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SEMINÁRIO DE

MICROBIOLOGIA E
IMUNOLOGIA BÁSICA

Herpes Vírus
tipos I e II &
Herpes Zóster
Discentes: Maria C. Barros, Ramon Coutinho, Mateus Leal, Rômulo Abel e Vitória Lima

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS


CURSO: Bacharelado em Enfermagem
DISCIPLINA: Microbiologia e Imunologia Básica
DOCENTE: Prof. Dr. Luís Evêncio da Luz
VÍRUS HERPÉTICO HUMANO
NO BRASIL
HSV-1 HSV-2
SEM CONTATO
10% CONTATO COM HSV-2
20%

SEM CONTATO
CONTATO COM HSV-1 80%
90%

NO MUNDO
OMS -> adultos
infectados: 70%
sintomáticos: 13% a 37%
HERPES SIMPLES
TIPO I e II
VISÃO GERAL - BASE
CARACTERÍSTICAS
Latim herpein = rastejar
Reincidivo
Virulência
Latência - sítios imunoprivilegiados
Atacam mucosas e genitália externa
Família: Herpesviridae
Subfamília: Alphaherpesvirinae
ESTRUTURA
Envelopado
Grupo: Grupo I (dsDNA) - helicoidal
Forma: Poliédrica
Capsídeo Icosaédrico - 162 capsômeros
120-220 nm de diâmetro
PATOGENIA

HSV-1 HSV-2
orolabial * Urogenital*
Lesões nas mucosas faciais Lesões: vesícula > pústula > úlcera
latência no gânglio do nervo trigêmio Latência nos gânglios dos nervos
sacrais e sensitivos da genitália

HSV-1 ≠ HERPES LABIAL


HSV-2 ≠ HERPES GENITAL
PATOGENIA
Infecção primária
PATOGENIA
O vírus caminha por as terminações até os gânglios
PATOGENIA

Ativação e saída do vírus da latência


PATOGENIA - ÁREAS LESIONADAS
Nas mulheres Nos homens Em ambos
SINTOMAS E FASES APÓS REATIVAÇÃO
Pode apresentar febre, disúria, mal-estar, dor, ardência, coceira e lesões

Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4

Prurido Vesículas Feridas Crostas


Não há transmissão Há transmissão MUITA transmissão Nao há transmissão
+ Ardência no local onde Áre vermelha e inchada as bolsas rompem-se Cascas e início da
surgirá as lesões. com bolhas cheias de liberando o líquido, formando cicatrização.
líquido viral. feridas ou úlceras.

5 a 10 dias
LESÕES HERPÉTICAS

Infecção bacteriana secundária em paciente com herpes simples


LESÕES HERPÉTICAS
Lesões intrabucais
LESÕES HERPÉTICAS
Lesões genitais (ulcerativas)
DIFERENCIAÇÃO DAS LESÕES
HVS E DERMATITE ATÓPICA
Eczema herpético é uma infecção pelo vírus da herpes simplex (HSV) da pele
que é mais difusa e disseminada do que aquela em pacientes não atópicos.
HVS E HIV

Facilita transmissão de HIV


Fases das lesões mais longas
Mais intensa
Pode causar esofagite progressiva
e persistente, pneumonia, úlcera
perianal, meningite, encefalite e
colite

Fonte: Febrasgo. “Figura 1. Lesão herpética hipertrófica em paciente HIV


positiva. À esquerda observa-se aspecto tumoral inicial, após 10 dias da biópsia
a lesão persistiu com aspecto ulcerado (à direita), no exame histopatológico
frequentes células escamosas exibindo efeito citopático pelo vírus herpes.”
FATORES DE RISCO PARA
ECLOSÃO DE FERIDAS

Alterações hormonais Batidas e machucados

Problemas emocionais Exposição ao sol Alguns alimentos

Estresse Febre Baixa imunidade

Uso de medicamentos Fadiga e cansaço


TRANSMISSÃO
Infecção primária - infância Via respiratória (gotículas)
Assintomáticos Contato com as vesículas
Sexual (oral, anal e vaginal) Contato com mucosa infectada
Congênita Por objetos (raro)
Beijo (na boca, rosto) Compartilhamento de utensílios

TRANSMISSÃO POR INFECÇÃO CRUZADA


É importante lembrar que a infecção cruzada dos vírus herpes tipo 1 e 2 pode
acontecer se houver contato oral-genital. Isto é, pode-se pegar herpes genital na
boca ou herpes oral na região genital.
TRANSMISSÃO

Quem tem herpes pode doar sangue?

Claro!
MANIFESTACÕES CLÍNICAS HSV

HERPES LABIAL ENCEFALITE PARALISIA GENGIVOESTOMATITE


HERPÉTICA DE BELL HERPÉTICA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS HSV

HERPES GENITAL HERPES NEONATAL PANARÍCIO HERPES OCULAR


HERPÉTICO
DIAGNÓSTICO

Primeiro é feita a análise clínica e posteriormente a confirmação com a laboratorial.

CLÍNICO LABORATORIAL

Lesões características Cultura em PCR


Vesículas com líquido viral Imunofluorescência indireta
Área avermelhada e inchada Sorologia
Dor, coceira…
TRATAMENTO
Medicamentos antivirais:

Aciclovir Fanciclovir Cidofovir


-Comprimido/creme -Comprimido/creme -Injeção

Tratamento supressivo
Tratamento episódico
*NÃO TEM CURA
Laserterapia

O QUE NÃO FAZER?


Pressionar ou espremer as vesículas, alimentar-se mal, compressas, coçar e
passar em outra parte do corpo.
PROFILAXIA

Evitar contato com lesões


Uso de camisinha
Ter uma dieta nutritiva
Fazer exercício físico
Usar protetor solar
Fazer o controle com medicamento
Não compartilhar objetos pessoais
Não compartilhar copos e talheres
Gestantes - parto cesariano

Isso vale pra quem apresenta ou não sintomas!


HERPES ZÓSTER
VARICELA
Cobreiro ou Herpes vírus humano tipo 3
Família: Herpesviridae CATAPORA: fase aguda e de infecção primária
Subfamília: Alphaherpesvirinae ≠
Vírus: da Varicela-Zoster HERPES-ZOSTER: reativação do vírus

PATOGENIA
Reincidivo - após décadas
Ataca por dermátomo
Limita-se a um antímero
Latência: no gânglio da raíz dorsal posterior
Impressão de única lesão
Prevalência em idosos
PATOGENIA
O cobrão viaja pelo nervo causando lesões na pele e nervos, refletindo em dor intensa

SINTOMATOLOGIA
Sinais antes das lesões + Alguns sintomas
Ardência e dor local Exantemas - sensibilidade
Febre e cefaleia Vermelhidão e inchaço
Mal-estar, tontura Dor intensa a medida da
Parestesia evolução viral
ACHADO CLÍNICO
VVZ reativada pode atingir a face e olhos, causando ceratite herpética
HVS também pode causar essa doença
TRANSMISSÃO NÃO PEGA

DA CATAPORA Já teve
catapora
Contato com o líquido das bolhas
Via respiratória (secreções)
Quando alguém tem
Objetos contaminados contato com uma pessoa
com Herpes Zóster…

DA HERPES ZÓSTER
Não teve
PEGA
Contato com secreção dos exantemas catapora

Fica com
catapora
NEURALGIA PÓS-HERPÉTICA

Dor Crianças e
- crianças e jovens: dor leve Dores leves
jovens
- adultos com idade avançada(50+):
Neuralgia
-Em casos mais graves ocorre a:
Neuralgia pós-herpética DOR

Neuralgia pós-
Neuralgia Idosos
herpética
DIAGNÓSTICO

Primeiro é feita a análise clínica e posteriormente a confirmação laboratorial.

CLÍNICO LABORATORIAL

Baseando-se em sintomas clínicos típicos Reação em cadeia da polimerase


como dor no dermátomo e erupção de Raspagem e cultura do fluido vesicular
vesículas agrupadas. Exame sorológico (anticorpos recente)
TRATAMENTO

É um tratamento sintomático!
Feito com antivirais -> os mesmos da HSV
Medicamentos analgésicos -> controle da dor

PREVENÇÃO/PROFILAXIA

Promover a vacinação de crianças contra catapora


Promover a vacinação de adultos (+50 anos) contra Herpes Zóster
HERPESVÍRUS X ALIMENTAÇÃO

PREJUDICAM AJUDAM
Alimentos ricos em arginina, como: Alimentos ricos em lisina, como:
chocolate carne vermelha
amendoim ovo
nozes frango
café atum
refrigerante leite
processados lentilha
REFERÊNCIAS
“BVS - Ministério Da Saúde - Dicas Em Saúde.” Bvsms.saude.gov.br ,
bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/230_herpes.html. Acessado em 21 de outubro de 2023

CLEMENS, S. A. C.; FARHAT, C. K. Soroprevalência de anticorpos contra vírus herpes simples 1-2 no Brasil.
Revista de Saúde Pública, v. 44, n. 4, p. 726–734, ago. 2010.

KAYE, K. M. Infecções por herpes-vírus simples (HSV). Disponível em:


<https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/herpes-
v%C3%ADrus/infec%C3%A7%C3%B5es-por-herpes-v%C3%ADrus-simples-hsv>.

WOUK, J.; MALFATTI, C. R. M.; FACCIN-GALHARDI, L. C. HERPES SIMPLEX: UMA EPIDEMIA


VIRAL PERSISTENTE. Infectologia: bases epidemiológicas e clínicas, p. 98–117, 2021.

‌ ICARDO BARBOSA LIMA et al. Panarício herpético em criança com AIDS: o valor do teste de Tzanck no
R
diagnóstico. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 96, n. 4, p. 477–481, 1 jul. 2021.
OBRIGADO(A) PELA ATENÇÃO!

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