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Índice
1. Introdução...............................................................................................................................4

1.1. Objectivos............................................................................................................................5

1.1.1. Objectivo geral..................................................................................................................5

1.1.2. Objectivos específicos......................................................................................................5

2. Crioterapia (conceito).............................................................................................................6

2.0. Tratamento com crioterapia das lesões pré-malignas e seguimento....................................6

2.1. Cuidados antes e depois.......................................................................................................6

2.2. Procedimentos para o Tratamento em Ambulatório............................................................6

2.3. Tratamento de Crioterapia e Referência..............................................................................7

2.4. Instrumentos e Equipamento................................................................................................8

2.5. Procedimentos para a Crioterapia........................................................................................8

2.6. Seguimento de Rotina........................................................................................................10

2.7. Avaliação da utente com pap teste.....................................................................................11

2.7.1. Técnica de pap teste........................................................................................................11

2.7.2. Para que serve o pap teste...............................................................................................11

2.7.3. Interpretação do resultado do Pap teste..........................................................................11

2.7.4. Conduta de referência.....................................................................................................11

3. Conclusão..............................................................................................................................12

4. Referencias bibliográficas.....................................................................................................13
1. Introdução
O presente trabalho fala sobre a crioterapia. A crioterapia é uma forma de tratamento em que
o corpo é submetido a temperaturas muito baixas, a fim de promover a diminuição da
inflamação dos tecidos, musculares e articulações do corpo. Normalmente, no tratamento de
crioterapia é usado o gelo em uma banheira, onde o paciente permanece por alguns minutos,
esse processo faz com que o corpo tenha um ganho pela diminuição da dor e espasmos
musculares, além de reduzir o inchaço das lesões.

O tratamento de crioterapia funciona através da redução da temperatura da pele do corpo,


onde a mudança tem que ser feita drasticamente e durante dez à vinte minutos, no máximo. É
necessário o cuidado na utilização do gelo como meio de resfriamento do corpo, pois ele
poderá acabar queimando a pele.

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1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral


 Compreender o tratamento com a crioterapia

1.1.2. Objectivos específicos


 Identificar os procedimentos em tratamento ambulatório
 Descrever os passos do procedimento de crioterapia
 Caracterizar o seguimento de rotina

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2. Crioterapia (conceito)
Segundo Delgaudio (2015), a Crioterapia é uma técnica terapêutica que consiste na aplicação
de frio no local e que tem como objetivo tratar inflamações e dores no corpo, diminuindo
sintomas como inchaço e vermelhidão, já que promove a vasoconstrição, diminuindo o fluxo
sanguíneo local, diminui a permeabilidade das células e o edema.

Apesar de ser muito utilizado no tratamento e prevenção de lesões, a crioterapia pode também
ser realizada com fins estéticos, através do uso de aparelhos específicos, combatendo a
gordura localizada, celulite e a flacidez, por exemplo.

2.0. Tratamento com crioterapia das lesões pré-malignas e seguimento

2.1. Cuidados antes e depois


O único cuidado prévio necessário é com a higienização da região tratada, algo que é feito no
consultório do dermatologista momentos antes da crioterapia. Os cuidados após o
procedimento, por sua vez, requerem mais atenção do paciente.

Como a pele fica avermelhada, inchada e dolorida depois da criocirurgia, é importante que o
paciente faça a limpeza adequada do local conforme orientação do médico. Durante a
recuperação, é comum surgir uma bolha e posteriormente uma crosta no local tratado. A
crosta costuma cair naturalmente entre 7 a 30 dias.

2.2. Procedimentos para o Tratamento em Ambulatório


Na crioterapia o paciente é submetido a baixas temperaturas (-190°C) por meio do nitrogênio
líquido. Este agente químico promove o congelamento das lesões na pele, reduzindo a
temperatura do local tratado e destruindo o tecido lesionado.

Crioterapia envolve a “congelação” do colo usando um criocautério:

 O criocautério é aplicado no colo durante 3 minutos


 Deixa-se o colo descongelar durante 5 minutos
 O criocautério volta a ser aplicado por outros 3 a 5 minutos

Eficácia:

 A técnica de “Dupla congelação” é 10% mais eficaz do que a técnica de congelação


única na cura da NIC
 Numerosos estudos confirmam a eficacia e segurança da crioterapia
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 Taxa de cura é de 85–95% em lesões de tamanho pequeno-moderado

Vantagens

 Baixo custo
 Equipamento simples de usar
 Procedimento fácil de aprender
 Não requer anestesia local ou eletricidade
 Poucas complicações/efeitos colaterais

Desvantagens

 Baixa taxa de sucesso em lesões grandes


 Não se obtêm amostra de tecido para histologia
 Requer fornecimento regular do líquido refrigerador

2.3. Tratamento de Crioterapia e Referência


Mulheres com teste de VIA positivo são elegíveis a crioterapia se:

A lesão:

 Não é suspeita de carcinoma


 Ocupa menos que 75% do colo uterino
 Não se estende para as paredes da vagina
 Estende-se para menos de 2mm fora do diâmetro da sonda de crioterapia

A mulher:

 Não está gravidez ou tem gravidez < 20 semanas


 Recebeu aconselhamento adequado para tomar uma decisão informada
 Deu consentimento

Mulheres com teste de VIA positivo devem ser referidas para uma unidade sanitária
apropriada e/ou receber aconselhamento adicional:

Se quaisquer das condições listadas acima não são preenchidas

 A mulher requer teste adicional


 A mulher requer tratamento com o outro método

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2.4. Instrumentos e Equipamento
 Marquesa
 Fonte de luz
 Espéculo bivalvular
 Tabuleiro ou recipiente para instrumentos
 Unidade de crioterapia*
 Gás comprimido de dióxido de carbono ou óxido nítrico

2.5. Procedimentos para a Crioterapia


Passo 1

Explicar à mulher que o espéculo está prestes a ser inserido e que sentirá alguma pressão

Passo 2

Suavemente inserir o espéculo completamente ou até sentir uma resistência e abrir lentamente
as lâminas para visualizar o colo uterino.:

Ajustar a fonte de luz e o espéculo de forma a visualizar o colo na sua totalidade

Passo 3

Quando visualizar o colo na sua totalidade, fixar as lâminas do espéculo na posição aberta de
forma que continuem firmes no local com o colo à vista.

Passo 4

Mover a fonte de luz de forma a visualizar claramente o colo

Passo 5

Usar a zaragatoa de algodão para remover qualquer corrimento, sangue ou muco do colo:

 Localizar o orifício externo do colo, a JEC, e o local e tamanho da lesão


 Se necessário, aplicar ácido acético deforma que a lesão se torne visível.

Passo 6

Apontar a sonda para o tecto. Apertar o gatilho de congelamento por 1 segundo e depois o
gatilho de descongelação também por 1 segundo para soprar o gás pelo tubo de metal fino

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Passo 7

Encaixar o criocautério com as mangas sobre a ponta da sonda. Apertar só com as mãos.

Passo 8

Aplicar o criocautério ao colo do útero, assegurando que o bico está centrado e colocado de
modo quadrangular sobre o orificio externo –Endocervix:

 Não é necessário prender o colo com uma pinça ou tenáculo


 Assegurar que as paredes laterais da vagina não estão em contacto com o criocautério

Passo 9

Segure a pistola de crioterapia perpendicularmente ao plano do colo uterino:

 Ligar o cronómetro
 Apertar o gatilho de congelamento para começar o processo de congelamento
 Assegurar a aplicação de pressão sobre o colo
 Observar como a bola de gelo se desenvolve no criocautério e a sua volta.

Passo 10

Utilizar a técnica de “congelar-descongelar-congelar”

 Depois de 15 segundos, aperte o gatilho de descongelação não mais do que 1 segundo.


 Imediatamente aperte novamente o gatilho de congelamento
 Aperte o gatilho de descongelação a cada 15 segundos durante os 3 minutos de
congelamento.

Passo 11

Depois de 3 minutos de congelamento, o criocautério será ligado ao colo uterino pela bola de
gelo:

 Não puxar o criocautério para fora


 Esperar que descongele e se separe do colo

Passo 12

Aguarde 5 minutos e repita o procedimento de congelamento:

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 Aumentar o tempo de congelação até 5 minutos, se a bola de gelo não for 4 mm
para além das extremidades laterais da sonda.

Passo 13

No fim do procedimento inspeccionar o colo cuidadosamente para assegurar que uma “bola
de gelo” dura, branca, e completamente congelada está presente:

 Se não, repita o procedimento aplicando mais pressão sobre o colo uterino

Passo 14

 Fechar a válvula principal do cilindro

Passo 15

Inspeccionar o colo para possível hemorragia:

 Se estiver a sangrar, aplicar pressão sobre a área uma zaragatoa de algodão limpo.

Passo 16

Remover o especulo e colocar numa solução de cloro a 0.5% durante 10 minutos para a
descontaminação.

2.6. Seguimento de Rotina


Instruções para a paciente:

Aconselhe a mulher sobre os cuidados a ter em casa, incluindo o que esperar durante o
periodo de recuperação.

Aconselhe sobre os sinais de perigo:

 Febre por mais de 2 dias


 Dores intensas no baixo-ventre
 Sangramento intenso por mais de 2 dias
 Sangramento com coágulos

Marque a consulta de seguimento para dentro de 1 ano para repetir o teste de VIA

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2.7. Avaliação da utente com pap teste

2.7.1. Técnica de pap teste


Pap teste é um teste realizado para detectar alterações nas células do colo do útero. Este
exame também pode ser chamado de esfregaço cervicovaginal e colpocitologia oncótica
cervical.

O Pap teste é um simples e rápido que colhe células do colo do útero para análise em
laboratório, seu principal objetivo é prevenir contra o cancro de colo de útero. Ele tem esse
nome por causa de seu inventor, o médico romeno Georgios Papanicolaou, que o tornou
célebre nos anos 1940.

2.7.2. Para que serve o pap teste


Principalmente para encontrar cedo lesões ou alterações do tecido uterino que indiquem a
presença do HPV, cuja infecção é responsável por praticamente todos os casos de câncer de
colo do útero.

2.7.3. Interpretação do resultado do Pap teste


Após a avaliação minuciosa do patologista, que dura até semanas, o ginecologista recebe o
laudo. O exame aponta os fungos e as bactérias encontrados na amostra e classifica as
eventuais anormalidades observadas nas células.

Essas alterações podem ser benignas, prováveis tumores ou, ainda, lesões que, se não
tratadas, podem originar um tumor maligno no futuro. Se o resultado levantar qualquer
questão suspeita, testes mais detalhados devem ser solicitados.

2.7.4. Conduta de referência


A Organização Mundial de Saúde (OMS, 2002) ressalta que para um efetivo controle do
câncer são necessárias ações para garantir uma atenção integral ao paciente em todos os níveis
desde a prevenção, diagnóstico, tratamento até os cuidados paliativos. Em relação ao câncer
do colo do útero o tratamento é mais efetivo quando a doença é diagnosticada em fases
iniciais, antes do aparecimento dos sintomas clínicos, justificando a importância das ações
para detecção precoce.

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3. Conclusão
Após ter feito este trabalho chega-se a conclusão que a crioterapia pode promover a
regeneração muscular mais rapidamente de lesões e recuperação mais rápida da fadiga. Todos
estes benefícios de cura são possíveis, além de ser mais acessível em preço e menos invasivo
que o tratamento com remédios, não causando nenhum efeito colateral. A crioterapia é cada
vez mais oferecida em clínicas de fisioterapia, clubes esportivos entre outros.

O tratamento de crioterapia funciona através da redução da temperatura da pele do corpo,


onde a mudança tem que ser feita drasticamente e durante dez à vinte minutos, no máximo. É
necessário o cuidado na utilização do gelo como meio de resfriamento do corpo, pois ele
poderá acabar queimando a pele.

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4. Referencias bibliográficas
ASCCP Risk-Based Management Consensus Guidelines for Abnormal Cervical Cancer
Screening Tests and Cancer Precursors – American Society for Colposcopy and Cervical
Pathology. 2019

ELGAUDIO, Pedro V. P. Efeito de dois protocolos de crioterapia sobre a temperatura da


pele, em indivíduos saudáveis do sexo feminino, praticantes e não praticantes de Andebol.
Tese de mestrado, 2015. Universidade Fernando Pessoa.

FELICE, Thais D.; SANTANA, Lidianni R. Recursos Fisioterapêuticos (Crioterapia e


Termoterapia) na espasticidade: revisão de literatura. Revv Neurocienc. Vol 17. 1 ed; 57-62,

Guidelines for screening and treatment of precancerous lesions for cervical cancer prevention
– WHO guidelines.

https://saude.abril.com.br/medicina/o-que-e-o-exame-de-papanicolau-e-para-que-ele-serve/

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