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LOBULOPLASTIA

NÃO CIRÚRGICA
iela Monsores
Por: Gabr
ÍNDICE

3- Agradecimentos
4- Introdução
5- O que é a lobuloplastia não
cirúrgica
7- Anatomia e Fisiologia da
pele
9- Tipos de fendas
13- Técnica química
14- Jato e Plasma
15- Contraindicação
16- Precaução e cuidados
17- Materiais necessários para
realização do procedimento
18- Passo a passo para
realização do procedimento
21- Retirada do curativo
24- Cuidados com o pós
25 - Complicações
Agradecimentos
Olá! Antes de tudo gostaria de falar que
esse material possui direito autoral e que
o compartilhamento e propagação do
mesmo é ilegal, muito obrigada por ter
adquirido meu e-book e por estar
fazendo parte de mais uma etapa dessa
história incrível que venho vivendo
dentro da enfermagem, esse e-book foi
preparado com muito carinho e
dedicação e eu espero que seja de
grande valor e utilidade na sua vida.
Estarei disponível em caso de qualquer
dúvida através do nosso grupo ou do
número de whatsapp.

Bons estudos e abraços!

Enfª Gabriela Monsores


Introdução
O uso alargadores de lóbulos de orelhas
é um hábito bastante comum,
principalmente entre os adolescentes.
Tais dispositivos provocam uma
deformidade no lóbulo da orelha, com
alargamento e de orifícios circulares.
Diversas técnicas já foram descritas e
são atualmente utilizadas para
fechamento de tais defeitos. Em sua
maioria, utilizam-se diferentes técnicas
de retalhos locais como ferramenta para
reparo do lóbulo. Outro fato também que
na maioria das vezes incomoda a/o
cliente é a perfuração realizada em
simetria errada. Nossa proposta é
apresentar uma nova opção de
correção, mais simples, rápida e barata,
usando o ácido tricloroacético para o
fechamento dessas lesões.
O que é a lobuloplastia não cirúrgica

A lobuloplastia não cirúrgica é um


procedimento minimamente invasivo, no
qual é realizado a correção do lóbulo
sem cirúrgia plastica.

O reparo da fenda ocorre através de


uma regeneração tecidual, devido uma
reação “inflamatória”, no qual o produto
irá submeter a pele, para que assim
ocorra um processo de epitelização
(cicatrização), obtendo como resultado
a junção da fenda.
ATENÇÃO!

Por ser um procedimento no qual


envolve regeneração tecidual e para que
se obtenha sucesso “resultado” no
procedimento, não dependerá apenas
da realização correta, nem tão pouco do
produto utilizado, mas sim de que o
cliente tenha compatibilidade para a
realização do procedimento.

São fatores que dificultam o resultado:

Diminuição de colágeno;
Dificuldade de cicatrização;
Falta de tecido (perda tecidual);
Assim como a falta de cuidado do
cliente no pós.
Anatomia e fisiologia da pele

De todos os órgãos do corpo humano, a


pele é o maior. Representando 15% de
nosso peso corporal, é composta por três
camadas:

1- Epiderme: é a camada externa, que


vemos quando olhamos no espelho. Tem
como principal função a proteção do
organismo. Como impede a entrada de
microrganismos, e se regenera,
podemos comparar a epiderme a uma
armadura biológica de nosso corpo. A
camada mais profunda da epiderme é o
estrato basal, que produz
constantemente novas células pela
divisão celular. Essas são também
responsáveis pela constante
regeneração de nossa pele, por meio de
novas células sendo empurradas
gradualmente para cima, em direção à
superfície, levando em torno de sete dias
para alcançar esse ponto e, desse modo,
se tornando parte da proteção externa
do corpo;
O2- Derme: é a camada intermediária,
constituída por um tecido fibroso
(colágeno). Dentro dela existem os vasos
sanguíneos, os nervos, glândulas e
folículos pilosos). A superfície da derme,
que se mistura com a epiderme, é
ondulada e irregular, com células
chamadas papilas. A base da derme é
menos claramente definida à medida
que se mistura com o tecido subcutâneo,
o qual contém tecido conectivo e tecido
adiposo e auxilia a ancorar a pele ao
músculo e ao osso;

3- Hipoderme: camada mais profunda,


tem como principal função o
armazenamento de nutrientes de
reserva. Funciona também como um
isolante térmico e proteção mecânica a
pressões e traumas externos.
Tipos de fenda

Foto: Aluna Lucélia Silva

Fenda parcial
Podem ocorrer devido o uso de brincos
pesados ou diminuição de colágeno.
Tipos de fenda

Foto: Aluna Lucélia Silva

Fenda alargada
Ocorre devido o uso de alargadores.
Tipos de fenda

Foto: Aluna Paloma Monteiro

Fenda Total
Ocorre devido o uso de brincos pesados, e
acidentes.
Tipos de fenda

Foto: Aluna Fernanda Borges

Fenda Lacerada
Ocorre devido o uso de alargadores,
acidentes entre outros.

Esse tipo de fenda só pode ser corrigido


através da lobuloplastia CIRÚRGICA.
(Possui perda tecidual).
Técnica química
É a realização do procedimento com o
Acido Tricloroacético.

O ácido tricloroacético é um ácido


aquoso com resultados positivos nos
tratamentos que necessitam de
cauterização.

Composições:

ÁCIDO: Ácido tricloroacético 90% (Solução


aquosa) 10mls

NEUTRALIZANTE: Bicabornato de sódio 6%


trietanolamina 5% (solução em gel aquaso).
30mls

O neutralizante é Utilizado para neutralizar o ácido


em casos de alergia ou extravasamento da região
atingida (ou seja, quando excede o lóbulo e afeta
uma região maior).
Jato de plasma
Embora alguns profissionais ainda
optem pela utilização do jato de plasma
na lobuloplastia, estudos e resultados
apontam que para a técnica o aparelho
possui baixíssimo índice de resultados.

A técnica também gera uma


regeneração tecidual, porém menos
eficaz em comparação ao uso do ácido.
Quando obtém-se resultados os
mesmos são através de longos períodos
e sessões.
Contraindicações

O USO DO ÁCIDO É CONTRAINDICADO


PARA:

Crianças (SOMENTE MAIORES DE 18


ANOS)
Idosos;
Pessoas com doenças (QUALQUER
DOENÇA E DERMATITES)
Herpes
Mulheres grávidas ou amamentando
Pessoas alérgicas;
Lesões, queloides;
Diabéticos
Imunocomprometidos
Precauções e cuidados
Alguns cuidados são necessários e
devem ser seguidos durante a realização
do procedimento:

É importante estar atento a


quantidade usada, se o ácido
tricloroacético for usado em maior
concentração do que o
recomendado, especialmente nos
casos dermatológicos, podem haver
danos.
Realizar as sessões com intervalo
mínimo de 15 dias; (NÃO REALIZAR
ANTES DE 15 DIAS, E AO COMPLETAR 15
DIAS AVALIAR A CICATRIZAÇÃO TOTAL
SE SIM REALIZAR PRÓXIMA SESSÃO);
Não exceder 3 sessões EXCETO: (CASO
A 4º SESSÃO SEJA APENAS PARA
REPARO, AGUARDAR UM PERÍODO DE
PELO MENOS 45 DIAS E EFETUAR)
Não aplicar diretamente sobre a pele;
(UTILIZAR PALITO COM ALGODÃO).
Somente manipular com luvas.
Armazenar o produto sem o conta
gotas dentro e cuidado para que no
transporte o mesmo não vire.
Materiais

Ficha de anamnse e termo de


autorização;
Clorexidina degermante ou álcool
70%;
Pomada anestésica (Emla ou
Dermomax)
Babador odontológico;
Fita micropore 3m;
Luva de procedimento;
Ácido tricloroacético 90%;
Neutralizante

FICA A DICA!:

Palitos com algodão


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Realização da técnica
1-Lave as Mãos e Prepare o material a ser
utilizado em uma bandeja ou local
adequado para o procedimento;

2- Aplique o anestésico na fenda a ser


realizado o procedimento, coloque um
pedaço de filme ou micropore, aguarde
de 30 a 45MIN. Caso for a caneta
skincooler realize na fenda.

3- Realize um triângulo no meio do


babador odontológico para que se
encaixe no lóbulo da orelha.

4- Coloque as luvas e realize a assepsia


com clorexidina degermante em toda a
orelha com o auxílio da gaze, logo realize
novamente com álcool 70% e seque com
o soro fisiológico, e necessário a área
estar seca.

5- Para iniciar o procedimento encaixe o


babador odontológico na orelha do
paciente delimitando a área, delimite as
bordas com a vaselina é importante a
delimitação, pois estamos utilizando de
um ácido;
6- Com a ajuda do conta gotas do ata,
molhe todo o algodão do palito, inicie
com 1 a 2 gotas, abra a fenda do lóbulo e
circunda todo o interior e as bordas da
fenda com a ponta de algodão do palito
com o ata;

7- Após aplicação, observe ofrosting,


notando-se uma camada branca sólida,
cobrindo toda a superfície interna e
bordas do orifício.

8- Realize um curativo com micropore


aproximando-se as bordas da lesão
(ESSA APROXIMAÇÃO NÃO DEVERÁ SER
FORÇADA PARA QUE NÃO MODIFIQUE A
ANATOMIA DA ORELHA);

9 - Orientar sobre os cuidados na


cicatrização e home care.

Obs: Caso após a aplicação do ácido


você perceba que o efeito ofrosting
apareceu em região que não deveria
você deverá neutralizar. (COM OUTRO
PALITO COM ALGODÃO E NEUTRALIZANTE).
Após ocluir normalmente.
Modelo Curativo

Efeito Ofrostig
Foto: Aluno Andrew Silva
Retirada do curativo e pós
Após a realização do procedimento a
cliente deverá permanecer com o
curativo de 3 a 5 dias, sem retirar para
troca e sem molhar. (5 DIAS É O IDEAL).

É importante você saber e orientar a sua


cliente:

Ao retirar o curativo a fenda não estará


fechada, durante os primeiros 7 dias
iniciará o processo inflamatório onde
será observado:

Presença de casquinha;
Escurecimento ou vermelhidão da
pele;

Edema excessivo, dor, calor, rubor e


secreção purulenta são sinais de alerta
para uma complicação, você deverá
ficar atenta e observar se irá evoluir.
Evolução
Foto: Aluno Andrew Silva
Evolução
Foto: Aluno Natalha
Cuidados pós procedimento
Não molhar o curativo e nem retirar
até o período exato;
Lavar com água e sabão neutro
diariamente sem abrir a fenda após a
retirada do curativo;
Aplicar protetor solar fator acimaa de
30fps;
Não ficar tocando e abrindo a fenda;
Não retirar casquinhas;
A noite aplicar pomada cicatrizante
(bepantol, nebacetin ou cicaplast);
Os cuidados deverão ser seguidos
diariamente.
Evitar exposição ao sol durante todo
tratamento.

QUANDO REALIZAR NOVA PERFURAÇÃO?

Após 45 dias da ultima sessão, porém


devemos entender que cada individuo
possui o seu tempo de cicatrização. A
perfuração só deverá ser realizada após
total cicatrização tecidual, é normal que
o tecido fique escurecido ou
avermelhado durante longo período e
isso não impede a nova perfuração.
Você deverá avaliar o melhor local para
a nova perfuração evite perfurar em
cima de cicatrizes mais expessas e
tecidos mais finos.
Complicações
Entre os problemas resultantes de mau
uso estão necroses e inflamações graves
com tempo de cura de até 8 semanas.
Lembre-se todo processo inflamatório
tem a presença de: calor, rubor
(vermelhidão), tumor (inchaço, edema),
dor e perda da função. Deverá ser
avaliado por umprofissional.
Outra consequência do uso equivocado
do ácido tricloroacético são
queimaduras. As queimaduras podem
ser tratadas com água e sabão
específico, , se não forem
graves.

Necrose: Em caso excessivo (sessões sem


obedecer o
tempo necessário), pode causar necrose
tecidual. Deverá
ser avaliada por um profissional.

FIQUE TRANQUILO(A) TODAS AS COMPLICAÇÕES SÃO


RESULTANTES DE PROCEDIMENTOS NO QUAL NÃO RESPEITAM
A QUANTIDADE CORRETA DO PRODUTO, APLICAÇÃO EM
CLIENTE CONTRAINDICADO E FALTA DE CUIDADOS DO CLIENTE
NO PÓS. EM AULA VOCÊ APRENDERÁ MAIS SOBRE CADA UMA
DELAS E COMO PROCEDER!

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