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Clínica Médica de Pequenos Animais – Trato Respiratório

Trato respiratório Rinossinusite


- Narina Causa
- Laringe - Alérgico: secreção serosa
- Traqueia - Inflamatório
- Bronquios - Infecciosa
- Bronquiolos - Parasitaria
- Alveolos (parte funcional do pulmão, - Afecção dentário
realiza a oxigenação, as bifurcações - Corpo estranho
existem para proteção dos alvéolos, - Neoplasias
para que o ar não chegue em uma - Traumas (coice de cavalo)
velocidade muito rápida)
Sinais clínicos
Trato Respiratório Superior - Secreção nasal: classificar mucoide,
- Hematose pulmonar: troca gasosa, mucopurulento, sanguinolento, serosa
oxigenação sanguínea com eliminação - Incomodo: Esfregar o fuço
do gás carbônico - Espirro
- Epistaxe: bilateral ou uni
Mecanismos de defesa - Anosmia
- Presença de cílios: ajuda a segurar - Halitose
micropartículas, acumulo de - Deformação facial
micropartículas se tornam a secreção - Secreção ocular
- Sistema imune
DIAGNÓSTICO
Fatores que reduzem a defesa - Muitas vezes é presuntivo, com base
- Estresse ambiental: poluição, poeira, na anamnese e exame físico
obra. Perguntar onde o animal mora na - Raio x: lise óssea, dentição
anamnese - Rinoscopia ou sinoscopia e coleta de
- Alteração climática material (citologia)
- Desmame: queda de imunidade,
estresse RINOSSINUSITE ALÉRGICA
- Troca alimentar: queda da imunidade, - Quadro crônico
estresse - É preciso tentar desvendar o que
- Verminoses causa a alergia
- Imunossuprimidos  Fumantes em casa
- Superpopulação Tratamento
- Melhorar a qualidade do ambiente
Afecções de Trato Respiratório superior  Umidificar o ambiente:
- Rinite umidificador, baldes de água
- Rinosinusite  Inalação (aparelho ou colocar o
- Síndrome do braquiocefalico animal dentro do banheiro
- Tosse dos canis enquanto o tutor toma banho
- Colapso de traqueia quente, todas as vezes)
 Antialérgico nas crises
 Corticoide em dose baixa:
Prednisolona de 3 a 5 dias BID
 Afastar o animal do que causa a  Alterações anatômicas da
crise: perfume, cigarro, obras, laringe
produtos quimicos  Edema e hipertrofia das
mucosas
RINOSSINUSITE FUNGICA Os braquicefálicos podem ter algumas
- Aspergilose (+ comum em cães) e ou todas essas alterações.
criptococose (+ comum em gatos)
Raças acometidas
Tratamento - Pug
- Itraconazol, tratamento prolongado, - Bulldogue
monitorar hepatócito - Shitszu
- Silimarina (protetor hepático) - Persas
- Himalaios
RINOSSINUSITE VIRAL
- Cinomose: cães Sinais clínicos
- Calicivirus felinos - Dispneia de padrão inspiratório
- Herpesvirus felinos - Respiração oral
- Cianose
Acomete mais animais - Sincope
imunossuprimidos - Disfagia
- Estridor
RINOSSINUSITE BACTERIANA
- Bordetella, é auto limitante Diagnóstico
- Presuntivo
RINOSSINUSITES SECUNDÁRIAS - Raio x para avaliar o lumen da
- Afecções dentárias traqueia
- Pedir um eco e um raio x de tórax
TODAS AS RINOSSINUSITES SÃO para descartar cardiopatia
ASSOCIADAS COM ATB MENOS A DE
ORIGEM ALÉRGICA Tratamento
Os ATB mais usados são: - Sedação e oxigênio, nos animais em
Ampicilina crise
Amoxi com clavulanato - Repouso
Sulfadiazina com trimetropim - Corticoide em crise para desinflamar a
Clorafenicol mucosa
Cefalosporinas (cefalexina) - Controle de peso

--------------------------------------------------- Possíveis cirurgias


- Abdução das abas das narinas
SINDROME DO BRAQUICEFÁLICO - Ressecção do palato mole
- Conjunto de alterações anatômicas ________________________________
que fazem com que os braquicefálicos
apresentem dificuldades respiratórias. COLAPSO DE TRAQUEIA
 Estenose das narinas - A traqueia é composta por tecido
 Palato mole alongado fibroelastico e cartilagem, ou seja, é
 Hipoplasia da traqueia: traqueia maleável
mais estreita
- O colapso de traqueia é uma - Se houver bronquite associada ou
fragilidade traqueal, que crise grave: uma dose de corticoide
momentaneamente gera o TRATO INFLAMATÓRIO INFERIOR
colabamento da traqueia, impedindo a
passagem do ar. BRONQUITE (ASMA)
- Inflamação crônica dos brônquios e
Animais predispostos bronquíolos
- Poodles - De origem alérgica: cheiro, perfume,
- Shitszu fumaça, ambiente seco
- Spitz - Sequelas: enfisema pulmonar
- Lhasa (hiperdistensão dos alvéolos com
- Meia idade a idosos ruptura) ou bronquiectasia (brônquios
- Obesos sofrem ruptura), acontecem por
obstrução, causada pelo edema da
Sinais clínicos inflamação dos brônquios
- Tosse crônica - São mais propensos a quadros de
- Engasgos pneumonia
- Cianose - Mais comum em gatos e cães idosos
- Estertor - Gato tossindo: pensar em asma
- Dispneia extra torácico e/ou intra
torácico Sinais clínicos
- Sincope - Tosse
- Dispneia expiratória
Padrão da dispneia - Episódios isolados
- Colapso extra torácico: inspiratório - Ruídos na ausculta, crepitação e sibilo
- Colapso intra torácico: expiratório - Gatos em crise: respiração oral

Diagnóstico Começa com uma tosse esporádica e


- Anamnese: predisposição, ECC, quais que vai aumentando a frequência.
os momentos da crise.
- Reflexo de tosse Predisposição das crises
- Radiografia cervical torácica: só vai - Fumaça
diagnosticar se a traqueia estiver - Areia
colabada na hora - Obra
- Imunossupressão
Tratamento
- Manejo Diagnóstico
 Dieta: controle de peso - Anamnese
 Coleira peitoral - Classificar dispneia
 Evitar agitação e estresse - Eco e eletro para descartar
 Exercícios leves cardiopatia
Pacientes em crise - Raio x toracico: avaliar padrão
- Sedação e oxigenioterapia bronquial e opacificação alveolar difusa
- Broncodilatador - Hemograma: diferencial de
- Antitussigeno: Codeina, vibral pneumonia, não justifica ter desvio a
(xarope), pode indicar para casa em esquerda, eosinofilia pode indicar
animais que sofrem crises frequentes alergia
Tratamento
Em crise: sedação, oxigênio e corticoide PNEUMONIA
(hidrocortisona, dexametasona), - Quadro infeccioso, geralmente
broncodilatador bacteriano, mas pode ser viral e fúngica
- Pode acontecer por falsa via:
Para casa pneumonia aspirativa, acontece mais
- Corrigir fator ambiental: tentar em filhotes e pacientes debilitados.
identificar, cheiro, perfume, fumaça - Geralmente relacionado a processos
- Diminuir estresse de imunossupressão
- CORTICOIDE
Sempre preferir inalatório, por ter Sinais clínicos
menos efeito sistêmico - Dispneia expiratória
- Cianose
- Fluticasona (Inalação 3x por dia, ir - Sincope
diminuindo conforme o animal sai da - Secreção nasal purulenta
crise) - Espirro
OU - Ruído na ausculta traqueal e
pulmonar
- Seretide (bombinha inalatória de - Tosse produtiva (com secreção)
corticoide e broncodilatador) - Sibilos na ausculta pulmonar

OU Sinais sistêmicos
- Prostração
- Prednisolona de 3 a 5 dias, dose baixa - Inapetência
- Febre
Conforme diminuição da frequência das
crises, retirar corticoide e permanecer Diagnóstico
apenas com bronco dilatador - Hemograma: desvio a esquerda,
inalatório. leucopenia por linfopenia (viral)
- Raio x pulmonar
- Inalação - Lavagem traqueobrônquica: para
- Umidificar o ambiente pacientes que não apresentam melhora
- Doxiciclina: possui ação após terapia
imunomoduladora, diminuindo a
reação alérgica e combatendo possível Tratamento
infecção bacteriana - ATB: Amoxicilina com clavulanato ou
trissulfin (IV), associações as vezes são
Modo de usar as bombinhas necessárias
- Cada sprayada conta 10 movimentos - Umidificar ambiente
respiratórios, 1 a 2 sprayadas por dia, - Inalação com mucolitico: acetilcisteina
de duas a três vezes por dia, - Mucolitico xarope: N-acetilcisteina
dependendo da gravidade. - Broncodilatadores
- Analgésicos
- Caminhadas leves e exercícios leves:
expectorantes.

Corticoide nesse caso causa


imunossupressão, então,
antiinflamatórios não são indicados.
Prognóstico reservado a ruim: depende
do histórico do paciente, idade, sistema
imune, etc.

Repetir exames a cada 48 a 72 horas, se


não apresentar melhora, troca ou
adição de ATB.

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