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Principais causas de dor torácica
OBJETIVOS
• Diferenciar os tipos de dor torácica;
• Compreender o mecanismo da dor
torácica no TAG;
• Entender a fisiopatologia e etiologia da
TAG;
• Estudar os cuidados no atendimento da
dor torácica e angina.
Dor torácica
Epidemiologia
A partir dos 40 anos de idade, as doenças do
aparelho circulatório são a terceira principal
causa de morte por ano (as principais causas
são: neoplasia maligna e COVID-19). Estudos
locais mostram que a dor torácica é uma das
principais queixas de procura ao DE, Atendimento do paciente instável
representando de 4,7 a 6,2% dos A dor torácica pode ser o sintoma cardinal de
atendimentos. um paciente instável. Os pacientes devem ser
atendidos na sala de emergência e
monitorizados com a chamada abordagem
MOV:
• Iniciar Monitorização cardíaca.
• Oxigênio se saturação de O2 < 90%.
• Obter acesso Venoso periférico.
Joicy Alves
28/10/2023 UNEX | UNIFTC 01
1- Todos os pacientes com dor torácica a pressão arterial nos quatro
com suspeita de SCA ou sem outra membros, ausculta pulmonar e
causa óbvia de dor torácica devem cardíaca, testar dor à palpação e
realizar eletrocardiograma (ECG) de 12 pesquisa de sinais focais
derivações e esse ECG deve ser neurológicos.
interpretado pelo médico no DE
imediatamente após ser realizado. Avaliação do paciente estável ou
estabilizado
2- Pacientes com sinais vitais anormais,
achados de ECG sugestivos de isquemia • Anamnese e exame físico dirigidos para
ou lesão cardíaca, história de doença causas de maior risco;
arterial coronariana prévia, múltiplos
fatores de risco para aterosclerose, ou • Avaliar características da dor, se
qualquer dor torácica ou dispneia intensidade desproporcional ao quadro,
abrupta, nova ou grave devem ser irradiação, tempo de instalação (súbito
rapidamente alocados em um leito ou não), sintomas associados,
hospitalar ou em unidade de associação com esforço, sintomas
observação de dor torácica, colocados associados como náuseas e vômitos,
em monitorização cardíaca com acesso antecedentes e fatores de risco.;
IV, com o ECG idealmente obtido dentro
de 10 minutos após a chegada do • Exame físico com inspeção local, avaliar
paciente no DE. simetria de pulsos, medir a pressão
arterial nos quatro membros, ausculta
3- Devemos identificar e tratar as pulmonar e cardíaca, testar dor à
necessidades imediatas da vida, como palpação e pesquisa de sinais focais
suporte de vias aéreas, respiração e neurológicos.
circulação:
➢ Administrar oxigênio se a • Eletrocardiograma (ECG) em todos os
saturação ambiente for < 92% pacientes com dor torácica ou suspeita
de equivalente anginoso em até 2
4- Em seguida, nos concentramos na minutos de sua entrada no DE. Esse
história, exame físico e achados exame deve ser visto por um médico e
laboratoriais associados com causas de avaliado em até 10 minutos de sua
dor torácica cardíaca (SCA) versus não entrada.
cardíaca:
➢ caracterizado o início da dor, • Demais exames indicados:
tempo, gravidade, radiação e
caráter da dor torácica, fatores
atenuantes e agravantes e
presença de sintomas
associados, como sudorese,
dispneia, náuseas, vômitos,
palpitações e tonturas.
➢ Exame físico com inspeção local,
avaliar simetria de pulsos, medir
Joicy Alves
28/10/2023 UNEX | UNIFTC 01
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para ombro e face medial do braço esquerdo. Fluxograma do atendimento da dor torácica ou
Porém, essa dor ocorre em 50% dos casos. equivalente anginoso.
Fatores de risco:
• hipertensão, diabetes, dislipidemia,
tabagismo e história familiar de Tromboembolismo pulmonar
coronariopatia precoce.
TEP ocorre com a migração de um trombo já
existente no sistema venoso periférico, que
Obs: Nenhuma combinação de sinais e migra até o lado direito do coração e é enviado
sintomas é capaz de confirmar ou excluir para o pulmão, impactando nas artérias
completamente a SCA. A impressão clínica pulmonares.
também não é segura o bastante para
confirmar ou descartar isoladamente o Os sintomas de embolia pulmonar incluem dor
diagnóstico de síndrome coronariana aguda. torácica súbita (pode piorar com inspiração,
O eletrocardiograma fornece pistas para chamada pleurítica), dispneia, hipoxemia,
alterações isquêmicas que sugerem infarto - síncope ou choque. Pode haver tosse associada
oclusivo ou não oclusivo. ou hemoptise.
Pericardite aguda
O sintoma mais comum da pericardite aguda é
dor torácica, que ocorre em mais de 90% dos
casos, sendo em geral aguda, intensa e
constante, com localização subesternal.
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A dor pode irradiar para o dorso, pescoço ou Tamponamento cardíaco
ombros; piora deitado e por inspiração; e alivia
• Tríade de Beck (exame físico):
sentando-se e inclinando-se para a frente.
abafamento de bulhas cardíacas,
hipotensão e estase jugular, podem
A irradiação da dor para o membro superior
estar presentes em 10% dos casos.
esquerdo não é incomum, mas o local mais
• Dispneia, fadiga, desconforto torácico,
característico é irradiação para região do
edema, choque cardiogênico.
trapézio, o que é um sintoma altamente
específico para a pericardite.
Síndrome de takotsubo
Os pacientes podem apresentar Os pacientes com síndrome de Takotsubo (STa)
associadamente dispneia, febre ou taquicardia se apresentam com dor torácica e disfunção de
desproporcional à temperatura corporal; ventrículo esquerdo. A fisiopatologia não é
também são descritos soluços nesses comprovada em todas as situações, mas a
pacientes. teoria mais aceita é que a síndrome resulta de
dano miocárdico por ativação simpática
As bulhas cardíacas podem ser abafadas. excessiva, liberação catecolaminérgica com
vasoespasmo coronariano, disfunção
Dor da dissecação aórtica aguda ventricular, necrose miocárdica e inflamação.
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Escores ≥ 40 têm sensibilidade 89% e • Enfisema subcutâneo (creptações ao
especificidade 91% para STa. Escores ≥ 50 têm palpar o tórax);
sensibilidade de 95%. • Muito associada a história prévia de
alcoolismo + vômitos.
Escores ≤ 31 têm especificidade de 94,7% para
infarto agudo do miocárdio. Impactação esofágica:
• Disfagia aguda, inclusive para líquidos e
a própria saliva.
Psicogênicas
• A dor psicogênica costuma acometer
pacientes com depressão ou com
transtornos de ansiedade. É difusa,
imprecisa e pode estar associada ao
abuso de analgésicos.
• O diagnóstico de causa psicogênica é
sempre de exclusão.
Fisiopatologia da TAG
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Descrição dos transtornos de ansiedade central.39 Evidências crescentes apontam para
conforme DSM-5 seu envolvimento na fisiopatologia dos
• Os pacientes sofrem de ansiedade e transtornos de ansiedade, sendo que os
preocupação excessivas, benzodiazepínicos, que atuam no sistema
acompanhados por sintomas como GABA, são utilizados para tratar essas
inquietação, irritabilidade, dificuldade condições.
de concentração, tensão muscular, Principais moléculas envolvidas:
distúrbios do sono e fadiga.
• 5-HT: O sítio de ligação de 5-HT
Interações gene-ambiente encontra-se reduzido;
• NE: Regulação negativa dos receptores
Fatores de risco genético podem influenciar a adrenérgicos alfa2 pré-sinápticos.
sintomatologia ansiosa em um contexto • DA: Receptores dopaminérgicos
ambiental. A variante genética mais alterados no estriado.
amplamente examinada nos transtornos de • GABA: Receptores GABA-A
ansiedade é a 5-HTTLPR, polimorfismo de frontocorticais reduzidos.
SLC6A4 (que codifica o transportador de Critérios Diagnósticos
serotonina), um marcador funcional com duas
variantes associadas a diferentes níveis de A. Ansiedade e preocupação excessivas
transcrição de serotonina. O polimorfismo 5- (expectativa apreensiva), ocorrendo na
HTTLPR está associado a traços relacionados a maioria dos dias por pelo menos seis
ansiedade, maus-tratos e outros eventos meses, com diversos eventos ou
negativos da vida que podem aumentar o risco atividades (tais como desempenho
para transtornos de ansiedade. escolar ou profissional).
Joicy Alves
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Mecanismo da dor torácica no TAG (fonte
google).
Joicy Alves