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Causas
- Musculoesqueléticas/parede torácica
- Gastroesofágicas/ Gastrointestinais
- Cardíacas ( isquêmicas e não isquêmicas)
- Psiquiátricas
- Pulmonares
Dor Torácica
Musculoesqueléticas
Condições que afetam estruturas musculoesqueléticas da parede torácica -
36% dos diagnósticos
Diagnóstico favorecido pela localização da dor que pode ser desencadeada
pela compressão de um ponto
História de atividade física repetitiva ou não usual
Surge também com movimentos ventilatórios ( inspiração profunda ,
movimentação dos braços ou pescoço)
Deve avaliar a presença de lesões na pele
Excluir causas graves (SCA , TEP)
Dor Torácica
Musculoesqueléticas
Primárias :
- Costocondrite
- Síndrome de Tietze
- Fibromialgia
- Artrite reumatóide
- Espondilite anquilosante
- Infecções por herpes zoster (neurossensorial)
Dor Torácica
Musculoesqueléticas
Secundárias:
- Síndrome da parede torácica superior (desfiladeiro torácico)
- Subluxação esternoclavicular espontânea
- Lúpus eritematoso sistêmico
- Artrite séptica
- Policondrite recidivante
- Neoplasias
- Osteoporose (fraturas patológicas)
- Fraturas por estresse
Dor Torácica
Gastroesofágicas
Características de dor de origem visceral que resulta pela
transmissão anormal do estímulo no sistema nervoso
RGE – segunda causa mais prevalente de dor torácica não
cardíaca . Dor retroesternal sem irradiação lateral, relacionada
com as refeições .
Apresentação clínica não oferece substrato para distinguir da
dor cardíaca (usar triagem apropriada)
Sintomas que sugerem causa gastroesofágica: pirose,
regurgitação, disfagia.
Dor tipicamente pós-prandial persistente por mais de uma hora
e aliviada pela ingestão de antiácidos
Dor Torácica
Gastroesofágicas
Causas mais comuns
Estenose aórtica
Doenças Valvares
Estenose Mitral
Dor torácica na estenose mitral é rara.
Presença relaciona-se à hipertensão pulmonar,
hipertrofia do ventrículo direito, ou dilatação atrial
importante.
Exame físico: sopro diastólico (ruflar diastólico)
Exame complementar : Ecocardiograma permanece
como método de escolha para seu diagnóstico
Cardíacas Dor Torácica
Pericardite
Miocardite
Associadas :
Síndrome do pânico
Depressão
Hipocondria
1/3 dos atendimentos de emergência com dor
torácica, identifica-se desordens psiquiátricas.
Psicogênicas
Dor Torácica
Quadro clínico:
Taquicardia
Hiperventilação
Sudorese
Palpitações
Medo e apreensão
Exame clínico:
Exames complementares:
Vasos pulmonares
- acometimento pleural
- caráter ventilatório-dependente
Etiologia:
- doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico
e artrite Reumatóide)
- síndrome lúpus-símile causada por drogas
- doenças virais
Dor Torácica
Doença Duração Qualidade e Aspectos importantes
Localização
Angina estável 2 a 10 min.; em Queimação ou aperto em região Desencadeada por exercício físico, estresse
“crescendo” retroesternal ou precordial, podendo emocional, exposição ao frio e após grandes
irradiar-se para pescoço, ombros ou refeições; Pode estar acompanhada de náuseas,
braços. vômitos, diaforese e dispneia.
Angina instável < 20 min.; em “crescendo Semelhante à angina estável; porém, Pode iniciar-se em repouso ou com pequenos
mais intensa esforços; piora com pequenos esforços;
Geralmente pode estar acompanhada de
náuseas,vômitos,diaforese e dispneia
Infarto agudo do > 30 min.; em Semelhante à angina estável; porém, Frequentemente inicia-se em repouso sem
“crescendo”; início súbito mais intensa. fatores desencadeantes; piora com pequenos
miocárdio esforços; Geralmente pode estar acompanhada
de náuseas, vômitos, diaforese, dispneia e
tontura; Pode haver sinais de insuficiência
cardíaca e arritmias
Estenose aórtica 2 a 10 min.; em Semelhante à angina estável. Desencadeada pelo exercício físico; Ausculta
“crescendo” cardíaca mostra sopro sistólico em foco aórtico
com irradiação para as carótidas
Pericardite Geralmente de horas a Dor aguda e pleurítica em região Piora com inspiração profunda, tosse e decúbito
dias retroesternal ou precordial, podendo dorsal; melhora na posição sentada com
irradiar-se para pescoço, ombro ou inclinação para frente; Atrito pericárdico no
braço esquerdo exame físico.
Dor Torácica
Doença Duração Qualidade e Aspectos
Localização importantes
Miocardite Geralmente de horas a dias Semelhante à pericardite, mas, Atrito pericárdico, insuficiência
também pode lembrar o infarto cardíaca e arritmias ventriculares
agudo do miocárdio. podem estar presentes.
Dissecção aguda da aorta Geralmente horas; início súbito Dor de forte intensidade, A dor pode ser migratória; Pode
dilacerante, geralmente na região estar associada a sopro de
anterior do tórax com irradiação insuficiência aórtica,
para o dorso. tamponamento cardíaco, acidente
vascular encefálico e assimetria
dos pulsos periféricos
Embolia pulmonar Geralmente horas a dias; início Dor pleurítica na região ipsilateral Dispneia com ausculta pulmonar
súbito do tórax, acompanhada de dispneia normal; Pode haver sinais de
hipertensão pulmonar e
insuficiência cardíaca direita.
Hipertensão pulmonar Geralmente de 2 a 10 min Aperto retroesternal desencadeado Pode estar acompanhada de
por esforços dispneia, fadiga e sinais de
hipertensão pulmonar.
Pneumonia Geralmente de horas a dias Dor pleurítica na região ipsilateral Associada a febre e tosse com
do tórax. expectoração; Ausculta pulmonar
com estertores subcreptantes e
sopro brônquico
Dor Torácica
Doença Duração Qualidade e Aspectos importantes
Localização
Pleurite Geralmente de horas a dia Dor pleurítica na região ipsilateral Pode estar associada à febre;
do tórax Ausculta pulmonar com atrito
pleural.
Pneumotórax Geralmente horas; início Dor pleurítica na região ipsilateral Ausculta pulmonar com murmúrio
súbito do tórax, acompanhada de vesicular diminuído no hemitórax
dispneia. acometido, associada à percussão
timpânica.
Doença por refluxo 10 a 60 min. Queimação retroesternal Piora após grandes refeições e com o
ascendente, podendo estar decúbito dorsal; melhora com
gastroesofágico acompanhada de regurgitação. antiácido
Ruptura esofágica e Geralmente horas; início Dor retroesternal intensa. Piora com deglutição e inspiração
súbito profunda; Associada a sintomas e
mediastinite sinais de mediastinite, como
dispneia, febre, taquicardia e
hipotensão
Dor Torácica
CONCLUSÃO
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo 2018;28(4):394-402 Elizabete Silva dos Santos e
Ari Timerman