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de academia: teorias,
objetivos e práticas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
As academias de ginástica são espaços cada vez mais frequentados pelos
mais diversos públicos e com os mais diversos objetivos. Ao longo das
últimas décadas, percebemos o surgimento de diferentes práticas físicas
nas academias, influenciando parcelas significativas da população na
busca de corpos mais belos e melhor condicionamento. Dessa forma,
diferentes modalidades de ginástica de academia foram se consolidando
e passaram a fazer parte do cotidiano dos espaços voltados para o exer-
cício físico. Ao mesmo tempo, surgiram novas abordagens e propostas
relacionadas a essa modalidade de ginástica, como programas prontos
comercializados para academias, comercializados pela internet ou ainda
aplicativos com propostas de exercícios. Encontramos pontos positivos
e negativos nessas novas abordagens, que devem ser reconhecidos e
debatidos pelos profissionais da área. Ainda, em consequência dessas ino-
vações, é importante refletir sobre o real papel do profissional de Educação
2 Modalidades da ginástica de academia: teorias, objetivos e práticas
Modalidade Descrição
(Continua)
4 Modalidades da ginástica de academia: teorias, objetivos e práticas
(Continuação)
Modalidade Descrição
Confira, nesse estudo de revisão publicado por Maria Luiza de Jesus Miranda e Maria
Regina Souza Godeli, na Revista Brasileira de Ciência e Movimento, os efeitos da
utilização da música na prática de exercícios físicos de idosos e no bem-estar dos
mesmos. As autoras sustentam que a escolha da música é tão importante como a
escolha dos exercícios físicos para promover alterações fisiológicas e psicológicas em
idosos, sejam elas positivas ou negativas. Para mais detalhes de como essa abordagem
pode ser feita, acesse o link a seguir.
https://goo.gl/1mUxd6
Mercado de trabalho
O mercado das modalidades de ginástica de academia está em constante
mutação, já que novas práticas surgem todos os anos, prometendo melhores
resultados. É habitual, no ramo das academias, o constante surgimento de
modismos e de diferentes práticas corporais, muitas vezes impulsionadas por
fortes ações de marketing, que acabam modificando esses espaços e a forma
como as pessoas buscam e lidam com o exercício físico.
Encontramos exemplos dessa prática em diferentes épocas. Nas décadas de
1980 e 1990, quase todas as academias ofereciam aulas de ginástica aeróbica,
procuradas por um número expressivo de alunos. Ainda nos anos 1990, aulas
de ginástica localizada passaram a dominar os espaços destinados à melhora
do condicionamento físico e também foram apresentadas em programas de
televisão. No início dos anos 2000, sistemas fechados eram as práticas domi-
nantes, com aulas como “jump”, “pump” e “combat”, sendo muito procuradas
nas academias. Mais recentemente, tivemos a popularização do treinamento
funcional e o Crossfit ou crosstraining, o que chegou a gerar mudanças no
padrão das academias (novos aparelhos, equipamentos e espaços) e se refletiu
no número crescente de estúdios de treinamento, espaços que se propõem a
atender um número menor de indivíduos, já que o custo para equipar e estru-
turar um estúdio é muito inferior ao de uma academia de maior porte ou dos
espaços com aparelhos de musculação.
Modalidades da ginástica de academia: teorias, objetivos e práticas 9
Estruturas básicas
É importante o professor conhecer e trabalhar as três etapas de uma aula, seja
qual for a modalidade que esteja sendo conduzida. São elas:
Parte inicial — Aqui é necessário dar prioridade para atividades que pre-
param a musculatura e as articulações para o esforço que será realizado na
parte principal da aula, de forma mais contundente nos grupos musculares e
articulações que serão mais exigidos. Também deve ser observado o trabalho
de determinados grupos ou exercícios com o organismo ainda não fatigado
(maior controle e técnica).
Atividades que podem ser desenvolvidas:
Parte final — Por fim, aqui são realizados exercícios de relaxamento, numa
etapa de volta à calma, para que o aluno normalize as condições do seu orga-
nismo depois do esforço realizado na parte principal da aula.
Atividades que podem ser desenvolvidas:
Planos de aula
Conhecendo cada etapa de estruturação de uma aula de ginástica de academia,
fica mais fácil compreender e elaborar um plano de aula de uma modalidade
específica. A seguir, vamos apresentar dois exemplos de planos de aula para
atividades normalmente praticadas nas academias em nosso país.
Parte principal: duração de 35 minutos. Três voltas no circuito de força e três voltas
no circuito cardiorrespiratório.
agachamento unilateral na fita de suspensão (menor intensidade) (20x cada lado);
agachamento frontal com kettlebells (intensidade intermediária) (15x);
agachamento com barra em base tradicional (intensidade alta) (10x);
agachamento com barra em base sumô (intensidade alta) (8x);
circuito: empurrar trenó em máxima velocidade, saltos sobre o caixote e corrida
com cinto de tração (30 segundos em cada estação).
https://goo.gl/gP9gNt
tante para o professor, mas nem sempre uma aula de ginástica de academia
é conduzida dessa forma. Em muitos casos, os alunos adquirem programas
prontos de ginástica ou mesmo o professor é treinado dentro de um programa
fechado, em que ele somente irá executar os exercícios. Vamos abordar agora as
características desses programas, bem como seus pontos positivos e negativos.
Papel do professor
Diante dessas colocações, podemos perceber a dimensão e a relevância do papel
do professor no planejamento e na execução de um programa de treinamento.
Grande parte dos pontos negativos dos programas de ginástica prontos vendidos
pela internet seria resolvida com a presença de um professor. Da mesma forma,
as limitações de programas prontos ministrados em academias poderiam ser
superadas pela atuação e liberdade de criação ou adaptação de um profissional.
Além disso, sabemos que os benefícios de um programa de treinamento,
seja qual for, só serão atingidos se o aluno aderir àquela prática. Caso contrário,
não haverá tempo suficiente para gerar adaptação. A presença e o acompa-
nhamento de um professor capacitado podem influenciar decisivamente no
processo de aderência ao treino. O aluno se sente mais motivado, valorizado
16 Modalidades da ginástica de academia: teorias, objetivos e práticas
https://goo.gl/Mgcirf
Leitura recomendada
SALCEDO, J. F. Os motivos à prática regular do treinamento personalizado: um estudo
com alunos de personal trainer. 44 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado)
– Faculdade de Educação Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, 2010.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.