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Radiologia de Tórax

“Quem não sabe o que procura,


não sabe interpretar o que
acha.”
Claude Bernard
Avaliação de Fisioterapia Respiratória
• Anamnese
• Exame Físico
• Ausculta Pulmonar
• Testes Especiais e Avaliação de mecânica respiratória
• Avaliação de Função Pulmonar
• Exames Laboratoriais
• Exames de Imagens
Bomba Ventilatória
• Arcabouço ósseo
• 12 vértebras torácicas
• 12 pares de costelas
• 07 verdadeiras (se
articulam com o externo)
• 03 vertebro-condrais (se
articulam com a
cartilagem
• 02 flutuantes
• Esterno
Pleuras

Pleuras
Pleura Direita
Pleura Visceral
Pleura Parietal
Pleura Esquerda
Pleura Visceral
Pleura Parietal
Considerações
⚫ Avalia- se:
⚫ os pulmões,

⚫ o tamanho e contorno do coração,

⚫ mediastino,

⚫ pleura,

⚫ diafragma

⚫ os ossos da caixa torácica (costelas, esterno e vértebras)

⚫ verificar doenças ou anormalidades do coração, dos


pulmões, dos ossos ou vasos sanguíneos no tórax
Considerações

⚫ Entreos sintomas que podem requerer um raio X do


tórax estão:

– Tosse intensa ou persistente;


– Dor no peito;
– Lesão no tórax;
– Tosse com sangue;
– Febre;
– Falta de ar;
– Quedas.
Considerações
⚫ Os
seguintes problemas podem ser diagnosticados por
um raio X do tórax:

– Problemas em vasos sanguíneos;


– Doença cardíaca congênita;
– Insuficiência cardíaca congestiva;
– Fraturas das costelas;
– Defeitos da válvula cardíaca;
– Câncer de pulmão;
– Disseminação de câncer para os ossos;
– Efusão pericárdica (fluidos em torno do coração);
– Pneumonia;
– Edema pulmonar (líquido nos pulmões);
– Tuberculose
Considerações
⚫ Representação bidimensional de um corpo
tridimensional
⚫ Altura e largura são mantidas, mas a profundidade se
perde
⚫ ar aparece em preto

⚫ a gordura aparece em cinza

⚫ tecidos mais finos e a água aparecem como tons claros


de cinza
⚫ ossos e metais aparecem em branco.
Avaliação

⚫ partes moles;
⚫ esqueleto torácico;

⚫ abdome superior;

⚫ diafragma e seios costofrênicos;

⚫ coração e mediastino;

⚫ pulmões.
Incidências
1. Postero-anterior: evitar a magnificação do
coração e possibilita o posicionamento dos ombros
de tal forma que a escápula fique fora do filme.
2. Antero-posterior: crianças pequenas e pacientes
graves
3. Perfil:
Sempre solicitada com a PA.
Auxilia bastante na localização e caracterização de
lesões. Rotineiramente realiza-se o perfil esquerdo
O perfil direito é realizado para avaliação de lesões
à direita.
RADIOGRAFIA DO TÓRAX
• Posicionamento adequado do paciente
• Normalmente uma frontal e outra lateral
Incidências
⚫ Visualização padrão do tórax é a radiografia póstero-
anterior ou tórax PA- É tomada com o paciente na
vertical, praticamente em pé, em plena inspiração
(com os pulmões cheios de ar), e com a máquina de
raio-x na horizontal a 1,8 m do filme. Avaliar tecidos
moles e duros do tórax, diafragma, coração,
mediastino e hilo pulmonar, visão PA total dos campos
pulmonares
⚫ A radiografia do tórax antero-posterior (AP)-
normalmente obtida com um raio-x portátil nos casos
de doentes incapazes de se levantar e bebes- são
geralmente tiradas a uma distância menor do filme,
comparadas às radiografias PA
Tipos de Rx Tórax
PA= Póstero-anterior
AP= Antero-posterior
Perfil

PA AP
incidências
⚫A radiografia torácica lateral é tomada com o lado
esquerdo do tórax do paciente encostado no filme do
raio-x- máquina a 1,8 m de distância-localizar lesões de
uma área específica dos pulmões ou mediastino,
anormalidades esternais ou vertebrais, diagnosticar
efusões pleurais
Incidências
⚫ Vista decúbito lateral é obtida com o paciente deitado
de lado- determinar a suspeita de fluido (derrame
pleural) está correta, pois o líquido irá para o fundo,
para confirmar a suspeita de ar (pneumotórax), porque
o mesmo vai subir
⚫ se houver suspeita de fluido pleural no pulmão
esquerdo- imagem decúbito lateral esquerda
(permitindo que o fluido assente do lado esquerdo).
⚫ Se houver suspeita de ar no pulmão esquerdo- imagem
decúbito lateral direita (permitindo que o ar suba para
o lado esquerdo).
Radiografia de tórax em decúbito lateral
com raios horizontais

• Diferenciação entre derrame e espessamento


pleural.

• O paciente é colocado em decúbito lateral, deitado


sobre o hemitórax a ser examinado e o feixe entra
em sentido horizontal.
Tipos de RX
Placa atrás do Escápula Não se Área
paciente em campo visualiza a cardíaca
AP bolha maior
Cúpulas gástrica
diafragmáticas
mais altas Costelas mais retificadas

Placa na frente Escápula bolha


do paciente fora do gástrica Área
campo cardíaca
PA visível
Cúpulas normal
diafragmáticas
mais baixas Costelas mais arqueadas
Tipos de RX
Placa na face lat do paciente

Forma do tórax Cúpulas diafragmáticas


PERFIL Cissuras interlobares Segmentos pulmonares

Espaço retrocardíaco e retroesternal

Decúbito Comprovar ou descartar


Derrame Pleural
de Laurew (DL)
Qualidade do posicionamento do Paciente para o
RX de Tórax

• Posição
• Em posição simétrica : clavículas
alinhadas

• Mãos na cintura: para retirar as


escapulas do campo pulmonar

• Paciente de pé, ao mesmos que esteja


em UTI ou situação que impossibilite a
posição

• O nome do paciente está sempre do lado


direito do tórax
Como olhar um Rx
Técnica
Posicionamento - rodado / inclinado
Penetração - hipotransparente ou pouco
penetrado (pode confundir
com infiltrado.
- hipertransparente ou muito
penetrado (visualiza-se a
coluna inteira )
Inspiração profunda
Densidade da Imagem
PRINCÍPIOS DE
RADIODENSIDADE
RADIOPACO (hipotransparente)
Grande Absorção METAL

OSSO

MÚSCULOS
VÍSCERAS
CONJUNTIVO

PELE/
GORDURA/
RADIOTRANSPARENTE (hipertransparente)
Pequena Absorção
AR
Qualidade do RX de Tórax
• A penetração dos raios X no tecido biológico
• A certificação que o paciente esta em inspiração
profunda
• A certificação do posicionamento do paciente, que
deve ser simétrico
A penetração dos Raios X no tecido biológico

Hipotransparente ou pouco penetrado: denso. Pode


confundir com infiltrado.

Hipertransparente ou muito penetrado: ar. Quando vemos


a coluna inteira (além de T2).
A certificação que o paciente esta em
inspiração profunda

O Rx deve ser feito em inspiração forçada, a fim de que


a maior quantidade de ar nos pulmões permita
melhor contraste, contar de 7 a 8 espaços
intercostais.
Radiologia do tórax
❑Parâmetros técnicos
• Com dose de radiação adequada
• Bem inspirado
• Adequadamente centrado
Radiologia do tórax
• Inspiração correta: em apnéia inspiratória máxima. Para
sabermos se o exame está bem inspirado, devemos ter
de 9 a 11 costelas posteriores projetando-se sobre os
campos pulmonares.
Radiologia do tórax
• Alinhamento: as bordas mediais das clavículas devem estar
eqüidistantes do centro da coluna.
• As escápulas devem estar fora do campo.
Radiologia do tórax
⚫ Avaliar
o tamanho dos pulmões- observar se possuem
diâmetro semelhante

⚫ Aspontas das costelas (final da área calcificada de cada


costela) estão no mesmo lugar na parede do tórax, o
que indica a ausência de uma rotação
Vias respiratórias

⚫ Avalie se as vias respiratórias estão evidentes e


alinhadas.
⚫ Em um pneumotórax hipertensivo, as vias respiratórias
estão desviadas para longe do lado afetado.
⚫ Localize a quinta vértebra torácica, onde a traqueia
bifurca (se divide) entre os brônquios direito e
esquerdo.
ossos
⚫ Procure nos ossos qualquer tipo de fratura, lesão ou
defeito.
⚫ Avalie o tamanho total, formato e contorno de cada osso,
densidade e mineralização (ossos osteopênicos parecem
finos e menos opacos), espessura cortical em
comparação com a cavidade medular, padrão trabecular,
presença de qualquer erosão, fraturas, áreas líticas ou
blásticas
⚫ as articulações, avalie estreitamento no espaço entre
elas, ou alargamento, calcificação na cartilagem, ar no
espaço entre as articulações, acúmulos anormais de
gordura
Silhueta cardíaca

⚫ Espaçobranco representando o coração, situado entre


os pulmões

⚫ Uma silhueta cardíaca normal ocupa menos da metade


da largura do peito.

⚫ Coraçãocom forma de garrafa d’água em uma imagem


PA plana- derrame pericárdico
Silhueta cardíaca
Diafragma

⚫ Observe se está plano ou elevado.


⚫ Achatado- enfisema

⚫ Elevado- ar consolidado- pneumonia

⚫ D é mais elevado que o E

⚫ Ângulo costofrênico- nítido- se não derrame

⚫ 300 a 500 ml- diminui a nitidez do ângulo costofrênico


Diafragmas
Analise da Radiografia
- Deve-se primeiro ter uma visão
panorâmica seguida de uma visão em
detalhe.
- Deve-se olhar da periferia para o centro,
ou seja:
- Deve-se criar o hábito de seguir sempre
uma seqüência.
Seqüência para Análise da Radiografia

1º) Partes moles :


• observa-se : o grau de nutrição do indivíduo
imagem tumoral
presença de enfisema subcutâneo
• As partes moles que projetam sobre os pulmões são:
• - sombra do esternocleidomastóideo
• - sombra satélite da clavícula
• - músculo peitoral
• - mama
• - mamilo
2º) Partes ósseas:

• coluna vertebral ( T2)


• costelas ( 8º a 9º espaços-posteriores; 7º espaço-
posterior)
• manúbrio
• clavículas
• escapula
• presença de fraturas
• “pinçamento” dos arcos costais (atelectasia)
• “alargamento” dos arcos costais ( DPOC)
3º) Parênquima:

• Parte superior: delimitado pela cúpula pleural


• Parte inferior : delimitado pelo diafragma
• Parte lateral: delimitado pela parede costal
(verificar seio costo-frênico)
• Frente: delimitado pelo esterno e arcos costais
anteriores
• Atrás: delimitado pela coluna vertebral e arcos
costais posteriores.
4º) Área cardíaca:

- Seios cardiofrênicos

- Aorta

- Área de mediastino e hilo


Análise das partes moles torácicas.
As setas apontam para as mamas.
Segmentos do esterno na radiografia simples de tórax em
perfil.
Pneumonia do lobo médio, borrando os contornos cardíacos
direitos, pois o lobo médio e o coração são anteriores e têm a
mesma densidade, de partes moles.
Pneumonia do lobo inferior direito, que não borra os
contornos cardíacos. Apesar da densidade ser a mesma, o lobo
inferior direito é posterior e o coração, anterior.
Pneumonia da língula, borrando os contornos cardíacos
esquerdos, pois a língula e o coração são anteriores e têm
densidade igual.
Massa no lobo inferior esquerdo, que não borra os contornos
cardíacos, pois este lobo e o coração estão em planos
diferentes
Hilos

⚫ Observe a presença de nódulos ou massas nos hilos de


ambos os pulmões.
⚫ Na visão frontal, a maioria das sombras nos hilos
representam as artérias pulmonares. A artéria
pulmonar esquerda está sempre mais elevada do que a
direita, o que deixa os hilos esquerdos mais altos.
⚫ Procure por linfonodos calcificados nos hilos, o que
pode ser causado por uma antiga infecção de
tuberculose.
Hilos pulmonares

Anatomia das artérias pulmonares no perfil.


APE: artéria pulmonar esquerda; APD: artéria pulmonar direita
Cúpulas diafragmáticas e seios costofrênicos

•.

Cúpulas diafragmáticas. A direita é habitualmente mais


alta que a esquerda
Seios costofrênicos laterais assinalados
na radiografia de tórax em PA.
• Em alterações comprometendo o ácino (conjunto
de alvéolos, sacos alveolares, ductos alveolares,
bronquíolos respiratórios), o termo para
descrição radiológica deve ser :
Terminologia “opacidade”, ou “consolidação”

Devem ser evitados os termos “infiltrado”,


“padrão alveolar”, “densificação” e
“condensação”
• Imagem que se distingue, pelo menos
parcialmente, das estruturas que a circundam ou
se superpõem, por apresentar maior densidade.
Opacidade É um termo recomendado quando não se
consegue defini-la como um nódulo, massa,
consolidação, coleção pleural ou outra alteração
específica
Opacidade
• Substituição do ar dos espaços aéreos por um
produto patológico qualquer, que pode ser
transudato, exsudato, sangue, produto de
acúmulo (gordura, proteína, etc.) ou células
(neoplásicas ou inflamatórias).
Consolidação
• Determina a perda da superfície de contraste
natural entre o ar dos espaços aéreos e o tecido
dos vasos ou das paredes brônquicas, tornando
os vasos imperceptíveis no interior da zona de
consolidação

• Se os brônquios estiverem pérvios, definem-se


os broncogramas aéreos
Pneumonia bacteriana no pulmão esquerdo, apresentando-se na
forma de consolidação do espaço aéreo (seta). Reparar
nos contornos mal definidos, algodonosos, e na distribuição segmentar
1) Padrão “alveolar” acinar (algodão)
Condensação
Padrão uniforme de distribuição em foco ou global
2) Padrão interstícial:
Pulmão em favo de mel
Hilo borrado
3) Padrão micro e macro nodular:
PADRÃO Forma de nódulos

RADIOLÓGICO: 4) Padrão reticular:


Forma de rede
5) Padrão reticulo-nodular
• Uma coleção de opacidades pulmonares
arredondadas ou elípticas isoladas ou
Padrão parcialmente confluentes, cada uma medindo de
“alveolar” 4 a 8 mm de diâmetro, que juntas produzem uma
imagem heterogênea extensa.
acinar • São sinônimos: padrão em roseta, padrão
acinonodular
• Pneumonias bacterianas
• Tuberculose
Principais • Edema agudo de pulmão
• Hemorragias
causas e • Infarto pulmonar
exemplos do • Infecções (principalmente tuberculose e fúngicas)
• Sarcoidose
padrão • Neoplasias (principalmente bronquíolo-alveolar e linfoma)

acinar • Colagenoses
• Proteinose alveolar
• Silicose
Pneumonia bacteriana no pulmão direito (seta branca), com
broncograma aéreo (seta preta tracejada).
PNEUMONIA DE
LOBO INFERIOR
DIREITO
Pneumonia

Características da imagem
• Imagem hipotransparente
• Focal
• Sem desvios de estruturas
• Sem aumento ou diminuição de
espaços intercostais
• Padrão acinar. As setas apontam para
pneumonia bacteriana no lobo inferior
• direito, visualizada como uma consolidação
irregular, com distribuição segmentar
• Padrão acinar no edema
agudo de pulmão.
Consolidações bilaterais com
margens mal definidas
Padrão Micro e Macro Intersticial

• O padrão é decorrente de
múltiplos nódulos de 1 a 5
mm.

• Quando maiores, geralmente


são decorrentes a alterações
intersticial e acinar
PADRÃO
INTERSTICIAL
Padrão reticular

• Composto por espessamentos septais,


bandas (estrias) e opacidades lineares
• Pneumopatias intersticiais
• Pneumonia intersticial
• Asbestose
• Infecções (especialmente virais)
• Edema pulmonar
• Neoplasisas
• Linfangite pulmonar
• Carcinomatose
Atelectasia

Características da Imagem
• Imagem Hipotransparente
• Diminuição de espaços
intercostais
• Pinçamento de arcos costais
• Desvio de estruturas (mediastino
e traquéia ipsolateral – mesmo
lado da lesão)
Derrame
pleural
Derrame Pleural

Características da imagem
• Imagem hipotransparente
• Aumento espaços intercostais
• Sinal de menisco
• Velamento de seio costofrênico
• Desvio de estruturas –
mediastino e traqueia para lado
contralateral
Pneumotórax

Características da imagem
• Imagem Hipertransparente
• Ausencia de trama vascular
• Aumento de espaços intercostais
• Desvio de estruturas para lado
contralateral
DPOC

• Campos pulmonares
hiperexpandidos
• Achatamento do diafragma-
7ª costela
• Ampla zona radiolúcida
atrás no esterno
• Coração alongado
• Presença de trama vascular
DPOC
CANCÊR DE
PÂNCREAS COM
METÁSTASE
PULMONAR
PADRÃO ALVEOLAR
MÚLTIPLOS
NÓDULOS
METÁSTASE
PULMONAR
BRONQUIECTASIA
IMAGEM CÍSTICA
– FAVO DE MEL
ATELECTASIA
- PNEUMOTÓRAX
ABSCESSO
PULMONAR
TUBERCULOSE
Bronquiectasia Espessamento hilar

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