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Profª.

Aline Freitas - 2022


PROFESSORA ALINE FREITAS
Sistema
Tegumentar
Recordando...
Disfunções Estéticas

• São alterações orgânicas de diversas e


diferentes causas, que podem estar
presentes no corpo humano.
• O objetivo é a prevenção e correção das
disfunções para proporcionar ao
paciente/cliente bem estar e qualidade de
vida.
Principais
Disfunções Faciais
• Discromias
• Acne
• Rosácea
• Telangectasias
• Envelhecimento e Fotoenvelhecimento
• Olheiras
Principais
Disfunções Corporais
• PEFE/Celulite
• Lipodistrofia/Gordura Localizada
• Estrias
• Flacidez Tissular ou Dérmica
• Flacidez Muscular
• Microvasos Estéticos
Principais Disfunções
Folículo Piloso
• Alopécia Androgenética
• Foliculite
• Dermatite Seborréica
• Hirsutismo
• Hipertricose
Discromias
(manchas)
Conceito
• São lesões dermatológicas que não
apresentam nenhum relevo (alto ou baixo) e
podem ser classificadas por toda e qualquer
alteração de cor, independentemente de sua
natureza, causa ou mecanismo.
(Gomes e Gabriel, Cosmetologia:
Descomplicando os princípios ativos, 2009)
Classificações
• Mancha pigmentada ou melanodérmicas:
alteração de concentração de melanina

• Manchas não melanodérmicas

• Manchas Vasculares
Mancha
Pigmentada

• Hipercrômicas: apresenta excesso de


melanina. (efélides, melasmas, melanoses
solar)

• Hipocrômicas: apresenta diminuição de


melanina. (ptiríase versicolor)

• Acrômicas: ausência de melanina (vitiligo e


albinismo)
Anátomo-fisiologia
Conceitos importantes
• Melanócito: células com
prolongamentos que sintetizam a
melanina e transferem os
melanossomas para os queratinócitos;
• Melanossoma: organela onde ocorre a
melanogênese;
• Melanina: pigmento natural da pele que
promove cor e fotoproteção.
• Melanogênese: processo de síntese de
melanina.
O que influencia a Melanogênese?
• Estímulos ambientais (radiação UV, luz visível,
infravermelho e poluição ambiental)
• Fatores genéticos;
• Fatores hormonais : a-MSH, uso de
anticoncepcionais, gestação, reposição hormonal.
• Tirosinase: principal enzima (enzima-chave da
melanogênese)
Fototipos Cutâneos
Atualidade...
• Novos estudos demonstraram que a pigmentação da
pele é modulada por diferentes vias de sinalização e
que este processo envolve elementos celulares chave:
• Melanócito e queratinócitos na epiderme
• Fibroblastos na derme
• Essas células são altamente interativas e se comunicam
entre si através de elementos reguladores (a-MSH,
Endotelina, FCT, b-FGF e seus receptores.

Intrinsec and extrinsec regulation of human skin melanogenesis and pigmentation-


review International Journal of Cosmetic Science-2018-40,318-347
Principais Vias de Sinalização
Reguladores da Melanogênese
• Fator de Transcrição Associado à Microftalmia: principal
regulador transcricional de genes que codificam enzimas e
proteínas envolvidas na síntese de melanina (tirosinase, TRP1,
TRP2), na maturação dos melanossomas (PMEL17), bem como
proyeínas envolvidas no tráfego dos melanossomas).
EX: Resveratrol, TGP2 peptídeo, Melavoid, Brighlette, Nopigmerim
• WNT: Glicoproteína secretada por queratinócitos e
fibroblastos. Ativa uma cascata de eventos envolvendo o
regulador betacatenina que regula a transcrição do MITF.
EX: Brighlette e Inaclear
Principais Vias de Sinalização
Reguladores da Melanogênese
• CRF: Hormônio liberador de corticotrofina. Liberado
pelos queratinócitos após a exposição solar. Estimula
síntese de POMC.
• POMC: Pró hormônio-ópio melacortina. A ativação
do POMC está diretamente seguida da liberação
ACTH e a-MSH.
EX: Lírio Branco
• ACTH: Hormônio Adrenocorticotrófico. Modula o
processo de pigmentação por estimular o a-MSH
Principais Vias de Sinalização
Reguladores da Melanogênese
• a-MSH: Hormônio Estimulador de Melanócito.
Modula o processo de pigmentação através do
receptor MC1R estimulando a transcrição do MITF.
EX: Belides, Revinage
• Endotelina 1: mediador inflamatório sintetizado
pelos queratinócitos após exposição à radiação UVB.
Regula a melanogênese através da ligação ao
receptor ENDRB. Estimula uma cascata de molélucas
sinalizadoras induzindo a transcrição do MITF.
Ex: Belides, Algowhite
Principais Vias de Sinalização
Reguladores da Melanogênese

• Sistema plaminogênio-plasmina: induzem liberação bFGF. Inibem a


síntese de melanina devido à inibição da interação queratinócito e
melanócito.
Ex: Ácido Tranexâmico
• bFGF: a ligação deste com seu receptor FGRF no melanócito,
aumenta e expressão de MITF.
• AMPc, CREB: fatores que ativam a transcrição de MITF que, por sua
vez, ativa a transcrição das enzimas envolvidas na melanogênese
em cultura de melanócitos.
• TRP1 e TRP2: enzimas envolvidas no processo de síntese de
eumelanina.
Ex: Ácido Tranexâmico, Nopigemerim, Licorice, TGP2 peptídeo
Outros Mecanismos
• Dispersão Grânulos de Melanina
EX: Revinage, Algowhite, Hidroxiácidos, Retinóides,
Renew Zyme, Pumpikyn Enzyme.
• Inibidores de Mediadores Inflamatórios.
EX: Ácido Tranexâmico, TGP2 peptídeo, Ácido Fítico,
Niacinamida, Belides, Revinage.
• Antioxidantes:
EX: Vit. C, Hexyl Resorcinol, Biowhite, Ácido Fítico,
Glutationa, Resveratrol, Cisteamina
Fatores Etiológicos
• Radiação UV estimula a síntese de melanina e aumenta a
pigmentação da pele.
• Após uma única exposição a RUV, ocorre um aumento no tamanho
dos melanossomos, acompanhado de um aumento da atividade da
tirosinase.
• Exposições repetidas a RUV levam ao aumento do número de
melanossomos e na transferência aos queratinócitos.
• Estimula a síntese de vários reguladores da melanogênese: ACTH,
a-MSH, Endotelina-1
• Induz a expressão do MITF e consequentemente estímulo das
proteínas TRP1, TRP2, PMEL17 e PAR2
• Induz a expressão de Interleucina-1 nos queratinócitos e a liberação
de Prostaglandinas2 pelos melanócitos, levando a modulação da
tirosinase.
• A RUV pode produzir Espécies Reativas de Oxigênio (EROS) e induzir
a melanogênese pela ativação da enzima Tirosinase.
Unidade epidérmico-
melânica
1 melanócito para cerca de
36 queratinócitos;
Melasma

Principais Efélides ou sardas

Alterações
Hiperpigmentares Melanoses Senis/ Manchas Senis

Hiperpimentação Pós Inflamatória


Tipos de
Hiperpigmentações
• Melasma: doença crônica adquirida, de
desenvolvimento lento, com lesões
maculosas cor de café. Se agravam com
exposição solar, podendo ser difusas ou
localizadas e acmeter além da face,
outras áreas fotoexpostas como colo.
(KEDE, M.P.V.; SABATOVICH,O., Dermatologia Estética, 2015
Tipos de Melasmas
• Epidérmico: mais superficial, responde melhor aos
tratamentos. Observa-se contraste bem definido ao ser
obervado pela Lâmpada de Wood

• Dérmico: atinge camadas mais profundas da pele, tornando


seu tratamento mais difícil. Apresenta contraste discreto ao
ser observado pela Lâmpada de Wood

• Misto
Classificação quanto à profundidade
Tipos de
Hiperpigmentações
• Efélides ou sardas: pequenas manchas
planas, de cor marrom-ocre, que
aumentam quando em exposição aos
raios ultravioletas, disseminadas no rosto
e nas partes descobertas do corpo.

Cosmetics & Toiletries vol.14 Mai-Jun 2002


Tipos de
Hiperpigmentações
• Hipercromia pós-inflamatória: surge após
agressões à pele, como queimaduras ou processo
inflamatório (acne).

Cosmetics & Toiletries vol.14 Mai-Jun 2002


• Melanose solar ou Manchas senis:
• Surgem no dorso das mãos, no ante-braço e na face de indivíduos com
idade superior a 40 anos. Apresentam superfície rugosa e são de difícil
Tipos de tratamento.
Hiperpigmentações • São manchas bem definidas, variam do castanho-claro ao castanho-
escuro.
Cosmetics & Toiletries vol.14 Mai-Jun 2002
Fotoproteção adequada

Diminuição do pigmento depositado (Peelings)

Diminuição melanogênese

Tratamento Diminuição transferência melossomos/queratinócito

Laser

Led

LIP
Manchas Hipocrômicas
e Acrômicas
• Leucodermias Solares

• Albinismo

• Vitiligo
Leucodermias Solares
ou Leucodermia Gutata
• Leucodermia gutata, ou leucodermia solar, conhecida
popularmente como sarda branca, são manchas esbranquiçadas
nas áreas expostas ao sol, principalmente nos antebraços e pernas,
que ocorrem pelo dano cumulativo, causado pelos raios ultravioleta
ao longo da vida. É bastante frequente na população.
• O quadro clínico é de manchas brancas, arredondadas, geralmente
de 2 a 5 mm de diâmetro, que ocorrem nas áreas de maior
exposição solar.
• Além da fotoproteção, é possível usar lasers, crioterapia com
nitrogênio líquido e dermabrasão, na tentativa de recuperar a
coloração da pele.

(Sociedade Brasileira de Dermatologia)


Vitiligo
• O vitiligo é uma doença caracterizada pela perda da
coloração da pele. As lesões formam-se devido à
diminuição ou à ausência de melanócitos (células
responsáveis pela formação da melanina, pigmento
que dá cor à pele) nos locais afetados. As causas da
doença ainda não estão claramente estabelecidas,
mas fenômenos autoimunes parecem estar
associados ao vitiligo. Além disso, alterações ou
traumas emocionais podem estar entre os fatores
que desencadeiam ou agravam a doença.
(Sociedade Brasileira de Dermatologia Estética)
Lesões Vasculares
• Telangiectasias: Lesão vascular causada pela dilatação
do calibre de capilares, com formação de trajetos
violáceos ou rubros.
• É muito frequente nas asas do nariz, face, mento e
coxas.

(Gomes e Gabriel, Cosmetologia: Descomplicando os


princípios ativos, 2009)
Acne
• 85% dos indivíduos entre 12 e 25 anos
são afetados pela acne vulgaris.
• Entretanto, sabemos que hoje pode
começar antes da idade de 12 anos,
juntamente com um início precoce da
puberdade.
• Há também um aumento significativo de
um tipo de acne tardia, ou persistente ou de
início tardio nas 3ª ou 4ª década da vida.
JEADV 2015,29 (Suppl.4),1-2
Os principais fatores etiopatogênicos relacionados com a acne segundo
Kede, 2015 são:

1) Hiperplasia sebácea com hiper


seborreia
2) Hipercornificação ductal
folicular
3) Alterações da flora microbiana
da pele com colonização de P.
acnes
4) Surgimento de mediadores
inflamatórios ao redor da
derme e no folículo.
Um novo olhar sobre a acne...
• Previamente a acne era
percebida como uma doença
infecciosa, dados recentes vêm
esclarecendo que ela é um
processo inflamatório, no qual o
P. acnes e o sistema imune inato
desempenham um papel crítico
na propagação da
hiperqueratinização anormal e
da inflamação.
Am J Clin Dermatol 2014; 15: 479-488
Um novo olhar sobre a
acne…
• As alterações na composição de sebo, e aumento da
sensibilidade aos andrógenos, também
desempenham um papel no processo inflamatório.
• Am J Clin Dermatol 2014; 15: 479-488

• Evidências recentes sugerem que o estresse


oxidativo e a inflamação, podem, na verdade,
preceder todos os outros passos na sequência da
patogenia da acne.
• J Drugs Dermatol 2012;11 (6): 742-746
Microbioma Intestinal e Acne: Teoria Cérebro X Intestino X Pele

Alterações emocionais e
nervosas

Produção excessiva de
sebo e aparecimento de
Alimentação Inadequada
acne, rosácea e
dermatite atópica

Alteração na motilidade
Carga de inflamação e e no perfil da microbiota.
aumento do estresse
oxidativo Perda biofilme e ganho
de endotoxinas
Lesões de
Acne
Um novo olhar sobre a acne...

Secreção Sebácea
P. acnes Hiperqueratinização
Anormal

Processo Inflamatório

Como resultado destes três fatores, o microambiente cutâneo se modifica e gera


reações inflamatórias pelo P. acnes que promovem a progressão da acne.
O diagnóstico de acne é clínico e caracterizado por
lesões cutâneas variadas como comedões abertos e
fechados, pápulas inflamatórias, pústulas, nódulos,
cistos, lesões conglobatas e cicatrizes. As lesões
envolvem principalmente a face e dorso, mas podem
estender-se para região superior dos braços e tórax
anterior.
Principais Lesões
• Comedões (abertos ou fechados)

• Pápulas

• Pústulas

• Cistos

• Nódulos
• Lesões não inflamatórias
GRAU I – Acne • Microcomedões e comedões abertos e fechados.
Comedogênica
GRAU II -
• Presença de lesões inflamatórias, visíveis, com
Papulopustulosa presença de comedões, pápulas e pústulas.
GRAU III -
Nódulocística
Acometimento maior das lesões
inflamatórias. Presença de nódulos
e cistos.
GRAU IV -
Conglobata
Lesões sólidas, grandes e doloridas,
de extensão profunda na pele.
Grau V - Fulminante
• Forma infecciosa e sistêmica da acne, de causa
desconhecida e início abrupto.
• Acomete principalmente o sexo masculino.
• É grave, devastadora e não apresenta a mesma
etiologia da acne vulgar.
• Tratamento médico.
(Gomes e Gabriel, Cosmetologia: Descomplicando os princípios ativos, 2009)
Rosácea

• Os mecanismos fisiopatológicos que levam ao


desenvolvimento da rosácea ainda não estão
totalmente esclarecidos. Sabe-se que a doença
surge por uma combinação de vários fatores,
entre eles, anormalidades no sistema
imunológico, reações inflamatórias a
microrganismos da pele, lesões por raios
ultravioleta e disfunção dos vasos sanguíneos.
Rosácea

• Desordem Crônica

• Afeta principalmente áreas centrais da face

• Carcaterizada por episódios recorrentes de exacerbação e


períodos variáveis de remissão

• Manifestação clínica (flushing, eritema persistente,


pápulas, pústulas e telangectasias
Rosácea

• Acomete principalmente mulheres.


• Peles com baixo fototipo
• Não tem cura, apenas controle dos sintomas
• Pode ser classificada em vários tipos:
• Rosácea eritêmato-telangiectásica.
• Rosácea pápulo-pustulosa.
• Rosácea fimatosa.
Eritemato-telangiectásica

• Se apresenta habitualmente como um


rubor persistente no nariz e nas bochechas
e episódios recorrentes de “flushing”, que
são ondas de calor, com vermelhidão
intensa na face, que podem ou não vir
acompanhadas de suor. A presença de
pequenos vasos sanguíneos visíveis na face,
geralmente na bochecha, chamados de
aranhas vasculares ou teleangiectasias,
também são comuns. A pele ressecada é
outra característica desta forma de rosácea.
Rosácea Pápulo
• Caracterizada pela presença de pápulas e pústulas
localizadas preferencialmente na face central. As lesões
podem ser confundidas com acne comum, mas são

Pustulosa diferentes por serem mais nodulares e não conterem os


característicos pontos negros ou brancos dos comedões,
pápulas e pústulas.
Rosácea Fimatosa
• Se caracteriza por hipertrofia e espessamento da
pele, tornando-a irregular. Essa é a forma
esteticamente mais incômoda. O envolvimento mais
comum é do nariz, que recebe o nome de rinofima,
mas também pode ser visto em outros pontos da
face, como o queixo (gnatofima), testa (glabelofima)
ou bochechas. A grande maioria dos pacientes com
rosácea fimatosa são homens adultos.
* Exposição a temperaturas muito
altas ou muito baixas.
* Exposição ao sol.
* Bebidas quentes.
Fatores * Alimentos picantes.
* Álcool.

Desencadeantes * Atividade física intensa.


* Irritação da pele por maquiagem,
cremes ou outros produtos de uso
tópico.
* Estresse, ansiedade ou
nervosismo.
Antibióticos

Tretinoína

Tratamentos Ác. Azelaico

Ativos Descongestionantes e Antiinflamatórios

Laser e LIP
Envelhecimento
• Processo dinâmico e progressivo, no qual há
modificações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas,
psicológicas e funcionais, que colaboram para que o
indivíduo perca gradualmente sua capacidade de
adaptação ao meio.
(Borges, 2016)
Tipos de Envelhecimento
• Intrínseco ou Cronológico: envelhecimento natural, que
não conseguimos controlar.
Há modificação estrutural e funcional das células.
• Extrínseco: resultado da exposição do organismo aos
fatores ambientais, principalmente à radiação UV, que
também chamamos de Fotoenvelhecimento.
Envelhecimento
Intrínseco
• Diminuição de oxigenação e captação de nutrientes
• Degeneração e diminuição das fibras de sustentação
(colágenas e elásticas)
• Achatamento da junção dermo epidérmica
• Atrofia das glândulas sebáceas e sudoríparas
• Diminuição da renovação celular
• Encurtamento dos telômeros
• Processo glicação
Encurtamento dos
Telômeros
• Os telômeros funcionam, portanto, como um relógio da
vida celular, definindo o início da senescência devido ao
encurtamento telomérico ocasionado pela falta da
enzima telomerase e pelo acúmulo de progerina que
tem sua produção aumentada na condição do
envelhecimento.
• Os cientistas, liderados pelo geneticista norte-
americano Francis S. Collins (conhecido por coordenar o
Projeto Genoma Humano), descobriram que telômeros
curtos ativam a produção de progerina em indivíduos
saudáveis. Quanto mais curtos os telômeros, mais
progerina é produzida. A expressão progerina é agora
utilizada como biomarcador de envelhecimento celular.
Processo de
• É um dos responsáveis por acelerar o envelhecimento da pele,
processo ao qual chamamos de glicação, que nada mais é do que
uma reação biológica que acontece quando uma molécula de um

Glicação
carboidrato, como a glicose, se liga a uma proteína, sem a ação de
uma enzima. Como essa reação se dá em proteínas de sustentação
da pele – colágeno e elastina, responsáveis por manterem a firmeza
e aspecto jovial da pele – acaba provocando danos em suas
estruturas, acelerando o surgimento de sinais de envelhecimento:
as temidas rugas, sinais de expressão e perda de firmeza da pele.
Rugas
• São sulcos ou pregas na
superfície da pele e
correspondem a um dos
parâmetros mais visíveis do
envelhecimento cutâneo.
(Borges, 2016)
Fatores
• Envelhecimento natural
• Expressões Faciais
• Exposição solar
• Hidratação inadequada
• Fotoproteção inadequada
• Fumo, entre outros.
Classificação quanto
a profundidade

• Superficiais: há diminuição e/ou perda das


fibras de sustentação na derme papilar.
• Profundas: são decorrentes principalmente
da ação solar e não desaparecem ao
estiramento da pele.
(Borges, 2016)
Categorias

• Dinâmicas: decorrentes da expressão facial


• Estáticas: aparecem mesmo na ausência de
movimento.
• Gravitacionais: decorrentes do excesso de
movimentação, associado a ptose tissular e
muscular. A irregularidade do tecido adiposo
também contribui para o aparecimento
destas alterações.
Dinâmicas
Estáticas
Gravitacionais
Sistema desenvolvido pelo
Dr. Richard Glogau, que
tem por finalidade
possibilitar a
quantificação do nível de
envelhecimento, permite
uma padronização do
tratamento mantendo
uma comunicação efetiva
entre os especialistas da
área.
• Região Periorbicular, que compreende o
compartimento de gordura localizado nas
pálpebras superior e inferior.
• Região Temporal, que compreende as
têmporas, ou seja, a região lateral dos
olhos.
• Região do Terço Médio da Face, inclui a
região abaixo dos olhos e acima da boca. É a
área mais afetada pela perda de gordura,
em que se percebe os primeiros sinais da
idade.
• Região Perioral, que compreende o terço
inferior da face, abaixo do nariz.
• Região do Terço inferior, que compreende
a mandíbula e os contornos ao redor do
queixo.
Olheiras
• Genética
• Estresse físico e emocional
• Envelhecimento
Fatores • Exposição excessiva à radiação solar
Desencadeantes • Reações alérgicas e atópicas
• Alterações hormonais e respiratórias
• Tabagismo e etilismo
Origem melânica

Principais Tipos Alteração Vascular

Fragilidade Vascular
(depósito de hemossiderina)
Origem Melânica

• Quando há aumento da produção de


melanina na região em torno dos olhos,
devido à uma reação inflamatória, alteração
hormonal e exposição excessiva à radiação
ultravioleta. São mais evidentes em pessoas
com fototipo alto, porque nelas o processo
de melanogênese (formação da melanina) é
mais acelerado. (Piatti, 2016)
Alteração Vascular

• A pele da região da área dos olhos por


ser mais fina, é possível visualizar a
atividade vascular, devido à dilatação
dos vasos, que quando agravada por
deficiência da microcirculação ou
congestão gera tons de violeta, azul e
roxo. A falta de sono, reações
alérgicas, respiração bucal, fumo e
excesso de álcool são fatores que
desencadeiam esse tipo de olheiras
porque comprometem a
vascularização, provocando o que
chamamos de estase, que é a
diminuição da velocidade da
circulação, afetando a drenagem
venosa nas pálpebras. (Piatti, 2016)
Fragilidade Capilar
• Quando a microcirculação está comprometida, o vaso fica
mais frágil e a permeabilidade capilar aumenta, com isso
temos um extravasamento de hemácias (glóbulos
vermelhos do sangue), que contêm a hemoglobina, uma
proteína composta por globinas ligados ao ferro heme, que
confere a essas proteínas uma cor característica. Quando
essa hemoglobina sofre quebra (hemólise), libera esse ferro
heme, formando pigmentos de sua degradação, que são
chamados de hemossiderina, e esse pigmento se deposita
abaixo da pele. (Piatti, 2016)
• Proliferação de tecido fibroso exacerbado ou anormal.

• Tensão cicatricial

• Infecções

Cicatrizes • Rejeições

Inestéticas • Patologias associadas

• Debilidades nutricionais

• Deiscência da sutura
Cicatriz Hipertrófica

• Lesão elevada, que não ultrapassa os limites


da ferida inicial, ou seja, respeita a extensão
original da lesão e apresenta tendência à
regressão. (Borges, 2016)
Quelóide

• Hiperproliferação de fibroblastos e
consequente acúmulo de matriz extracelular,
e especialmente, pela excessiva formação de
colágeno.
• É uma lesão elevada, brilhante, pruriginosa
ou dolorosa, que ultrapassa os limites da
ferida, ou seja, invade a pele adjacente.
(Borges, 2016)
Cicatriz Atrófica

• É uma lesão mais profunda (afundada) que o


relevo da pele ao seu redor.
Fibrose
• A fibrose é uma cicatriz interna que se forma através da
formação de tecido conjuntivo após uma cirurgia plástica.
Ela pode ocorrer em locais como os pequenos orifícios de
entrada das cânulas de lipoaspiração até nas grandes
cirurgias de abdominoplastia.

• A fibrose faz parte do processo de cicatrização e


normalmente não causa problemas, uma vez que com os
meses ela tende a desaparecer. Contudo, algumas vezes
pode ocorrer uma fibrose excessiva, que pode causar dor
e deformidade na região operada. Algumas vezes ela
pode se manifestar através de nódulos endurecidos.
Alopecia Androgenética

Dermatite Seborreica
Disfunções do
Folículo Piloso Hirsutismo

Hipertricose
• Alopécia androgenética ou calvície masculina é
uma manifestação fisiológica que ocorre em
indivíduos geneticamente predispostos levando à
Alopecia “queda dos cabelos”, que sofrem um processo de
miniaturização. A herança genética pode vir do
Androgenética lado paterno ou materno.

www.dermatologia.net
• A alopécia androgenética é resultado da
estimulação dos folículos pilosos por hormônios
masculinos que começam a ser produzidos na
adolescência (testosterona). Ao atingir o couro
cabeludo de pacientes com tendência genética
para a calvície, a testosterona sofre a ação de uma
enzima, a 5-alfa-redutase, e é transformada em
diidrotestosterona (DHT).

www.dermatologia.net
• É a DHT que vai agir sobre os folículos pilosos
promovendo a sua diminuição progressiva a cada
ciclo de crescimento dos cabelos, que vão se
tornando menores e mais finos. O resultado final
deste processo de diminuição e afinamento dos
fios de cabelo é a calvície.
Foliculite
• Foliculite é uma infecção de pele que se inicia nos
folículos pilosos. Geralmente, é motivada por uma
infecção bacteriana ou fúngica, mas também pode
ser causada por vírus e, até mesmo, por uma
inflamação de pelos encravados.
Dermatite Seborreica

• A dermatite seborreica é uma doença


inflamatória, papulodescamativa,
eritematosa e gordurosa, que afeta
principalmente as áreas ricas em glândulas
sebáceas do couro cabeludo, face e tronco,
• Desenvolve-se de maneira crônica, com
períodos de exacerbação e remissão,
relacionados sobretudo, com estresse e
alterações climáticas.
(Kede e Sabativich,2015)
Etiopatogenia

• Leveduras do Gênero Malassezia


• Produção sebácea
• Outros microorganismos (Staphylococcus e
Candida )
Hirsutismo
• O hirsutismo é definido como a presença de pêlos terminais na
mulher, em áreas anatômicas características de distribuição
masculina, como acima dos lábios, no mento, em torno dos
mamilos e ao longo da linha alba em abdome inferior. De
acordo com a etiologia, o hirsutismo pode manifestar-se como
queixa isolada ou acompanhado de outros sinais de
hiperandrogenismo (acne, seborréia, alopécia), virilização
(hipertrofia do clitóris, aumento da massa muscular,
modificação do tom de voz), distúrbios menstruais e/ou
infertilidade ou ainda alterações metabólicas.
• Também conhecida como Síndrome do Lobisomem.
• A hipertricose é uma doença extremamente rara,
Hipertricose caracterizada por um crescimento excessivo de pelos. As
pessoas acometidas por este distúrbio apresentam a pele toda
coberta de pelos, exceto as palmas das mãos e dos pés.
Principais
Disfunções Corporais
• PEFE/Celulite
• Lipodistrofia/Gordura Localizada
• Estrias
• Flacidez Tissular ou Dérmica
• Flacidez Muscular
• Microvasos Estéticos
Tecido Adiposo
• Tela Subcutânea ou Tecido Subcutâneo
• Consiste num trabeculado de septos fibrosos
perpendiculares ou oblíquos que ligam a derme
reticular ao plano profundo aponeurótico. Esses
septos são preenchidos por células adiposas.
(Borges, 2016)
• Amortecimento de impactos

Funções Tecido • Isolante Térmico

Adiposo
• Estoque de Energia Metabólica
Lipólise
Controle da Lipólise Catecolaminas, Glucagon, Paratormônios

A lipólise é um processo que consiste na


quebra do triacilglicerol em moléculas de
ácidos graxos e glicerol. Este processo Receptores beta adrenérgicos
ocorre por intermédio das enzimas
lipases, que podem ser ativadas ou
inibidas pelas catecolaminas
(noradrenalina e adrenalina) e por
hormônios (insulina, glucagon e Enzima Adenilato ciclase
adrenocorticotropina).

Ácidos Graxos: são metabolizados ou


atravessam a membrana celular e são AMPC LIPASE
transportados pela albumina para serem
utilizados como substrato.

Glicerol: é solúvel no plasma e captado LIPÓLISE


pelo fígado para sintetizar novas moléculas
de glicose.
As mulheres estão programadas para ter
curvas
...porém as curvas nem sempre estão onde
deveriam estar....
Necrose X Apoptose

Necrose: é um tipo de morte celular


desencadeada por um trauma ou dano agudo.

Apoptose: morte celular programada que possui a


função de manter a homeostase do organismo
através do balanço entre proliferação e morte das
células. Alguns fatores podem desencadear este
processo como estresse oxidativo, baixa quantidade
de nutrientes, danos ao DNA, choque térmico, etc.
• Grau 1: alteração visível apenas se pauparmos o
tecido
• Grau 2: Alteração visível mesmo sem palpação
• Grau 3 : Presença de micronódulos
• Grau 4: Presença de macronódulos, região fria e
muitas vezes dolorida
Estrias

• São causadas pela ruptura das fibras


elásticas presentes na derme.
• Esse rompimento contribui para a atrofia
dérmica, sendo definida como uma atrofia
adquirida.
• São chamadas de atróficas por conta de
como a pele se apresenta.
(Borges, 2016)
Alterações
Perceptíveis
• Diminuição de espessura
• Pregueamento
• Adelgaçamento
• Secura
• Redução da elasticidade
• Ausência de pêlos
(Borges, 2016)
Tipos/Fases
• A melhor prevenção é evitar os fatores que podem
fazer com que ela apareça. Manter o peso
constante, evitar o uso prolongado de corticóides
tópicos ou sistêmicos e evitar o uso de
anabolizantes.
• É importante manter a hidratação adequada da
pele com o uso de cremes a base de uréia, lactato
de amônio, óleo de semente de uva e amêndoas,
rosa mosqueta, ácido hialurônico.
• Flacidez Cutânea ou Tecidual, a Flacidez
Tissular ocorre quando a qualidade e a quantidade
das fibras colágenas diminui devido a desnutrição
ou desidratação do fibroblasto ou das
fibras.Também ocorre pelas forças externas como:
a ação gravitacional e a radiação solar que agem
sobre a pele, resultando na desorganização
progressiva das fibras de colágeno e elastina.
• O sedentarismo, a alimentação
inadequada, pouca ingestão de água,
fumo, pouco sono, efeito sanfona e
falta de cuidados diários com a pele
também contribuem para o
aparecimento da flacidez tissular.
• Para tratarmos a flacidez tissular precisamos
trabalhar com recursos que melhorem a qualidade
das fibras colágenas e que estimulem os
fibroblastos na síntese das mesmas.

• Ex: radiofrequência, microcorrentes,


carboxiterapia, cosmetologia aplicada.
• Na flacidez muscular ocorre uma diminuição do
tônus muscular, sem obrigatoriamente se tratar de
uma patologia. O sedentarismo pode ser
considerado uma das causas mais freqüentes da
flacidez, seguido pela perda de massa muscular,
pelo aumento do depósito gorduroso, e por
deficiência hormonal, como ocorre na menopausa.
• Os tratamentos para flacidez são a
eletroestimulação(estimulação elétrica), como a
estimulação russa.
Muito Obrigada!!!
alinefreitas.estetica
Tel.: 21 97017-0842

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