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1. INTRODUÇÃO
A dor torácica é um dos problemas mais comuns na clínica médica, e uma das causas
mais prevalentes de internação. Ocorrem 3 a 6 milhões de atendimentos por ano por dor
precordial em serviços de emergência nos EUA.
Cerca de 5 – 10 % dos pacientes do total de atendimentos na emergência são devidos à
dor torácica. Destes 20 – 35% têm uma SCA (Síndrome Coronariana Aguda). Somente 10-15%
dos pacientes com dor precordial apresentam IAM e cerca de 2 a 5% destes pacientes são
liberados erroneamente sem diagnóstico. Este grupo apresenta elevada taxa de óbito: 25%. A
doença cardiovascular no Brasil é responsável por cerca de 1/3 de todas as mortes registradas
segundo dados do DATA SUS.
2. OBJETIVOS DO PROTOCOLO
3. Indicadores de qualidade
a) Tempo porta – ECG ( é tempo desprendido desde a chegada do paciente até a execução do
ECG nos paciente com suspeita de IAM (Infarto agudo do miocárdio) atendido no pronto-
atendimento, < 10 minutos)
b) Tempo porta – balão até 120 minutos
c) tempo porta – agulha (fibrinólise) até 30 minutos
d) Indicadores de mortalidade por IAM ( CID I21.9)
e) Coleta de exames e resultado em até 2 horas
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ESTRESSE
FRIO
REFEIÇÕES COPIOSAS
por: RT:
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6.Estratificação de risco
6.1. Score TIMI: Foram desenvolvidos escores de estratificação de risco que têm demonstrado
impacto na tomada de decisão clínica, sendo o mais utilizado o escore TIMI (Trombolysis in
Myocardial Infarction) para pacientes com síndrome coronariana aguda. (Piegas 2004; Piegas
2009; Orlando 2004, Circulation 2009) e também a Classiificação de Killip baseada no exame
físico de pacientes com provável infarto agudo do miocárdio (IAM), para identificar aqueles com
maior risco de morte
(Escore TIMI)
Idade
78 anos 3
65 à 74 anos 2
História de DM, HAS ou angina 1
Exame físico
PAS 100 mmHg 3
FC maior 100bpm 2
Classe Killip II – IV 2
Peso menor 67 kg 1
Supra desnivelamento do segmento ST anterior ou 1
BRE
Tempo de reperfusão maior 4 h 1
Total 14
(Classificação de Killip)
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- Tabagismo
- Diabetes mellitus
- Hipertensão Arterial Sistêmica
- Dislipidemia
- Doença Vascular Periférica
- Idade: Homem > 45 anos , Mulher > 55 anos
- Hist. Familiar (+) DAC: Pai ou Irmãos < 55 anos; Mãe ou irmãs < 65 anos
7. PROBABILIDADE DE SCA
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De Fleet RP, Dupuis G, Marchand A, et al: ACC/AHA 2002 guideline update for the
management of patients with unstable angina and non-ST segment elevation myocardial
infarction : Summary article. A report of the American College of Cardiology/American Heart
Association Task Force on Practice Guidelines (Committee on the Mangement of Patients With
Unstable Angina). Circulation 106:1893,2002
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1) Repouso
2) Jejum
3) Oxigênio
4) AAS
Na dose de 300 mg por via oral, previamente macerados ou mastigados, exceto em casos
de reconhecida anafilaxia aos salicilatos ou na presença de sangramentos ativos quando da
admissão hospitalar. Deve ser utilizado antes mesmo da realizacão do eletrocardiograma
quando da suspeita de coronariopatia aguda. O uso precoce do AAS reduz o risco de morte
em 23% ( quando utilizado de forma isolada) e em 42% (quando associada ao fibrinolítico).
5) Antiplaquetário
7) Enoxaparina
- A enoxaparina deve ser utilizada para < 75 anos na dose 30mg EV e 1mg/kg SC
- Nos pacientes com mais de 75 anos não se deve realizar dose de ataque; a dose de
manutenção será de 0,75 mg/Kg;
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- Em pacientes com clearance menor que 30, não se faz a dose de ataque e a manutencão
será de 1 mg/kg 1x / dia.
8) Nitratos
Contra indicações:
• uso de sildenafil ou análogos nas ultimas 24 h;
• suspeita de infarto de VD;
• estenose aortica grave.
9)Analgesia e sedação
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- Para análise de MNM colher as enzimas cardíaca no primeiro monento, após 3 e 6 horas;
- Aumento de CK-MB em 2 dosagens sucessivas (curva), ou o dobro do valor de referência na
primeira amostra tem critério clínico de IAM;
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ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
Na Pré consulta:
- Verificar se o paciente apresenta dor precordial, dor região epigástrica, pressão, queimação
ou peso região torácica, irradiação ocasional p/ pescoço, mandíbula, epigástrio, ombros ou
MSE, desconforto em queimação subesternal;
- Sinais vitais;
- Preencher ficha de dor torácica (anexo1)
- Comunicar médico;
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Assim é recomendado:
1) Todo paciente com dor torácica visto na sala de emergência deve ser submetido
imediatamente a um ECG, o qual deverá ser prontamente interpretado (Grau de
Recomendação I, Nível de Evidência B e D);
2)Um novo ECG deve ser obtido no máximo 20 minutos após o 1º em pacientes com suspeita
clínica de síndrome coronariana aguda ou qualquer outra doença cardiovascular aguda,
mesmo que o ECG inicial tenha sido normal, ou a qualquer momento em caso de recorrência
da dor torácica ou surgimento de instabilidade clínica (Grau de Recomendação I, Nível de
Evidência B e D);
3) Se IAM com supra ST ou BRE deverá ter em meta tempo porta-balão de 120 minutos ou
tempo porta agulha (fibrinólise ) menor que 30 minutos
11.1.2.Analgesia e sedação - Para o controle da dor (se a mesma já não foi aliviada com o
uso de nitrato sublingual ou endovenoso) e sedação utiliza-se o sulfato de morfina EV na dose
de 2 a 4mg, podendo-se repetir 5-30min após se não houver alívio. A morfina é indicada em
IAMST/EAMCSST quando o desconforto torácico não responde a nitratos. Deve-se usar
morfina com cautela em angina instável/não-IAMSST/ EAMCSST, visto que sua administração
esteve associada a uma maior mortalidade em grande registro.
(Grau de Recomendação I, Nível de Evidência C e D).
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11.1.3.Nitratos - O uso dos nitratos baseia-se não só no seu mecanismo de ação e experiência
clínica mas também numa meta-análise de 22 estudos (incluindo o ISIS-4 e o GISSI-3) que
demonstrou uma redução significativa de 5,5% na mortalidade hospitalar. Existem poucos e
pequenos estudos clínicos comprovando seu benefício no Alívio dos sintomas (Grau de
Recomendação I, Nível de Evidência A e D).
A dose é de 5mg do dinitrato de isossorbida por via SL, podendo ser repetido 5-10min após se
não houver alívio da dor, até o máximo de 15mg. Para a nitroglicerina, pode-se utilizar o spray
nasal, ou a via parenteral na dose de 10 a até 200 microgramas/min em infusão contínua EV,
ajustando-se a mesma a cada 5-10min de acordo com a pressão arterial.
Para o mononitrato de isossorbida a dose é de 2,5 mg/kg/dia em infusão contínua. Conr
Contra Indicacão:
• FC < 60 bpm
• PAS < 100 mmHg
• Disfunção grave de VE
• Hipoperfusão periférica
- Intervalo PR > 0,24 seg
• BAV 2º ou 3º grau
• DPOC grave
• História de asma
• Doença vascular periférica grave (contra- indicacão relativa)
• Diabetes Mellitus (contra- indicacão relativa)
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11.2.4. ACTILYSE: É a droga de escolha (pela maior rapidez de ação e mais elevada taxa de
recanalização).
* Até 6 horas do início sintomas para pacientes > de 65 kg: Dose total: 100 mg (2 Frascos) em
90 minutos, sendo assim:
* Até 6 horas do início sintomas para pacientes < de 65 kg: Dose total:15 mg+0,75 mg/kg+0,50
mg/kg(Até 100 mg em 90 min, sendo assim:
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12.1.Agilidade/processo
• Tempo de cada coleta de marcadores de necrose miocárdica até resultado (meta = máximo
de 2h após coleta)
12.2. Resultado
- Taxa de mortalidade de IAM por supra ST
13.1.Pré-requisitos assistenciais
Pessoal
• Pessoal da recepção treinado para priorizar o atendimento do paciente com dor torácica;
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• Equipe médica de enfermagem treinada e mantida com educação continuada no manejo dos
pacientes com dor torácica.
- A existência de área física específica para o atendimento de pacientes com dor torácica fica a
critério de cada instituição, pois depende das características próprias;
- Existência e disponibilidade de um modelo diagnóstico sistematizado de pacientes com dor
torácica (protocolo ou fluxograma);
- ambulância UTI devidamente equipada.
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14.Referência Bibliográfica:
ETIQUETA
PROTOCOLO DE DOR
TORÁCICA
ATENDIMENTO INICIAL (ENFERMAGEM)
1 – QUAL O MOTIVO DO ATENDIMENTO?
Dor toracica ( ) Dispnéia ( ) Palpitação ( )Síncope/pré sincope ()Crise ( )Hipotensão/choque ( )PCR
lipotímia hipertensiva
Outros
2 – PACIENTE POSSUI FATOR DE RISCO PARA SINDROME CORONARIANA?
Tabagismo ()História DM HAS Obesidade DLP Não
Familiar possui
3 – POSSUI ANTECEDENTES CARDIOVASCULARES?
Doença Aterosclerotica Coronariana, IAM prévio, Angina, Revascularização do Miocárdio
Outras doenças aterosclerósticas (AVC, aneurisma aorta, estenose de carótida)
Outra cardiopatia prévia? Qual:
Não possui doenças cardiovasculares
Horário do ECG:
Assinatura e carimbo enfermagem:_________________________________________________
1
8
Anexo II
PACIENTE COM DOR TORACICA
PACIENTE COM DOR PACIENTE COM DOR PACIENTE NÃO POSSUI CRITÉRIOS
TORÁCICA TORÁCICA ATÍPICA OU PARA SUSPEITA, MAS PODE SER
TÍPICA/SÍNCOPE EQUIVALENTE ANGINOSO CARDIOLÓGICO
Paciente instável
Diabético Idade > 65 anos Possui 2 ou + Resposta positiva hemodinâmicamente
fatores de risco para antecedentes
de CV
SIM NÃO
Seguir fluxo de
triagem
REALIZAR CUIDADOS PRIMÁRIOS