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SISTEMA RESPIRATÓRIO:

Exame Físico no tórax: é um estudo comparativo,


sempre avaliar um lado e depois o outro. A ordem do
exame é a mesma porque não tem a questão de que
quando manipula o tórax, o som vai mudar. Vamos
seguir a ordem: inspeção, palpação, percussão e a
ausculta.

INSPEÇÃO:

O tórax anterior é observado com o paciente em


7/8: região axilar superior e inferior; 3: região clavicular; decúbito dorsal e a região posterior com o paciente
4: região infraclavicular; 5: região mamaria; 6: região sentado, em pé ou em decúbito lateral; o importante é
inframamaria; 1: região esternal; 2: região observar a condição clinica do paciente, com isso a
supraesternal; 9: região supraescapular; 10: região posição que vamos adotar para avaliar será determinada
escapular; 11: região interescapulo vertebral; 12: região em relação a esse fator;
infraescapular.
Inspeção estática (forma do tórax);

Inspeção dinâmica (movimentos respiratórios);

Vamos avaliar na inspeção: parede torácica, cicatrizes,


inflamações, lesões de pele, tumores e presença de
circulação colateral tipo cava superior;

Forma do tórax: O tórax sem alterações mantém uma


relação entre o diâmetro ântero-posterior/lateral de 1:2
(diâmetro lateral duas vezes o valor do diâmetro ântero-
posterior). Esse tórax é denominado atípico ou normal.

As deformidades torácicas representam variações na


relação entre estes diâmetros.

TORAX GLOBOSO OU EM TONEL: o diâmetro antero-


posterior e o lateral têm uma relação 1:1, tendo quase o
mesmo tamanho. Em pacientes com DPOC (dificuldade
de esvaziamento pulmonar) aparece esse tipo de tórax,
pacientes com enfisema pulmonar e também as vezes
com o próprio envelhecimento.

Presente em doenças que cursam com obstrução ao


fluxo aéreo ou com perda da força elástica pulmonar
(bronquite crônica, asma -nesse caso a asma é muito TORAX EM PEITO ESCAVADO OU PECTUS EXCAVATUM:
grave-, bronquiequitasias); decorre da hiperinsuflação • Forma uma retração. Relação menor que 1:2 em
pulmonar (os arcos costais estarão bem separados). virtude da retração do esterno para dentro;
• Congênito;
• Repuxamento excessivo das fibras anteriores do
diafragma que se prendem ao esterno inferior e
ao apêndice xifóide; nesse caso, vamos ter a
depressão do esterno, redução do diâmetro
antero-posterior diferentemente do que ocorre
com o ‘pectus carinatum’;
• Geralmente não há repercussão clínica;
• Indicação cirúrgica de natureza estética;

Existe vários tipos de tratamentos em relação a esse


tórax, e um deles é colocar como se fosse um ‘colete’ e
TORAX EM PEITO DE POMBO OU PECTUS CARINATUM: o ideal é iniciar aos 11 anos de idade. O colete atua como
se fosse fazendo uma pressão para fora, puxando o
Relação 1:1 em virtude somente da proeminência do esterno. E com isso evita até mesmo intervenção
esterno; Pode ser congênito ou adquirido; Maioria dos cirúrgica. Outros tratamentos seriam: fisioterapia,
pacientes é assintomático então não tem problema musculação.
nenhum; Forma congênita: alteração vai se
pronunciando a medida que a criança cresce; Forma
adquirida: acompanha defeitos congênitos do septo
interatrial ou interventricular podendo estar associado a
um problema cardíaco.

TORAX PLANO OU CHATO:


• Parede anterior perde sua convexidade normal
porque o comum é ter essa convexidade;
• Redução do diâmetro antero-posterior;
• Musculatura pouco desenvolvida: Indivíduos
longilínios, doenças consumptivas por exemplo,
insuficiência cardíaca.
• Pacientes com musculatura muito pouco Expansibilidade dos pulmões (quando inspira e expira),
desenvolvida, muito altos, longilíneo, magro. Ou isso sem tocar no paciente, apenas visualizando.
com doenças que apresentam uma perda
muscular muito grande.
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA:
• Variável em uma pessoa saudável para outra;

Adulto em repouso:
• 12 a 16irpm (incursões respiratórias por minuto)
a 20irpm = eupnéico;
• < 20irpm = taquipneia; a taquipneia pode
representar um sinal de gravidade para o
paciente. Podemos ter essa alteração em
pessoas com transtorno de ansiedade, por
exemplo;
• < 16irpm = bradpnéia;
TORAX CIFOESCOLIOSE:
• Apnéia: ausência total de ventilação;
Esse termo da cifoescoliose é usado para a hipercifose • Frequência respiratória maior que 35
torácica e para escoliotico (coluna torta em S). representa um dos critérios de gravidade

• Além da cifose (ombros rodados para frente, a


RITMOS RESPIRATÓRIOS:
coluna aumenta a convexidade) um desvio da
coluna para o lado;  Cheyne – Stokes: Períodos variáveis de incursão
• Relação: 1:1 pela proeminência posterior da respiratória cada vez mais profunda intercalada
com apnéia (hiperpnéia e apnéia)
coluna vertebral (85% dos casos tem causa
idiopática então não se sabe porque apresenta
esse esse torax; É um tipo de respiração rítmica em que o paciente vai
• Principal complicação é o cor pulmonale cada vez mais aumentando a amplitude respiratória. Vai
(aumenta a pressão dentro do pulmão ter sempre uma regularidade, então esse ritmo é
ocorrendo alteração nas trocas gasosas) crônico regular.
(a partir da quarta ou quinta décadas);
• Ter uma cifose torácica é normal, a hipercifose Na cardiologia podemos encontrar pessoas com esse
torácica que é patológica. ritmo, como na cardiopatia descompensada, também
• Os pacientes podem ter comprometimento em pacientes com intoxicação medicamentosa como
cardíaco em decorrência de um morfina, tumor cerebral.
comprometimento pulmonar, acabam
desenvolvendo um problema ventricular • Kussmaul: Inspirações profundas e ruidosas
direito, até com a pressão que o sangue chega seguidas de pausas e expirações rápidas e
ao coração. breves; são situações em que temos eliminação
de CO2;
• Suspirada: Movimentos respiratórios
interrompidos por suspiros; traduz tensão
emocional e ansiedade. Respiração de
sofrimento emocional mesmo.
• Biot: Irregularidade imprevisível (ou ataxico);
Incursões superficiais ou profundas; Períodos
irregulares; Depressão respiratória e lesão
bulbar, meningite.

O tipo respiratório: respiração torácica (quando só o


tórax movimenta) ou respiração abdominal. O ritmo
respiratório seria se ele é regular ou irregular, então a
Inspeção dinâmica: Tipo respiratório; Ritmo gente respira em um padrão.
respiratório; Frequência respiratória; Amplitude dos
movimentos; Presença ou não de tiragem (uso da
musculatura acessória sendo a tiragem intercostal);
PALPAÇÃO:
 Áreas dolorosas (perguntando ao paciente se
dói em algum lugar, caso tenha alguma região
dolorosa, avaliar a partir do outro lado).
 Pesquisa de linfonodos (Linfonodo de Virchow):
supra clavicular esquerdo aumentado em
neoplasias abdominais: estômago, pâncreas e
fígado);
• Expansibilidade: Na região posterior, primeiro
coloca a mão a partir da 7 vertebra cervical, os
dedos de forma ‘junta’ mas não em paralelo. Na
região medial, vamos afastar um pouco os
dedos, sendo um paralelo ao outro. Na base do
pulmão, vamos colocar o dedo um olhando para
o outro;

 Avaliar alterações observadas na inspeção. Se


observar algum abaulamento por exemplo,
vamos palpar;
 Pesquisa do frêmito toracovocal: Sensação tátil
do examinador na parede torácica produzida
pela voz do paciente quando o mesmo fala
lentamente uma palavra (utiliza-se
normalmente a palavra 33) de tonalidade grave;

Quando colocamos os dedos na região supra escapular


em forma de concha e pedimos o paciente para falar a
palavra 33, vamos sentir uma vibração bem sutil,
podendo aumentar ou diminuir, dependendo da
patologia. Aumenta na consolidação sendo uma massa, Na imagem acima, mostra só uma forma de como
um câncer, uma pneumonia e diminui ou é abolido no precisamos avaliar o tórax das três que existem. Tanto
derrame pleural, atelectasia e pneumotórax. A na parte anterior quanto na posterior, precisamos fazer
consolidação pulmonar é um sinal de doenças os três procedimentos.
respiratórias caracterizada por substituição do ar Derrame pleural: conhecido popularmente como água
alveolar por liquido prejudicial como transudato, na pleura ou água no pulmão é o nome dado ao acumulo
lesionando a área; anormal de liquido na pleura, uma fina membrana que
A palpação do frêmito deve ser sempre comparativa envolve o pulmão. No raio X, vai fazer um nível perfeito.
sendo um lado com o outro, descendo a mão, ou seja, Em condições normais a pleura não é visibilizada na
avaliar um lado com o outro, encima com embaixo; A radiografia do tórax. Nos derrames pleurais a
transmissão das ondas sonoras é melhor nos meios distribuição do líquido depende da posição do paciente.
sólidos, depois líquidos e finalmente no ar. Em ortostatismo o líquido tende a se acumular nas
 A palpação deve ser feita tanto na região porções inferiores, determinando uma opacidade
anterior quanto na posterior. homogênea, que oblitera o seio costofrênico e distribui-
se nos contornos do pulmão, com a forma de menisco.
PERCUSSÃO:
 Comparação dos dois lados;
Normalidade:
Atelectasia: colapso total ou parcial do pulmão ou do • Área pulmonar – som claro pulmonar porque
lóbulo pulmonar que acomete quando os alvéolos se está timpânico;
esvaziam. No raio X vai mostrar um pulmão totalmente  Cardíaca e hepática – macicez;
sumido, opaco.  Espaço de Traube – timpanismo;

Pneumotórax: emergência medica causada pela  Hipersonoridade: Aumento de ar nos alvéolos


(enfisema/DPOC); dificuldade de esvaziamento.
presença de ar entre as membranas que envolvem o
pulmão que é a cavidade pleural que gera um pulmão  Submacicez e macicez: Redução ou inexistência
de ar nos alvéolos que vai ocorrer no derrame
colapsado. Pode afetar um ou ambos os pulmões e pleural, consolidação, massa e infarto
causar dificuldade de respirar (dispneia). No raio X uma pulmonar, atelectasia.
parte do pulmão, podendo ser o esquerdo, está cheio de
 Timpanismo mais acentuado;
ar, ou seja, todo preto no caso.
Aprisionamento de ar no espaço pleural ou
intrapulmonar. (Pneumotórax ou cavidade tuberculosa)
AUSCULTA: Ausculta da voz: Exame da voz auscultada: pede-se ao
Classificação e origem: paciente que fale uma frase, uma palavra ou número,
enquanto o examinador ausculta sua parede torácica.
 Som bronquial;
 Som vesicular; (região mais inferior do tórax ou Normalmente não é possível distinguir nenhuma sílaba
na região posterior, mais inferior); da fala do paciente.
 Som broncovesicular; (região supraclavicular, Modificações patológicas podem ser: Broncofonia,
infraclavicular e na supraescapular);
pectorilóquia, egofonia.
(esses três acima são sons fisiológicos)
BRONCOFONIA: refere-se aos sons vocais que são mais
 Som bronquial no tórax (patológico);
altos e mais claros do que o normal quando ouvidos
 Sons respiratórios reduzidos (patológico). através da parede torácica. Mas a voz ainda é confusa e
SOM BRONQUIAL OU TRAQUEAL: Auscultado com o só é possível a identificação de algumas sílabas da fala
estetoscópio sobre o pescoço; originado na faringe, do paciente.
laringe e traqueia; Caracterizado por inspiração rude,
PECTORILÓQUIA: é semelhante a broncofonia, mas se
uma pausa e uma expiração também rudes, bem
distingue bem todas as sílabas. Compreende-se
audíveis; Som puro, sem interferência do parênquima perfeitamente a fala do doente.
pulmonar.
PECTORILÓQUIA AFÔNICA: é a pectorilóquia na
SOM VESICULAR: Há progressiva desaceleração do ausculta da voz sussurrada.
fluxo aéreo à medida em que o ar se distancia da
traqueia; o fluxo aéreo deixa de ser turbulento; Durante EGOFONIA: apresenta qualidade anasalada, caprina.
a inspiração existe um maior número de vibrações; Compreende a broncofonia com a interposição de
Inspiração de intensidade e duração maior, bem audível, liquido entre a condensação e a parede torácica
suave e uma expiração curta e pouco audível; Som (Derrame pleural de médio volume, hidrotorax). Pedir o
predominante em todo o tórax (predominância do paciente, por exemplo para poder falar a palavra ‘iiiiiiii’,
parênquima pulmonar). o normal é vocês escutar o ‘iiiiii’, mas quando a pessoa
tiver egofonia, vamos escutar ‘êêêêê’ como se fosse
SOM BRONCOVESICULAR: Audível nas regiões do tórax uma cabrinha berrando (palavras de Andréa).
correspondentes às zonas apicais dos pulmões; Regiões
infra e supra claviculares, supra-escapulares e Sons respiratórios reduzidos
interescapulovertebrais; Menor densidade de
Ocorrem em 3 situações:
parênquima (menor interferência); Maior proximidade
da traqueia (expiração melhor audível); Som • Redução ou interrupção da ventilação em
intermediário entre o bronquial e o vesicular. determinada área (obstrução brônquica,
atelectasia)
Características dos sons fisiológicos: Apenas 3: • Os sons perdem energia ao atravessar meios
bronquial, vesicular e broncovesicular; Som bronquial diferentes – barreira (derrame pleural,
apenas no pescoço, no tórax traduz anormalidade; Sons pneumotórax).
com mesma intensidade em cada hemitórax; Sons • Obstrução/redução fluxo aéreo (DPOC).
encontrados em seus respectivos locais de ausculta.

SOM BRONQUIAL NO TORÁX: Consolidação de espaços Ruídos adventícios:


aéreos: substituição do ar por transudato, exsudato ou
células (líquido); Parênquima deixa de funcionar como CREPITAÇÕES: sons descontínuos, explosivos e de curta
filtro (assume densidade sólida); por ex. pneumonia; O duração.
som se transmite melhor no meio sólido; sons ficam Produzidas por 2 mecanismos:
mais puros; Pode acontecer também em cavitações
como em uma fibrose; Pode ser confirmado através da • Presença de secreções nas grandes vias aéreas;
broncofonia e pela pectorilóquia afônica. • Reabertura súbita de brônquios previamente
colapsados.
OBS: O som bronquial ele só é fisiológico no tórax, e ele Secreções em grandes vias aéreas
tem que ter a mesma intensidade de um lado e do outro,
lembrar disso quando precisar fazer o exame físico. • Ocorrem nas duas fases do ciclo respiratório
(inspiração e expiração);
• São variáveis (se modificam com a tosse); Observamos ele no edema pulmonar, pneumonia,
fibrose pulmonar e etc.
• Encontradas em pacientes com retenção de
secreções em vias respiratórias altas (coma, ESTERTORES GROSSOS: Ocorrem devido a abertura
edema pulmonar, bronquite, fase de resolução subita de vias aéreas de maior calibre contendo
de PNM – pode haver uma piora na crepitação). secreções viscosas. Tem o barulho semelhante ao som
de liquido borbulhando. Pode ocorrer na inspiração
AUSCULTA PULMONAR: VÍDEO DOUTOR MASSAO e/ou na expiração. Observamos ele na bronquite
cronica, bronquiectasia, edema pulmonar avançado e
SONS PULMONARES ANORMAIS: são classificados em: etc.
Contínuos: roncos, sibilos e estridores. Ocorrem quando
COMO DIFERENCIAR OS ESTERTORES GROSSOS DOS
existe um ponto de obstrução aérea por secreção, FINOS:
espasmo local, corpo estranho e etc.
ESTERTORES FINOS: não desaparecem na tosse, podem
ESTRIDOR: acontece na via aérea superior como desaparecer com mudança de posição, não irradiam
consequência de obstrução, laringite, edema da glote e para vias aéreas centrais e aparecem do meio para o
etc. É um som intenso e agudo, aparecendo tanto na final da inspiração.
inspiração quanto na expiração, mas mais comum na
inspiração. ESTERTORES GROSSOS: desaparecem com a tosse, não
desaparecem com mudança de posição, podem irradiar
RONCOS: ocorre nas vias aéreas inferiores como para vias aéreas centrais e aparecem na inspiração e/ou
resultado da vibração das paredes brônquicas. expiração.
Apresenta frequência <200 hz, sendo um som mais
grave e rude, ocorre tanto na inspiração quanto na SOM DE ORIGEM PLEURAL (ATRITO PLEURAL): em
condições normais os folhetos parietal e visceral da
expiração, porém é mais comum na expiração. O local
pleura deslizam-se um sobre o outro sem produzir ruido
onde podemos auscultar melhor esses sons são nas vias
algum. Quando os folhetos ficam doentes eles podem
aéreas centrais. ficar cobertos de exsudato e produrzir som pela fricção
SIBILOS: ocorre nas vias aéreas inferiores como e isso pode ser secundario a inflamação, neoplasia ou
resultado da vibração das paredes brônquicas. derrame pleural extenso. Seu som lembra um rangido
ou mesmo o barulho de se friccionar couro. Pode
Apresenta frequência >400 hz, sendo um som mais
aparecer tanto na expiração quanto na inspiração. É
agudo e musical, ocorrendo na expiração e na
melhor localizado nas regiões inferiores e posteriores do
inspiração. O local onde podemos auscultar melhor
torax.
esses sons são nas vias aéreas centrais. Característico
das crises asmáticas. Os sibilos mais intensos vão cursar SOM VOCAL: esse som é obtido basicamente pela
com um maior grau de obstrução ao fluxo aéreo. ausculta da trasmissão da voz no torax. Pedimos ao
paciente para falar a palavra trinta e três normalmente.
GRASNIDOS: tem esse nome por produzir um som Chamamos de resonância vocal o som produzido pela
parecido com o que um ganso faz. Ocorre pela abertura voz e transmitido no torax. Em condições normais não
súbita das vias aéreas de menor calibre, presente em conseguimos distinguir bem as silabas pronunciadas
doenças intersticiais pulmonares e bronquiolites e está tanto na voz falada quanto na cochichada. Escutaremos
localizado nas regiões periféricas pulmonares. um som abafado, isso acontece porque o parenquima
normal absorve muito som. Quando existe trasmissão
anormal vamos classifica-la em:
• Descontínuos: estertores finos, estertores REDUÇÃO: as condições relacionas com a diminuição do
grossos e de origem pleural. som vocal são aquelas nas quais existem aumento da
ereção no parequima pulmonar como no caso do
ESTERTORES FINOS: abertura subita das vias aereas de enfisema ou existência de barreira de ar entre o
parenquima pulmonar e a parede toraxica como no caso
menor calibre, ou seja, pela abertura dessas vias que
do pneumotorax. Um ponto interessante é que
anteriormente estavam fechadas por causa da pressão
geralmente as condições que cursam com a redução do
do liquido ou secreção presente nos parenquimas ou frêmito toracovocal também cursam com a redução do
mesmo por alteração do tecido de suporte dessas vias. som vocal.
Esse som parece com um feixe de velcro se abrindo.
Aparece do meio para o final da inspiração sendo melhor AUMENTO: o aumento na intensidade da transmissão
auscultado nas regiões periféricas do pulmão. do som também é chamado de BRONCOFONIA. Quando
existe aumento da nitidez chamamos de também é mais intenso quando pedimos ao paciente
PECTORILOQUIA que pode ser classifica em FÔNICA para respirar com a boca. O som é suave parecendo o
quando a o aumento da nitidez da voz falada e AFONA barulho das ondas do mar e menos intenso que o som
quando a o aumento da nitidez da voz cochichada. As bronquico. O tempo de inspiração é maior que o te
condições clinicas relacionadas com o aumento da expiração sem pausa entre eles.
transmissão do som são as Sindrome de Consolidação
Pulmonar, seja ela inflamatoria, neuplasica ou SOM BRONCOVESICULAR: um intermediario entre o
pericavitaria. som bronquico e o murmurio vesicular. É localizado no
primeiro e segundo espaços intercostais e na região
EGOFONIA: tipo especial de broncofonia. Auscultado na interescapular. Tem relação de inspiração e expiração
região superior dos derrames pleurais na parte superior. de 1:1 sem pausa entre elas.
Consiste na mudança da qualidade da voz sendo que
passa a ficar anasalada e metalica comparado ao balido ALTERAÇÃO DOS SONS PULMONARES NORMAIS:
de uma cabra. Uma maneira de pesquisar é pedir ao Condições 'fisiologicas' com redução difusa dos sons
paciente para pronunciar a vogal 'iiiiiii' continuamente, pulmonares normais: obesidade e musculatura toracica
sendo que na ausculta vamos escutar um som que aumentada. As condições patologicas pode levar a
lembrara a vogal 'êêêêê'. REDUÇÃO DIFUSA ou REDUÇÃO LOCALIZADA dos sons
pulmonares normais. REDUÇÃO DIFUSA nós
AUSCULTA PULMONAR: SONS PULMONARES observamos no broncoespamo grave, edema da parede
NORMAIS: torácica e enfisema pulmonar. REDUÇÃO LOCALIZADA
nós observamos nas atelectasias, obstrução por corpo
Para o exame fisico, é necessario um torax desnudo, sem estranho, ressecção pulmonar, pneumotorax e derrame
nenhum roupa atrapalhando, pois pode atrapalhar na pleural.
hora de escutar o som. Um bom posicionamento
também é necessário sendo que o examinador Outra alteração dos sons normais é o SOPRO
posiciona-se atras do paciente e este permanece BRONQUICO: ausculta do som bronquico em região
sentado inicialmente. Posteriormente, pode examinar o onde é esperado murmurio vesicular, ou seja, na
paciente em outras posições da maneira que for
periferia dos pulmões. Isso ocorre pelo aumento da
necessário para complementar os achados
semiologicos. A ausculta pulmonar é realizada somente transmissão do som pelo surgimento de tecido
com o diafragma do estetoscopio. Normalmente pulmonar mais denso na periferia do pulmão em
iniciamos na região posterior do torax, passando para as contato com a via aérea permeavel. Assim o som da via
faces laterais e anteriores, escutando cada lado de aérea central é transmitido para a periferia dos
maneira simétrica e comparativa. É importante ter em pulmões. O exemplo mais clássico é a pneumonia visto
mente que o limite inferior dos pulmões geralmente que o parenquimca pulmonar encontra-se condesado
está 4 dedos abaixo da ponta da escapula, falando de
pela inflamação. Outra condição obeservada são os
maneira geral.
tumores.
SONS PULMONARES NORMAIS: formados pela
turbulência do ar nas vias aereas geralmente nas de ROTEIRO:
maior calibre.

SOM TRANQUEAL: audivel nas regiões de projeção da


traqueia no pescoço e na regiao esternal. É descrito
como som tubular, intenso e soproso. Apresenta tempo
de inspiração um pouco menor do que o de expiração,
com pequena pausa entre eles.

SOM BRONQUICO: é auscultado nas regiões de projeção


dos bronquios fontes na fase anterior do torax próximo
do esterno na região do manubrio esternal. Semelhante
ao som tranqueal porém menos intenso e apresenta o
tempo de inspiração semelhante ao de expiração com
pequena pausa entre eles.

MURMURIO VESICULAR: auscultado nas regiões


periféricas dos pulmões ou seja, em regiões distantes
das vias aereas centrais sendo mais forte nas regiões
anterosuperiores, axilares e infraescapulares. Ele

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