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ANDERSON FERREIRA BASTOS JÚNIOR

07/11/2018
Transcrição - AULA 5 (SISTEMA RESPIRATÓRIO)

PONTOS DE REFERÊNCIA TOSSE  Investigação clínica : Frequência e duração


(aguda ou crônica); Intensidade; Tonalidade; Presença
ou não de expectoração; Relações com o decúbito e
período do dia em que é maior sua intensidade;
Fenômenos que acompanham.

EXPECTORAÇÃO  Maioria das vezes: consequência


da tosse (catarro).

LINHAS E REGIÕES TORÁCICAS

VÔMICA  Eliminação mais ou menos brusca, através


da glote, de uma quantidade abundante de pus ou
líquido de outra natureza. Ex: Abscesso pulmonar.

DISPNÉIA  Objetiva / subjetiva

 Atividade física: grandes esforços, médios


esforços e aos pequenos esforços
 Ortopnéia: dispneia que impede o paciente de
ficar deitado e o obriga a assentar-se ou ficar
de pé para obter algum alívio.
 Trepopnéia: é a dispneia que aparece em
determinado decúbito lateral, como acontece
nos pacientes com derrame pleural que se
deitam sobre o lado são.
 Atmosféricas; Obstrutivas; Pleurais;
Toracopulmonares; Diafragmáticas; Cardíacas
(ICC); Ligadas ao sistema nervoso central.
ANAMNESE
SIBILÂNCIA  Sibilo, chiado ou chieira -- ´´ miado de
Idade  Sibilo - asma ( jovem) / DPOC ( idosos). gato ´´; Predominantemente expiratório; Redução do
Sexo  Mulher – carga tabágica calibre da arvore brônquica; Causas: Asma, DPOC,
neoplasias, embolia pulmonar; IVE – Causa não-
Raça  TB, sarcoidose predomina em negros. pulmonar de sibilos.
Profissão, ocupação  Interior de alguns estados – CORNAGEM  Dificuldade inspiratória por redução do
Paracoco; Garimpo – Silicose; Pessoas que lidam com calibre das vias respiratórias superiores, na altura da
pássaros, galináceos, visitam grutas – Histoplasmose laringe, que se manifesta por estridor e tiragem;
Principais sinais e sintomas: Cabeça em extensão forçada; Corpo estranho, edema
de glote, laringite.
Tosse, Chiado (sibilância), Dispnéia, Dor torácica,
Expectoração, Rouquidão, Hemoptise, Cornagem, HEMOPTISE  Eliminação de sangue pela boa,
Vômica. passando pela Glote.
ANDERSON FERREIRA BASTOS JÚNIOR
07/11/2018
Transcrição - AULA 5 (SISTEMA RESPIRATÓRIO)

INSPEÇÃO GERAL DO TÓRAX

1. ESTÁTICA: forma do tórax, anomalias 2. DINÂMICA: movimentos respiratórios,


congênitas ou adquiridas características e alterações
 Taquipnéia?
PELE: coloração (palidez e cianose), grau de hidratação,
 Batimentos asas de nariz?
presença de lesões elementares solidas ou de
 Movimentos respiratórios simétricos?
conteúdo líquido, presença de cicatrizes.
Assimétricos?
Abaulamentos e retrações localizadas.
 Imobilidade de HT acometido?
Sinal de Ramond: contratura da musculatura  Expiração prolongada?
paravertebral torácica unilateral por  Retração intercostal e supraclavicular?
comprometimento pleural inflamatório homolateral.  Respiração paradoxal – ao fraturar 3
Sinal de Lemos Torres: abaulamento dos espaços ou mais costelas consecutivas o tórax
intercostais na expiração por derrame pleural fica instável (na inspiração o tórax
volumoso. desce e na expiração o tórax sobe na
área fraturada)
TIPOS DE TÓRAX:
Padrão respiratório: Respiração torácica ou
 Plano ou chato: redução do diâmetro ântero- diafragmática
posterior. Longilíneo e DPOC (+ em tonel).
RITMO RESPIRATORIO:
 Globoso ou em tonel: aumento do diâmetro
ântero-posterior. Idosos e enfisematosos.  Cheyne – Stokes: apnéia seguida de aumento
 Infundibular ou de sapateiro: pectus e depois redução da amplitude respiratória.
escavatum. Congênito. TCE, HIC, AVC,ICC.
 Cariniforme ou de pombo: pectus carinatum.
Congênito ou adquirido (raquitismo na
infância).
 Cônico ou em sino: base alargada.
Hepatoesplenomegalia e ascites volumosas.
 Cifótico: curvatura da coluna dorsal
(gibosidade). Congênito, má postura,  Biot: respiração de amplitude variável com
tuberculose óssea, osteomielite e neoplasias. períodos de apnéia. Comprometimento
 Cifoescoliótico: deformidade coluna. cerebral grave - meningite, TU, TCE (lesão do c.
respiratório)

 Kussmaul: inspirações profundas seguidas de


pausa. Expirações curtas seguidas de pausas.
Acidose grave, principalmente diabética.
ANDERSON FERREIRA BASTOS JÚNIOR
07/11/2018
Transcrição - AULA 5 (SISTEMA RESPIRATÓRIO)

 Suspirosa: movimentos respiratórios EXPANSIBILIDADE TORÁCICA


interrompidos por suspiros. Ansiedade.
MANOBRA DE LASÉGUE (bases pulmonares) - mãos
espalmadas
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (Incursões por minuto) -
MANOBRA DE RUAULT ápices pulmonares
Eupnêico (16-20ipm) / taquipnêico/ bradipnêico
Examinador por trás coloca as mãos (dedos polegares
TIRAGEM INTERCOSTAL - esforço respiratório
unidos formando um ângulo) apoiadas nas costas (por
Retração exagerada inspiratória dos espaços
cima da fossa supraclavicular) do paciente sentado.
intercostais, supra-esternal, supraclavicular.
Comparar movimentos das mãos bilateralmente (N=
Principalmente por obstrução brônquica. Pode ser
mãos angularem iguais)
difusa ou localizada.
N = Expansibilidade preservada bilateralmente
USO DE MUSCULATURA ACESSÓRIA - esforço
respiratório grave, esternocleidomastóideo e FRÊMITO TORACOVOCAL (FTV)- “33”
escalenos (pode haver batimentos de asas de nariz) Usar apenas uma das mãos (Palpar tanto
anteriormente quanto posteriormente)
FÊNOMENO DE LITTEN: (visualização da
movimentação do diafragma - depressão linear) Pct ALTERAÇÕES:
deitado com braços levantados (olhar face lateral do
 Diminuição generalizada do FTV: enfisema,
tórax). Avaliar se há diferença entre os dois lados
obesidade, edema de parede torácica
INSPEÇÃO NORMAL = Tórax atípico, eupneico, sem Diminuição localizada do FTV: PNTX, D.
esforço respiratório (tiragens ou uso de musculatura pleural, Atelectasia
acessória) acianótico.  Aumento localizado do FTV: PNM com
condensação (precisa ter brônquio pérvio)
PALPAÇÃO DO TÓRAX
 FRÊMITO OU ATRITO PLEURAL- Palpado nas
 Lesões superficiais, edema, enfisema pleurites
subcutâneo, adenomegalias.  CREPITAÇÕES - No enfisema subcutâneo
 Expansibilidade dos ápices e bases.  ABAULAMENTOS OU FLUTUAÇÕES- Processos
 FTV: mão direita espalmada sobre a superfície infeciosos parietais /empiemas
comparando regiões homólogas, pesquisar N = FTV uniformemente palpável bilateralmente
anterior e posteriormente.
 Afecções pleurais – antipáticas ao FTV PERCUSSÃO DO TÓRAX
 Afecções do parênquima – simpáticas ao FTV Técnica Digito-digital (falanges distais do dedo
o Atelectasia (é uma exceção por ser médio) - Percurtir entre os espaços intercostais /
uma afecção sólida e ter um colapso Sempre comparar bilateralmente
dos brônquios)
 Som claro pulmonar: nas áreas de projeção
dos pulmões.
 Som claro timpânico: no espaço de Traube.
 Som maciço: regiões hepática e precordial.
ANDERSON FERREIRA BASTOS JÚNIOR
07/11/2018
Transcrição - AULA 5 (SISTEMA RESPIRATÓRIO)

É NO ESTUDO DOS DERRAMES PLEURAIS, LÍQUIDOS MV aumentado difusamente: hiperventilação


OU GASOSOS QUE A PERCUSSÃO DO TÓRAX
MV diminuido localmente- atelectasia, PNM, D.
FORNECE OS DADOS MAIS IMPORTANTES
pleural, PNTX MV diminuido difusamente:
enfisema, obesidade, asma grave

ESTERTORES

 Finos ou crepitantes (final da inspiração, alta


frequência, curta duração e não modificam
com a tosse) ex: congestão pulmonar da insuf.
cardíaca, Edema agudo de pulmão
 Grossos ou bolhosos (início da inspiração e
N= som claro pulmonar ou atimpânico
durante toda a expiração, menor frequência e
AUSCULTA maior duração) ex: Pneumonia lobar, fibrose
pulmonar, Insuf. card c/ HAP, bronquiectasias)
 Tórax despido, respirar pausada e
profundamente, com a boca entreaberta sem RONCOS E SIBILOS
fazer ruído.
Roncos: Sons graves, predominam na expiração,
 Se inicia pela face posterior do tórax, face
mutáveis.
lateral e anterior
 De maneira simétrica Sibilos: em geral são múltiplos e disseminados (miado
 Técnica - Paciente sentado com mãos no de gato, mais expiratório). Comum em asma.
joelho, tórax despido (tossir algumas vezes Localizados: semi-obstrução (neoplasia, corpo
antes) Auscultar: anterior, posterior, lateral e estranho)
fossas supraclaviculares (ápices pulm) OBS:
ESTRIDOR - Semi-obstrução da laringe ou traquéia.
pêlos e roupas podem simular ruidos anormais
Laringite, Ca de laringe e estenose de traquéia.
(semelhantes a estertores)
ATRITO PLEURAL - “ranger de couro cru”, não é
modificado pela tosse. Pleurite seca.

SÍNDROMES CLÍNICAS

N= Murmúrio vesicular universalmente audível s/


ruídos adventícios (MVUA s/ RA)

MURMÚRIO VESICULAR

 Turbulência do ar ao chocar-se contra as


birfucações brônquicas
 Mais fraco, mais suave e sem intervalo entre as
fases respiratórias, audível em quase todo o
tórax, exceção na região da esternal superior,
interescapulo-vertebral direita

RUÍDOS ADVENTÍCIOS
ANDERSON FERREIRA BASTOS JÚNIOR
07/11/2018
Transcrição - AULA 5 (SISTEMA RESPIRATÓRIO)

1. CONSOLIDAÇÃO 4. CONGESTÃO PULMONAR

Inspeção: expansibilidade Inspeção: expansibilidade normal


reduzida
Palpação: FTV normal ou
Palpação: FTV aumentado aumentado

Percussão: macicez ou Percussão: submacicez nas


submacicez bases

Ausculta: estertores finos Ausculta: estertores finos


ou crepitantes ou crepitantes em bases

Causas: pneumonia Causa: IVE

2. ATELECTASIA SÍNDROMES PLEURAIS

Inspeção: expansibilidade reduzida, retração dos 5. DERRAME PLEURAL


espaços intercostais,
Inspeção: expansibilidade
tiragem
reduzida
Palpacão: FTV reduzido ou
Palpação: FTV reduzido ou
abolido
abolido
Percussão: macicez ou
Percussão: macicez
sumacicez
Ausculta: MV abolido
Ausculta: murmúrio
vesicular abolido Causas: serosites,
pneumonia, neoplasia
Causas: Pós-operatório,
neoplasia brônquica, corpo 6. PNEUMOTÓRAX
estranho intrabrônquico.
Inspeção: abaulamento
3. HIPERAERAÇÃO dos espaços
intercostais,
Inspeção: tórax em tonel,
expansibilidade
expansibilidade reduzida
reduzida
Palpação: FTV reduzido
Palpação: FTV reduzido
Percussão:
Percussão:
hipersonoridade
hipersonoridade
Ausculta: murmúrio
Ausculta: MV reduzido ou abolido
vesicular reduzido
Causas: lesão pleural, ruptura de bolhas
Causa: enfisema pulmonar

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