aos outros? Por quê?

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Se você estiver disposto a viver de maneira sábia, (como disse o
mestre Jesus), construindo uma casa sobre a rocha, então, eu e mais
um grande número de pessoas estamos disposto a ajudá-lo.

E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre,


compara-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a
areia; E desceu a chuva, e correram os rios, e assopraram ventos,
e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.
(Mateus 7:26-27, SBTB).

Jesus revela claramente que foi grande a ruína da casa construída


sobre a areia. A casa foi destruída. Dela não sobrou nada. Muitos
ficaram assim, com suas casas sobre a areia em meio a lutas e
tempestades da vida, sem estrutura para suportá-las.
Quantas “casas” (“colegas”), já não existem mais?...
Foram totalmente destruídas... Morreram por causa do vício e
deixaram filhos, pais, parentes e amigos...

61
Como construir uma casa sobre a rocha?

É necessário uma disposição ferrenha para começar a remover


todo lixo emocional de nossa vida interior:

Vamos aproveitar, então, e fazer uma faxina em todo “lixo


emocional”, acumulado ao longo dos anos?
Qual o tipo de “lixo emocional” que está presente em minha vida?
Responda você, e enumere abaixo:

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Devemos ser sinceros para poder dar início a uma verdadeira


“revolução” interior.

O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, ms o que


as confessa e deixa, alcançará misericórdia. (Provérbios 28:13
SBTB)

Se eu não puder reconhecer o que realmente existe dentro de mim,


jamais vou conseguir iniciar a limpeza do meu mundo interior.

62
Reflita pausadamente e responda a você mesmo.

Que sentimentos me têm feito de mal? E por quê?

A primeira palavra de cada frase de refere a um


sentimento.

( ) Ódio! A que eu tenho odiado? O que tenho odiado? Não


adianta ficar com esse ódio acumulado na minha vida. Ele só
me tem feito mal. É necessário reconhecer isto.
( ) Amargura! O que tem me causado amargura?
( ) Tristeza! O que me tem feito ser triste e infeliz?
( ) Mágoa! Porque tenho estado magoado?
( ) Medos! Quais são os meus verdadeiros medos e temores?
( ) Ressentimento! De quem ou de que situação eu tenho tido
ressentimento?
( ) Sentimento de incapacidade! Porque me sinto tão
incapaz? A quem eu culpo por isso?
( ) Angústia! O que me deixa tão angustiado?
( ) Rejeição! Me sinto rejeitado. Por quê?
( ) Frustração! Me sinto incapaz de realizar algo?
( ) Auto-piedade! Sinto pena de mim. Por qual motivo?
( ) Orgulho! Imagino que não necessito da ajuda de ninguém.
( ) Mentira! Tenho resistência em admitir quem
verdadeiramente sou.
( ) Hipocrisia! Não consigo dizer o que quero. Acabo
permitindo que me levem a agir como esperam que eu reaja.
( ) Inveja! Imagino que outras pessoas tiveram mais
oportunidades do que as que foram dadas a mim.
( ) Não gosto dos meus familiares. Tenho medo de admitir
isso?
( ) Me considero vítima do sistema, ou seja, da maneira
como as coisas são e estão.

63
TESTES

É Afirmativo?
Cada um de nós gosta que apreciem ou tomem em consideração o nosso ponto de
vista. Mas os humanos são seres sociáveis e exprimir uma opinião em face de uma
possível oposição nem sempre é fácil. Consegue estabelecer um bom equilíbrio
entre a submissão e a agressividade? Some as respostas afirmativas às perguntas a
seguir enumeradas e compare-as com os resultados.

PERGUNTAS SIM NÃO


Evita conflitos com os outros a qualquer custo em vez
de discutir com eles, mesmo sobre questão que sejam
importantes para si?
Sente que as coisas parecem interessar mais aos outros
do que a si, fazendo algumas cedências, em nome de
paz?
Se um vendedor, pesquisador de mercado ou angariador
político lhe telefonar, tem dificuldade de dizer-lhe que
não está interessado e desligar o telefone?
Se algo que comprou tem defeito, fica com o artigo,
mas resolve fazer compras noutra loja de futuro, em vez
de o devolver para ser reparado ou reembolsado?
Se alguém se põe à sua frente na fila, fica calado e
emburra, esperando que a mensagem seja evidente em
vez de dar voz à sua irritação?
Os sentimentos dos outros são sempre mais importantes
para si do que “a essência da questão”?
Quando há um prazo a cumprir no escritório, é sempre
você que fica até tarde a acabar o trabalho – mesmo
contra a sua vontade?
Prefere que seja o seu parceiro a decidir o que comprar?
Anda às voltas, de carro ou a pé, durante horas antes de
pedir a alguém uma orientação?
Acha-se incapaz de dizer não a favores e tem medo que
lhe peçam para fazer coisas que preferia não fazer?
Tem vergonha de pedir conselho por ter medo de
parecer incompetente?
Se ficar magoado por um comentário injusto, junta-o à
pilha de mágoas em vez de corrigir, com firmeza mas
de modo educado, o seu autor?
Tem vergonha ou acha demasiado difícil dizer ao seu
parceiro o que deseja no vosso relacionamento?

64
Se alguém comete um erro, prefere evitar mencioná-lo
em vez de chamar a atenção para ele?
Qual a Pontuação?
0 a 5 respostas 5 a 10 respostas afirmativas Mais de 10 respostas
afirmativas Parece ter uma abordagem afirmativas
A sua pontuação indica razoável aos confrontos, Parece ter os seus direitos e
que podia ser um pouco sendo capaz de equilibrar as ponto de vista em muito
mais simpático para com suas opiniões com as dos pouco valor. Você é tão
os outros. Parece outros para que ambos fiquem importante quanto os outros,
exprimir as suas opiniões satisfeitos. por isso seja mais decisivo e
de forma mais agressiva exprima o que deseja.
do que o necessário ou
permitido.

65
Avalie seu nível de stress

1) Você se sente insatisfeito com sua vida pessoal?


 Raramente
 Às vezes
 Freqüentemente

2) Com que freqüência você adoece?


 Raramente
 Às vezes
 Freqüentemente

3) Você consegue se concentrar nas tarefas do cotidiano?


 Raramente
 Às vezes
 Freqüentemente

4) Você só enxerga o lado negativo das coisas?


 Raramente
 Às vezes
 Freqüentemente

5) Perde o controle emocional quando se sente pressionado?


 Raramente
 Às vezes
 Freqüentemente

6) Costuma respirar de forma ofegante?


 Raramente
 Às vezes
 Freqüentemente

7) Sente dores musculares?


 Raramente
 Às vezes
 Freqüentemente

8) Acorda cansado mesmo quando dorme a noite inteira?


 Raramente
 Às vezes
 Freqüentemente

66
9) Você se sente desmotivado sexualmente?
 Raramente
 Às vezes
 Freqüentemente

10) Tem a impressão de que seu trabalho não propicia desafios?


 Raramente
 Às vezes
 Freqüentemente

11) Não se sente motivado com atividades que antes lhe davam prazer?
 Raramente
 Às vezes
 Freqüentemente

12) Toma remédios para controle?


 Raramente
 Às vezes
 Freqüentemente

13) Não consegue relaxar mesmo nos fins de semana e feriados?


 Raramente
 Às vezes
 Freqüentemente

14) No trabalho, acha que não é reconhecido por seu chefe ou pelos
colegas?
 Raramente
 Às vezes
 Freqüentemente

15) Você acha que seu chefe exige mais do que você é capaz de executar?
 Raramente
 Às vezes
 Freqüentemente
RESULTADO: Some 1 ponto para cada vez que você marcou a letra a), 2 pontos
para cada b) e 3 pontos para cada c). Confira:
Até 17 pontos De 18 a 32 pontos Acima de 32 pontos
Parabéns! Você está Atenção, seu nível de stress Cuidado! O stress está fora de
administrando bem seu nível está acima do normal. controle e provavelmente você
de stress, seja por não se sentir Reavalie suas prioridades e já está sentindo as
pressionado, seja por dispor de decida o que pode mudar para conseqüências disso. Busque o
técnicas eficientes para lidar controlar sua vida. Seja mais apoio de amigos e familiares e
com ele. Mantenha o bom flexível. respeite seus limites. Se
trabalho! necessário, procure ajuda

67
profissional.

68
TESTE DE AUTO-SATISFAÇÃO

Quem sou eu realmente?

Como me vejo?

Já parei para me questionar?

Se não fiz isto, ainda é tempo... devo fazer isto agora.

Se dê uma nota de 0 a 10 nos quesitos abaixo:

Aparência:

Altura _____
Tipo de corpo _____
Peso _____
Cor _____
Pés _____
Dentes _____
Voz _____
Cabelo _____
Nariz _____
Olhos _____
Tronco _____
Orelhas _____

Total _______________

Divida o total por 12 e descubra a média: ________

69
Dê-se também uma nota de 0 a 10 nos itens abaixo:

Habilidade:

Intelectual _____
Fazer Amizades _____
Escolar _____
Maneira de falar _____
Esportiva _____
Artística _____
Musical _____
Rítmica _____
Criatividade _____
Realização de tarefas _____

Total _______________

Divida o total por 10 e descubra a média: _________

70
Dê-se ainda uma nota de 0 a 10 nos itens seguintes:

Família:

Liberdade _____
Restrições _____
Confiança que têm em mim _____
Tolerância _____
Amizades _____
Aceitação _____
Rejeição _____
Diálogo _____
Aprovam o que faço _____
Valores morais _____
Casa onde vive _____
Espiritualidade _____

Total _____________

Divida o total por 10 e descubra a média: _________

Vamos fazer a somatória das médias obtidas em cada área e


transformar seus resultados em pontos:

Agora some as três médias e divida o total pelo número três.

Como você se encontra?

Vejamos os resultados:
( ) Muito satisfeito comigo mesmo. 8 a 10
( ) Satisfeito, mas não muito. 5 a 7
( ) Insatisfeito. Nunca gostei muito de mim. 3 a 4
( ) Se pudesse mudaria tudo em mim e na minha vida. 0 a 2

Cada indivíduo possui uma imagem de si mesmo que pode ser boa ou
má, isto má, isto é, podemos ter uma auto imagem positiva ou
negativa.
71
Teste seu nível emocional

1) Pensar nas minhas emoções traz a idéia de fragilidade.


 Nunca
 Raramente
 Freqüentemente
 Sempre

2) Costumo admitir algo de que me envergonho.


 Nunca
 Raramente
 Freqüentemente
 Sempre

3) Sei separar os momentos de agir com o coração ou a


cabeça.
 Nunca
 Raramente
 Freqüentemente
 Sempre

4) Sou capaz de ouvir outra pessoa sem ficar elaborando


uma resposta na cabeça.
 Nunca
 Raramente
 Freqüentemente
 Sempre

5) Ser ignorado por um estranho me incomoda.


 Nunca
 Raramente
 Freqüentemente
 Sempre
72
6) Experimento vários sentimentos diariamente: raiva,
medo, alegria.
 Nunca
 Raramente
 Freqüentemente
 Sempre

7) Quando alguém fica nervoso comigo, estraga meu dia.


 Nunca
 Raramente
 Freqüentemente
 Sempre

8) Reconheço as imperfeições sem me sentir culpada.


 Nunca
 Raramente
 Freqüentemente
 Sempre

9) Ao cometer um erro, eu me recrimino duramente.


 Nunca
 Raramente
 Freqüentemente
 Sempre

10) Fico aflita com decisões e adio tomá-las.


 Nunca
 Raramente
 Freqüentemente
 Sempre

73
11) Sou bem-humorada em relação às minhas
vulnerabilidades.
 Nunca
 Raramente
 Freqüentemente
 Sempre

12) Emoções intensas nos outros me deixam impaciente.


 Nunca
 Raramente
 Freqüentemente
 Sempre

RESPOSTA: Maioria de respostas “nunca” ou “raramente”


nas questões de número ímpar e “freqüentemente” ou
“sempre” nas de número par indica um bom nível de
inteligência emocional.
Caso contrário, é preciso aprender a relaxar, observar e
identificar as emoções e sensações. O profissional que sabe
lidar com as emoções é cada vez mais valorizado no mercado.

74
Autoconhecimento:

Responda:

a) Você sempre admite os seus erros?

1. ( ) Nunca
2. ( ) Às vezes
3. ( ) Sempre
4. ( ) Não sei

b) Você perdoa aos outro com facilidade?


1. ( ) Nunca
2. ( ) Às vezes
3. ( ) Sempre
4. ( ) Não sei

c) Você perde o autocontrole com freqüência?

1. ( ) Nunca
2. ( ) Às vezes
3. ( ) Sempre
4. ( ) Não sei

d) Você é do tipo que pensa freqüentemente em seus problemas?

1. ( ) Nunca
2. ( ) Às vezes
3. ( ) Sempre
4. ( ) Não sei

e) Você se sente uma pessoa injusta, pela vida, pessoas, família ou


sociedade? Achando que nunca teve uma oportunidade?

1. ( ) Nunca
2. ( ) Às vezes
3. ( ) Sempre
4. ( ) Não sei

75
f) Você tem dificuldade para tomar suas próprias decisões?

1. ( ) Nunca
2. ( ) Às vezes
3. ( ) Sempre
4. ( ) Não sei

g) Você se sente uma pessoa rejeitada?

1. ( ) Nunca
2. ( ) Às vezes
3. ( ) Sempre
4. ( ) Não sei

h) Você algum dia já pensou em suicídio?

1. ( ) Nunca
2. ( ) Às vezes
3. ( ) Sempre
4. ( ) Não sei

i) Você tem tido pensamentos ruins com muita freqüência?

1. ( ) Nunca
2. ( ) Às vezes
3. ( ) Sempre
4. ( ) Não sei

j) Você se sente mal por ter algum hábito ou vício?

1. ( ) Nunca
2. ( ) Às vezes
3. ( ) Sempre
4. ( ) Não sei

76
k) Você acha que as pessoas devem estar sempre á sua disposição?

1. ( ) Nunca
2. ( ) Às vezes
3. ( ) Sempre
4. ( ) Não sei

l) Você tem manias que atrapalham ou prejudicam seu cônjuge ou


seus familiares?

1. ( ) Nunca
2. ( ) Às vezes
3. ( ) Sempre
4. ( ) Não sei

m) Às vezes pensa que seria melhor se não tivesse nascido?

1. ( ) Nunca
2. ( ) Às vezes
3. ( ) Sempre
4. ( ) Não sei

n) Você normalmente pensa que as pessoas têm mais sorte que você?

1. ( ) Nunca
2. ( ) Às vezes
3. ( ) Sempre
4. ( ) Não sei

o) Você se sente com dificuldade de dizer “não” ás pessoas?

1. ( ) Nunca
2. ( ) Às vezes
3. ( ) Sempre
4. ( ) Não sei

77
p) Você se preocupa com o que as pessoas pensam sobre você?

1. ( ) Nunca
2. ( ) Às vezes
3. ( ) Sempre
4. ( ) Não sei

Confira agira o seu resultado:

Para cada resposta número quatro conte 3 pontos.


Para cada resposta número três conte 3 pontos.
Para cada resposta número dois conte 2 pontos.
Para cada resposta número um conte 1 ponto.

Até 24 pontos:
Você é uma pessoa positiva. Tem sabido lidar com os conflitos que o
incomodam. Você tem tido muita coragem de encarar seus fracasso e
medo. Tem se alegrado com as conquistas e vitórias. Você tem
buscado viver em equilíbrio. E é uma pessoa que demonstra ter uma
grande confiança em Deus.

De 25 a 32:
Você encara a vida com muita seriedade. É uma pessoa muito
emocional e sensível. Vive mais em função das outras pessoas do que
de si própria. Tem dificuldade de desfrutar de momentos alegres.
Descubra que você é muito importante. Valorize-se mais. É tempo de
“sacar” os projetos que estão parados há anos e começar realizá-los.
Busque um novo tempo para você. Faça terapia, fortaleça o seu ego, se
autoconheça.

De 33 a 48:
Você parece não ter tido muitas alegrias com essa vida e seus desafios.
Pensa que não tem sorte. Tem até uma tendência á depressão e á
melancolia; e sonha muito pouco ou raramente. Você sofre de forma
antecipadas. È tempo de dar uma guinada nesses valores negativos que
ocupam o seu interior. Você sente muita piedade de si mesmo. È
tempo de mudar e tomar novos rumos na vida. A vida é sua; não
responsabilize aos outros pelos seus fracassos.Procure ajuda urgente.
Você precisa de um analista.
78
Verifique o nível do seu stress

Você está na fase de alerta, resistência ou exaustão?


O teste abaixo foi elaborado pelos médicos americanos Thomas Holmes e Richard Rahe para medir a
carga do stress imposta por uma pessoa por mudanças em sua vida. O questionário não pretende
substituir o diagnóstico médico. Serve apenas de referência para identificação de uma tendência.
Assinale as situações vividas no último ano e some os valores correspondentes.

MORTE DE CÔNJUGE E FILHOS 100


DIVÓRCIO 60
MENOPAUSA 60
SEPARAÇÃO 60
PRISÃO 60
MORTE DE UM PARENTE PRÓXIMO 60
DEMISSÃO 45
ACIDENTE OU DOENÇA 45
CASAMENTO 45
RECONCIAÇÃO AMOROSA 40
APOSENTADORIA 40
DOENÇA DE PARENTE PRÓXIMO 40
TRABALHAR MAIS DE QUARENTA HORAS POR SEMANA 35
GRAVIDEZ 35
DIFICULDADES SEXUAIS 35
NASCIMENTO DE UM FILHO OU PARENTE PRÓXIMO 35
PROMOÇÃO NO TRABALHO 35
MUDANÇAS NO STATUS FINANCEIRO 35
MORTE DE UM AMIGO PRÓXIMO 30
DESAVENÇAS FREQUENTES COM O CÔNJUGE 30
HIPOTECA OU EMPRÉSTIMO DE DINHEIRO 25
DORMIR MENOS DE OITO HORAS POR NOITE 25
MUDANÇAS DE RESPONSABILIDADE NO TRABALHO 25
PROBLEMAS COM FILHOS 25
CÔNJUGE COMEÇA OU PARA DE TRABALHAR 20
COMEÇO OU TÉRMINO DO ANO LETIVO 20
MUDANÇAS NA CONDIÇÃO DE VIDA (HÓSPEDES, REFORMA 20
NA CASA, EMPREGADA NOVA, ENTRE OUTROS)
MUDANÇAS DE HÁBITOS PESSOAIS (DIETAS, EXERCÍCIO, 20
TABAGISMO, ENTRE OUTROS)
ALERGIA CRÔNICA 20
PROBLEMA COM O CHEFE 20
MUDANÇA NA JORNADA E NAS CONDIÇÕES DE TRABALHO 15
MUDAR DE CASA 15
TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL 15

79
MUDANÇAS NO AMBIENTE ESCOLAR 15
MUDANÇAS NA ATIVIDADE RELIGIOSA 15
MUDANÇAS NA INTENSIDADE DE ATIVIDADES SOCIAIS 15
MUDANÇAS NA FREQUÊNCIA DOS ENCONTROS 10
FAMILIARES
FÉRIAS 10
PEQUENAS VIOLAÇÕES DA LEI 5

SE A SOMA DOS PONTOS EXCEDER A 250,


O SEU STRESS ESTÁ NA TERCEIRA FASE,
A DA EXAUSTÃO, OU ESGOTAMENTO.
PROCURE UM MÉDICO PARA UMA
ORIENTAÇÃO ADEQUADA.

80

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