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Julia é esteticista e está recebendo dona Camila em sua clínica.

Na anamnese
dona Camila relatou que tem 55 anos, foi trabalhadora rural por um longo
período, sendo exposta ao sol sem o uso de filtro solar. Sua queixa principal
são as manchas principalmente na face, colo, antebraços e dorso de mãos.  
Julia constatou no exame físico que as manchas se caracterizam-se por
máculas hipercrômicas de coloração acastanhada que variam do marrom claro
ao escuro, e podem variar de milímetros a alguns centímetros. Localizam-se
em áreas de exposição solar, principalmente face, colo, antebraços e dorso de
mãos.  
Dona camila também relatou que já havia ido a um dermatologista e através de
exames foi descartada a possibilidade de serem lesões pré-neoplásicas.
Julia constatou que se tratava de melanose solar.
Etiopatologia:
A interação entre a pele e a luz solar é inevitável. O potencial de dano depende
do tipo e da duração da exposição. A luz solar tem efeitos profundos sobre a
pele, e está associada a uma variedade de doenças
A melanose actínica (MA), ou melanose solar, é alteração cutânea comum
entre essas queixas dermatológicas, originando-se da ação cumulativa da luz
solar na pele após a terceira ou quarta décadas de vida.2,3
A melanose solar é causada por um aumento do número e da atividade dos
melanócitos. São manchas de cor castanho-claro e escuras que surgem nas
áreas expostas ao sol, como dorso de mãos, colo e ombros.
As melanoses solares são manchas que surgem devido processo degenerativo
causado pelo sol que incide sobre a pele ao longo da vida. A luz solar tem
efeitos profundos sobre a pele e está associada a uma variedade de doenças.
A luz ultravioleta (UV) causa a maioria das reações cutâneas fotobiológicas e
doenças.
Apesar do termo mancha senil, as lesões são na verdade decorrentes do dano
solar ao longo dos anos. A radiação ultravioleta estimula maior produção e
atividade dos melanócitos, estimulando hiperprodução de melanina, pigmento
escuro da pele, o que originará as manchas.   Como o dano solar é cumulativo,
costumam surgir em pessoas com idade mais avançada  e pele mais clara,
pela maior sensibilidade dos melanócitos à radiação ultravioleta.
Tratamento
O melhor tratamento ainda é a prevenção. Deve-se usar filtro solar diariamente,
o que previne não só as manchas, como as lesões neoplásicas e pré-
neoplásicas.
Além da proteção solar efetiva e regular, o tratamento das melanoses solares
inclui medicamentos tópicos com efeito clareador e procedimentos ablativos,
tais como crioterapia, laser, luz intensa pulsada e aplicação pontual de líquidos
cáusticos, como o ácido tricloroacético e o fenol.
Os peelings utilizando solução ou pasta de ATA a 20% para o tratamento das
melanoses actínicas no dorso das mãos mostram-se eficientes. A definição do
tempo fixo de dois minutos de exposição à pasta parece proporcionar
clareamento efetivo e superior ao uso da solução, limitada a um frosting nível II.
Por outro lado, a intensidade de ação cáustica da pasta é relativamente
errática, com um quarto dos pacientes apresentando efeitos adversos
importantes.
A solução do problema é a destruição do excesso de melanina, que pode ser
feita por aplicação de Luz Intensa Pulsada no local afetado; o efeito fototérmico
vai queimar e coagular as partículas de melanina. Nas manchas senis, ocorre
ruptura de melanossomas por ação do calor e a melanina é fragmentada em
pequenas partículas que vão clareando aos poucos durante as sessões.
 A melanina, sintetizada nos melanócitos, a partir da tirosina, requer um
tratamento que pode ser realizado de várias maneiras, dentre elas,
os peelings químicos, como o ácido glicólico e a vitamina C. O primeiro é
derivado da cana de açúcar e possui a melhor capacidade de absorção da
pele, por ser de menor peso molecular; tem o poder de aumentar a estrutura da
epiderme e do colágeno e auxiliar na penetração de outros ativos, já a vitamina
C atua de forma a estimular a formação do colágeno, que é naturalmente
produzido pela pele, e restitui a elasticidade, sendo bastante utilizada para
clarear as manchas.
Um de seus usos mais frequentes é no tratamento de cicatrizes de acne.
Também é utilizado para correção de bordas elevadas em cicatrizes cirúrgicas
e para tratamento de manchas solares (micro dermoabrasão). Outra utilidade
da dermoabrasão é o tratamento de estrias.
após o procedimento são necessários cuidados para a cicatrização, com
utilização de curativos. Depois de totalmente cicatrizado, deve-se evitar a
exposição solar de acordo com a recomendação do médico.
Em casa, o tratamento pode contar com a aplicação de cremes clareadores à
base de ácido retinóico ou glicólico, vitamina C,

Cauterização química: Tratamento que se baseia na destruição de um tecido


ou coagulação do sangue por meio de métodos químicos, utilizando frio
(criocauterização), calor ou alguma substância cáustica, como um ácido.
Inicialmente, a pele fica avermelhada no local em que foi realizado o
procedimento e, posteriormente, surge uma crosta que desaparece em poucos
dias. Dentre as principais substâncias utilizadas estão os fenóis, nitrato e
nitrogênio líquido.

Crioterapia com nitrogênio líquido: Esse procedimento objetiva o congelamento


de determinadas lesões, levando à sua destruição com finalidade terapêutica.
É indicado para lesões benignas, pré-malignas e malignas.
Dermoabrasão: Pode ser tanto manual quanto mecânico. O manual é realizado
com uso de uma lixa esterilizada em autoclave, enquanto a mecânica é
realizada por meio de um aparelho que contém um instrumento abrasivo
rotatório, promovendo a esfoliação da pele.

Peeling Químico: O peeling químico é utilizado para estimular a renovação da


pele envelhecida ou danificada. Pode ser superficial, médio ou profundo. Os
peelings químicos superficiais mais utilizados são: ácido retinóico, glicólico,
ácido salicílico.

Luz Intensa Pulsada: A luz intensa pulsada atua corrigindo várias lesões de
pele da face e do corpo, causadas pelo fotoenvelhecimento. A luz intensa
pulsada utiliza tecnologia que emite luz que, assim como os aparelhos de laser,
gera calor na pele, atingindo a melanina, os vasos sanguíneos e o colágeno.

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