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O que é?
A Intervenção Precoce (IP) trata-se de um serviço dirigido a crianças com idades
compreendias entre os 0 e os 6 anos de idade, que apresentam ou estão em risco
biopsicossocial de desenvolver incapacidades e/ou atrasos ao nível do desenvolvimento
e às suas famílias (OPP, 2018). Assim, encontra-se relacionada com toda a prática
relacionada à resposta fornecida às necessidades das crianças, estando incluídas neste
âmbito, todas as atividades e oportunidades que contribuem no incentivo à
aprendizagem e ao desenvolvimento da criança, não desvalorizando também os apoios,
recursos e serviços para com as famílias, por forma a que estas possam contribuir na
promoção do desenvolvimento dos seus filhos, desempenhando um papel ativo
(Almeida, 2004).
Pressupostos
Importância
• Quanto mais cedo se iniciar a intervenção, maior é o potencial de
desenvolvimento de cada criança.
• É importante intervir precocemente para proporcionar apoio e assistência à
família nos momentos mais críticos. Para promover o desenvolvimento da
criança e a sua qualidade de vida como a das famílias, é essencial que as famílias
possam ser autónomas, que tenham redes de apoio que sejam eficazes, que
possam ter acesso aos recursos da comunidade, como desenvolver o sentido de
pertença em relação à comunidade (Almeida, 2004).
• A intervenção precoce permite maximizar os benefícios sociais da criança e da
sua família
Objetivos
Assim, parte-se do princípio que o contexto em que a criança cresce é crucial para o seu
desenvolvimento e que, por isso, é indispensável intervir nos seus vários contextos de
vida (OPP, 20218). Assim, a Intervenção Precoce pode ser definida como um sistema
que visa apoiar os padrões de interação familiar que melhor promovam o
desenvolvimento da criança (Cabral, 2006).
O principal objetivo da Intervenção Precoce passa por atuar nos diferentes níveis
de prevenção (Cabral, 2006). O sucesso da IP depende da identificação precoce,
sendo fundamental a existência de sistemas eficazes e eficientes de despiste,
avaliação e sinalização(Cabral, 2006). Assim, é possível atuar na prevenção em
três níveis, a prevenção primária mais relacionada com a população geral ou em
risco por forma a diminuir a incidência; a prevenção secundária que visa reduzir
a prevalência intervindo na população de alto risco; e a prevenção terciária, ou
seja, o tratamento que já diz respeito a uma intervenção com a população afetada
por forma a reduzir problemas sérios.
Criar condições que potenciem o bom desenvolvimento, permitindo eliminar ou
diminuir o risco existente. Os modelos e práticas de Intervenção Precoce
operacionalizam-se com base nas características da família e da situação da
criança, na qualidade das interações entre os pais e a criança e nos fatores de
stress e risco que podem influenciar os padrões familiares (OPP, 2018).
Facilitar a integração da criança no meio familiar, escolar, social e a sua
autonomia pessoal, reduzindo assim os efeitos de algum défice que possa existir.
Reforçar as boas relações e competências no âmbito familiar promovendo uma
dinâmica emocional adaptativa. Assim sendo, a Intervenção Precoce é
determinante, uma vez que tem como objetivo obter-se efeitos que são benéficos
para as crianças e para as famílias, logo como pontos fundamentais para tais
benefícios, temos o envolvimento ativo e a coresponsabilização da família, as
experiências e oportunidades normalizadoras e o ambiente de aprendizagem
natural.
Introdução de mecanismos de compensação e de eliminação de barreiras,
considerando que o sujeito ativo no processo é a criança.
Áreas de atuação
As principais áreas de atuação são:
Desenvolvimento infantil;
Saúde materno-infantil;
Avaliação e diagnóstico precoce;
Terapias específicas;
Apoio à família;
Educação especial;
Intervenção comportamental;
Assistência social;
Aconselhamento.
educativo contínuo.
Referências Bibliográficas
Almeida, I. C., Carvalho, L., Ferreira, V., Lopes, S., Pinto, A. I., Portugal, G. & Serrano, A.
Cabral, A. L. (2006). Contributos para o estudo das práticas de intervenção precoce na Região
Educação, Porto.
OPP Ordem dos Psicólogos Portugueses (2018). Contributo OPP – O Papel e a Importância
Perspetivas Histórica, Concetual e Empírica. Revista Diversidade. Volume 27, 4-12. ISSN
1646-1819.