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Gizelle Felinto
✓ Leva à formação de imunocomplexos que podem ➢ Em qualquer um desses períodos, ocorrem manifestações
interagir com receptores de macrófagos, células consideradas como critérios absolutos para o diagnóstico da
de Langerhans e células T, levando à liberação de DA. Além disso, tem-se os chamados critérios menores, que
leucotrienos, prostaglandina E e linfocinas compreendem várias manifestações cutâneas que costumam
▪ Indivíduos com DA apresentam depressão da ocorrer com frequência nos atópicos
imunidade celular: ➢ Esses critérios maiores/absolutos e menores são utilizados para
✓ Grande suscetibilidade a: o diagnóstico, que é puramente clínico, levando-se em
o Infecções virais, bacterianas e fúngicas consideração a história do paciente, o local acometido pela lesão
o Erupções variceliformes de Kaposi por e o prurido. Não é necessário haver uma quantidade específica de
herpes simples cada um desses critérios para fechar o diagnóstico
o Molusco contagiosos → comumente sob ➢ CRITÉRIOS ABSOLUTOS/MAIORES:
forma de lesões extensas • Prurido → é uma manifestação constante e presente em
o Verrugas todas as fases
o Coxsackiose A-16 • Morfotopografia → localizações típicas da dermatite
o S. aureus → coloniza 75 -100% dos atópica:
pacientes com DA, atuando como ▪ Na criança → acometimento facial com lesões
superantígeno ativando diretamente células eczematosas agudas e subagudas na fronte e regiões
T, sem participar de qualquer mecanismo malares (“maçã do rosto”), poupando o maciço centro-
imune subjacente facial
✓ Diminuição da imunidade celular T → maior ▪ No adulto → liquenificação nas áreas flexurais,
suscetibilidade dos atópicos às infecções, dobras antecubitais, poplíteas e região do pescoço
inclusive eczema herpético • Tendência à Cronicidade e/ou Recidivas Frequentes:
• Resumindo: ▪ Além dessas manifestações, praticamente constantes,
▪ Fase aguda da DA → ativação do padrão Th2. Ação da podem estar presentes alterações que constituem os
IL-4 critérios menores do diagnóstico da DA
✓ Há aumento do IgE ➢ CRITÉRIOS MENORES:
✓ Espongiose → edema da camada espinhosa de • História pessoal ou familiar de manifestações atópicas
Malpighi da pele, que pode levar à formação de • Positividade aos testes cutâneos imediatos
vesículas • Dermografismo branco ou vasoconstrição prolongada
▪ Fase crônica da DA → ativação do padrão Th1. Ação induzida por agentes colinérgicos
da IL-2
• Xerose
SÍNDROME ECZEMATOSA
➢ FASE AGUDA:
• Eritema
• Edema
• Vesiculação
• Secreção
• Prurido
➢ FASE SUBAGUDA:
• Secreção
• Crostas • Ictiose associada → ressecamento intenso da pele
• Prurido (excesso de descamação na pele)
➢ FASE CRÔNICA:
• Liquenificação
• Prurido
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS CLÁSSICAS DA DERMATITE ATÓPICA
➢ Há três períodos evolutivos da DA:
• Na infância
• No período pré-puberal • Exagero das linhas palmares
• Na idade adulta • Pitiríase alba
➢ POLPITE DESCAMATIVA CRÔNICA → é uma manifestação ➢ Psoríase, Eritrodermia ictiosiforme, Dermatofitoses, Candidoses,
característica que, às vezes, ocorre isoladamente Pitiríase rósea, Líquen plano, Histiocitose X, Síndrome de
• É representada por: Netherton, Acrodermatite enteropática
▪ Eritema ➢ Síndrome do hiper-IgE → ocorrem manifestações cutâneas
▪ Descamação fina pruriginosas idênticas à dermatite atópica e há grande produção
▪ Eventual fissuração das polpas digitais das mãos, pés de IgE e deficiência da imunidade celular, determinando infecções
ou de ambos cutâneas repetidas por estafilococos, infecções pulmonares
• Quando as lesões são muito intensas e atingem as dobras recorrentes e candidose
periungueais → repercussões inflamatórias na matriz
TRATAMENTO
ungueal e surgem distrofias ungueais
➢ PRURIGO ECZEMA → ocorre ocasionalmente, em especial em ➢ Não existe cura
adultos ➢ Objetivo do tratamento → controle da afecção, enquanto se
• Manifestações → Lesões papulopruriginosas aguarda uma possível involução espontânea da dermatose, que
• Isolada ou concomitantemente a lesões eczematosas pode ocorrer
➢ O tratamento é voltado para a diminuição da sintomatologia e
DIAGNÓSTICO da reação inflamatória
➢ É CLÍNICO! ➢ CUIDADOS GERAIS:
➢ Se dá por meio de: • Deve-se sempre informar as particularidades da doença
• Anamnese bem feita → história do paciente (causas, fatores desencadeantes, possível “cura” com o
▪ Ambiente tempo, possível retorno da doença, importância do
▪ História familiar tratamento...)
▪ Doença atópica → episódios, gravidade, localização e • BANHOS → em água morna, por cerca de 3 a 5min, com
frequência sabonetes suaves ou neutros
▪ Fatores ocupacionais ▪ Nunca friccionar a pele com esponjas ou similares
• Morfotopografia das lesões → local acometido ▪ Passar emolientes (óleos de banho) após o banho →
• Presença de prurido para prevenir a perda de água do estrato córneo
• Cronicidade ▪ Corticoides são mais absorvidos após o banho
▪ Banho de mar é preferível ao banho de piscina para o
• Aumento do IgE → nos casos de Dermatite atópica +
atópico
Manifestações atópicas respiratórias
• HIDRATAÇÃO E LUBRIFICAÇÃO → como a pele do atópico
➢ Critérios:
é seca, deve-se sempre utilizar substancias emolientes ou
• Não é preciso uma quantidade específica de cada um para
lubrificantes que evitem a desidratação
fechar o diagnóstico
▪ Tópicos → aplicados após o banho e, quando
• Critérios maiores:
necessário, várias vezes ao dia
▪ Prurido
▪ Ureia → é um hidratante clássico, mas precisa ser
▪ Morfotopografia
utilizada com cautela, pois pode produzir irritação e
▪ Tendência à cronicidade e/ou recidivas frequentes
ardor nos atópicos
• Critérios menores:
• VESTUÁRIO → de algodão e folgadas
▪ História pessoal ou familiar
▪ O suor é um fator desencadeante do prurido
▪ Testes cutãneos
▪ Evitar lã e fibras sintéticas
▪ Xerose
▪ Lavar as roupas com sabão, e não com detergentes
▪ Ictiose
▪ Não usar amaciantes nem branqueadores (cloro)
▪ Pitiríase alba
• CORTE DE UNHAS → sempre manter curtas, para evitar
▪ Queratose pilar
maiores danos da coçadura
▪ Palidez centro-facial
▪ Sinal de hertogue • AMBIENTE →limpo e isento de poeira, ácaros, pelos de
▪ Dupla prega animais e fungos
• ALIMENTOS → a restrição alimentar (ovos, leite de vaca e
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL derivados) ainda é um pouco controversa
➢ Outras dermatites eczematosas: MEDICAMENTOS TÓPICOS
• Infância → dermatite seborreica
➢ CORTICOSTEROIDES:
• Adulto → dermatite seborreica, dermatites de contato e
líquen simples crônico • São os medicamentos mais úteis no tratamento da DA
• Úteis em todas as formas clínicas da DA e em todas as idades
➢ IMUNOMODULADORES SISTÊMICOS:
TALIDOMIDA → é o imunomodulador mais eficiente para o
controle da DA (não usar quando há possibilidade de
gravidez)
INTERFERON-GAMA (IFN-gama) → diminui a intensidade do
prurido e a eosinofilia (há efeitos favoráveis em formas
graves da doença)
INIBIDORES DE FOSFODIESTERASE – TEOFILINA → podem
aliviar os surtos, fazendo uso de 300mg, via oral, 2x/dia por
5 dias (o uso por mais tempo leva à taquifilaxia)
➢ FOTOTERAPIA → todas as formas de fototerapia mostram-se
úteis na dermatite atópica
TRATAMENTOS DE ESCOLHA PARA DERMATITE ATÓPICA SEVERA
➢ IMUNOSSUPRESSORES:
CICLOSPORINA (3 a 5 mg/Kg/dia) → em formas graves e
resistentes de DA
▪ Com a melhora, deve-se ir reduzindo a dose, sempre
procurando a menor dose necessária
▪ Não administrar com ERITROMICINA e quando houver
suspeita de infecção pelo herpes-vírus e S.aureus
▪ Evitar o uso em:
✓ Crianças
✓ Hipertensão
✓ Nefropatia
✓ Hepatopatia
➢ PSICOTERAPIA → pois há forte associação dos aspectos
psicológicos dos atópicos com a doença
➢ HOSPITALIZAÇÃO → é indicada em casos graves e resistentes,
pois possibilita afastar o doente do seu ambiente, excluindo
fatores agravantes e permitindo tratamento adequado
➢ NEWS:
• AGENTES BIOLÓGICOS → OMALIZUMABE (Xolair)
• Uso de Probióticos, Simbióticos e Prebióticos