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Clínica médica de equinos

Sistema respiratório

Prof. Me. Guilherme Fernandes


Um atleta...
Um atleta...

...ou quase isso


Um atleta...
Um atleta...

HABILIDADE
Um atleta...

HABILIDADE FORÇA
Um atleta...

HABILIDADE FORÇA SISTEMA CIRCULATÓRIO


Um atleta...

HABILIDADE FORÇA SISTEMA CIRCULATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO


Prevalência de casos

hospitais veterinários ....... 6% - 17%

haras ...... 10% - 40%


Enfermidades infecciosas e parasitárias
ü Bacterianas
Rhodococcus equi, Streptococcus equi, Burkholderia mallei
(Streptococcus sp., Pauteurella sp., E. coli, Klebsiella pneumoniae, Enterobacter sp., Ac8nobacillus sp., Bacteroides sp.,
Clostridium sp., Fusobacterium sp., Peptostreptococcus sp., Mycobacterium sp.)

ü Virais
Influenza, Herpesvirus, Arterite viral, Rhinovirus, Adenovirus, Hendravirus

üFúngicas
Aspergilus sp.

ü Parasitárias
Parascharis equorum (L2)
Outras enfermidades “clínicas” do sistema respiratório

ü Hemorragia pulmonar induzida por exercício


HPIE

ü Obstrução recorrente das vias aéreas


ORVA

ü Doença inflamatória das vias aéreas


DIVA
Enfermidades “cirúrgicas” do sistema respiratório
üSinusites

üEmpiema (bolsa gutural)

üHematoma etmoidal

üHemiplegia laringeana

üCondrite aritenóide

üDesvio dorsal de palato


Sistema respiratório cranial

üHá diferentes maneiras de


dividirmos o sistema respiratório

Craniais/ caudais ou superior/ inferior

Porção condutora/ porção respiratória


Sistema respiratório cranial
üRinites (inflamação da cavidade nasal)
Vírus, bactérias, fungos, alérgenos, substâncias irritantes

üSinusite (inflamação dos seios paranasais)


Bactérias, traumas, periodon?tes

O cavalo só respira pelo nariz


Sistema respiratório cranial
üRinites (inflamação da cavidade nasal)

Coloco isto nos ar,gos


Sinusites
üSinusites

-Primárias
(bacterianas: Streptococcus equi, S. Zooepidemicus, Corynebacterium ssp, Staphylococcus
ssp., Pseudomonas ssp., E. coli)
(micóMcas: aspergillus sp., criptococcus sp.)

-Secundárias
(doenças periodontais, traumas faciais, neoplasias)
Sinusites
üApresentação clínica

-Descarga nasal purulenta


(sem odor - primária.... odor fétido - secundária)

-Deformidade facial
(acúmulo de secreção em conchas nasais, inflamação, remodelamento tecidual)

-Dispneia em graus variados


(redução do espaço na cavidade nasal, secreção)

-Normalmente unilateral
(aprox. 70 a 80% dos casos)
Sinusites
Sinusites
üDiagnósMco
-Sinais clínicos bem caracterísMcos
-Percussão dos seios paranasais

Exames de imagem (endoscopia, raio X)


Sinusites
üTratamento

-AINES (fenilbutazona, cetoprofeno, flunixin meglumine)

-ATB (betalactâmicos, sulfa-trimetoprim, enrofloxacina) CULTURA E


ANTIBIOGRAMA

-Trepanação
(drenagem e lavagem abundante)
Sinusites
Sinusites
Empiema em bolsa gutural
üEmpiema em bolsa gutural

-ÓsMo interno da tuba audiMva


-Acúmulo de pus nas bolsas guturais
-Sequela de infecção bacteriana
em vias aéreas
-Uni ou bilateral

üAloja importantes estruturas


- IX, X, XII nervos cranianos
- Artéria caróMda interna
Empiema em bolsa gutural
Empiema em bolsa gutural
üApresentação clínica

- Descarga nasal muco-purulenta uni ou bilateral, normalmente sem odor


- Linfoadenopatia
- Dor e aumento de volume da região da parótida
- Ruído respiratório
- Disfagia
- Epistaxe
- Febre
Empiema em bolsa gutural
üDiagnósMco

Exames de imagem
(endoscopia, ultrassonografia, raio X)

üTratamento
-Lavagem: Soluções anMssépMcas
-AINES, inalação
-Tratamento da causa base
Streptococcus equi

ü Adenite equina/ GarroMlho/ Streptococcus equi

-Infecção do trato respiratório superior / cranial


-Streptococcus equi (bactéria β-hemolíMca)
-Altamente contagiosa (alta morbidade e baixa mortalidade)

-Fontes de infecção (Água, aerossóis, cochos, acessórios)


-Mais prevalente entre animas jovens e imunossuprimidos
Streptococcus equi

ü S. equi alcança o trato respiratório por


boca ou narinas, adere a receptores
específicos nos linfonodos, mulMplica-se
no meio extracelular dando inicio a
quimiotaxia de neutrófilos gerando...pus

üProteína M impede o reconhecimento


pelo sistema imune
Streptococcus equi

ü Apresentação clínica
-Linfoadenopatia com marcado aumento de linfonodos
retrofaríngeos e submandibulares
-Febre
-Disfagia
-Secreção nasal purulenta
-Abscedação de linfonodos
Streptococcus equi

ü Tratamento
-ATB (betalantâmicos)
-AINES (flunixin meglumine, cetoprofeno)
-Compressas quentes
-Lavagem com anMssépMcos

üComplicações
Sinusites, endocardites, pneumonia, púrpura hemorrágica, abcessos metastáMcos
(linfonodos, cgado, baço, rins)
-Casos complicados podem precisar de traqueostomia
Hematoma etmoidal

üHematoma etmoidal

-Massa não neoplásica, encapsulada em região de etmoide e seios paranasais


-Composta por:
tecido fibroso, vasos e sangue
-Unilateral*
-Origem na submucosa
-Progressiva
Hematoma etmoidal

üHematoma etmoidal
Hematoma etmoidal
üApresentação clínica

-Epistaxe unilateral* recorrente

-Epistaxe após exercício

-Obstrução total ou parcial do fluxo de ar

-Assimetria facial
Hematoma etmoidal

üDiagnósMco

-Sinais Clínicos

-Endoscopia

-RX (dorso-ventral)
Hematoma etmoidal

üDiagnósMco diferencial ü Tratamento

-Trauma -Cirúrgico
-Sinuscopia
-Sinusite
-Ablação Química
-Micose em bolsa gutural
-Abscessos pulmonares
-HIPE
-Tumores
Hematoma etmoidal
ü Tratamento

-Cirúrgico

-Decúbito lateral + anestesia


inalatória

-Decúbito esternal + anestesia


geral

-Dentro do seio frontal


Hematoma etmoidal

-Cirúrgico

-ATB
-AINES
-Lavagem
-Retirar compressas 48-72h
Hematoma etmoidal
Pós cirúrgico

-Cirúrgico
-ATB
-AINES
-Lavagem
-ReMrar compressas 48-72h

-Complicações
-Recidiva
-Perda de sangue
Hematoma etmoidal
Sinuscopia

-Vantagens
-Decúbito esternal ou em
estação

-Desvantagem
-Acesso restrito
Hematoma etmoidal
Ablação química

-Endoscopia
-Sedação
-Formaldeído 4%
-Limitado a massas menores
-Infusões em 3-4 seções
-Baixo custo
Condrite aritenóide
ü Condrite Aritenóide

-Inflamação progressiva das


cartilagens aritenóides

-Obstrução de laringe em graus


variados

-Idiopática

ü Diagnóstico
-Endoscopia
Condrite aritenóide
Aritenoidectomia

-Parcial: ressecção do processo muscular


da carMlagem aritenóide
-Total: ressecção de toda carMlagem
aritenóide

-Traqueotomia
-Anestesia geral
-Decúbito dorsal
-Acompanhamento transcirúrgico com
endoscopia
Condrite aritenóide

ü Complicações
ü Pós operatório
-Disfagia
-Dispnéia -AINE
-Refluxo de água e comida pelo nariz -ATB até a remoção do
(falsa via) traqueotubo
-Recidivas -Limpeza duas vezes ao dia do
-Pneumonia aspirativa traqueotubo
Hemiplegia Laringeana
ü Hemiplegia Laringeana

-Paralisia do nervo laringeano recorrente → paralisia das cartilagens aritenóides

-Esquerda (mais comum), direita ou bilateral

Patogenia: atrofia progressiva dos músculos intrínsecos da laringe


(cricoaritenoideo dorsal) → perda progressiva da adução e abdução da laringe

Causa: idiopática, injeção perivascular, flebites, garrotilho, intoxicação por


organofosforados

Predisposição: animais jovens e raças grandes


Hemiplegia Laringeana
Apresentação clínica

-Ruído inspiratório anormal “síndrome do cavalo roncador”

-Intolerância ao exercício
Hemiplegia Laringeana

ü DiagnósMco

-PresunMvo (“cavalo roncador”)

-Palpação da laringe: atrofia do músculo cricoaritenoideo dorsal

-Endoscopia

-“slap test” assistente dá um tapa na tábua do pescoço durante exame


endoscópico
Hemiplegia Laringeana
ü Classificação

Grau I: movimentos sincrônicos

Grau II: movimentos assincrônicos, com abdução total

Grau III: movimentos assincrônicos, com diminuição da abdução de um lado

Grau IV: assimetria e inabilidade de abdução

Grau V: paralisia total


Deslocamento dorsal de palato
Instabilidade na arquiterura
e função relacionados com:

-Disfunção dos músculos palaMno e palatofaríngeo,


elevador palaMno, inervado pelo ramo faríngeo do
nervo vago (palato)

-Os músculos hioideos, que são genohióideo,


esternohióideo e esternoMreóideo, estão
associados ao aparato hioideo e afetam a
arquitetura nasofaringeana (faringe)
Deslocamento dorsal de palato

Fisiológico quando: ocorre durante a degluMção ou tosse

Em todas as outras condições tal deslocamento dorsal é anormal e induz dispneia


(estreitamento das vias aéreas superiores)

Apresentação clínica: Dispneia intermitente, intolerância ao exercício, baixo


rendimento atléMco e produção de ruído expiratório durante o exercício

Fatores predisponentes: respiração com a boca aberta, pressão negaMva maior na


nasofaringe; epiglote flácida ou hipoplásica, flexão excessiva da cabeça, falta de
tônus faríngeo associado à falta de condicionamento csico
Deslocamento dorsal de palato
DiagnósMco: radiografia, ultrassonografia e endoscopia
Porém, em muitos casos, esses métodos, isolados ou associados, não são
eficientes para se chegar a um diagnósMco definiMvo ENDOSCOPIA EM EXERCÍCIO
Deslocamento dorsal de palato
DiagnósMco: radiografia, ultrassonografia e endoscopia
Porém, em muitos casos, esses métodos, isolados ou associados, não são
eficientes para se chegar a um diagnósMco definiMvo ENDOSCOPIA EM EXERCÍCIO
Deslocamento dorsal de palato

Tratamento conservaMvo: controle dos fatores


envolvidos
Amarração da língua através de uma faixa
amarrada no frenulum lingual e presa no aspecto
rostral do espaço interdental
Deslocamento dorsal de palato
Tratamento cirúrgico
-Técnicas propostas: entre as quais pode-se citar a estafilectomia (ressecção da
borda caudal do palato mole) e a palatofringoplasMa

-Porém, entre várias já uMlizadas a que tem se mostrado mais efeMva é uma
combinação de ressecção cirúrgica da borda caudal do palato mole e do músculo
esternoMreoideo

Incisão ventral, dissecção do tecido sub- cutâneo e entre os músculos


esternohioideos, expõe-se lateralmente a borda lateral da carMlagem Mreóide, o
tendão de inserção do músculo esternoMreiodeo à carMlagem Mreóide é então
idenMficado e seccionado, posteriormente é então realizada a ressecção da borda
caudal do palato mole
Rhodococcus equi (visão geral)
ü Doença infecciosa de caráter oportunista

üConsiderada a doença mais debilitante na criação de potros

üAcomete primariamente equinos além de


animais domésMcos, silvestres e humanos

üCausador de pneumonia* grave


e muitas vezes fatal em potros (1-6 meses)
Rhodococcus equi

ü Rhodococcus equi Gram PosiMva


( Prescotella equi, Corynebacterium hoagii, Rhodococcus hoagii)

ü Eliminado nas fezes de diversas espécies, incluindo equinos, bovinos, suínos,


ovinos, caprinos e cervos

ü MulMplica-se aMvamente no ambiente, principalmente no solo e material fecal


Rhodococcus equi / Fatores predisponentes
ü ingestão deficiente de colostro pelos potros
ü deficiente remoção de esterco das instalações
ü excesso de poeira
ü proximidade de instalações entre diferentes faixas etárias de animais
ü superpopulação em piquetes
ü pastos sujos
ü clima seco
ü altas temperaturas
Rhodococcus equi/ vias de contaminação
ü Vias aéreas

ü Sistema digestório

ü Umbilical
Rhodococcus equi/ Patogenia
Dependente de muitos fatores

ü Higidez do suscepvvel
ü Virulência da linhagem
ü Dose infectante

ü Após a inalação, o microorganismo é fagocitado por neutrófilos e macrófagos


alveolares
Rhodococcus equi/ Patogenia

ü Mecanismos de evasão do sistema imune nas linhagens virulentas


cápsula, ácido micólico, enzimas citolíMcas e a presença de plasmídio virulento
Vap A

üApós a infecção respiratória e/ou intesMnal, R. equi pode promover bacteremia


e o estabelecimento de focos supuraMvos em outros órgãos, incluindo cgado,
rins, tecido subcutâneo, ossos e arMculações
Rhodococcus equi/Sinais Clínicos
Curso insidioso até o aparecimento dos primeiros sinais clínicos
Febre, letargia, inapetência, perda de peso,
tosse (produMva ou não), secreção nasal
purulenta (quando presente)

ü Pneumonia 60% ..., intolerância ao exercício,


respiração abdominal, taquicardia e cianose
Rhodococcus equi/Sinais Clínicos

• Sinais entéricos (10- 30%) ... colite ulceraMva e linfadenite mesentérica


Rhodococcus equi/Sinais Clínicos
ü ArtropaMas 30% (sinovites e artrites imuno–mediadas)
mais frequentemente arMculação vbio-társica

Sinais pouco frequentes


osteomielite
abscessos cutâneos
uveíte imuno–mediada
Rhodococcus equi/Diagnóstico
ü Associação dos achados clínico-epidemiológicos, com apoio dos exames
subsidiários citológicos e/ou histopatológicos

ü Hemograma... leucocitose por neutrofilia, monocitose e elevação nos níveis de


fibrinogênio

ü Radiografia torácica ou ultrassonografia ..... LinfadenopaMa, abcessos

ü Isolamento microbiano de amostras (lavado bronquial ou traqueobrônquico,


sangue e órgãos afetados colhidos após a necropsia (pulmão, linfonodos)
Rhodococcus equi/Diagnóstico
ü Provas sorológicas .... falso–posiMvas (anMcorpos de origem materna) e falso–
negaMvas (animais em início de infecão)

ü PCR .... detecção de linhagens virulentas


de R. equi, a parMr de material obMdo
de lavados bronquiais
Rhodococcus equi/Tratamento
AnMmicrobianos + terapia de suporte

rifampicina ... 5mg/kg a cada 12 horas, ou 10mg/kg a cada 24 horas VO

eritromicina ...25mg/kg, a cada 8 horas VO


sulfa e trimetoprim... 30mg/kg a cada 8 ou 12 horas VO
azitromicina...10mg/kg, a cada 24 h, 5D, seguido de 5 doses/ dias
alternados
claritromicina... (7,5mg/Kg por via oral, a cada 12 horas)
Rhodococcus equi/ Tratamento
AnMmicrobianos + terapia de suporte

O tratamento é LONGO (4 a 10 semanas), deve ser conMnuado até que se


normalizem os parâmetros clínicos, laboratoriais e de imagem

Efeitos colaterais (alteração da coloração da urina, diarreia, desidratação,


anorexia)

A interrupção do tratamento por 24h pode ser efeMva no controle da diarreia


Rhodococcus equi/ Profilaxia e controle
ü Ingestão do colostro nas primeiras horas de vida

üIdenMficação precoce dos potros infectados


(reduzem as taxas de mortalidade e disseminação de linhagens virulentas)

ü Administração de plasma hiperimune


(redução de casos graves)

ü A vacinação das éguas em propriedades onde a doença é endêmica


(eficácia moderada)
Mormo
üEnfermidade infectocontagiosa, aguda ou crônica,
causada pela bactéria Burkholderia mallei

üAcomete principalmente os equídeos, podendo


também acometer o homem, os carnívoros e
eventualmente os pequenos ruminantes

üPatógeno intracelular obrigatório

üapresenta baixa resistência ambiental


Mormo
üA principal via de infecção é a via digesMva, mas também pode ocorrer pelas
vias respiratórias e cutânea

ü Todos os equídeos, de qualquer idade são suscepvveis, porém a doença


acomete principalmente em animais idosos, debilitados e submeMdos a
estresse

üPatogenia
O agente penetra pela mucosa intesMnal, aMnge os linfonodos onde fazem
proliferação e se espalham para órgãos de eleição via corrente sanguínea. O
agente é encontrado nos pulmões, porém pode ser observado também na pele
e mucosa nasal
Mormo
üApresentaçao Clínica

-febre, tosse e corrimento nasal


-o período de incubação pode
demorar 3 dias a meses

üForma aguda ou forma crônica


Mormo
üForma aguda

-edema em região peitoral e óbito em 48 - 72horas. Na forma aguda da doença


a morte por sepMcemia ocorre em poucos dias, ocorrendo principalmente em
asininos (mais suscepvveis)

üForma crônica
-pode desenvolver-se após semanas ou meses, é caracterizada por três Mpos de
manifestações clínicas
Mormo
üForma crônica

- Podem ocorrer três Mpos de manifestações clínicas, nasal, pulmonar e cutânea,


porém o mesmo animal pode apresentar simultaneamente sinais disMntos

üforma nasal se caracteriza por descarga nasal serosa evoluindo para purulenta
fluida de coloração amarelo- escura e purulenta-hemorrágica
üforma pulmonar manifesta-se por pneumonia lobar com abscedação
cavernosa e desenvolvimento de pleurite fibrinosa
üforma cutânea apresenta-se com formação de abscessos subcutâneos que
ulceram e drenam secreção purulenta e adenopaMa, que na face do animal
pode apresentar linfonodos e vasos linfáMcos superficiais aumentados de
volume
Mormo
üO diagnósMco (MUITO CUIDADO E ATENÇÃO)

associação dos aspectos clínicos, epidemiológicos,


histopatológicos, isolamento bacteriano, inoculação
em animais de laboratório (prova de Strauss), reação
imunoalérgica (maleinização) e testes sorológicos,
tais como fixação de complemento (FC), teste da
hemagluMnação indireta (IHAT), imunoeletroforese
(CIET), teste indireto do anMcorpo fluorescente (IFAT)
e ELISA. A PCR é uma importante ferramenta no
diagnósMco, visto que apresenta alta especificidade
Mormo
üO diagnósMco (MUITO CUIDADO E ATENÇÃO)

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento


(MAPA) recomenda como testes oficiais para
diagnósMco e controle do mormo,
apenas a realização dos testes de
Fixação do Complemento (FC) e maleinização
Mormo
üTratamento
O tratamento é proibido devido à possibilidade de animais tratados se tornarem
portadores crônicos do agente
O MAPA recomenda a eutanásia realizada por profissionais do serviço de Defesa
Sanitária

üPrevenção e Controle
No momento, não existe nenhuma vacina animal ou humana eficiente contra a
infecção da B. mallei
O quê fazer caros alunos?????
Pneumonias
üInflamação dos pulmões causada por vírus, bactérias, fungos ou agentes
químicos

Pneumonia bacteriana → eventos predisponentes (infecção viral, anestesia,


disfunção da laringe, transporte, HPIE, aMvidades atléMcas)

üApresentaçao clínica
-Intolerância ao exercício
-Síndrome febre (Hipertermia, apaMa, inapetência)
-Tosse
-Corrimento nasal (cor, odor, lateralidade)/ epistaxe
Pneumonias

üExame Físico

-↑ FC
-↑ FR
-Padrão respiratório (respiração abdominal)
-Auscultação pulmonar (creptação e/ou sibilo)
-Roce pleural, dor entre os espaços intercostais, posição anMálgica (acomeMmento
da pleura)
Pneumonia viral
üEMologia: Herpes vírus (EHV 1 e EHV 4), Influenza vírus e vírus da Arterite Viral
Equina

üPatogenia: destruição das células epiteliais, diminuição do “mecanismo”


mucociliar e destruição dos pneumócitos II (surfactante)

üApresentação clínica
-Síndrome febre
-Secreção nasal serosa e ou mucosa
-Tosse
-Edema de membros/linfoadenopaMa submandibular
Pneumonia viral
üDignósMco

-Sorologia
-Endoscopia
-PresunMvo (surtos de gripe)

üTratamento
Suporte/ sintomáMco
Pneumonia bacterianas
üEMologia:

Bactérias aeróbias G + :Streptococcus equi, Streptococcus zooepidemicus,


Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus

Bactérias aeróbias G- : Escherichia coli, Pasteurella sp, Klebsiella sp, Bordetella sp,
Pseudomonas sp.

Bactérias anaeróbias: Bacteroidis fragilis, Bacteroidis melaninogenicus e


Clostridium sp
Pneumonia bacterianas
üApresentaçao clínica
-Febre intermitente
-Secreção nasal mucopurulenta (odor féMdo = anaeróbias)
-Tosse
-Intolerância ao exercício

üExame csico
-Aumento de FC, FR
-Crepitação pulmonar/dispneia
-Reflexo da tosse +
Pneumonia bacterianas
üDiagnósMco

-Hemograma (leucocitose por neutrofilia, hiperfibrinogenemia, aumento do


lactato sg)
-RX torácico (quando possível)
-Ultrassonografia
-Endoscopia (secreção mucopurulenta na traquéia)
-Lavado Traqueal (cultura e anMbiograma)
Pneumonia bacterianas
üTratamento

-AnMbioMcoterapia de amplo espectro


-AnMnflamatórios não esteroidais
-MucolíMcos
-Expectorantes
-Broncodilatadores
-Oxigenoterapia
Pleuropneumonia

üEMologia:
-Ocorre junto ou como evolução da pneumonia bacteriana
-Abscedação pulmonar
-Secundária a um trauma torácico
-Neoplasia
-Ruptura de esôfago

Bactérias mais comuns: Streptococcus zooepidemicus, Pasteurella sp, Klebsiella sp,


Pseudomonas sp, Bacteroidis fragilis
Pleuropneumonia
üApresentação clínica

-Pleurodinia
-Posição anMálgica (cotovelos abduzidos)
-Roce pleural (deposição de fibrina entre as pleuras)
-Febre
-Relutância em caminhar
-Presença de líquido no tórax ventral
-Respiração superficial, taquipneia
-Mucosas toxêmicas
Pleuropneumonia
üDiagnósMco

-Sinais clínicos + exame csico


-Ultrassonografia torácica
-Toracocentese
Pleuropneumonia
üTratamento
-AnMbióMcos (β-Lactâmeros, Metronidazol)
-AINES
-Toracocentese
-Suporte

üPrognósMco
reservado - mau

Mas pq isso digníssimo professor????


Pleuropneumonia
üComplicações

-Laminite
-Abscedação pulmonar
-Fístula broncopleural
-Tromboflebite
-Colite induzida pelos anMbióMcos
-Pneumotórax
-Organização de massas no mediasMno cranial
-Pericardite
Hemorragia pulmonar induzida por Exercício
(HPIE)
üPresença de sangue nas vias aéreas após exercício intenso → impede troca
gasosa

üUma das principais causas de diminuição de rendimento atléMco em cavalos de


corrida

üDistribuição mundial

üProgressiva

üPSI corrida, QM corrida e tambor, vaquejada, polo


Hemorragia pulmonar induzida por Exercício
üEMologia
Teorias:
ü↑ pressão transmural (teoria 1)

ü↑ forças biomecânicas/ concussão (teoria 2)


Hemorragia pulmonar induzida por Exercício
üCirculação Pulmonar

-Sistema de baixa pressão e baixa resistência


-Nutrição dos alvéolos e trocas gasosas
-A distribuição do fluxo arterial e venoso é
dependente de forças mecânicas de gravidade e
pressão arterial, venosa e alveolar
-A porção dorsal é menos perfundida que a ventral
Hemorragia pulmonar induzida por Exercício
ü↑ pressão transmural (teoria 1)
Hemorragia pulmonar induzida por Exercício

üFATORES PREDISPONENTES

-Obstruções dinâmicas das vias aéreas -Outras obstruções:


-Aprisionamento da epiglote
-Hemiplegia laringeana
-Deslocamento dorsal do palato mole
-Cistos subepiglóMcos
-Deslocamento rostral do arco -Condrite da aritenóide
palatofaringeano -Doença inflamatória das vias aéreas→
excesso de muco → obstrução
bronquial → compromeMmento da
função pulmonar
Hemorragia pulmonar induzida por Exercício
Etiologia – Teoria 2

üAterrissagem do galope → “balanço”

üOmbro comprime a porção dorso-cranial do gradil costal, iniciando uma onda de


pressão que se reflete no pulmão

üTurbilhonamento do sangue
→ rompimento dos capilares

üHemorragia mais severa em pistas duras


Hemorragia pulmonar induzida por Exercício
Etiologia – Teoria 2

üAterrissagem do galope → “balanço”

üOmbro comprime a porção dorso-cranial do gradil costal, iniciando uma onda de


pressão que se reflete no pulmão

üTurbilhonamento do sangue
→ rompimento dos capilares

üHemorragia mais severa em pistas duras


Hemorragia pulmonar induzida por Exercício
Hemorragia pulmonar induzida por Exercício
üApresentaçao Clínica

-Sinais inespecíficos
üQueda de desempenho
üTosse
ü↑ frequência de degluMção
üEpistaxe (baixa incidência)
Hemorragia pulmonar induzida por Exercício
üDiagnósMco

- ENDOSCOPIA 30- 120 min pós exercício

-Lavado broncoalveolar ou aspirado transtraqueal:


presença de neutrófilos intactos ou degenerados,
eritrócitos livres, eritrócitos fagocitados e
hemossiderófagos
Hemorragia pulmonar induzida por Exercício
üGrau 1 – traços de sangue no terço inferior da traqueia

üGrau 2 – filetes de sangue na traqueia


Hemorragia pulmonar induzida por Exercício
üGrau 3 – vários filetes de sangue na traqueia

üGrau 4 – sangue abundante na traqueia


Hemorragia pulmonar induzida por Exercício
üGrau 5 – epistaxe e/ou acúmulo de sangue na traqueia e orofaringe
Hemorragia pulmonar induzida por Exercício
üTratamento
-Furosemida (0,6 mg/kg 4 horas antes da corrida)
-IdenMficação e tratamento de doenças prévias das vias aéreas
-AnMbioMcoterapia se o grau da hemorragia for maior que 3

üTratamentos AlternaMvos (funciona?)


-Dilatador nasal (“flair”)
-Suplementação alimentar com ômega 3

Prevenção..... Manejo → minimizar alérgenos ambientais


Descanso com retorno gradual aos treinamentos
Obstrução recorrente das vias aéreas (ORVA)
üTambém conhecida como DPOC ou asma equina

üConstrição de bronquíolos / inflamação

üFatores predisponentes:
-afecções pulmonares primárias
-vírus (influenza)
-bactérias
-parasitas de ciclo pulmonar
-presença de fungos
Obstrução recorrente das vias aéreas (ORVA)
üEMologia
-Alta prevalência em baias mal venMladas:
-Parvculas em suspensão em serragem, farelos e feno seco
-Em geral afeta animais > 5 anos

üPatogenia
-Hipersensibilidade imunomediada aos alérgenos inalados
-Degranulação de mastócitos
-Produção de muco
-Hiperresponsividade das VA
-Broncoespasmo
Obstrução recorrente das vias aéreas (ORVA)
üEMologia
-Alta prevalência em baias mal venMladas:
-Parvculas em suspensão em serragem, farelos e feno seco
-Em geral afeta animais > 5 anos

üPatogenia
-Hipersensibilidade imunomediada aos alérgenos inalados
-Degranulação de mastócitos
-Produção de muco
-Hiperresponsividade das VA
-Broncoespasmo
Obstrução recorrente das vias aéreas (ORVA)
üQuadro de obstrução difusa do fluxo de ar:

-↓complacência
-↑resistência
-baixa troca gasosa
-hipoxemia
-distensão alveolar
Obstrução recorrente das vias aéreas (ORVA)
üApresentaçao clínica / exame fis.

↑ FR
-dispnéia expiratória
-expiração bifásica
-protrusão do ânus
-dilatação das narinas
-secreção nasal
-tosse (piora com alimentação e exercício)
-sem febre
Obstrução recorrente das vias aéreas (ORVA)
üApresentaçao clínica / exame fis.
-reflexo da tosse +
-percussão: aumento do campo e som hipersonoro em casos de enfisema
-auscultação: crepitações, sibilos

üDiagnósMco
Endoscopia e Lavado traqueal/bronquial
-inflamação das vias aéreas
-grande quanMdade de muco na traqueia
Obstrução recorrente das vias aéreas (ORVA)
üTratamento

-Muco mucolíMco + expectorante


-Hipoxemia oxigenoterapia
-Expectorante
-Broncodilatador
-CorMcóides:
Prednisolona
Dexametasona
Betametasona: IN
Ø DROGAS MAIS UTILIZADAS
Drogas e doses mais comuns

üAINEs:
-Flunixin meglumine (Banamine): 0,25-1,1 mg/kg, IV, IM, SID ou BID
-Fenilbutazona (Equipalazone): 4,1 mg/kg, IV, SID
-Cetoprofeno (Ketofen): 2,2 mg/kg, IV, IM, SID

üAntipirético:
Dipirona (D500): 5-22 mg/kg, IV, SID ou BID
Drogas e doses mais comuns

üMucolíticos e expectorantes:

-Bromexina (Bissolvon): 0,15-0,30 mg/kg, IV, IM


-N-acetil-cisteína (Fluimucil): 5-10 mg/kg, VO, IV
-Dembrexina (Sputolysin): 0,3-0,5 mg/kg, VO
-Aminofilina:10 mg/kg, VO, BID
-Iodeto de sódio (Iodopec): 20-40 mg/kg, VO, SID
Drogas e doses mais comuns
üBroncodilatador:

Clembuterol: 0,8-3,2 mcg/kg, VO, BID

üCorticóides:

-Predinisolona: 0,5-1,0 mg/Kg, SID


-Dexametasona: 0,04-0,1 mg/Kg, IM ou IV, SID
-Betametasona: IN
Drogas e doses mais comuns
üAnMbióMcos:

-Enrofloxacina: 2,5 mg/kg, IV, BID


-Gentamicina: 6,6 mg/kg, IV, SID ou 4,4 mg/kg, IV, BID
-Penicilina: 10.000-50.000 UI, IM, BID
-Ce†iofur: 1-5 mg/kg, IV, IM, SID ou BID
-Eritromicina: 2,5-5 mg/kg, IV, TID
-Rifampicina: 3-5 mg/kg, VO, BID
-Metronidazol: 15 mg/kg, IV ou VO, QID
-Sulfa+trimetoprim: 15mg/kg, VO, IV, BID
Ø Traqueotomia e
traqueostomia
Traqueotomia
üTraqueotomia
-Estabelecer uma passagem de ar emergencial
-AlternaMva para intubação traqueal quando o campo operatório é parte do trato
respiratório superior

üPreparo
-Tricotomia do 1/3 proximal da linha média
-Desinfecção com clorexidine ou PVP
-Preparo do traqueotubo
-Animal em estação, com sedação e anestesia local
Traqueotomia
üTécnica

-Incisão de pele e tecido subcutâneo na


linha média ventral, de 6-8 cm (evitar
incisões extensas para melhor fixação
do traqueotubo)
-Separar o músculo esternoMreoideo
-Incisar o tecido entre 2 anéis traqueais
-Colocar o traqueotubo
Traqueotomia

üManejo do traqueotubo

-CuraMvo 2 vezes por dia


-Remover o traqueotubo e lavá-lo com água e sabão neutro
-Desinfecção do traqueotubo com clorexidine alcoólico ou esterilização
-ReMrar a secreção da ferida com clorexidine aquoso ou iodo PVP tópico
-Vaselina na pele abaixo à incisão
Traqueostomia
üTraqueostomia
-Procedimento definiMvo
-Obstrução de qualquer parte do trato respiratório
superior
-Menos uMlizada

üPreparo

-Tricotomia do 1/3 proximal da linha média


-Desinfecção com clorexidine ou PVP
-Animal em estação, com sedação e anestesia local
Traqueostomia
üTécnica
-Incisão na linha média ventral, terço proximal,
de 10-12 cm
-Separação do músculo esternoioideo
-Exposição da traquéia
-Incisão paramediana de 4 anéis de
carMlagem e reMrada do fragmento
retangular, sem incisar a mucosa
-Incisão em “duplo Y” na mucosa
-Sutura da mucosa na pele
Traqueostomia
üPós-operatório
-AnMbioMcoterapia de amplo espectro (gentamicina + penicilina ou enrofloxacina)
-AINE
-Limpeza da ferida 2 vezes por dia
-Remoção dos pontos: 10-14 dias

üComplicações
Deiscência dos pontos da mucosa, inflamação excessiva, formação de tecido de
granulação, enfisema subcutâneo, doenças pulmonares

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