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PROTOCOLO

IAM – DOR TORÁCICA

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1. OBJETIVO

Padronizar critérios mínimos para o reconhecimento e tratamento precoce dos pacientes que apresentam
Dor Torácica (independentemente de sua causa), porém focando na SCA, alinhando as condutas de
atendimento aos referenciais internacionais e protocolos municipais, visando obter maior agilidade e
qualidade assistencial.

2. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES, ANEXOS

Formulário Protocolo de Dor Torácica – Anexo 5


Formulário Trombolítico – Anexo 6

3. EQUIPES RELACIONADAS / RESPONSABILIDADES

Enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes administrativos e médicos de todos os setores das


unidades de urgência e emergência.

4. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Todo paciente que apresentar dor torácica de origem súbita, sem histórico de trauma.

5. DEFINIÇÕES E SIGLAS

SBCD Sociedade Beneficente Caminhos de Damasco

POP Procedimento Operacional Padronizado

SMS Secretaria Municipal de Saúde

UPA Unidade de Pronto Atendimento

BRE Bloqueio de ramo esquerdo

SST Sem supra do segmento ST

CSST Com supra do segmento ST

SCA Síndrome Coronariana Aguda

IAM Infarto Agudo do Miocárdio

ECG Eletrocardiograma

VD Ventrículo Direito

EV Endovenoso
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SC Subcutâneo

VO Via oral

CP Comprimido

SC SANTA CASA DE ITU

HMI HOSPITAL MUNICIPAL DE ITU

6.1 DEFINIÇÕES

A síndrome coronária aguda com elevação de ST representa cerca de 29 a 38% dos casos de IAM.

A mortalidade hospitalar média gira em torno de 5 a 6%.

A SCA inclui: a angina instável e o IAM com ou sem supradesnivelamento do segmento

ST.

A angina instável e o IAM sem supra de ST, não apresentam alterações típicas no ECG,

o que fisiopatologicamente significa uma suboclusão das artérias que irrigam o miocárdio. Já no IAM com
supra ST, há uma elevação do segmento ST, característica ao ECG, que significa fisiopatologicamente,
uma oclusão TOTAL do fluxo arterial ao miocárdio.

Como etiologia, a SCA com elevação de ST pode ser causada por:

- Trombo oclusivo (placa aterosclerótica sofre ruptura ou erosão) => a principal causa;

- Espasmo coronariano (angina de Prinzmetal);

- Embolia para coronárias: trombo intracavitário, mixoma, endocardite, etc.

- Oclusão do óstio coronariano: dissecção de aorta ou de coronária;

- Arterite: sífilis, lúpus, doença reumatoide, poliarterite nodosa, Takayasu, Kawasaki;

- Trombose in situ: anemia falciforme, doenças mielo-proliferativas;

- Cocaína, anfetamina e derivados: vasoconstrição coronariana + efeitos cronotrópicos positivos,


trombose e efeito tóxico direto no miocárdio.

6.2 PROCEDIMENTO6

O atendimento do paciente com dor torácica deve ser diferenciado dos demais pacientes, pois o fluxo
assistencial deve seguir a lógica da priorização do atendimento desde a sua entrada no serviço. Vide
macrofluxo no Anexo 1.
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No momentoda chegada do paciente, o mesmo poderá manifestar via totem/recepção/classificação de risco


a queixa de dor torácica. Mas o sintoma pode ser referido também posteriormente durante a estada na
instituição. Em todas as situações, deve- se sinalizar imediatamente a equipe de enfermagem para a
realização do ECG de 12 derivações em tempo de até 10 minutos, contabilizando desde o horário da
chegada do paciente na instituição ou da manifestação da queixa dolorosa, até o horário da realização do
exame.

Após a realização do ECG, o médico deverá analisar o traçado eletrocardiográfico em até 05 minutos de
sua realização, e o paciente deverá ser avaliado em relação a sua história clínica e o tipo de dor, achados
estes norteadores para definição de conduta.

Toda linha de cuidado proposta para os pacientes elegíveis ao protocolo deve ser evidenciada por meio do
prontuário.

6.3 Diagnostico :

a) Sintomas típicos ou atípicos:

Critérios de Avaliação da Dor Dor Típica Dor Atípica – Até 30% dos IAM
CSST
Caráter da Dor Geralmente associada a constrição, Geralmente associada como sensação
compressão, queimação e sensação de facada, agulhada, pontadas e
de relato de piora durante a respiração.
“peso”, durando 20 minutos ou mais.
Localização da Dor Localizada no segmento retroesternal, Localizada no hemotórax e
ombro esquerdo, pescoço, ombro direito.
face, mandíbula e região
epigástrica.
Fatores Desencadeantes Relacionada ao exercício, excitação, Palpação, movimentação.
estresse, frio e refeições copiosas.
** Atenção a diabéticos, mulheres e idosos que tendem a apresentar sintomas atípicos.

Tipos de Dor Características da Dor


Dor Tipo A Definitivamente Anginosa Dor/Desconforto retroesternal ou precordial, geralmente
As características dão certeza do diagnóstico de SCA, precipitado pelo esforço físico, podendo ter irradiação
independentemente dos resultados dos exames para o ombro, mandíbula ou face interna do braço, com
complementares. duração de minutos. A mesma pode ser aliviada com o
repouso ou com o uso de Nitrato em um período <10
minutos.
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Dor Tipo B Provavelmente Anginosa Apresenta a maioria, mas não todas as características
As características fazem da SCA a principal hipótese, da dor definitivamente anginosa podendo ser menos
porém se faz necessária a coleta de exames intensa, localização variável ou algum critério que
complementares. impeça a definição de angina.
Dor Tipo C Provavelmente Não
Anginosa Apresenta poucas características da dor
As características não fazem da SCA a principal definitivamente anginosa, principalmente a relação
hipótese, porém se faz necessária a coleta de exames com esforço.
complementares, como critério de exclusão.
Dor Tipo D Definitivamente Não
Anginosa Não apresenta nenhuma das características da dor
As características não incluem a SCA como hipótese típica anginosa.
diagnóstica.

Diagnósticos diferenciais da Dor Torácica

b) Alterações eletrocardiográficas
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Realizar o ECG em 12 derivações. Se há suspeita de IAM em Ventrículo Direito (se suspeita de infarto de
parede inferior), realizar V3R e V4R.

O diagnóstico eletrocardiográfico de IAM com Supra ST consiste na presença de supradesnivelamento ≥ 1


mm do segmento ST em pelo menos 2 derivações contíguas ou reconhecimento de Bloqueio de Ramo
Esquerdo novo*.

*Na ausência de ECG antigo do paciente, aplicar os Critérios de Sgarbossa: presença de SST + BRE e
avaliar:

• supradesnivelamento de segmento ST ≥ a 1 mm em concordância com o QRS;


• infradesnivelamento de segmento ST ≥ a 1 mm em V1, V2 e V3;
• supradesnivelamento de segmento ST ≥ a 5 mm em discordância com o QRS.

A depressão de segmento ST e/ou inversão dinâmica de ondas T é sugestivo deisquemia (angina instável
de alto risco ou IAM sem supra ST).

ECG não diagnóstico ou normal, porém, com dor torácica fortemente sugestiva de isquemia, sugere
angina instável de risco baixo ou intermediário.

Derivações Alteradas Parede Comprometida

V1-V2 SEPTAL

V3-V4 ANTERIOR

V5-V6 e/ou D1 aVL LATERAL

D2-D3-aVF INFERIOR

V1-V6 ANTERIOR EXTENSA

V2-V3 ou V7-V8 POSTERIOR/DORSAL

V3R- V4R VD
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c) Elevação enzimática (CK-MB e Troponina)

Colher na admissão e com intervalo 3h - 6h e 9h da admissão.

Fazer a dosagem da Troponina através do laboratório disponível no serviço. Encaminhar amostra para
laboratório externo.

Se houver indicação de terapia de reperfusão, não se deve aguardar os resultados para o


tratamento;

A coleta de exames não deverá interferir na decisão de abertura ou não de protocolo de SCA e sim
os critérios clínicos e do ECG.

VII.1 – Rota 1 de abordagem – Anexo 2

Para os pacientes que apresentam Dor Torácica do tipo A/B/C ou equivalente anginoso, com evidência de
alteração eletrocardiográfica evidenciada por SST ou BRE novo ou presumivelmente novo, supondo a
impossibilidade da angioplastia percutânea primária em tempo menor que 90 minutos. Paciente deve estar
na SALA DE EMERGÊNCIA

• Jejum de 4 horas para os exames. Depois, dieta branda.


• Monitorização cardíaca contínua.
• Acesso venoso periférico (preferentemente MSE)
• Oxigenioterapia se SatO2 < 94% em cateter nasal 3 l/min
• Terapia antiagregante:
o Ácido acetilsalicílico 300 mg VO
o Clopidogrel – dose de ataque de 300 mg VO para pacientes < 75 anos. Em pacientes >75
anos, prescrever 75mg
• Heparina, preferencialmente Enoxaparina 30 mg EV em bolus + 1mg/kg SC de 12/12 h dose máxima
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100mg. Em pacientes >75anos: 0,75mg/kg/dose SC 12/12h

• Analgesia e Sedação
o Sulfato de morfina, na dose de 1 a 3 mg cada 5 minutos EV até o alívio da dor (dose máxima
de 25 a 30 mg) ou evidência de toxicidade (hipotensão, depressão respiratória ou vômitos
frequentes).
▪ Caso ocorra bradicardia associada, recomenda-se administrar Atropina 0,5-1,0 mg EV.
▪ Na ocorrência de depressão respiratória utilizar Naloxona 0,1-0,2 mg EV
o O uso rotineiro de ansiolíticos não é recomendado. Quando necessário utilizar Diazepam na
dose de 5-10 mg VO 8/8h por 24-48h.

• Nitratos
o Não devem ser utilizados de rotina visto que não diminuem mortalidade e sim morbidade.
o São utilizados para alívio de dor isquêmica, congestão pulmonar e diminuição pressórica.
o Logo após o primeiro ECG, nos casos em que houver dor torácica isquêmica, deve ser
administrado nitrato sublingual (dinitrato de isossorbida 5 mg ou mononitrato de isossorbida 5 mg),
desde que não haja contraindicações (infarto de ventrículo direito, uso de sildenafil ou derivados
nas últimas 24h, hipotensão arterial). Após 5/10 min do uso do nitrato, deve ser realizado novo ECG
para avaliar resolução ou manutenção do supradesnível do ST (afastar espasmo).

• Nitroglicerina (Tridil®) 50mg + SF 0,9% 250ml EV em bomba de infusão contínua – conformecritério


médico.

• Β-bloqueador: não havendo contraindicações, há a preferência para o uso VO de


Metoprolol (25 mg a 50 mg) 2X/d iniciado nas primeiras 24h se estabilidade clínica.

• Fibrinolítico – Anexo 3
o Reduzir o tempo de isquemia, melhorando o prognóstico e reduzindo
morbimortalidade.
o Tempo de sintomas <12 horas
o ECG CSST ou BRE NOVO ou supostamente novo
o Infundir em veia periférica calibrosa em bolus único em 10 segundos
o NÃO infundir junto com soro glicosado

o Contraindicações ABSOLUTAS:
▪ Hemorragia Intracraniana prévia;
▪ Lesão estrutural cerebrovascular - aneurismas;
▪ Neoplasias do SNC primárias ou metastáticas;
▪ AVC Isquêmico (< 6 meses exceto se < 3 horas);
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▪ Sangramento ativo (exceto menstruação);


▪ Sangramento do trato gastrointestinal;
▪ Punção Vascular (acesso central) ou em sítio não compressível < 24h;
▪ Coagulopatia;
▪ Suspeita de dissecção aguda aórtica;
▪ Cirurgia do SNC < 2 meses
▪ TCE fechado e/ou Trauma facial < 30 dias;
▪ OUTROS TIPOS DE IAM SEM SUPRA DESNIVELAMENTO SEGMENTO ST.

o Contraindicações RELATIVAS
▪ Pressão Sistólica > 180 mmHg ou Diastólica >110 mmHg refratária;
▪ Ataque Isquêmico Transitório < 6 meses
▪ Parada cardiorrespiratória com RCP > 10 min ou traumática;
▪ Cirurgia de grande porte < 3 semanas;
▪ Ulcera péptica ativa;
▪ Gravidez, aborto ou parto recente < 7 dias;
▪ Anticoagulantes orais;
▪ Cocaína (preferir tratamento clínico ou angioplastia;
▪ Endocardite;
▪ Sangramento Interno Recente < 2-4 semanas.

o Fatores de risco hemorrágico


▪ Idade ≥ 75 anos;
▪ Baixo peso corporal (homem < 80 Kg, mulher < 67 Kg);
▪ Sexo feminino
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o Modo de Utilização
MODE DE UTILIZAÇÃO DO ALTEPLASE (Actilyse®) da seguinte forma:

Até 6 horas do início dos sintomas (dose máxima = 100mg)


15mg EV em bolus Imediato
Peso >= 50mg EV durante 30 minutos seguintes
65Kg 35mg EV durante os próximos 60 minutos
15mg EV em bolus Imediato
Peso <65Kg 0,75mg/kg (até 50mg) EV durante 30 minutos seguintes

0,50mg/kg (até 35mg) EV durante os próximos 60 minutos

Entre 6 e 12 horas do início dos sintomas (dose máxima =


100mg)
10mg EV em bolus Imediato
Peso >= 50mg EV durante 60 minutos seguintes
65Kg 40mg EV durante os próximos 120 minutos
10mg EV em bolus Imediato
Peso <65Kg
1,5mg/kg (dose máxima total) EV durante os próximos 180 minutos

Após Alteplase, entrar em contato com o centro de referência (Santa Casa de Itú) através de contato
telefônico com a enfª Daniele, responsável pela Hemodinâmica deste nosocômio (11) 97487-6069ou Dr
Thyago (11) 99777-3919

• Critérios de reperfusão:
o Clínicos: evidência de melhora da dor torácica com ausência e/oumelhora
significativa de dispneia e estabilidade hemodinâmica.
o ECG: evidência de redução de ao menos 50% do SST quando comparadoao ECG
de admissão (ECG com 60-90min pós-trombólise).

• Houve RESOLUÇÃO SUPRA ST > 50% após 60-90min (após início da infusão)?
o SIM - CAT entre 2 - 24h (ligar no celular acima o mais breve possível em no máximo 12
horas);
o NÃO - CAT DE RESGATE (ligar no celular acima imediatamente a
qualquer horário!)
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• Prescrição de Manutenção:
1. AAS 100MG
2. ENOXAPARINA 1MG/KG SC 12/12H (0,75MG/KG SC 12/12 P/ PCTES >75A) SE
INSUFICIENCIA RENAL, HEPARINA 5000UI SC 8/8H;
3. CLOPIDOGREL 75MG 1XDIA
4. MONOCORDIL 20MG 3XDIA
5. SINVASTATINA 40MG A NOITE.
6. ATENOLOL 25MG 12/12H
7. ENALAPRIL 10MG 12/12H
8. SINTOMÁTICOS
9. INSERIR PACIENTE NA CROSS e LIGAR NA SANTA CASA DE ITU

VII.2 – Rota 2 de abordagem – Anexo 2


A ROTA 2 deverá ser implementada nos casos em que os pacientes apresentem uma das características
clínicas descritas abaixo:

• Dor Torácica do Tipo A/B/C ou equivalente anginoso com evidência de alteração eletrocardiográfica
relacionada a IAM com infradesnivelamento ST ou na vigência de inversão de onda T

• Dor Tipo A/B/C com ECG inespecífico ou normal


• Presença de dor tipo C, com alta probabilidade clínica de SCA

Cabe ressaltar que, para os pacientes classificados como alta probabilidade de SCA, sugere-se a
aplicação do TIMI RISK – Anexo 4 (escala preditiva de avaliação do risco de morte em eventos isquêmicos
tanto para pacientes com Angina Instável, como, para pacientes com IAM CSST). Como fator de escolha
para a terapia medicamentosa os antiagregantes e anticoagulantes.

• Estratificação de Risco cardiológico por meio da aplicação do Heart Score (a


escala de Grace também pode ser utilizada) – Anexo 4;

• Dosagem de Troponina;
• Estabilização Clínica e internação – Sala de Emergência

• Avaliação quanto à provável indicação de realização de procedimentointervencionista eletivo;

• Prescrição Médica:
o Jejum, até estabilização;
o Acesso venoso periférico
o Monitorização continua cardíaca e sinais vitais;
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o Cateter O2: 3l/minuto se Sat O2 < 94%;


o Antiplaquetário: AAS 100mg – 1 CP VO e para pacientes com alto riscode SCA
associar o Clopidogrel 300mg;
o Dinitrato de Isossorbida (Isordil®) 5mg SL exceto se contraindicado;
o Nitroglicerina (Tridil®) 50mg + SF 0,9% 250ml EV, quando indicado - em Bomba Infusão
Contínua com doses progressivas a cada 5 a 10min, até a dose
anterior àquela que reduziu a pressão arterial do paciente em > 20
mmHg ou para < 100 mmHg e/ou aumentou a frequência cardíaca
para > 10% do basal;
o Morfina dose inicial de 2 mg a 8 mg (geralmente suficiente para aliviar a dor e a ansiedade).
Com a monitorização da pressão arterial, essas doses podem ser
repetidas a intervalos de 5 a 15min.

o Β-bloqueador: não havendo contraindicações, há a preferência para o uso VO de


Metoprolol (25mg a 50mg) 2X/d iniciado nas primeiras 24h se estabilidade clínica.
o Enoxaparina 1mg/Kg/dose 12/12h SC, dose máxima 100mg, para pacientes de
moderado e alto risco. Se função renal alterada, 1mg/Kg/dia, assim como para
pacientes com >75anos, 0,75mg/Kg/dose 12/12h.Pacientes dialíticos ou com taxa de
filtração glomerular inferior a 15ml/min e peso superior a 130kg deve-se considerar a
Heparina nãoFracionada (HNF) em BIC.

VII.3 – Rota 3 de abordagem – Anexo 2


A ROTA 3 contempla pacientes que se apresentaram com dor torácica e foram incluídos no protocolo, mas
que após avaliação clínica e exames complementares excluiu a hipótese de SCA, interrompendo o fluxo. Esta rota
tem como grande objetivo excluir ou diagnosticar outrasdoenças graves como Tromboembolismo Pulmonar (TEP) e
Dissecção Aguda de Aorta (DAA), bem como situações não ameaçadoras à vida que não se relacionam à
isquemia miocárdica. A sequência de cuidados propostos na ROTA 3 deve ser individualizada a depender da
principal hipótese diagnóstica aventada.

I. TEMPO PARA REALIZAÇÃO DESTE PROCEDIMENTO

• 10 minutos para o ECG inicial;

• 5 minutos para a avaliação do ECG inicial;


• 15 minutos para a infusão do trombolítico quando indicado.
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6. Riscos inerentes à técnica

Ressaltamos a necessidade de ampla divulgação do protocolo às equipes assistenciais, bem


como sua sensibilização para a correta adesão. O objetivo é garantir a adequada compreensão
das orientações e minimizar a ocorrência de eventos adversos e desfechos negativos.

Todos os incidentes envolvendo o processo aqui descrito devem ser notificados por quaisquer
profissionais, colaboradores e mesmos prestadores de serviço dentro da organização.

7. Indicadores relacionados

• Tempo porta-ECG;
• Tempo Porta-Agulha – no caso de trombólise indicada;
• Índice de adesão ao protocolo (relação entre o número de pacientes com dor torácica em que
o protocolo foi aberto e o total de pacientes com quadro descrito de dor torácica) - mensal;
• Taxa de Mortalidade por IAM no serviço – (relação entre óbitos por IAM e total de óbitosno
serviço) – mensal.

8. Fluxograma

Anexo

9. Referências bibliográficas

1. Protocolo de Dor Torácica, Projeto Infarto, Prefeitura de São Paulo


2. V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento do Infarto Agudo doMiocárdio com
Supradesnível do Segmento ST, Arq. Bras. Cardiol 2015, 105 (2Supl.1).
3. I Diretriz sobre Dor Torácica, Arq Bras Cardiol volume 79, (suplemento II), 2002
4. Protocolo Clínico Gerenciado: Dor Torácica, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, 2014
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11. HISTÓRICO DO DOCUMENTO

Elaborador: Data elaboração:


Função:
01/03/2022

Vencimento:

Número da Data da Responsável pela


Descrição do que foi revisado
Revisão Revisão Revisão
01 Fev/22 Protocolo adaptado ao modelo institucional.

ASSINATURAS E CARIMBOS

Elaborado/Revisor: Verificadores: Aprovador:


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ANEXOS
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Anexo 2 – Rotas de Conduta


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Anexo 3 – Trombólise – dar preferência à Tenecteplase


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Anexo 4 – Escores – TIMI – GRACE – Heart Score – Classificações do IAM

ESCORE DE TIMI para SCA com Supra

Escore de Mortalidade em 30 dias (%) no Estudo In


História Pontuação
Risco TIME II
Idade < 65 anos 0 0 0
Idade 65 - 74 2 0 0.8%
Idade > 75 anos 3 1 1.6%
DM ou HAS ou Angina 1 2 2.2%
PAS<100mmHg 3 3 4.4%
FC>100 2 4 7.3%
Killip II e IV 2 5 12.4%
Peso <67kg 1 6 16.1%
Supra de ST parede anterior ou 1 7 23,4%
BRE
Inicio do tratamento > 4 horas 1 8 26,8%
>8 35,9%

Escore de risco = Total de Pontos (0 a 14)


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Escore Global Registry of Acute Coronary Events (GRACE)

Baixo Risco: <108 pontos


Risco Intermediário: 109-140 pontos
Alto Risco: >140 pontos
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HEART SCORE

0 a 3 – risco de 1,6%
4 a 6 – risco de 13%
7 ou mais pontos – risco de 50%
=> de chance de desenvolver IAM,
angioplastia, cirurgia de revascularização
miocárdica ou morteem 06 meses
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Anexo 5 – Ficha Protocolo de Dor Torácica


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