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Contemporânea

Contemporary Journal
2(3): 46-68, 2022
ISSN: 2447-0961

Artigo

ABORDAGEM TERAPÊUTICA DA GASTROPARESIA


DIABÉTICA

THERAPEUTIC APPROACH TO DIABETIC


GASTROPARESIA
DOI: 10.56083/RCV2N3-036
Recebimento do original: 02/04/2022
Aceitação para publicação: 02/05/2022

Raissa Suiane Gomes Cândido


Estudante de Medicina
Instituição: Centro Universitário de Patos - UNIFIP
Endereço: R. Horácio Nóbrega, S/N, Belo Horizonte, Patos – PB, CEP: 58704-000
E-mail: raissacandido@med.fiponline.edu.br

Teógenes Barbosa Dantas de Souza


Graduação em Medicina pela UFPB
Instituição: Centro Universitário de Patos - UNIFIP
Endereço: R. Horácio Nóbrega, S/N, Belo Horizonte, Patos – PB, CEP: 58704-000
E-mail: teogenes_barbosa@yahoo.com.br

Hirisleide Bezerra Alves


Graduação em Biomedicina pela UFPE
Instituição: Centro Universitário de Patos - UNIFIP
Endereço: R. Horácio Nóbrega, S/N, Belo Horizonte, Patos – PB, CEP: 58704-000
E-mail: hirisleidealves@fiponline.edu.br

RESUMO: A presente pesquisa tem como objetivo analisar qual a melhor


terapêutica no tratamento da gastroparesia diabética. Para tal, será realizada
uma Revisão Sistemática da Literatura utilizando a questão PICO “Em
pacientes diagnosticados com gastroparesia diabética, qual o tratamento que
apresenta o melhor prognóstico com menos reações adversas?”. A seleção
dos artigos será realizada mediante o emprego dos descritores (DeCS)
“Gastroparesis” AND “Diabetic” AND “Treatment”, os quais serão inseridos
nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Medical Publisher

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(PUBMED), utilizando como critérios de elegibilidade publicações nos últimos
cinco anos e apenas Ensaios Clínicos Randomizados, relacionados ao tema
proposto. Espera-se que o estudo atual esclareça qual o melhor tratamento
para o portador de gastroparesia diabética. Após a leitura dos artigos
escolhidos foram identificadas diferentes terapêuticas, que em um primeiro
momento se mostraram benéficas em melhorar os sintomas da GD, dentre
elas estão a prucaloprida, o felcisetrag e a relamorelina. Foi visto que ainda
não há nenhum medicamento totalmente específico para a doença, sendo
usado medicamentos que favoreçam um aumento da velocidade do
esvaziamento gástrico direta ou indiretamente, que conseguem melhorar os
sintomas, por isso, faz-se necessário mais estudos na área para que a
fisiopatologia seja elucidada corretamente.

PALAVRAS-CHAVE: Diabetes, Gastroparesia, Procinética.

ABSTRACT: The present research aims to analyze the best therapy in the
treatment of diabetic gastroparesis. To this end, a Systematic Review of the
Literature will be carried out using the PICO question “In patients diagnosed
with diabetic gastroparesis, which treatment has the best prognosis with
fewer adverse reactions?”. The selection of articles will be carried out using
the descriptors (DeCS) “Gastroparesis” AND “Diabetic” AND “Treatment”,
which will be inserted in the Virtual Health Library (BVS) and Medical
Publisher (PUBMED) databases, using as eligibility criteria publications in the
last five years and only Randomized Clinical Trials, related to the proposed
topic. It is hoped that the current study will clarify the best treatment for
patients with diabetic gastroparesis. After reading the selected articles,
different therapies were identified, which at first proved to be beneficial in
improving the symptoms of DG, among them prucalopride, felcisetrag and
relamorelin. It was seen that there is still no totally specific medication for
the disease, being used drugs that favor an increase in the speed of gastric
emptying directly or indirectly, which manage to improve the symptoms,
therefore, more studies are needed in the area so that the pathophysiology
is correctly elucidated.

KEYWORDS: Diabetes, Gastroparesis, Prokinetics.

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1 Introdução

O termo gastroparesia diabética (DG) tem sido usado para descrever


as manifestações gastrointestinais superiores (GI) do diabetes mellitus
(DM). A gastroparesia é uma síndrome caracterizada por retardo do
esvaziamento gástrico (EG) e sintomas do trato gastrointestinal superior que
sugerem, mas não estão associados a, obstrução da saída gástrica
(BHARUCHA; KUDVA; PRICHARD, 2019).
A gastroparesia é definida como a remoção tardia do conteúdo do
estômago na ausência de obstrução física e sua prevalência exata permanece
desconhecida. Um grande estudo de base populacional, avaliando sintomas,
relatou uma incidência cumulativa de gastroparesia em 10 anos de 5,2% em
pacientes com diabetes mellitus tipo 1 (DM1), 1,0% em pacientes com
diabetes mellitus tipo 2 (DMT2) e 0,2% em controles (KUMAR et al., 2018).
Um fenômeno também visto é o da renovação dos sintomas
(aparecimento e desaparecimento dos sintomas ao longo do tempo), e vários
estudos evidenciaram que isso é comum em pacientes com DG. Um estudo
observou que a rotatividade dos sintomas estava associada à depressão, e
não a outros fatores, como o controle glicêmico (KUMAR et al., 2018).
Existem vários níveis de regulação no trato gastrointestinal: os
sistemas nervoso central, autônomo e entérico, as células intersticiais de
Cajal (responsáveis pela contratilidade intestinal) e também a microbiota
intestinal. Além disso, muitos outros fatores provavelmente afetam a
motilidade gastrointestinal, incluindo duração do diabetes, hiper e
hipoglicemia, distúrbios eletrolíticos, desnutrição e medicamentos como
metformina, acarbose e análogos do peptídeo-1 semelhante ao glucagon
(KEMPLER et al., 2015).
A hiperglicemia medeia o dano ao nervo por meio de uma ampla gama

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de mecanismos, incluindo poli-adenosina trifosfato de ribose, produtos de
glicosilação avançada (AGE), estresse do retículo endoplasmático, estresse
oxidativo, inflamação e isquemia que resultam em desmielinização e
degeneração axonal. A neuropatia, que afeta a entrada autonômica, como
do nervo vago, ou que afeta os próprios neurônios intrínsecos do sistema
nervoso entérico, pode induzir a gastroparesia. A perda da estimulação
parassimpática retardará o esvaziamento gástrico (KUMAR et al., 2018).
Estima-se que 50% dos pacientes com diabetes mellitus de longa data
apresentam alguma forma de disfunção motora gástrica. Além disso, o
retardo na absorção de nutrientes pelo intestino delgado, devido ao
esvaziamento gástrico prejudicado, pode resultar em um intervalo de tempo
incompatível entre os picos de glicose no sangue e os picos de insulina,
dificultando a regulação da glicose no sangue (HASSAN et al., 2021).
Em termos de tratamento, o dietético representa a base fundamental
do tratamento da gastroparesia diabética, independentemente de outros
esforços terapêuticos. As recomendações gerais são para refeições pequenas
e mais frequentes; o excesso de gordura e fibra alimentar deve ser evitado
e o tamanho das partículas deve ser pequeno. (TÖRNBLOM, 2015)
Quanto ao tratamento farmacológico, a maioria dos estudos avaliou
apenas os efeitos de curto prazo (< 4 semanas) dos medicamentos e incluiu
apenas um pequeno número de pacientes. Além disso, não é certo se os
efeitos desses tratamentos sobre os sintomas gastrointestinais estão
relacionados a melhorias no tempo de esvaziamento gástrico. Dentre os mais
utilizados estão: a metoclopramida, um antagonista do receptor D2 da
dopamina, cujo efeito colateral mais comum é a discinesia tardia; a
domperidona, que age como o primeiro, mas possui menos reações
adversas; a eritromicina, agonista do receptor de motilina, cujos resultados
são tão bons quanto a metoclopramida, mas tanto a domperidona quanto a

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eritromicina podem causar arritmias e afetar a taxa de metabolismo de
outros medicamentos. (TÖRNBLOM, 2015)
Deste modo, evidencia-se a relevância do estudo acerca da
gastroparesia diabética, tendo em vista que grande parte da população
brasileira é portadora de DM. Ademais, outros problemas também são
desenvolvidos após a confirmação da patologia, como depressão e
ansiedade, que corroboram com a piora do quadro clínico e com prejuízo na
qualidade de vida. Por isso, faz-se necessário uma atualização dos
profissionais de saúde sobre o assunto visando o desenvolvimento de
estratégias de promoção em saúde para este público, minimizando as
complicações relacionadas a gastroparesia diabética.

2 Aspectos Metodológicos

O presente estudo trata-se de uma Revisão Sistemática da


Literatura de Tratamento com Ensaios Clínicos Randomizados (ECR).
Consiste em um tipo de investigação focada em questão bem definida,
que visa identificar, selecionar, avaliar e sintetizar as evidências
relevantes disponíveis, são amplas e trazem informações gerais sobre o
tema em questão. Para elaborar o estudo é feita a pergunta de pesquisa
analítica através do acrônimo PICO (população; intervenção (ou
exposição); comparação; e desfecho) (GALVÃO; MAURICIO, 2014). A
formulação da questão PICO nesse estudo foi: “Em pacientes
diagnosticados com gastroparesia diabética, qual o tratamento que
apresenta o melhor prognóstico com menos reações adversas?”.
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica a partir de artigos
indexados nas seguintes bases de dados: Medical Publisher (PubMed) e
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Para seleção dos artigos foram

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utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), em inglês,
Gastroparesis AND Diabetic AND Treatmen, para pesquisa nas bases de
dados.
A amostra foi definida de acordo com os filtros de pesquisa,
baseando-se nos determinados critérios de inclusão e exclusão. Como
critérios de inclusão, foram aplicados: artigos do tipo ECR, publicações
dos últimos cinco anos, disponíveis de forma gratuita. Como critérios de
exclusão adotaram-se: artigos que não se referem ao tema proposto ou
que estão repetidos entre as bases de dados e artigos que não sejam do
tipo ECR.
A fim de exemplificar o processo da extração de dados, através da
recomendação PRISMA, as seguintes etapas foram seguidas para seleção
dos artigos (Figura 1).

Figura 01: Processo de extração dos dados da pesquisa, através da recomendação proisma

Fonte: AUTORIA PRÓPRIA (2022).


Para avaliar o nível de evidência foi utilizada a classificação GRADE
(Gading of Recommendations Assessment, Development adn Evaluation),
que é um sistema universal capaz de graduar a qualidade das evidências

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adquiridas e a força de suas recomendações, através da compreensão de
diversos fatores de sua análise, que inicia-se pela classificação em estudo
clínico randomizado e observacional, a depender do tipo de estudo ele
inicia a qualidade por alta ou baixa, respectivamente, podendo aumentar
ou diminuir esse nível. Posteriormente considera-se diferentes variáveis
que o classificam em alta, moderada, baixa ou muito baixa. (AGUAYO-
ALBASINI; FLORES-PASTOR; ALEDO-SORIA, 2014)
Reforça-se que na tabela 2 é evidenciada a extração dos resultados
que respondem à questão de revisão, para que seja possível a análise e
síntese dos estudos.
Pelo fato do presente estudo ser feito a partir de outros estudos já
previamente produzidos não existe qualquer risco. Em relação aos
benefícios, têm-se que os resultados irão oferecer um maior conhecimento
acerca da gastroparesia em pacientes diabéticos afim de alertar
principalmente os profissionais da saúde promovendo um correto
diagnóstico do distúrbio e, consequentemente, um tratamento melhor.
Dentre os resultados esperados o de identificar a melhor opção
terapêutica para o paciente a fim de proporcionar o melhor prognóstico e
qualidade de vida está entre eles.

3 Resultados

Após busca dos artigos nas bases de dados para montar esse estudo
após a análise dos dados e dos critérios pré-estabelecidos de temporalidade
(últimos 5 anos), ser um estudo de caso clínico randomizado e relação com
a temática abordada, a amostra final ficou constituída com 6 artigos, que
foram lidos na íntegra. A tabela 01 apresenta a distribuição dos artigos
selecionados, contendo periódico, ano de publicação e autores.

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Tabela 01: Classificação da ordem dos artigos decrescente em relação ao ano de
publicação e autores.
Ordem Ano Periódico Autores
01 2022 Nutrients Carneiro et al.
02 2021 Wiley Online Library Chedid et al.
03 2021 Aliment Pharmacol Kuo et al.
Ther
04 2020 Wiley Online Library Camilleri et al.
05 2020 Wiley Online Library Andrews et al.
06 2018 The Journal of Chakraborty et al.
Clinical
Endocrinology e
Metabolism
Fonte: Autoria própria.

Visando estabelecer o melhor tratamento para a GD cada estudo


abordado focava em um tratamento que abarcava diferentes tópicos, dentre
eles estão o tempo de esvaziamento gástrico, melhora ou piora dos principais
sintomas, como náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia e se existiria
efeitos adversos dos medicamentos em uso, além da tolerabilidade e
segurança.
Após a leitura criteriosa da amostra final foram identificados os
objetivos e resultados de cada terapêutica proposta, a exemplo do uso da
Nutrição jejunal, uso do Velustrag, da Prucaloprida, da Relamorelina, dos
inibidores do GLP-1 e da Felcistreg. Na tabela 02 está demonstrada o
panorama geral dos principais achados de cada artigo.

Tabela 02: Classificação dos artigos quanto ao tipo de estudo elucidando os objetivos e
resultados encontrados em cada um.
Nº Título Objetivo Resultados
01 Ensaio controlado Identificar efeitos a curto A nutrição jejunal quando é
randomizado duplo-cego prazo da nutrição jejunal entregue antes de uma
piloto: efeitos da nutrição nos sintomas do TGI pós- refeição pode melhorar os
jejunal no sofrimento pós- prandiais em paciente sintomas pós-prandiais em
prandial na gastropatia com gastroparesia pacientes com DG.
diabética (ensaio J4G) diabética, além de avaliar
os efeitos na função
gástrica.
02 Estudo randomizado: Avaliar os efeitos Aceleramento do

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efeitos do agonista do farmacocinéticos e esvaziamento gástrico
receptor 5-HT 4 felcisetrag farmacodinâmicos do mesmo na menor dose do
vs placebo no trânsito felcistreg no trânsito medicamento, resultando
intestinal em pacientes intestinal e gástrico em numa melhora dos sintomas
com gastroparesia pacientes portadores de do TGI, além de acelerar o
DM que possuem retardo enchimento colônico.
do esvaziamento gástrico
documentado.
03 Segurança geral da Avaliar a segurança geral Foi bem tolerado pelos
relamorelina em adultos e tolerabilidade da pacientes acelerando o EG e
com gastroparesia Relamorelina em aumentando a contratilidade
diabética: análise dos pacientes portadores de antral, mas em contrapartida
dados dos estudos de fase GD. aumentou o nível de glicose
2a e 2b no sangue.
04 Disfunções Avaliar se a qualidade de 30 a 40% da gravidade dos
gastrointestinais na vida de pacientes com sintomas pôde ser previsto
gastroenteropatia GD pode ser prevista durante o estudo, o GLP-1
diabética, suas relações pelas disfunções sensóro- não diminuiu os sintomas
com sintomas e efeitos de motoras do TGI, além de dos pacientes e a HbA1c se
um antagonista do GLP-1 avaliar a contribuição do mostrou inversamente
GLP-1 para os sintomas e proporcional.
da HbA1c.
05 Velusetrag acelera o Avaliar o nível de eficácia Acelerou o EG e foi bem
esvaziamento gástrico em e a segurança que o tolerado pela população.
indivíduos com Velustrag pode trazer ao
gastroparesia: um estudo paciente com GD ou
de fase 2 multicêntrico, idiopática ao aumentar o
duplo-cego, randomizado, EG.
controlado por placebo
06 Prucaloprida em Avaliar o efeito da Houve aceleramento do EG e
gastroparesia diabética e Prucaloprida em relação aumento dos movimentos
relacionada à doença do aos sintomas associados intestinais, mas sem melhora
tecido conjuntivo: estudo à refeição e a taxa de EG. significativa nos sintomas.
piloto randomizado
cruzado controlado por
placebo
Fonte: Autoria própria.

Como consta na tabela 02 todos os remédios foram bem tolerados,


mas alguns apresentaram maior taxa de sucesso em diminuir os sintomas
persistentes da GD, enquanto outros apesar de constarem certa eficácia não
melhoram as queixas do TGI dos pacientes. Outros apesar de serem eficazes
pioraram a doença de base, a DM, aumentando o nível de glicose do sangue
e sendo suscetível a causar descompensação grave nos pacientes.

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Tabela 03: Classificação do nível de evidência dos ensaios clínicos randomizados
selecionados de acordo com as diretrizes metodológicas do sistema GRADE.
Autores Limitações Inconsistênc Evidência Imprecisã Viés de Nível de
(ano) metodológic ia dos indireta o dos publicaçã evidênci
as resultados resultados o a-
Sistema
GRADE
Carneiro Não Não Não Não Não Alto
et al. identificado identificado identifica identificad identificad
do o o
Chedid et Não Não Não Não Identifica Moderad
al. identificado identificado identifica identificad da o
do o
Kuo et al. Não Não Não Não Não Alto
identificado identificado identifica identificad identificad
do o o
Camilleri Não Não Não Não Identifica Moderad
et al. identificado identificado identifica identificad da o
do o
Andrews Não Não Não Identifica Não Moderad
et al. identificado identificado identifica do identificad o
do o
Chakrabor Não Não Não Não Não Alto
ty et al. identificado identificado identifica identificad identificad
do o o
Fonte: Autoria própria.

A partir dis dados obtidos pela Tabela 03, foi possível classificar o nível
de evidência dos ensaios clínicos randomizados pelo sistema GRADE em alto
(N=3) e moderado (N=3), tendo em vista que oos fatores que diminuem o
nível de evidência no ECR (limitações metodológicas, inconsistência dos
resultados, evidência indireta) não foram identificados, mas foi encontrado
imprecisão nos resultadoos e viés de publicação em N=3.

4 Discussão

A gastroparesia é um distúrbio crônico geralmente associado a


diabetes complicada de longa data e caracterizada por retardo do
esvaziamento gástrico (EG) na ausência de obstrução mecânica. Pode ter um
impacto substancial na qualidade de vida, cujos sintomas associados incluem

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saciedade precoce, arrotos, distensão abdominal, náuseas, vômitos e
desconforto abdominal. Existem muitos desafios no manejo dessa condição
e uma necessidade de uma melhor compreensão da complexa fisiopatologia
subjacente, a fim de superar as limitações atuais e permitir um manejo mais
personalizado (JALLEH et al., 2019).
Atualmente é uma das doenças mais comuns do trato gastrointestinal
(TGI) superior juntamente com a dispepsia funcional, devido a grande
quantidade de manifestações clínicas que o paciente apresenta. Sua
prevalência é em até 2% da população em geral, mas muitas pessoas
chegam a nunca receber o diagnóstico formal do distúrbio, permanecendo
sem o tratamento adequado (SULLIVAN; TEMPERLEY; RUBAN, 2020).
Dentre as suas causas, a maioria dos casos provavelmente trata-se de
uma etiologia idiopática (SULLIVAN; TEMPERLEY; RUBAN, 2020), mas como
causa secundária a principal é a dibetes mellitus (DM), quando há ausência
de obstrução mecânica (KUMAR et al., 2018). A incidência em 10 anos de
acordo com o estudo comunitário de Olmsted County, Minnesota,
demonstrou que o risco de desenvolver gastroparesia diabética (GD) foi
maior no DM tipo 1 do que no DM tipo 2, porém, em contrapartida, a
quantidade de pessoas com gastroparesia que possuem DM é maior no tipo
2 devido a sua maior população com a doença (BHARUCHA; KUDVA;
PRICHARD, 2019).
Foi encontrada uma inciência maior em mulheres de 4:1 em
comparação com os homens, não se sabe a causa absoluta dessa diferença,
mas se presume que seja porque o sexo masculino geralmente têm EG mais
rápido e em modelos de roedores fêmeas vê-se que o no sistema nervoso
entérico a diabetes tem um efeito maior. Além disso, o distúrbio apresenta-
se mais comumente entre 30 e 40 anos do DM tipo 1 (FARMER et al., 2019).
A fisiopatologia da GD ainda necessita ser bastante estudada visto que

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ainda não há certeza em alguns processos, mas dentre os processos já
conhecidos têm-se que a inervação vagal do estômago é afetada e está
associada à hipomotilidade antral, redução do tônus gástrico proximal em
jejum e redução da acomodação pós-pandrial do fundo gástrico, associando-
se a um aumento na contratilidade pilórica em alguns pacientes, todos esses
fatores contribuem para o retardo da EG. Além disso, a falta de células
intersticiais de Cajal (ICC) e falta de heme oxigenase (HO1) foram
encontradas em pacientes com GD (JALLEH et al., 2019).
Em uma avaliação de biópsia de pacientes com GD, foram encontrados
três alterações principais: perda de ICCs, perda de nervos entéricos e um
infiltrado imunológico. Na presença das células de cajal o EG é mais rápido
em quatro horas, contribuindo com a ideia de que a sua falta reduza
significativamente o EG, mas ainda não se sabe a explicação para essa
diminuição das células. (BHARUCHA; KUDVA; PRICHARD, 2019). Os nervos
gástricos contêm óxido nítrico (NO) sintetase e a sua disfunção pode causar
um reflexo de acomodação gástrica com associação de sintomas dispépticos
(AVALOS et al., 2018 ), além disso o NO é responsável pelo relaxamento
pilórico e a sua perda resulta em piloroespasmo (BHARUCHA; KUDVA;
PRICHARD, 2019). O estado pró-inflamatório resulta em um estresse
oxidativo excessivo (FARMER et al., 2019).
É importante elucidar que os sintomas advém também das
anormalidades neuromusculares da função motora gástrica. As células
marcapasso (células de cajal) são responsáveis por direcionar impulsos
excitatórios e inibitórios, elas coordenam as contrações que iniciam no
estômago proximal para se propagar em direção ao piloro. A coordenação da
atividade peristáltica é importante para triturar o alimento no antro, em
biópsia foi verificado que pacientes com GD têm redução nos neurônios
inibidores nitrérgicos, que são responsáveis por modular o relaxamento do

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esfíncter pilórico e a atividade peristáltica gástrica, assim como as células de
cajal (USAI-SATTA, et al., 2020).
As alterações no mecanismo de motilidade e secreção podem afetar
qualquer porção do TGI, as mais comuns são as gástricas, mas até 60% dos
pacientes apresentam manifestações esofágicas.
A maioria dos sintomas esofagianos se apresenta como refluxo
gastroesofágico, disfagia ou mais raramento odinofagia. Os resultados de
manometria indicaram que os pacientes em tratamento com insulina
apresentavam maior fraqueza na deglutição e que episódios de hiperglicemia
agudos estão associados a menor motilidade do esôfago e maior disfagia
(ZAVALETA, et al., 2021).
Os sintomas mais comuns são os gástricos e podem variar desde
saciedade precoce, eructação, náuseas, vômitos paroxísticos, até diminuição
do peso corporal. Além disso, o esvaziamento gástrico lentificado irá causar
efeito sobre os medicamentos usados no controle da DM, levando a absorção
mais lenta do hipoglicemiante oral, causando um mau controle glicêmico a
longo prazo, levando a distúrbios nutricionais e hospitalizações
(KURNIAWAN; SUWANDI; KHOLILI, 2019)
Menos comuns estão as manifestações intestinais, do reto e do ânus,
que englobam constipação, diarréia, dor, incontinência fecal. Geralmente há
sintomas intermitentes entre diarreia e constipação, com aumento súbito do
volume e frequência. A incontinência ocorre devido há redução do esfíncter
anal interno e as pressões de contração anal (ZAVALETA, et al., 2021).
Para iniciar as investigações afim de delimitar a GD deve-se
primeiramente excluir a opção de obstrução mecânica (KUMAR et al., 2018),
geralmente feito com endoscopia e evidenciar o EG tardio. É importante
relatar a importância de não usar medicamentos que podem atrasar ou
acelerar o EG antes do teste e o exame não pode ser feito durante

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hiperglicemia grave (BHARUCHA; KUDVA; PRICHARD, 2019).
O teste padrão ouro para diagnóstico é a cintilografia. O teste é feito
ingerindo uma refeição sólida com baixo teor de gordura radiomarcada
usando uma câmera para obter imagens e quantificar o esavaziamento da
refeição fisiológica. A fim de obter um padrão em todas as refeições, foi
denifido que seria um sanduíche de ovo marcado com colóide de tecnécio
com exames de imagens realizados 1, 2 e 4 horas após a ingesta. A principal
vantagem é não ser um procedimento invasivo, em contrapartida há
variações no protocolo entre as instituições e a exposição à radiação.
Ademais, as mulheres têm um atraso fisiológico de 15%, fazendo com que
haja a necessidade de valores de referência diferentes entre os sexos
(SULLIVAN; TEMPERLEY; RUBAN, 2020).
Portanto, o diagnóstico baseia-se tanto no reconhecimento das
manifestações clínicas da GD quanto na identificação do atraso do
esvaziamento gástrico por exames apropiados (GROVER; FARRUGIA;
STANGHELLINI, 2019). Para ser tratada de uma forma mais eficaz a GD
necessita de uma equipe multidisciplinar que inclua gastroenterologistas,
diabetologistas, nutricionistas e cirurgiões. E deve ser adotada uma
abordagem gradativa que envolva aspectos gerais, medidas não
farmacológicas, terapia farmacológica e cirúrgica (FARMER et al., 2019).
Deve-se enfocar no controle glicêmico e correção do desequilíbrio
eletrolítico, se necessário, além de revisar os medicamentos já utilizados pelo
paciente, para evitar aqueles que retardam o EG, como opioides,
anticolinérgicos e bloqueadores dos canais de cálcio (FARMER et al., 2019).
A técnica de nutrição jejunal foi bem recebida pelos pacientes, só
depois os pacientes recebiam uma refeição oral, como resultado diminuiu os
sintomas pós prandiais, mas ainda não se sabe o mecanismo fisiológico
específico que explica esses efeitos. Apesar de a amostra ter sido pequena,

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é um bom estudo piloto, podendo ser uma nova ferramenta no controle dos
sintomas da GD.
É vista como o tratamento de primeira linha para gastroparesia, em
um ensaio parte dos pacientes recebeu uma dieta com pequenas partículas
de alimento e a outra parte com uma dieta padrão, aqueles do primeiro grupo
tiveram uma redução significativa na gravidade de náuseas, vômitos,
plenitude pós-pandrial e distensão abdominal, mas sem alteração na dor
abdominal (JALLEH et al., 2019).
Afim de controlar os sintomas gastroparéticos, recomenda-se ao
paciente alimentar-se de pequenas porções de um alimento, aqueles que
podem ser facilmente amassados ou moídos. Da mesma forma, evitar
refeições sólidas com alto teor de gordura e instaurar uma alimentação com
o baixo teor de gordura/fibras e aumentar a quantidade de líquidos mostrou
uma melhora nos sintomas (AVALOS et al., 2018).
Deve-se atentar a frequência, o tamanho e a composição nutricional
das refeições, que constitui a base do manejo clínico, para que dessa forma
ocorra um importante controle geral do diabetes, que por si só, melhora o
controle glicêmico (FARMER et al., 2019).
Os mais utilizados são os procinéticos para promover a motilidade do
TGI, porém possuem vários efeitos adversos somado a isso a escassez de
estudo acerca da eficácia do uso ao longo prazo destes medicamnetos
(KUMAR et al., 2018).
A metoclopramida, bloqueador do receptor D2 e agonista do receptor
5HT4 da serotonina, tem efeito na redução do vômito, náuseas, plenitude e
saciedade precoce e acelera a EG (JALLEH et al., 2019). Seu uso é limitado
pelos efeitos adversos, por atravessar a barreira hematoencefálica (BHE), foi
relatado hiperprolactinemia e efeitos adversos extrapiramidais,
principalmente a discinesia tardia. Seu uso é limitado a 3 meses com a menor

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dose possível (BHARUCHA; KUDVA; PRICHARD, 2019).
O felcisetrag, a velusetrag e a prucaloprida, agonistas do receptor
5HT4 da serotonina, agem melhorando o trânsito intestinal superior e inferior
e além da GD no futuro podem ser usados em condições como íleo pós-
opereatório e exacerbação aguda da gastroparesia, mas nesse estudo, que
foi de tempo curto, nenhum benefício sintomático foi obtido. Não foram
evidenciadas alterações cardiovasculares nos pacientes. A principal
relevância é que em pacientes que necessitam de alimentação enteral houve
um benefício na normalização do EG em comparação a outros medicamentos.
A domperidona, antagonista da dopamina e semelhante a
metoclopramida, mas possui menos efeitos colaterais, pois penetra menos
na BHE. Seu uso está associado a risco cardíaco significativo, incluindo
prolongamento do intervalo QT (SULLIVAN; TEMPERLEY; RUBAN, 2020).
No tratamento da DM o arsenal terapêutico é diverso e dentre as
opções está os análogos do GLP-1, que em relação aos sintomas prandiais
da GD não demonstrou melhora. Portanto, seu papel seria somente em
controler o nível glicêmico, visto que após uma perfusão intestinal de lipídeos
não houve bloqueio dos sintomas pelo medicamento.
O Relamorelin, agonista da grelina (peptídeo gástrico que aumenta a
atividade gástrica dos períodos pós-pandrial e interdigestivo e melhora o
apetite), demonstrou melhora do EG e redução dos episódios de vômito em
60%, mas ainda é uma droga nova e necessita de mais estudos para obter
certeza da sua eficácia (FARMER et al., 2019).
Os sintomas de melhora do relamorelin estão associados ao aumento
do EG, que de acordo com o estudo foi alcançado na dose de 10micrograma
(Camilleri et al., 2020). Por ter uma meia vida mais longa e estável ele é
mais potente que a grelina humana e por isso, aumenta o apetite através do
estímulo no hipotálamo. Como possível consequência negativa tem-se a

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hiperglicemia se uso esse agonista a longo prazo, principalmente em idosos.
A toxina botulínica é utilizada para evitar uma das manifestação da GD,
que é o piloroespasmo, pois bloqueia a liberação de acetilcolina na junção
neuromuscular e reduz a contração pilórica excessiva. Uma série inicial de
testes demonstrou melhora no EG, mas ainda não possui resultados
convincentes (KUMAR et al., 2018).
Para os pacientes com GD refratário pode ser instalado a GES,
estimulação elétrica gástrica implantável, que envolve a implantação
cirúrgica de sutura de eletrodos no antro, que recebem estímulo de um
gerador localizado numa bolsa geralmente no quadrante superior esquerdo.
Foi relatada uma melhora em pacientes com sintomas mais graves (FARMER
et al., 2019).
O sistema GRADE baseado em níveis de evidências tem uma grande
importância da medicina baseada em evidências, que apesar de possuir
críticas, contribuem para a fundamentação de uma decisão clínica, por
exemplo, auxiliando na confiância que se deve colocar em determinados em
estudos, adotando ou rejeitando uma nova conduta. Apesar disso, ainda é
pouco abrangente e tem uma avaliação complexa, como a necessidade de
um julgamento qualitativo para avaliar os domínios utilizados.
Quanto aos limites dos estudos, tem-se que apesar das recomendações
serem boas e plausíveis de serem usadas na prática clínica ainda há uma
baixa quantidade de estudos que especifiquem cada terapia. As evidências
também são poucas quanto ao tempo de uso, visto que a maioria dos estudos
clínicos foram feitos somente a curto prazo. Ainda alguns trabalhos foram
incentivados por indústrias farmacêuticas, diminuindo a qualidade da
evidência encontrada.

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5 Conclusão

Por fim, conclui-se que a GD é uma condição clínica relativamente


frequente, mas que ainda pouco se conhece sobre seus mecanismos
fisiopatológicos específicos, evidenciando que são necessárias mais
pesquisas nessa área para que sejam elucidados propiciando o melhor
tratamento para o paciente, melhorando, dessa forma, a sua qualidade de
vida e diminuindo o sofrimento.
Ademais, a GD ainda é muito subnotificada por seus sintomas também
serem comuns em outras doenças do TGI, confundindo os diagnósticos.
Dessa forma, é necessário que os profissionais de saúde obtenham o
conhecimento acerca de como diagnosticar da forma correta e qual a melhor
terapêutica para o paciente.
No que tange a terapia, é necessário primeiro uma intervenção nos
hábitos de vida do paciente, inserindo atividade física regular, controle da
DM, melhora da alimentação. Ainda não há um medicamento que seja
específico para a doença e deve-se instaurar uma terapia específica para
cada paciente, mas dentre as opções podem ser usados procinéticos, a
metoclopramida, a domperidona ou a relamorelin, que ainda é uma droga
nova. Nos pacientes refratários pode ser feito ainda uma intervenção
cirúrgica.

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