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MARIA EDUARDA SAMPAIO E CAROLINA BARBOSA – TURMA 99

PAPM V – PEDIATRIA

SEMIOLOGIA DA APARELHO RESPIRATÓRIO

 Anatomia
 Se inicia nas fossas nasais e a unidade terminal e o alveolo.
 Area de condução: começa no nariz e termina no bronquiolo respiratorio
 Área de troca gasosa: sacos alveolares e alveolos
 O epitelio respiratório vai perdendo espessura de acordo com que vai se aproximando da área de troca gasosa:
começa como epitelio cilindrico pseudoestratificado ciliado e se torna um epitelio pavimentoso simples nos sacos
alveolares, onde os pneumócitos entram em contato com os capilares alveolares realizando as trocas gasosas.
 Os achados semiológicos do aparelho respiratório, vão depender da área à qual determinada patologia atinge. Por
exemplo, a asma afeta a area de condução e a fibrose cística afeta a consistencia do muco respiratório.
 Fibrose cística: doença genética que causa a inexistencia da bomba de cloreto e sódio no espitélio respiratório,
formando um muco muito viscoso e espesso. Os sintomas começam a aparecer na infancia, com infecções
respiratórias de repetição.
 O pulmão da criança é muito mais complacente (maior tendencia ao colabamento) e ela se apoia muito na
musculatura diafragmática (imaturidade das musculatura acessória) para a respiração, por isso pneumonias na
infancia tendem a ser mais sérias que no adulto. Soma- se isso, ao fato do pulmão da criança ser menor, ou seja,
menos alveolos e menor superfície de troca, com isso tende a ser maior o acometimento da regiao toracica.

 EXAME FÍSICO

1. Inspeção
a. Mãos
 O exame físico do respiratório começa pelas mãos, procura-se
principalme o dedo em baqueta de tambor, hipocratismo digital e
baqueteamento digital.
 Baqueteamento digital indica doença pulmonar grave e crônica que
cursam com hipoxemia persistente. Ex: Fibrose cística, bronquiolite
obliterante ou discinesia ciliar primária grave
 O exame é feito pedindo para o paciente encontar as duas falanges
distais, em pessoas saudaveis tem um espaço em forma de diamente entre as unhas, se a lacuna não existir é sinal de
baqueteamento digital.

b. Torax
 Formato do tórax: Podendo ser normal/atipico (formato circular em bebês e a medida que a criança cresce se torna
cilincrido) ou Tipico (peito de pombo ou careniforme, sino, barril ou tonel, em funil ou pectus excavatum)
 Distrofia toracica asfixiante (Síndrome de Jeune): é uma doença genetica que afeta a formação do arcabouço
toráxcico impede o crescimento do torax e consequente o crescimento do pulmão. A crianca com essa síndrome,
acaba desenvolvendo o torax em formato de sino.
 Fibrose cística, bronquiolite obliterante ou discinesia ciliar primária grave: cursam com torax em tonel. Não há
DPOC
 Analisar: simetria, retrações, nodulações, cicatrizes e abaulamentos. As causas de torax
assimetrico podem ser por deformidades da coluna vertebral como a artrogripose (causa
uma cifose uito importante que comprime as estruturas pulmonares) ou rosário raquítico
(causada pela hipovitaminose D, o que leva a uma abaulamento na junção da cartilagem
costal com a costela)
 Respiração: Analisar a frequencia, o ritmo e sinais de esforço repiratório
 Pausa respiratorias: Pausas de 20 segundos na respiração de crianças até 1 ano de
idade. Importante, não são acompanhadas de bradicardia, cianose e palidez. O ritmo respiratório retorna
espontaneamente um pouco acelarado e depois se normifica.
 Apneia: pausa/falha acompanhada de sianis e sintomas que a criança esta ficando sem oxigenio, estando
presente a cianose, palidez, bradicardia.
 Dispneia suspirosa (mulher jovem, psicossomatico), ritmo de cantani (Acidose metabolica, com hiperventilação
remover o execesso do CO2 do corpo), ritmo de kussmaul (evolução do ritmo de cantani com falha entre uma
respiração e outra, é indicativo de acidose grave descompensada), Ritmo de Cheyne- Stokes (diabetícos) e Ritmo
de biot (lesão central a nivel de cerebelo/centro respiratorio)

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 A frequencia respiratória da criança é um indicador muito importante, uma vez que taquipneia é um sinal de
alta sensibilidade e especificidade para a pneumonia, por isso a contagem deve ser feita por 1 minuto e estar
dentro da normalidade segundo a tabela da OMS. Devemos contar pelos movimentos abdominais.

 Sinais de esforço respiratório: Batimento de aletas nasais, tiragem subcostal, tiragem intercostal, retração de
fúrcula esternal, Tosse (definir essa tosse, tosse de cachorro, tosse rouca – laringite) e estridor. A criança tem
poucos mecanismos compensatórios, por isso esses sinais são muito freqeuntes nas infeções respiratórias

2. Palpação
a. Expansibilidade
 Técnica: Mãos espalmadas no apice e na base do tórax da criança, tanto na região posterior como na anterio. Em
crianças maiores, pedir para ela realizar a inspiração e expiração forçada e se for bebe é melhor analisar no momento
do choro. Analisar se o tórax aumenta e diminui igualmente dos dois lados e de forma ampla.
 A expansibilidade pode ser prejudicada pelo derrame pleural, por exemplo.

b. Fremito toraco-vocal
 Técnica: em escolares pedir ao paciente para repetir 33, nos bebes fazer durante o choro, enquando sinto a vibração
com os 4 dedos apoiados sobre a parede toracica, pesquisando ambos os lados, na região anterior e posterior.
 Diminuição do fremito: geralmente encontrado em doenças que cursam com colabamento dos alveolos (diminuição
do parenquima pulmonar) ou com a formação de uma barreira entre os aveolos e a parede torácica (obstáculo a
propaação das vibrações). Ex: Atelectasia, derrame pleural volumoso e pneumotórax
 Aumento do fremito: geralmente encontrado em doenças que cursam com preenchimento alveolar (aumento da
densidade pulmonar). Ex: Pneumonia e edema agudo de pulmão
 Obs: Na fibrose cística, podem ter áreas de aumento e aéreas de diminuição do fremito tpraco vocal

c. Mama: Tumefação mamária (auemnto do volume mamário, que ocorre em ambos os sexos, decorrente da passagem
transplancentárias de hormonios da mãe durante a gestação, após o nascimento esses hormônios baixam e a mama
normaliza. Não expremer!!), Telarca e Ginecomastia (pode ocorrer no ínicio da puberdade do sexo masculino,
geralmente regride conforme o avanço da puberdade)

3. Percussão
 Técnica: Um dedo sob o estaço intercostal e com o outro dedo se faz a
percussao. Sempre na direção: superior para inferior, de um hemitórax para o
outro, anterior e posterior (em barra grega).
 Sons: som claro pulmonar ou som claro atimpânico (normal), submaciço
(pneumonia), maçico (astelectasia e derrame pleural), timpânico (pneumotórax),
som de panela rachada (abcesso pulmonar volumoso ou criança gritando),
hipersonoridade (enfisema pulmonar)
 Fibrose cistica: temos uma variedade nos achados semiológicos, na
percussao podemos encontrar hipersonoridade, hipertimpanismo, hipotimpanismo. Também nos achados
radiológicos temos areas hipotransparentes e hipertransparentes

4. Auscuta
 Téncina: de preferenica com a criança tranquila. Deve-se comparar os lados e analisar na face lateral, anterior e
posterior.
 Som: normal é o murmurio vesicular (inspiração mais longa que a expiração, sendo que na criança pequena isso se
iguala e na medida que cresne a isnpiração é mais longa).
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INDICAM OBSTRUÇÃO AO SIBILOS


FLUXO AÉREO (OBSTRUÇÃO DE PEQUENAS VIAS AÉREAS)
MUSICAIS OU CONTINUOS
(ESTERTORES SECOS)
RONCOS
(SECREÇÃO EM VIAS AÉREAS DE GRANDE E MÉDIO
CALIBRE,SE MODIFICAM COM O CHORO)
RUÍDOS ADVENTÍCIOS
PREENCHIMENTO ALVEOLAR
SECREÇÃO DENTRO DOS ESTERTORES FINOS
(EDEMA AGUDO DE PULMONAR E PNEUMONIAS)
NÃO MUSICAIS OU ALVEOLOS
DESCONTINUOS
(ESTERTORES ÚMIDOS)
ESTERTORES GROSSOS
(PNEUMONIAS GRAVES, ALVEOLOS MAIS
COMPROMETIDOS)

 Ruídos advetícios: Sibilos (são normalmente expiratórios, asma – bilateral ou engasgo – unilateral ou unisegmentar),
roncos (encontrados inclusive em infecções de vias aéreas superiores), estertores finos (alterações alvolares mais
leves) e estertores grossos (alterações alveolares mais extensas)
 Ruidos não classificados: Atrito pleural (couro raspando sob outro - pleurite e neplasias), Estridor ou cornagem
(epiglotite ou laringite viral - obstaculo por espasmo, edema ou inflamação das vias aereas superiores), Pectoriloquy-
abnormal (pessoa falar, o normal é não distinguir uma silaba da outra. Em vigencia de uma pneumonia, a propagação
do som na agua se faz de uma forma mais intensa, dependendo da extensao, a distinsão das sílabas torna-se mais
perceptivel) e gemidos ou gemência (sinal tipico de dificuldade respiratoria grave)

CASOS CLÍNICOS

1) Paciente de 3 meses, deu entrada na emergencia com postura anormal, esforço respoiratoirio, retração de
furcula. Foi diagnosticada com pneumonia grave, sendo uma broquiolite que é uma pneumonia viral
caracteriada pelo acompanhamento de sibilância, mais principalmente de estertores. Sendo que o que esta
acometido é o bronquiolo terminal, por descamação levando a obstrução. Não adianta fazer broncodilatação,
porque o bronquio já esta dilatado, sendo que o tratamento é principamente de suporte. No raio-x apresenta
opacidade, tendo uma infecção alem da presente uma pneumonia comunitaria. Apresenta acidose metabolica,
hipoxemia, hipercapnia, hipoglicemia,

2) Paciente da entrada com tosse coqueluxoide ou “de cachorro”, gerada por uma sindrome coqueluxoide porem
ao fazer o exame da negativo para coqueluxe. Logo, deve ser um virus semelhante ao causador de coqueluxe.
Na auscuta deve-se encontrar estertores e sibilância. Em seu raio x foi encontrado opacidade com dimunuição
pulmonar. Após tratamento de nebulização com adrenalina, o acesso de tosse ausenta-se, podendo apenas a
taquipneia estra presente.

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