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FISIOTERAPIA INTRADIALÍTICA: QUAIS

EXERCÍCIOS UTILIZAR? REVISÃO


BIBLIOGRÁFICA

RESUMO
Introdução: Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, a Doença Renal
Crônica é definida como uma perda lenta, progressiva e irreversível das
funções renais. Onde os rins não apresentam mais funcionalidade sob a
destruição dos néfrons, resultando na incapacidade do organismo em manter o
equilíbrio metabólico e hidroeletrolítico renal. Ela é considerada um grande
problema de saúde pública devido suas elevadas taxas de morbidade e
mortalidade e pelo seu impacto negativo sobre a qualidade de vida relacionada
à saúde. Objetivo: Analisar qual é o melhor protocolo de exercícios a ser
utilizado no tratamento intradialítico de pacientes renais crônicos, através de
uma revisão de bibliografia. Metodologia: Foi realizada uma revisão
bibliográfica nas seguintes bases de dados: Medline, Lilacs, PubMed e Scielo,
incluindo artigos publicados no ano de 2009 até a ano de 2019. Resultados:
Foram encontrados 38 artigos que passaram por fases de seleção com base nos
critérios de exclusão, onde apenas 10 artigos foram escolhidos para serem
utilizados em nosso estudo. Conclusão: O melhor protocolo baseado nos
estudos e resultados apresentados seria a associação dos exercícios de Freire
com o exercício aeróbico de Carletti, uma vez que ambos demostraram ter
grande efetividade e acreditamos que se usados em conjunto os benefícios
para com os pacientes seriam maiores.

Palavras-Chave: Fisioterapia, manipulações musculoesqueléticas, diálise


renal, exercício, insuficiência renal crônica.

1. INTRODUÇÃO
A Sociedade Brasileira de Nefrologia identifica a Doença Renal Crônica
(DRC como uma perda lenta, gradativa e irreversível das funções renais. Onde
os rins não apresentam mais funcionalidade, em razão da destruição dos
néfrons, incapacitando assim o organismo em manter o equilíbrio metabólico
e hidroeletrolítico renal (ROCHA; MAGALHÃES; LIMA, 2010). Quando a
Taxa de Filtração Glomerular (TFG) for menor que 60 mL/min/1,73m2, por
um período superior a 3 meses existe uma disfunção renal e quando atinge
níveis de TFG menores do que 15 mL/min/1.73m2 é denominada DRC na
fase terminal (JATOBÁ et al., 2008).

A DRC é considerada um grande problema de saúde pública devido suas


elevadas taxas de morbidade e mortalidade e pelo seu impacto negativo sobre
a qualidade de vida relacionada à saúde (SOARES; ZEHETMEYER;
RABUSKE, 2007). As principais causas dessa patologia são: diabetes
mellitus, hipertensão arterial, glomerulonefrites, doenças císticas dos rins,
nefrite intersticial, nefropatia obstrutiva, doenças vasculares do colágeno,
malignidades, entre outras (MAGALHÃES et al., 2004).

O tratamento de escolha substitutivo da função renal mais utilizado é a


hemodiálise (HD), procedimento que filtra o sangue e equilibra o excesso de
sais e líquidos, auxiliando no controle da pressão arterial e no equilíbrio
hídrico do organismo. Para que esse tratamento seja realizado é necessário o
acesso repetido à corrente sanguínea, geralmente realizado através de uma
fístula arteriovenosa que é criada cirurgicamente. Em média, são necessárias 3
sessões de hemodiálise por semana, com duração de 3 a 4 horas por dia.
(ROCHA; MAGALHÃES; LIMA, 2010; VALLE et al., 2013).

Pacientes que realizam a hemodiálise são menos ativos e apresentam baixa


tolerância ao exercício, bem como um alto descondicionamento físico,
possivelmente associados “à atrofia muscular, anemia, miopatia e neuropatia
urêmica, disfunção autonômica, diminuição da flexibilidade, redução da força
muscular, má nutrição e comorbidades associadas” (BOHM et al., 2012,
p.190). Para Henn, Paiva e Albuquerque (2006), esses pacientes apresentam
excesso de líquidos corporais que deixamos órgãos congestos, inclusive os
pulmões e com isso a tolerância do portador de DRC ao exercício fica
gravemente reduzida (VIEIRA et al., 2005; HIGA et al., 2008). Em torno de
50% dos pacientes vão a óbito por complicações cardíacas (LUGON et al.,
2001).

As dores constituem cerca de 40% do total de queixas apresentadas pelos


pacientes renais crônicos em hemodiálise, contudo, boa parte desses sintomas
tem seu mecanismo fisiopatológico conhecido, como por exemplo, a dor
muscular ocasionada pela remoção rápida de líquido corporal; as cefaleias,
relacionadas às elevações da pressão arterial; e a dor torácica decorrente da
chamada síndrome da reação ao dialisador, conhecida anteriormente como a
síndrome de primeiro uso; possibilitando, assim, a realização de um
tratamento adequado. Portanto, tal circunstância revela que na doença renal, a
dor ocasiona a redução do funcionamento físico e profissional, bem como o
entendimento da própria saúde tem um impacto negativo sobre os níveis de
energia e vitalidade, podendo, consequentemente, diminuir ou limitar as
interações sociais e comprometer a qualidade de vida (MARTINS;
CESARINO, 2005; NEUL, 2015).

Peres (2006) e Reboredo (2007) indicam que um programa de exercícios


físicos durante a diálise promove melhora da capacidade funcional, da força e
resistência muscular, da função cardíaca, e assim consequentemente, a
melhora da qualidade de vida. Os exercícios físicos proporcionam inúmeros
benefícios para o corpo humano. Podemos citar, redução da FR e da FC,
diminuição dos valores da PA, melhora da CF, diminuição do nível de dor,
melhora do condicionamento cardiorrespiratório, diminuição do uso de
medicamentos anti-hipertensivos, melhora da mobilidade articular, ganho de
massa muscular, melhora da força e resistência muscular, diminuição do IMC
e do perímetro da cintura, melhora da autonomia, da independência pessoal e
melhor reintegração social que consequentemente melhora das atividades
diárias e laborais, diminuição dos escores de depressão e ansiedade entre
outros. Como resultado provoca a melhora na qualidade de vida (SILVA et
al., 2013; SQUARCINI et al., 2014; MARCIANO; VASCONCELOS, 2008;
CHEIK et al., 2003; MILLER et al., 2002; SOARES et al., 2011; SOUZA,
2009).

Atualmente não há um consenso sobre o uso de um protocolo fisioterapêutico


bem definido para tratamento de pacientes em processo intradialítico alguns
estudos aparentemente se mostram mais eficazes que outros, porém não há
comparações adequadas e significativas entre cada um deles na literatura.

Através deste estudo buscamos demostrar a importância da fisioterapia em um


programa exercício físico intradialítico dentro de uma clínica de hemodiálise
afim de obter uma melhor qualidade de vida para esses pacientes.

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL


 Definir o melhor protocolo de exercícios a serem utilizados durante a
hemodiálise afim de oferecer melhora na QV e nos fatores secundários
ocasionados pelo processo de HD.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


 Avaliar se esses exercícios trazem benefícios para este público de
pacientes.
 Verificar quais tipos de exercícios podem ser utilizados e tiveram os
melhores resultados em pacientes durante a HD.
 Verificar qual o melhor exercício.

3. METODOLOGIA
Foi realizada uma revisão bibliográfica nas seguintes bases de dados:
Medline, PubMed, Lilacs e Scielo, incluindo artigos publicados no ano de
2009 até o ano de 2019, a busca correlacionava as seguintes palavras‫׃‬
fisioterapia intradialítica, exercício físico na hemodiálise, doença renal crônica
e insuficiência renal crônica.

Critérios de inclusão foram trabalhos contento uma intervenção intradialítica


em pacientes com doença renal crônica e que fossem na língua portuguesa e
inglesa. Foram excluídos os artigos que abordassem o apenas o treinamento
muscular respiratório, protocolo de exercício físico não supervisionado e
qualquer outro tipo de modalidade terapêutica que não fosse fisioterapia.

Os artigos foram analisados e selecionados os de maior relevância.

4. RESULTADOS
A Figura 1, corresponde a forma de seleção dos artigos dos 38 artigos
selecionados inicialmente somente 10 foram escolhidos.

Figura 1 – Fluxograma de seleção dos artigos

Fonte: elaborado pelos autores, 2020.


Böhm et al. (2017), proporam um protocolo de exercício aeróbico durante o
tratamento hemodialítico com o uso do cicloergômetro para membros
inferiores com DRTC clinicamente estáveis, divididos em grupos de
intervenção (GI) e grupo controle (GC). A intervenção foi realizada no início
da segunda hora do terceiro dia da semana de hemodiálise. Foram realizadas
duas coletas de sangue separadas por intervalo de 30 minutos (antes e 30
minutos após o exercício aeróbico) em ambos os grupos em uma única sessão
de hemodiálise. Com o objetivo de analisar se existe melhora na qualidade da
dialise, após a realização do exercício físico.

Freire et al. (2013), aplicaram um protocolo de exercícios isotônicos de baixa


intensidade realizados durante a HD, para pacientes renais crônicos.

Também houve uma avaliação da eficiência dialítica através do índice de


depuração da ureia o Kt/V, onde esses valores foram conferidos a três meses
atrás, obtendo as médias através de uma sessão a cada mês sem o exercício e
com a realização do exercício. Com o objetivo de analisar se o exercício físico
isotônico ao longo da hemodiálise melhora a eficiência dialítica.

Corrêa et al. (2009), apresentaram um protocolo de exercícios de


fortalecimento muscular e resistência de membros inferiores para pacientes
renais crônicos que realizam tratamento hemodialítico. O atendimento
fisioterapêutico foi realizado 45 minutos após o início da diálise no paciente e
45 minutos antes da finalização da sessão da hemodiálise. Com o objetivo da
avaliar se o efeito do treinamento muscular periférico na capacidade funcional
e qualidade de vida nos pacientes em hemodiálise.

Carletti et al. (2017), submeteram pacientes com DRC a um protocolo de


exercícios por 12 semanas. Sendo aquecimento, treinamento e alongamento.
Anteriormente a realização dos exercícios houve a avaliação do controle
postural desses pacientes por meio da plataforma de força Advance
Mechanical Technology Inc. (AMTI – AccuGait). O treinamento era
composto de exercício aeróbio. Com o objetivo de verificar se este tipo de
exercício intradialítico promove a melhora do controle postural nesses
pacientes.

Sanchez et al. (2018), propuseram um protocolo de exercícios de auto para


indivíduos renais crônicos, durante as primeiras horas das sessões de HD,
respeitando a condição clínica do participante. Com o objetivo de avaliar se a
fisioterapia intradialítica promove benefícios na qualidade de vida, dor, edema
e função respiratória de doentes renais crônicos.

Abdo et al. (2019), submeteram pacientes em tratamento hemodialitico


divididos em grupo controle e grupo intervenção a um protocolo de
exercícios. O treinamento foi iniciado uma hora após o início da hemodiálise.
Com o objetivo de avaliar a força muscular de quadríceps após treino com
cicloergômetro em pacientes hemodialíticos.

Ribeiro et al. (2013), realizaram uma intervenção intradialítica durante 8


semanas, composta por exercícios resistidos em pacientes com DRC,
dividindo os em 4 grupos. 2 grupos realizaram a intervenção e os outros 2
grupos serviram como grupo controle. Com o objetivo de estudar o papel do
exercício resistido no tratamento e qualidade de vida desses pacientes.

Peres et al. (2009), aplicaram um protocolo de exercícios durante a


hemodiálise em pacientes com DRCT. Dividido em exercícios de
aquecimento, resistência, força e desaquecimento. Com o objetivo de avaliar a
capacidade física destes pacientes, antes e após 8 semanas de aplicação desta
intervenção.

Soares et al. (2011), executaram um protocolo de exercícios intradilíticos em


doentes renais crônicos. Sendo ele composto por alongamentos musculares,
fortalecimento muscular e relaxamento. Com o objetivo de analisar quais os
efeitos esse conjunto de exercícios poderia gerar sobre a qualidade de vida
destes pacientes.
A Tabela 1 abaixo apresenta a quantidade de pacientes, frequência, duração,
intensidade, exercícios e a conclusão dos exercícios aplicados por cada autor.

Tabela 1 – Características dos estudos encontrados

AUTORES PACIENTES FREQUÊNCIA/ EXERCICIOS CONCLUSÃO


DURAÇÃO/
INTENSIDADE

Böhm et 30 Uma única vez (no Exercício aeróbico O exercício aeró


al. (2017) início da segunda hora realizado com intradialítico mo
GI= 15 do terceiro dia de HD). cicloergômetro para reverteu agudam
FCmáx= 60-70%, membros inferiores hipoxemia induz
GC= 15 calculada pela fórmula pela hemodiálise
proposta por Karvonen elevou os níveis
et al. ou Escala de de fósforo. Cont
Borg= 13 – 14 não foram obser
alterações na rem
de solutos.

Freire et 15 Três meses. Esse protocolo constou Os resultados de


al. (2013) Duração de 30 minutos. de: pesquisa sugerem
1) Autoalongamento dos programas de ex
Autoalongamentos músculos cervicais e de alongamentos
foram executados 2 flexores e extensores do isotônicos de ba
vezes por 30 segundos. punho, intensidade em
pacientes com D
2) Exercícios isotônicos aplicados durant
para membros superiores sessão de diálise
foram realizados de modo melhoram a efic
alternado – flexão e dialítica. Como
extensão de cotovelo e aumento do índi
flexão de dedos, depuração da ure
pressionando uma bola. (Kt/V) demonstr
Para membros inferiores, relacionado com
foram realizadas tríplice morbidade, essa
flexão, flexão, extensão, proposta simples
adução e abdução de custo e de fácil
quadril, flexão e extensão aplicação que po
de joelho, dorsiflexão e contribuir també
flexão plantar de melhorar a cond
tornozelo. física desses pac
e sua qualidade
3) Relaxamento, que
consistiu na circundação
do pescoço, rotação
interna e externa do
ombro; respirações lentas
e profundas e técnica
lúdica. Associadas a
musicoterapia.

Corrêa et 18 O atendimento 1) Alongamento passivo Este estudo mos


al. (2009) fisioterapêutico foi no início e no término da que o treinamen
realizado 45 minutos sessão, para os grupos muscular perifér
depois que o paciente musculares flexores de quando aplicado
havia iniciado a diálise e joelho, adutores, durante a hemod
45 minutos antes de plantiflexores e como rotina das
finalizar a sessão de alongamento de Willians. intervenções a q
hemodiálise, tendo 2) Exercícios de pacientes são
duração de 30 minutos fortalecimento, para todos submetidos,
cada sessão, duas vezes os grupos musculares do proporciona mel
por semana, durante membro inferior (MI), qualidade de vid
cinco meses. além do abdominal e dimensões aspec
50% do 1RM de carga glúteo. físicos, dor, esta
para trabalho de força. de saúde e vitali
Sendo eles: No entanto, as o
30% do 1RM para o dimensões não
trabalho de resistência. – Flexão de quadril foi apresentaram me
feito de maneira ativos Após o treiname
Alongamento: 2 séries com carga, ativos livres e quando compara
de 20 segundos. ativo-assistido. distâncias pós-
intervenção e pr
Trabalho de força: 3 – Tríplice flexão de MMII os pacientes
séries de 10 repetições foi feita de forma ativa, caminharam um
sem carga. distância maior,
Trabalho de resistência: mostrando que,
1 série de 25 repetições. – Exercícios de intervenção, mes
quadríceps trabalhado de sendo aeróbia, é
forma ativa, com carga. possível ter ganh
Entre a transição de
capacidade func
cada exercício, dava-se
TMP trouxe ben
1 minuto de descanso – Exercícios para
aos pacientes co
para o paciente. isquiotibiais.
ganho de força
muscular após c
– Adutores de quadril, meses de treinam
inicialmente, foi utilizada Também foi obs
a bola de 500g, de acordo com r
progredindo para o melhora nos sint
membro em extensão de secundários, com
forma ativa, ativa- em membros inf
assistida ou com faixa câimbras, fadiga
elástica. diminuição na
medicação para
– Abdutor de quadril consequências.
iniciou com os MsIs em
flexão com a faixa
elástica ao redor dos
joelhos, evoluindo para o
membro em extensão de
forma ativa ou com faixa
elástica.

– Plantiflexores e
dorsiflexores, foi
colocada uma bola sob o
tornozelo e utilizado faixa
elástica.

– Infraabdominal foi
realizado com os MsIs em
flexão e foi imposta uma
resistência manual nos
joelhos.

– Extensão de quadril,
realizou-se exercício de
ponte com ou sem bola
entre as pernas.

3) Exercícios de
resistência foi realizado
para o grupo muscular de
extensores de joelho.

Carletti et 7 Doze semanas Exercício aeróbio foi As 12 semanas d


al. (2017) Inicialmente, realizado com um mini exercício aeróbi
propusemos três níveis ergômetro de bicicleta intradialítico seg
de carga de treino: de alongamento
promoveram gan
1) sem carga, 30-45 massa magra e
minutos de treino tendência a melh
intercalado, resultados no tes
capacidade func
2) sem carga, 50-60 equilíbrio funcio
exercícios contínuos e porém não prom
mudanças signif
3) 50-60 minutos de no controle post
treino contínuo com pacientes em
carga hemodiálise ava
aumentada. Porém, não por plataforma d
encontramos problemas
para iniciar a
intervenção no nível três
(todos os pacientes
começaram a se
exercitar por 50-60
minutos continuamente
com aumento de
carga). Os pacientes
foram instruídos a
manter o esforço de
treino entre 12 e 16 da
escala de Borg.

Sanchez et 51 24 sessões, três vezes 1)Autoalongamentos e / O programa de


al. (2018) por semana, durante oito ou alongamentos passivos reabilitação
semanas. com os seguintes grupos fisioterapêutica,
Foram realizados em musculares: flexores e / realizado durant
três séries com cinco ou extensores de punho, hemodiálise, é b
repetições para cada quadríceps, isquiotibiais, para a melhora d
exercício de: tríceps surais, adutores e / do paciente rena
fortalecimento tríceps ou abdutores de quadril, crônico em toda
sural, circunferência do região paravertebral e suas facetas (físi
punho e / ou ombro, espinhal social, ambienta
flexão e / ou extensão 2) Exercícios de psicológica). A
dos dedos. fortalecimento. intervenção
fisioterapêutica
Exercício resistido com 3) Exercícios também está ass
halter de 1 kg e circulatórios. a uma menor fre
caneleira por três séries de edema e cãib
com cinco repetições 4) Exercícios diminuição da d
respiratórios.

5) Exercício resistido
consistiu em: elevação da
perna estendida, flexão e /
ou extensão dos joelhos,
abdução e / ou adução dos
quadris, quadris com
circunferência das pernas
estendidas, flexão tripla
de MMII, ombro e
cotovelo flexão e / ou
extensão e abdução e / ou
adução do ombro

Abdo et 46 24 sessões de Treinamento foi realizado Nesta amostra, a


al. (2019) treinamento três vezes em cicloergômetro. muscular dos pa
por semana durante oito nos membros inf
GI= 23 semanas consecutivas direito e esquerd
O treinamento foi aumentou
GC= 23 iniciado uma hora após significativamen
o início da hemodiálise. dois meses de
treinamento
50 minutos de intradialítico com
atendimento, sendo 10 cicloergômetro.
minutos de
Aquecimento, 30
minutos de treinamento
e 10 minutos de
desaquecimento.

FCmáx= 50% a 70%


estimada por meio da
fórmula de Karvonen et
al.

Ribeiro et 60 3 vezes por semana. O programa foi composto O programa de E


al. (2013) Grupo 1: Durante 8 semanas por: (simples e factív
DM2 + DRC Exercícios de baixa – Fase de alongamentos período intradial
+ ER (n= 15) intensidade (40% RM) passivos de membros alterou parâmetr
inferiores clínicos, na FM
3 series de 12 significante mel
repetições. – Exercícios resistidos avaliação da QV
Grupo 2: nos grandes grupos impacto na QV f
DM2 + DRC A carga estipulada foi musculares (trabalhando a importante para
(n= 15) de acordo com o musculatura do paciente, inclusi
resultado do teste de quadríceps, isquiotibiais, envolvendo mel
força manual e a adutores e abdutores dos em nível familia
evolução foi por meio membros inferiores, relacionamento
Grupo 3: do método de abdômen, bíceps braquial quando submetid
DRC + ER progressão linear, e ombro) ER.
(n= 15) aumentando 10% da
carga a cada seis sessões – Fase de resfriamento.
de exercício.

Grupo 4:
DRC (n= 15)

Peres et 58 3 vezes por semana, Composto por: Um programa de


al. (2009) durante 8 semanas. – Fase de aquecimento meses de treinam
Sessões de com exercícios d
aproximadamente 1 – Fase de exercícios a HD mostrou se
hora de atendimento. aeróbicos com o suficiente para
A intensidade do cicloergômetro, aumentar
exercício foi controlada significativamen
por sintomas subjetivos, – Fase de exercícios de capacidade físic
através da escala de força muscular com qualidade de vid
Borg e do controle da pesos, bola e thera uma amostra de
frequência cardíaca. tubbing pacientes brasile
com DRCT em H
– Fase de exercícios de utilizando
desaquecimento com o equipamentos de
cicloergômetro em baixa custo.
velocidade.

Soares et 27 2 vezes por semana, 20 O programa foi composto De acordo com o


al. (2011) sessões com duração de por: resultados obtido
25 a 30 minutos. – Alongamentos programas de
musculares de membros reabilitação físic
inferiores, de membro benéficos para a
A carga e as repetições superior (que não melhora do estad
eram predeterminadas, apresentasse a fístula e da qualidade d
porém, adaptáveis à arteriovenosa), lombar e dos pacientes ren
capacidade do paciente. cervical (caso o paciente crônicos. Sugere
não apresentasse o cateter portanto, abrir n
cervical de diálise); perspectivas e es
a realização de n
– Fortalecimentos estudos nessa ár
musculares de membros um número maio
inferiores e membro pacientes para
superior, sem o acesso confirmação des
vascular; achados.

– Relaxamento,
envolvendo a
conscientização
respiratória

Silva et al. 56 16 meses, 3 vezes por O programa de exercícios Pelos resultados


(2013) semana com duração de foi composto e executado neste estudo, os
20 minutos. nesta ordem: corroboram com
O treino aerobico foi – 10 minutos de bicicleta estudos descrito
realizado dentro de uma ergométrica (2 minutos literatura, observ
faixa-alvo que era iniciais e finais de que a fisioterapi
representada pela FC aquecimento e base em um prog
com limites de 60 a resfriamento, de exercícios du
70% da FC de respectivamente) hemodiálise, pod
treinamento. proporcionar me
– Fortalecimento de significativa da
MMSS e MMII com qualidade de vid
pesos, bola e theraband, capacidade físic
pacientes renais
– Alongamento muscular crônicos.
estático passivo.

Fonte: elaborado pelos autores, 2020.

Legenda: GI= grupo intervenção; GC= grupo controle; FCmáx= frequência


cardíaca máxima; MMII= membros inferiores; DM2= Diabetes Mellitus Tipo
2; DRC= Doença Renal Crônica; ER= exercício resistido; MsIs= membros
inferiores.

5. DISCUSSÃO
A partir dos resultados encontrados nos estudos analisados é possível observar
vários pontos relevantes que esses autores abordaram.

5.1 PARÂMETROS CARDIOVASCULARES


E CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA
Böhm et al. (2017) e Sanchez et al. (2018) através de seus estudos chegaram à
conclusão de que o exercício físico promove melhoras no sistema
cardiovascular ao realizarem seus protocolos de exercícios intradialíticos.
Böhm et al. (2017) propuseram um treino com exercício aeróbico, já
Sanchez et al. (2018) interviram com exercícios isotônicos e resistidos.
Ambos relataram melhoras em parâmetros cardiovasculares. Assim como foi
observado no estudo de Reboredo et al. (2010), onde um grupo de 14
pacientes foram submetidos ao monitoramento ambulatorial da pressão
arterial, a fim de avaliar o efeito do treinamento aeróbico, realizado ao longo
da HD, no controle da pressão arterial. Os resultados obtidos mostraram
redução significativa da pressão arterial sistólica de 150 ± 18,4 mmHg para
143 ± 14,7 mmHg, da pressão arterial diastólica de 95 ± 10,5 mmHg para 91 ±
9,6 mmHg e da pressão arterial média de 114 ± 13,0 mmHg para 109 ± 11,4
mmHg, antes e após 12 semanas de treino, respectivamente.

Entretanto, em um estudo randomizado, Molsted et al. (2004) avaliaram,


durante um período de cinco meses, o efeito da prática de exercícios aeróbicos
e de força, duas vezes por semana, durante 1h com intensidade de 4-17 na
escala de Borg e concluíram, por fim, que não houve melhora da pressão
arterial.

Böhm et al. (2017) relataram que o exercício aeróbico promoveu o aumento


da circulação sanguínea central e melhorou o retorno periférico. Segundo
Halliwill (2001) e Goto et al. (2003) durante o exercício físico o sangue é
redistribuído aos músculos esqueléticos, provocando a vasodilatação deles.
Essa elevação do fluxo sanguíneo associado a vasodilatação dos vasos
presentes nos músculos, provavelmente impulsiona o aumento do estresse de
cisalhamento, mecanismo ligado à formação e liberação do óxido nítrico.

Uma preocupação frequente com a realização de exercício durante as sessões


de HD refere-se às possíveis complicações. É sabido que o processo de HD
acarreta algumas complicações agudas como hipotensão, cãibras musculares,
arritmias, náuseas, vômitos, cefaleia, entre outras (HIMMELFARB, 2005).
Por conta disto, Sanchez et al. (2018) aplicaram sua intervenção em pacientes
durante a hemodiálise buscando diminuir esses sintomas, ao final observaram
que houve diminuição dos distúrbios secundários provocados pela HD, sendo
eles câimbra, dor muscular e edemas. Essa melhora pode ser explicada por
conta da prática do alongamento muscular que devolve ao músculo seu
comprimento e elasticidades normais e aumento da circulação sanguínea
muscular e do retorno venoso gerados pelo exercício físico.

5.2 MELHORA DA QUALIDADE DA HD E


NA REMOÇÃO DE SUBSTÂNCIAS
O aumento da circulação sanguínea promovida pelo exercício físico durante a
hemodialise auxilia na remoção de substâncias como creatinina, ureia e
potássio, melhorando também a eficiência no tratamento hemodialítico. Isso
foi constatado por Freire et al. (2013) ao realizarem uma intervenção
intradialítica, com o uso de exercícios isotônicos sendo possível observar
melhora na eficácia no tratamento hemodialítico, que foi avaliado por meio do
índice de depuração da ureia (Kt/V) que pode ser atribuída ao aumento do
fluxo sanguíneo durante o exercício físico. O que corrobora com o estudo de
Kong et al. (1999) em ensaio clínico, demonstrou que 60 minutos de exercício
aeróbico intermitente durante a HD promoveram aumento significativo da
remoção de três solutos – ureia, creatinina e potássio – no grupo intervenção,
melhorando a eficiência da HD e redução de sua duração em 30 minutos.
Similarmente Peres et al. (2009) observaram um aumento significativo do
Kt/V após os exercícios (10,6%, p = 0,002).
No entanto Böhm et al. (2017) ao aplicarem sua intervenção de exercício
aeróbico de forma aguda não visualizaram um aumento na remoção de
solutos, que pode ter ocorrido devido ao fato de o organismo não ter tido
tempo suficiente para se adaptar aquele estímulo. Adorati (2000) que após
aplicar seu estudo descobriu que o rebote da ureia foi reduzido após a diálise
com exercício (11% vs 13,9%). Portanto, a remoção total de ureia não variou
significativamente com o exercício (35,0 ± 10,5 g) em comparação com o
controle (34,1 ± 12,1 g). A remoção da creatinina aumentou
significativamente durante o exercício (1852 ± 336 mg vs 1716 ± 288 mg; P =
0,005). A remoção de fosfato também aumentou significativamente durante o
exercício (855 ± 363 vs 743 ± 227 mg; P = 0,037). Por meio desses resultados
é possível concluir que o aumento da remoção de solutos depende do rápido
fluxo sanguíneo que está relacionado ao processo de vasodilatação que ocorre
na musculatura esquelética, estimulando o aumento da remoção dessas
substâncias.

5.3 FORTALECIMENTO MUSCULAR


A Doença Renal Crônica gera impactos no sistema muscular resultado de
diversos fatores como a atrofia, pela mudança na taxa de síntese e degradação
de proteínas. Além disso, a má nutrição provoca perdas musculares,
ocasionando fraqueza muscular, com predomínio em membros inferiores
(ADAMS; NOSRATOLA, 2006; DIAS et al., 2005).

Com base nisto Abdo et al. (2019) realizaram seu estudo para descobrir se o
exercício físico realizado em um cicloergômetro pode gerar o fortalecimento
muscular do musculo quadríceps femoral, ao final de sua intervenção puderam
observar um aumento significativo da força muscular desse musculo.
Similarmente o mesmo foi demostrado na intervenção de Cantareli et al.
(2009) ao aplicarem 5 meses de treinamento de força e resistência durante a
HD, perceberam aumento da força muscular para os extensores do joelho
sendo a média das cargas tolerada por MID: 4,71 ± 3,03 vs 6,07 ± 2,62 vs
8,42 ± 3,30kg; MIE 4,85 ± 3,13 vs 6,21 ± 2,82 vs 8,57 ± 3,99 kg, p < 0,05.
Ribeiro et al. (2013) após sua intervenção obtiveram os valores: Grupo
DM2+DRC+ER (pré e pós intervenção) = 2,3 ± 0,5 vs 3,5 ± 0,6 e Grupo
DRC+ER (pré e pós intervenção) = 2,4 ± 0,5 vs 3,5 ± 0,6 enquanto os 2
grupos controles mantiveram o valor de 2,3 ± 0,5, demostrando uma melhora
significativa na força muscular após a realização do protocolo o que reforça o
achado de Abdo et al. (2019) demonstrando que o exercício físico na
hemodiálise promove o aumento da força muscular.

Trabalhos recentes mostraram que pacientes que realizam tratamento


hemodialítico apresentam menor controle postural e equilíbrio em relação a
indivíduos saudáveis, gerando um maior risco de queda do que a população
em geral e idoso e consequentemente, alto risco de fraturas, dado a alta
prevalência de osteoporose nessa população (SHIN et al., 2014; BLAKE;
O’MEARA, 2004; DESMET et al., 2005; NICKOLAS; LEONARD; SHANE,
2008). Por conta disto Carletti et al. (2017) executaram um estudo com o
objetivo de observar se o exercício intradialítico promoveria a melhora do
controle postural desses pacientes. Sendo observado que não melhora, pois o
tipo de exercício físico aplicado não é suficiente para esse fim, mesmo
apresentando ganho na massa magra dos MMII. Segundo Macpherson e
Horak (2014) para que se tenha um controle postural adequado é necessária
uma interação complexa entre parâmetros musculoesqueléticos,
neuromusculares e sensoriais em função de um objetivo duplo: orientação e
estabilidade postural. Com base nisto é possível justificar o resultado de
Carletti et al. (2017), pois não houve um treinamento específico para
estimular o controle postural nesses pacientes, sendo feito apenas exercício
com o cicloergômetro que estimulou o fortalecimento muscular de membros
inferiores, mas este ganho não foi insuficiente para melhorar a postura destes
pacientes.
5.4 CAPACIDADE FUNCIONAL (CF) E
QUALIDADE DE VIDA (QV)
Grande parte dos pacientes doentes renais sob tratamento hemodialítico
apresentaram redução da capacidade funcional, o que pode prejudicar o
desenvolvimento de atividades básicas, além de lazer, trabalho e convívio
social, deteriorando a qualidade de vida. (BARBOSA; ANDRADE; BASTOS,
2007; COELHO et al., 2008).

Um meio frequente de avaliação da capacidade funcional realizado pela


maioria dos autores é o Teste de Caminhada de 6 Minutos (TC6), por ser um
método rápido, fácil e barato de avaliação. Na pesquisa de Corrêa et al. (2009)
a média da distância prevista para o TC6 foi de 551,22 ± 106,32m e a média
obtida na distância percorrida pós-intervenção foi de 395 ± 104,68m. Já no
estudo de Jatobá et al. (2008) o valor médio predito foi de 640,1 ± 108,2m,
enquanto o valor real foi de 492,5 ± 146,9m, ou seja, a distância real
percorrida alcançou 76,9% da distância predita. Entretanto Soares et al.
(2011) constataram que antes da realização dos exercícios, a distância média
percorrida no TC6M foi de 545,57 ± 88,27 m, enquanto o valor mediano foi
igual a 545 m. Assim, após a intervenção fisioterapêutica, a distância média
percorrida no TC6M foi de 599,94 ± 87,73 m; enquanto a mediana apresentou
um valor de 612 m percorridos. Demonstrando então, que a distância
percorrida pelos pacientes após os exercícios fisioterapêuticos aumentou
significativamente (p < 0,001). Sendo possível observar que é possível
aumentar a distância percorrida após a intervenção com exercício físico e
consequentemente promover a melhora da capacidade funcional deste grupo
de pacientes.

Na avaliação da qualidade de vida muitos autores em estudos anteriores a


estes utilizaram o SF-36. Porém nos trabalhos aqui revistos apenas Corrêa et
al. (2009), Rocha et al. (2010) e Ribeiro et al. (2013) o usaram. Corrêa et al.
(2009) obtiveram números mostrando as médias das dimensões, sucedendo
depois da intervenção, a limitação por aspectos físicos (75 ± 25), dor (59,28 ±
35,41), estado geral de saúde (59,71 ± 26,94) e vitalidade (65,71 ± 24,22). Já
Rocha et al. (2010) observaram melhora de todos os itens da avaliação, salvo
no item “vitalidade”, que se mostrou reduzido. Enquanto isso Ribeiro et al.
(2013) visualizaram melhora significativa em todos os parâmetros avaliados
na QV.

Todavia Sanchez et al. (2018) em sua intervenção usaram o WHOQOL-


bref (World Health of Quality of Life-Bref) um instrumento global criado pela
OMS para avaliar a QV. Ele pode ser usado para avaliar a QV de qualquer
doença e / ou população. Por meio de seu uso foi observada uma diferença
estatística (p = 0,006) na QV geral antes (12,75 ± 2,46) e após a intervenção
(14,30 ± 2,52), bem como no domínio físico, que obteve diferença
significativa (p = 0,004) antes ( 11,99 ± 3,30) e depois (13,75 ± 2,81), no
domínio psicológico (p = 0,028; antes 13,93 ± 2,84 e após 15,24 ± 3,07) e no
domínio ambiental (p = 0,002; antes 11,91 ± 2,75 e após 13,81 ± 2,75).

5.5 EXERCÍCIO FÍSICO


Em relação aos exercícios podemos observar que cada autor utilizou diversos
tipos de exercícios, sendo eles: exercício aeróbico (com cicloergômetro),
exercício isotônico e exercício resistido. Todos obtiveram benefícios após a
aplicação das intervenções, porém não em todos os parâmetros analisados por
eles.

O exercício aeróbico foi utilizado por Böhm et al. (2017), Carletti et


al. (2017), Abdo et al. (2019), Peres et al. (2009) e Silva et al. (2013) com
intensidades de leve a moderada. Sendo elas respectivamente 60 – 70% da
FCmáx ou Escala de Percepção Subjetiva de Esforço de Borg de 13 – 14
pontos; Escala de Borg 12 – 16; 50 – 70% da FCmáx; controlada por sintomas
subjetivos, através da escala de Borg e do controle da frequência cardíaca; 60
– 70% da FC em conjunto com a escala de Borg. A grande maioria desses
autores obtiveram uma melhora significativa em melhora nos parâmetros
cardiovasculares e na força muscular. No entanto as alterações agudas de
remoção de solutos e parâmetros gasométricos avaliado por Böhm et
al. (2017) não obtiveram resultados positivos.

O exercício isotônico foi utilizado por Freire et al. (2013), Corrêa et


al. (2009), Peres et al. (2009), Silva et al. (2013) e Soares et al. (2011).
Corrêa et al. (2009) e Silva et al. (2013) descreveram o uso de 50% de 1RM
para suas intervenções, sendo esse parâmetro readaptado a cada 12 sessões.
Freire et al. (2013) não definiram um parâmetro numérico de intensidade para
a realização de suas condutas, eles simplesmente descreveram como
exercícios de baixa intensidade. Peres et al. (2009) controlaram a intensidade
dos exercícios por eles propostos por meio dos sintomas subjetivos, escala de
percepção subjetiva de esforço (Borg) e do controle da frequência cardíaca. Já
Soares et al. (2011) utilizaram carga e quantidade de repetições
predeterminadas, porém, adaptáveis à capacidade de cada paciente.

O exercício de resistência muscular foi utilizado por Corrêa et al. (2009),


Sanchez et al. (2018) e Ribeiro et al (2013) onde todos obtiveram melhoras
nos parâmetros que estavam estudando. Corrêa usaram 30% de 1RM,
Ribeiro et al. (2013) utilizaram 40% de 1RM aumentando a carga em 10% a
cada seis sessões, enquanto isso Sanchez et al. (2018) realizaram sua
intervenção com o uso de carga de 1kg.

Com base nestes trabalhos podemos observar a flexibilidade no uso do


cicloergômetro, que foi utilizado por Abdo et al. (2019) com o objetivo de
fortalecimento muscular, já Böhm et al (2017) e Carletti et al. (2017) o
utilizaram como meio de exercício aeróbico. Por meio disto é possível
observar que este equipamento pode ser utilizado para diversos fins.

A limitação da maioria dos estudos foi o número baixo de participantes


(devido a intercorrências, desistências, transplantes renais, óbitos e outros
motivos). Sendo possível observar a dificuldade de realizar estudos com esse
tema.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após observar cada um dos estudos foi possível observar que após suas
realizações os pacientes obtiveram melhoras em grande parte na qualidade de
vida, na força muscular, na capacidade funcional, na eficiência do tratamento
dialítico e na diminuição de sintomas secundários do tratamento
hemodialítico. Sendo um método seguro e confiável de tratamento.

Também podemos destacar que o exercício aeróbico apresentou bons


resultados de fortalecimento de quadríceps e melhora do condicionamento
cardiorrespiratório e o exercício de resistência para fortalecimento de
musculatura extensora de joelhos também foi muito eficaz. Vale ressaltar a
importância dos exercícios de alongamento utilizados na melhora do
comprimento muscular e das dores musculares.

O melhor protocolo de exercícios baseado nos estudos e resultados


apresentados seria a associação dos exercícios de Freire com o exercício
aeróbico de Carletti, uma vez que ambos demostraram ter grande efetividade e
se usados em conjunto acreditamos que os benefícios para com os pacientes
seriam maiores.

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