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Cabeça e Pescoço

➢ Que estruturas são observadas no exame? do rosto, apófises orbitárias


desenvolvidas, mandíbula
1. Cabeça bastante protusa, nariz e
2. Pescoço orelhas avantajados,
3. Glândulas salivares pálpebras espessas, língua
4. Gânglios linfáticos avantajada. Sobrancelhas
5. Tireoide grossas e se juntam na base
6. Vasos do pescoço do nariz (sinofridia)

4. Pseudobulbar = fisionomia abobalhada,


Inspeção do crânio mastigação e deglutição feitas com dificuldade,
saliva flui constantemente pelos lábios
➢ Forma, volume e conformação. entreabertos, mímica pobre. (paciente com mais
de 60 anos)
➢ Principais dismorfias cranianas:
1. Macrocefalia = aumento do cranio 5. Mixedematosa = rosto
(Hidrocefalia, acromegalia, raquitismo e largo, infiltrado, arredondado,
cretinismo) nariz carnoso, lábios grossos,
2. Microcefalia = diminuição do crânio epiderme pálida, seca e
3. Turricefalia = crânio em forma de torre amarelada. Edema
4. Crânio raquítico = crânio grande, alongado, periorbitário, supercílios
com fronte proeminente, achatado na parte escassos, queda do terço
superior externo das sobrancelhas,
4. Braquicefalia = crânio curto cabelos ressecados, ralos.
5. Plagiocefalia = crânio assimétrico (hipotiroidimo)

6. Basedowiana = pescoço
Face engrossado (pelo bócio),
olhos brilhantes, muito
➢ Fácies (aspecto geral), pele, olhos e região abertos e salientes
orbitária, nariz, boca, região periorbicular e (exoftalmo), dando
orelhas. impressão de espanto, nariz
fino, rosto magro e pele
➢ Fácies úmida. (doença de Graves)
1. Atípica

2. Hipocrática = grande palidez, boca entreaberta,


lábios adelgaçados, olhos parados e fundos, olhar
fixo, vaso, sem expressão, extremidades frias, 7. Renal = rosto pálido e
suor frio e viscoso na face. edemaciado, principalmente
na região peripalpebral.
3. Acromegálica = protusão frontal e das maçãs

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Cabeça e Pescoço

cavidade bucal, pouca expressão, apagamento


8. Cushingoide = rosto dos sulcos nasogenianos. (esclerodermia)
redondo (fácies de lua cheia),
de aparência pletórica e 13. Mitral = eritema malar
congestiva. Obesidade na bilateral (lesão na valva mitral)
face e no pescoço, obesidade
centrípeta. Conjuntivas
geralmente congestas e
aumento da pilificação
(crescimento de pelos).
(hiperplasia do córtex da 14. Lúpica: eritema vespertílio
suprarrenal ou uso de glicocorticoide) (em “asa de borboleta”) nas
regiões malares e dorso do
9. Leonina = presente na nariz.)
hanseníase virschowiana.
Lepromas numerosos na
fronte e desaparecendo os Pele
supercílios, distribuídos sem
simetria. Lábios proeminentes, ➢ Textura, espessura, distribuição de pelos,
grossos e endurecidos. cor e pigmentação.

10. Parkinsoniana = cabeça ➢ Excesso de pelos


inclinada para a frente, imóvel, 1. Hirsutismo = crescimento excessivo de
fixada pelos músculos do pelos terminais em áreas tipicamente
pescoço, fisionomia masculinas.
inexpressiva e dura, olhar fixo, 2. Hipertricose = aumento generalizado de
sem mobilidade normal das pelos, geralmente, mais finos e macios.
pálpebras, supercílios
elevados. Região orbitária

11. Adenoideana = nariz


➢ Supercícilios ou sobrancelhas:
geralmente pequeno, lábio
1. Sinofris = “monocelha”
inferior grosso e pendente,
2. Madarose = rarefação do terço distal dos
boca constantemente aberta
supercílios, comum no hipotiroidimos,
(pacientes que não respiram
hanseníase, esclerodermia e sífilis.
direito pelo nariz em
consequência do aumento das
➢ Pálpebras:
tonsilas faríngeas ou
1. Edema palpebral
adenoides)
2. Coloração
3. Presença de equimoses
12. Esclerodérmica = pele
4. Lesões
dura, pouca abertura da

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Hordéolo (“terçol”)= nodulação dolorosa,


sensível e avermelhada, se assemelha a Cavidade bucal
uma espinha na borda palpebral. (processo
inflamatório local) ➢ Lábios, parte interna das paredes laterais
Calázio = nodulação indolor subaguda, da boca, assoalho da boca, língua, dentes,
localiza-se na face interna da pálpebra, e não abóbada palatina, glândulas salivares,
na bora. secreção da saliva, hálito, faringe (pilares,
véu palatino e tonsilas palatinas) -
Xantelasma = formações cutâneas amarelas, indispensável o uso de lanterna e
discretamente elevadas, nas porções nasais. abaixador de língua.
(sugerem dislipidemias)

Ptose = queda da pálpebra superior


Exame geral do pescoço

Olho ➢ Forma, posição e mobilidade, estado da


pele, tecido celular subcutâneo, presença
de tumorações, presença ou ausência de
➢ Pupila
linfonodomegalias, tireoide, sinais arteriais
Miose = contração da pupila
e venosos.
Midríase = dilatação da pupila

➢ Esclera: realizar movimento de pinça para


Exame de glândulas salivares
observá-la.
1. Coloração
➢ Glândulas salivares principais: parótidas,
2. Melanose
submandibulares e sublinguais.
3. Ressecamento
➢ Glândulas salivares menores: distribuídas
pela submucosa das vias aéreas e digestivas
➢ Conjuntiva: pede-se ao paciente para olhar
superiores.
para cima e se puxa a conjuntiva
➢ Na caxumba, ocorre apagamento do ângulo
inferiormente.
da mandíbula, em função do volume
aumentado da parótida.
➢ Córnea
1. Halo senil = normal em idosos
2. Catarata = opacificação do cristalino:
azulado/esbranquiçado. Exame dos gânglios linfáticos

➢ Em situações normais, os gânglios costumam


ser pequenos, móveis, isolados, indolores e
Seios da face
de consistência fibroelástica.
➢ Gânglios aumentados e dolorosos sugerem
➢ Compressão dolorosa dos seios frontais e
inflamação
maxilares permite suspeitar a presença de
sinusite aguda.

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➢ Gânglios duros e fixos indicam doença Sinais que podem auxiliar na


maligna diferenciação de linfonodos
inflamatórios e neoplásicos

➢ Sequência de palpação:
1. Pré-auriculares
2. Retroauriculares (principais acometidos
na rubéola)
Exame da traqueia e da tireoide
3. Occipitais
4. Tonsilar (ou amigdalianos)
➢ Orientação no pescoço
5. Submandibulares
1. Identificação da cartilagem tireóide = “pomo
6. Submentonianos
de Adão” nos homens
7. Cervicais anteriores (superficiais e
2. Abaixo, identificação da cartilagem tricoide
anteriores ao ECOM)
3. Logo abaixo, istmo da tireoide.
8. Cervicais posteriores (ao longo da borda
anterior do trapézio, posteriores ao
ECOM)
9. Cervicais superficiais e profundos
10. Supraclaviculares (profundos, no ângulo
formado entre a clavícula e o
esternomastoideo)

➢ Para diferenciar um gânglio linfático de um


feixe muscular ou uma artéria, basta saber
que apenas os gânglios permitem
deslocamento em duas direções: para cima e
para baixo, e de um lado para outro.

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Cabeça e Pescoço

➢ Sistematização do exame:

1. Inspeção da traqueia: avaliar presença de Pedir ao paciente que flexione o pescoço para
desvios em relação à linha média. (caso haja a frente (para relaxar o ECOM).
desvio: massas cervicais, massa
mediastínica, atelectasia ou pneumotórax) 4. Ausculta: presença de sopros indicam
turbilhonamento sanguíneo, presente em
2. Inspeção da tireoide: inclinar a cabeça do neoplasias, doença de Graves
paciente para trás e inspecionar o movimento
da glândula tireóide enquanto o paciente ➢ Descrição da glândula:
engole um pouco de água. 1. Posição tópica
2. Mobilidade (normal = móvel)
➢ Manobra de Pemberton: para pesquisa de 3. Tamanho
bócio mergulhante. 4. Consistência (normal = fibroelástica)
5. Bordos (normal = não é possível delimitar o
bordo inferior dos lobos)
6. Presença de nódulos
7. Presença de sopros
8. Temperatura
9. Sensibilidade

Exame dos vasos do pescoço

➢ Sistematização do exame
Solicita-se ao paciente que eleve os braços 1. Inspeção
paralelamente à cabeça, com pescoço 2. Palpação
estendido. Na presença de bócio 3. Ausculta (importante para pesquisa de
mergulhante, o paciente poderá apresentar sopros provenientes de doenças
rubor facial. valvares, placas de ateroma e vasculites).

3. Palpação da tireoide: ➢ Sinais importantes:


1. Distensão bilateral pulsátil das veias
jugulares = hipertensão venosa na
Abordagem insuficiência cardíaca
posterior 2. Distensão bilateral não pulsátil das veias
jugulares = obstrução da veia cava
superior
3. Distensão pulsátil unilateral da veia
jugular direita = compressão do tronco
Abordagem braquicefálico = Sinal de Boinet
anterior

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4. Distensão pulsátil unilateral da veia 2.10 Língua - mobilidade, superfície,


jugular esquerda com empastamento da papilas linguais, “V” lingual
fossa supraclavicular = compressão 2.11 Glândulas sublinguais
venosa e linfática = Sinal de Dorendorf 2.12 Avaliação dos IX, X e XII pares
5. Sinal de Hirtz = palpação da aorta na cranianos
fúrcula esternal por dilatação ou
aneurisma de aorta 3. Palpação de gânglios
6. Sinal de Oliver-Cardarelli = percepção Exame deve ser bilateral, incluir
de pulsação para baixo, após elevação descrição de tamanho, localização,
manual da cartilagem cricoide sensibilidade, consistência, relação com
7. Sinal de Musset = pulsação extensora planos profundos, presença de sinais
da cabeça devido à insuficiência valvar flogísticos.
aórtica 3.1 Pré-auriculares
8. Sinal de Feletti = pulsação flexora da 3.2 Retroauriculares
cabeça, frequente no aneurisma da aorta 3.3 Occipitais
ascendente 3.4 Submandibulares
3.5 Submentonianos

➢ Pescoço
Checklist do exame físico
1. Palpação de gânglios
➢ Cabeça Exame deve ser bilateral, incluir descrição
de tamanho, localização, sensibilidade,
1. Exame do globo ocular consistência, relação com planos
1.1 Campimetria por confrontação (II par profundos, presença de sinais flogísticos.
craniano) 1.1 Cervicais posteriores
1.2 Movimentos oculares extrínsecos (II, 1.2 Cervicais anteriores
IV e VI pares cranianos) 1.3 Supraclaviculares
1.3 Escleróticas
1.4 Conjuntivas 2. Exame da tireoide
2.1 Inspeção
2. Exame da boca e orofaringe 2.2 Palpação
2.1 Usar espátula e lanterna 2.3 Pedir para engolir
2.2 Pedir para colocar a língua para fora 2.4 Ausculta
e falar “AAAAAH”
2.3 Vestíbulo 3. Exame dos pulsos carotídeos
2.4 Dentição 3.1 Palpação e ausculta
2.5 Amígdalas 3.2 Descrição: frequência, amplitude,
2.6 Pilares ritmo, estado da parede do vaso, presença
2.7 Úvula de frêmitos ou sopros
2.8 Palato mole - mobilidade
2.9 Palato duro

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4. Turgência jugular patológica


4.1 Observar pulso venoso
4.2 Posicionamento
4.3 Significado clínico

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