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A Anafilaxia

é uma reação alérgica aguda


potencialmente fatal mediada por IgE
que ocorre em pessoas previamente
sensibilizadas quando são expostas
novamente ao antígeno sensibilizador.

Os sintomas podem incluir estridor, dispneia, sibilos e


hipotensão. O diagnóstico é clínico. O tratamento é com
adrenalina. Broncoespasmo e edema das vias respiratórias
superiores podem exigir beta-agonistas inaláveis ou
injetáveis e, às vezes, entubação endotraqueal. Hipotensão
persistente exige líquidos IV e, às vezes, vasopressores.
O que é?
A Anafilaxia é uma emergência em saúde por excelência mas
passa muitas vezes despercebida, sendo abordada de forma
deficiente pela população, em geral e pelos profissionais de
saúde, em particular.

As alergias ou reações alérgicas são respostas exageradas do


organismo após o contacto com o ambiente que o rodeia, seja
um alimento, uma picada de inseto ou um medicamento. Podem
ter uma tendência genética, mas ocorrer também em indivíduos
sem qualquer história familiar.

A World Allergy Organization estima que as doenças de


hipersensibilidade afetem cerca de 30 a 40% da população
mundial, sendo que tanto a gravidade como a complexidade
estão a aumentar exponencialmente. Em Portugal estima-se que
mais de 2 milhões de pessoas apresentem alguma forma de
alergia, que podem provocar desde quadros clínicos ligeiros a
outros muito graves - e inclusivamente causar a morte.

Estas manifestações clínicas podem surgir em qualquer idade e


em qualquer sexo.

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DOENÇAS DE
HIPERSENSIBILIDADE
AFETAM CERCA DE

30 A 40%
DA POPULAÇÃO
MUNDIAL.
SENDO QUE TANTO A
GRAVIDADE COMO A
COMPLEXIDADE ESTÃO
A AUMENTAR
EXPONENCIALMENTE.

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Por definição, a anafilaxia ou reação
anafilática é a manifestação alérgica mais
grave que existe.

Consiste numa reação alérgica generalizada,


de instalação rápida e que pode ser fatal.

Diferentemente do que ocorre com as outras


doenças alérgicas que só afetam um
órgão, a anafilaxia
provoca uma reação
sistémica, podendo afetar
vários orgãos
simultaneamente.

É de reação rápida,
instalando-se em
poucos minutos. Pode ser grave,
produzindo sintomas
respiratórios ou cardiovasculares
como queda da tensão ou
perda de consciência, ou até
conduzir a um desfecho
fatal, se não se
reconhecerem
atempadamente os
sintomas e não se atuar
rapidamente.
É muito importante saber
diagnosticar imediatamente a
reação de anafilaxia para que
se inicie rapidamente o seu
tratamento.

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Etiologia e Os mastócitos e basófilos podem ser
ativados por outros mecanismos, através de
Fisiopatologia anticorpos IgG, ou diretamente por ação
de fármacos, diversas substâncias
químicas ou estímulos físicos.
A Anafilaxia ocorre como consequência da
libertação explosiva de determinadas Entre as substâncias que os mastócitos e
substâncias pelas células mastócitos e basófilos produzem e libertam destaca-se a
basófilos, que são as responsáveis por histamina. Esta é capaz de provocar a
induzir os sintomas típicos de uma reação dilatação dos vasos sanguíneos
alérgica. Estas células são ativadas por (vasodilatação), aumentar a
diferentes mecanismos. permeabilidade deles (com saída de
líquido) e estimular as terminações
O mecanismo mais típico é a reação nervosas. Isto conduz ao desenvolvimento do
alérgica imediata clássica em que o edema (inchaço), eritema (vermelhidão) e
alergénio se liga a um dos anticorpos IgE prurido (comichão), o que se traduz na pele
(imunoglobulina E) que se encontram na do doente como pápulas de urticária.
superfície das células do sistema imunitário, Além disso, a histamina produz espasmo dos
como mastócitos e basófilos. Esta união brônquios (broncoconstrição) semelhante
funciona como uma chave que se encaixa ao que acontece durante uma crise de
na fechadura e “abre” as células, que asma. Também se libertam outras
então libertam as substâncias que substâncias como a triptase, leucotrienos,
provocam os sintomas. prostaglandinas, quimiocinas e citocinas.

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Causas Sinais e Sintomas
As causas mais habituais de anafilaxia são Redução do nível de consciência
as alergias alimentares, alergia a Confusão
medicamentos e alergia à picada de Ansiedade
abelhas ou vespas. Inchaço das estruturas das vias aéreas
Angioedema (inchaço das mucosas –
As causas mais frequentes variam com a lábios, olhos)
idade do doente e/ou outros fatores. Voz rouca
Dificuldade em engolir
Outras causas Estridor (ruídos das vias aéreas
superiores)
Outras causas menos comuns de anafilaxia Taquicardia
incluem a alergia ao látex (especialmente Paragem Cardíaca
relevante em contexto de profissionais de Urticária
saúde e doentes com múltiplas Comichão
intervenções cirúrgicas) e a anafilaxia Inchaço
induzida pelo exercício, ou provocada Eritema
pelo frio. Estão descritas (mas são
raríssimas) situações de anafilaxia devido a
alergias respiratórias por ácaros, ou por
consumo de drogas recreativas.

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Diagnóstico Anafilaxia
REAÇÃO SISTÉMICA GRAVE, NA PRESENÇA DE PELO MENOS UM DOS TRÊS CRITÉRIOS CLÍNICOS SEGUINTES:
INÍCIO SÚBITO (MINUTOS A POUCAS HORAS) DE:
Envolvimento da pele ou mucosas e pelo menos um dos seguintes: compromisso respiratório ou
hipertensão / sintomas associados.

SINTOMAS DA PELE OU MUCOSAS: SINTOMAS


RESPIRATÓRIOS:

1 Dispneia, pieira,
broncospasmo,
estridor, hipoxemia.

+ ou
HIPOTENSÃO OU
SINTOMAS
ASSOCIADOS:
Urticária, eritema ou prurido Hipotonia (colapso),
generalizado; edema dos lábios, da síncope, incontinência
língua ou da úvula. de esfíncteres.

OU
INÍCIO RÁPIDO APÓS EXPOSIÇÃO A UM ALERGÉNIO PROVÁVEL PARA O DOENTE (MINUTOS
A POUCAS HORAS) DE 2 OU MAIS DOS SEGUINTES:
SINTOMAS DA PELE SINTOMAS HIPOTENSÃO OU SINTOMAS
OU MUCOSAS: RESPIRATÓRIOS: SINTOMAS ASSOCIADOS: GASTROINTESTINAIS
SÚBITOS E PERSISTENTES:

2
Urticária, eritema ou
prurido generalizado; Dispneia, pieira, Hipotonia (colapso), Cólica abdominal,
edema dos lábios, broncospasmo, síncope, incontinência vómitos.
da língua ou da úvula. estridor, hipoxemia. de esfíncteres.

OU
HIPOTENSÃO APÓS EXPOSIÇÃO A ALERGÉNIO CONHECIDO PARA O DOENTE (MINUTOS A
POUCAS HORAS).

3 (Pressão sistólica < 90mmHg *


OU > queda 30% em relação
*nas crianças < 1 ano de
idade – inferior a 70mmHg;
1-10 anos – inferior a [70mmHg
ao seu basal).
+ {2x idade}]

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Como Primeiros Socorros
Atuar na Anafilaxia
Canetas de Adrenalina
Na suspeita de uma reação Se o doente é portador de uma caneta de
alérgica grave ou anafilática, é adrenalina, deve imediatamente aplicar na porção
extremamente importante atuar lateral a meio da coxa.
de forma segura e rápida para
Ligar para o 112
reduzir danos e potencialmente Assim que possível ligar para o 112 para obter
evitar a morte: ajuda.

1. Confirmar as suspeitas de Anti-histamínicos e corticóides


anafilaxia; Ainda que a eficácia não esteja comprovada
2. Ativar os serviços de podem administrar-se anti-histamínicos e
emergência; corticóides se estiverem disponíveis ( muitas vezes,
3. Tratar, se possível, para evitar os doentes têm consigo esta medicação ).
posteriores complicações.
Posicionamento
Enquanto aguardam pela assistência médica, os
Uma abordagem sistemática é
doentes devem ser colocados em posição cómoda,
altamente recomendada para deitados e com as pernas mais elevadas do que o
maiores hipóteses de sucesso: tronco, exceto se houver vómitos ou dificuldade
respiratória. Se estiver inconsciente, mas com boa
1. Avaliação ABCDE respiração deve ser colocado deitado de lado. As
2. Pedido de ajuda mulheres grávidas devem ser deitadas viradas para
3. História o lado esquerdo.
4. Remover qualquer alergénio
possível Acompanhamento
5. Adrenalina Não abandone o doente que acabou de sofrer a
anafilaxia até que cheguem os meios de socorro
6. Apoiar a vítima enquanto se especializados, mesmo que tenham feito
aguarda pelos serviços de medicação.
emergência
Contacto
Se for possível, contacte um familiar.

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Tratamento
O tratamento da anafilaxia deve ser
iniciado o mais rápido possível.
A primeira opção de tratamento deve ser a
adrenalina, pois atua rapidamente e
melhora a maioria dos sintomas de
anafilaxia. A adrenalina bloqueia a
libertação de mediadores pelas células
implicadas na anafilaxia (mastócitos e
basófilos) e assim dessa forma consegue-
se aumentar a tensão arterial, diminuir os
inchaços da pele e dilatar os brônquios.

Antigamente, administrava-se adrenalina


subcutânea, mas atualmente preconiza-se
apenas a utilização da via intramuscular
porque desta forma se consegue um efeito
mais rápido. A via endovenosa só é usada
em unidades médicas especializadas e
situações hospitalares complicadas.

Existem dispositivos para administração


pelo próprio doente; são dispositivos
auto-injetores e parecem uma caneta, A adrenalina pode provocar alguns efeitos
que traz já tudo pronto para a secundários ligeiros. Os mais habituais são:
administração da dose certa. Existem tremor;
várias canetas com doses diferentes à nervosismo;
venda e o médico decidirá qual prescrever, palpitações no coração.
em função da idade, peso, e risco do
doente. Estes efeitos são passageiros e não
causam preocupação. É o único
medicamento que salva a vida em casos de
anafilaxia e, por isso, não existem contra-
indicações para a sua utilização, mesmo se
o choque anafilático ocorre na gravidez,
em crianças pequenas ou em idosos!
Outros medicamentos (ou remédios), em
comprimidos ou gotas, são tratamento de
segunda linha nestes casos.

A melhor forma de lidar com a anafilaxia é


evitá-la! Para isso é fundamental descobrir
qual a alergia ou situação que a provoca,
pelo que é imprescindível o seguimento em
Imunoalergologia.

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Destinatários: Público em geral. Destinatários:Profissionais de saúde
e estudantes da área.

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A anafilaxia é uma emergência em saúde por
excelência mas muitas vezes passa despercebida e é
abordada de forma deficiente pela população em
geral e profissionais de saúde em particular.

Tratando-se de uma reação de hipersensibilidade


sistémica grave e potencialmente fatal, estima-se que
em países como o Reino Unido seja responsável por
20 mortes em cada ano.

É portanto, uma situação de saúde que merece a


atenção de todos e que nos propomos a tratar neste
curso.

Destinatários: Público geral, Profissionais de saúde e


estudantes da área que pretendam aprofundar
conhecimentos sobre esta temática.

Sobre o formador

Nuno Pinto
Enfermeiro formado na ESEP em 2000, mudou-se para o Reino Unido em 2005
depois de ter trabalhado em Medicina, Neurocirurgia e Cuidados Intensivos em
Portugal. Trabalhando sobretudo na área de Cuidados Intensivos em Inglaterra,
desempenhou várias funções desde a gestão à investigação. Pós-graduado em
Cuidados ao Doente Crítico, Mentorship e Recursos Humanos, é ainda formador
certificado pelo UK Resuscitation Council.

www.vpformacao.com
Ana Magalhães
Enfermeira

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