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INTRODUÇÃO À

NEUROANATOMIA
SEMANA 1
ESTRUTURAS AFERENTES E EFERENTES
• Aferentes: neurônios, fibras ou feixes que trazem impulsos a uma determinada
área do sistema nervoso;
• Eferentes: neurônios, fibras ou feixes que levam impulsos de uma área do sistema
nervoso;
• Depende do referencial;
DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO
• Divisão anatômica
• Sistema nervoso central (SNC): encéfalo e medula espinal; contém a maioria das células
neuronais;
• Sistema nervoso periférico (SNP): nervos cranianos e espinais; gânglios;

• Divisão funcional
• Sistema nervoso somático: relaciona o organismo com o meio; movimentos voluntários;
• Sistema nervoso visceral: manutenção da homeostase; sua parte eferente é
denominada sistema nervoso autônomo, que ainda é dividido em simpático e
parassimpático;
CONCEITOS BÁSICOS
• Trato: conjunto de fibras que possui aproximadamente a mesma origem, o mesmo
destino e a mesma função;
• Fascículo: trato mais compacto;
• Comissura: conjunto de fibras nervosas que cruzam o plano mediano sagital de
forma perpendicular;
• Decussação: formação anatômica constituída de fibras nervosas que cruzam
obliquamente o plano mediano;
• Hemiplegia: ausência de movimento em um lado do corpo;
• Parestesia: percepção anormal da sensibilidade;
CONCEITOS BÁSICOS
• Algia: dor;
• Anestesia: perda da sensibilidade tátil;
• Analgesia: perda da sensibilidade dolorosa;
• Nervos cranianos: feixes de fibras que se conectam ao encéfalo, sendo mais
complexos que os nervos espinais;
• Núcleos da base: massas nucleares subcorticais que se encontram na parte basilar
dos hemisférios cerebrais;
CRÂNIO
SEMANA 1
NEUROCRÂNIO
• Caixa óssea que abriga o encéfalo, as meninges, a parte proximal dos nervos
cranianos e a rede vascular que supre o encéfalo;
• Formado por 8 ossos:
• 2 pares: temporais e parietais;
• 4 ímpares: frontal, etmoide, esfenoide e occipital;

• Abóbada/teto/calvária: ossos frontal, parietal e occipital;


• Assoalho/base: ossos esfenoide e temporais;
OSSO FRONTAL
FOSSA ORBITAL

parede superior
(teto)

parede medial (+ processo


frontal da maxila)
parede lateral

Formato de pirâmide parede


quadrilátera inferior
• Base: margens;
• Ápice: canal óptico;
VISTA SUPERIOR
veias
emissárias

Pontos craniométricos
• Bregma: intersecção das suturas
coronal e sagital;
• Vértice: ponto mais alto da calvária;
lambda
• Lambda: interseção das suturas sagital
occipital e lambdoide
VISTA POSTERIOR

Pontos craniométricos
• Ínio: ponto mais proeminente da
proeminência occipital externa;

parte
mastoidea
(temporal)
linha nucal superior
VISTA LATERAL
sutura coronal

sutura escamosa
sutura
esfenofrontal

sutura
sutura
esfenoescamosa
lambóidea

sutura
parietomastóidea

sutura
occipitomastóidea
FOSSA TEMPORAL
limite superior
e posterior

osso frontal

limite anterior

osso zigomático
limite inferior
VISTA LATERAL / OSSO TEMPORAL

Pontos craniométricos
• Ptério: encontro das suturas coronal, esfenofrontal,
esfenoescamosa e escamosa; ramo anterior da
artéria meníngea
• Astério: encontro das suturas parietomastoidea,
occipitomastoidea e lambdóidea; local da transição
do seio transverso para o sigmoide;
CALVÁRIA

frontal

parietal
sulcos dos ramos
dos vasos
meníngeos médios

occipital
BASE DO CRÂNIO
SEMANA 1
SUPERFÍCIE EXTERNA
• Estende-se desde os dentes incisivos superiores anteriormente até as linhas nucais
superiores do osso occipital posteriormente
SUPERFÍCIE EXTERNA - ESFENOIDE
processos
pterigóideos
asa maior
fossa
lâmina medial
pterigóidea

lâmina lateral

forame oval (n.


petroso menor;
mandibular; a.
meníngea acessória)

forame espinhoso
(vasos meníngeos
médios; ramo
meníngeo do n.
mandibular)
SUPERFÍCIE EXTERNA - TEMPORAL
canal carotídeo (a.
carótida interna; plexo
carótico autônomo)

meato acústico
externo
fossa mandibular

processo estiloide

forame estilomastóideo
( saída do n. facial; a.
estilomastoidea)

processo mastoide

forame lacerado fossa/forame jugular (n. glossofaríngeo, vago,


(coberto por raízes cranianas do n. acessório, v. jugular
cartilagem in vivo) interna; a. meníngea posterior)
SUPERFÍCIE EXTERNA - OCCIPITAL

parte basilar

côndilo occipital
linha nucal
inferior crista occipital
externa
linha nucal
superior protuberância
occipital externa
SUPERFÍCIE INTERNA
Fossa anterior: aloja
lobos frontais; fica no
nível mais alto

Fossa média: aloja


lobos temporais

Fossa posterior: aloja


cerebelo, ponte e
bulbo
FOSSA ANTERIOR
parte orbital (frontal)
lâmina crivosa /
cribriforme (axônios
para o n. olfatório)
jugo esfenoidal
crista etmoidal limbo esfenoidal

asa menor (esfenoide)


FOSSA MÉDIA sulco pré-quiasmático
(esfenoide)
asa menor (esfenoide)
canal óptico (n. óptico;
dorso da sela a. oftálmica)
processo clinóide
canal carótico (a. anterior
carótida interna; plexo
nervoso carótico tubérculo da sela
interno)
fossa hipofisária
processo clinóide
posterior
FOSSA MÉDIA – MEIA LUA DOS FORAMES
fissura orbitária superior (n.
oculomotor, troclear, ramo
oftálmico do . trigêmeo,
abducente, vv. oftálmicas)

forame redondo (ramo


maxilar do n. trigêmeo)
forame oval ( ramo
mandibular do n. trigêmeo;
forame espinhoso (vasos a. meníngea acessória)
meníngeos médios; ramo
meníngeo do ramo
mandibular do n. trigêmeo)
FOSSA POSTERIOR

canal do hipoglosso (n.


hipoglosso)
clivo: corpo do esfenoide +
parte basilar do occipital
osso esfenoide
forame magno (bulbo,
meninges, aa. vertebrais, meato acústico interno (n.
ramos meníngeos das aa. facial, vestibulococlear; a.
vertebrais , raízes espinais do labirinto)
dos nervos acessórios sulco do seio sigmóideo

crista occipital interna:


separa as fossas cerebelares sulco do seio transverso

protuberância occipital
interna: confluência dos seios
MENINGES CRANIANAS
SEMANA 1
MENINGES
• São membranas conjuntivas que revestem
o SNC;
• Promove proteção ao parênquima do SNC,
além de sustentação para vasos
sanguíneos e seios venosos;
• Derivam de uma membrana embriológica
primitiva que se diferencia em
paquimeninge (dura-máter) e
leptomeninge (aracnoide e pia-máter);
DURA-MÁTER
• É a meninge mais superficial, espessa e resistente;
• Camada externa: corresponde ao periósteo da face interna (sem capacidade
osteogênica);
• Camada interna: continua-se como dura-máter espinal;
DURA-MÁTER – IRRIGAÇÃO E INERVAÇÃO

ramo meníngeo do n.
mandibular

Inervação: principalmente pelo ramo meníngeo


Irrigação: principalmente pela a. meníngea
do nervo mandibular do trigêmeo; em geral sua
média, ramo da a. maxilar interna
estimulação é dolorosa;
PREGAS DA DURA-MÁTER
foice do cérebro
incisura da tenda

diafragma
da sela
tenda do cerebelo

foice do cerebelo
SEIOS DA DURA-MÁTER – SEIOS DA ABÓBADA
• Canais venosos que drenam o sangue das veias do globo ocular e do encéfalo para
as veias jugulares internas;

ponto de término
dos seios sagital
superior, occipital
e reto; e de início
dos seios
transversos

comunicação dos
drena quase toda seios com a
totalidade de superfície externa
sangue da do crânio
cavidade craniana
para a v. jugular
interna
SEIOS DA DURA-MÁTER – SEIOS DA BASE
DRENAGEM DOS SEIOS DA DURA-MÁTER

Seio sagital
Confluência dos
Seios da abóbada superior + reto + Seios transversos Seios sigmoides V. jugular interna
seios
occipital

Drenagem
Seio petroso Veia jugular
inferior interna
Seio
Seios da base Seio cavernoso
esfenoparietal
Seio petroso
Seio sigmóideo V. jugular interna
superior
ARACNOIDE
• Membrana delicada, avascular em contato com a dura-máter;
• Possui trabéculas que a ligam à pia-máter (trabéculas aracnóideas);

Granulações aracnóideas:
invaginações da aracnoide
nos seios da dura-máter;
reabsorção de líquor;
CISTERNAS SUBARACNÓIDEAS
• Dilatações do espaço subaracnóideo;
• Contém grande quantidade de líquor;
PIA-MÁTER
• Meninge mais interna;
• Membrana pio-glial: porção mais profunda da pia-máter
associada aos prolongamentos dos astrócitos;
• Espaços perivasculares (de Virchow-Robin): atuam como
um manguito protetor ao amortecer a pulsação das
artérias;
ESPAÇOS

espaço epidural
entre a camada
interna da dura-máter
a aracnoide; espaço entre a camada
virtual interna e externa da
dura-máter; virtual no
encéfalo e real na
espaço subdural medula
espaço
subaracnóideo

entre a aracnoide e a
pia-máter; contém o
líquor
TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO (TCE)
• Golpe e contragolpe;
• Concussão: sintomas pós-traumas;
• Contusão: lesão tecidual após o trauma;
• Lesão axonal difusa: lesões microscópicas pelo cisalhamento entre as áreas
cortical e subcortical pela diferença de densidade;
• Dissecção arterial: perda da integridade da túnica íntima, expondo a camada
subjacente, o que facilita a formação de trombos;
• Traumas repetitivos: pugilistas; jogadores de futebol americano;
• Hemorragia extracraniana:
• Hemorragia intracraniana:
HEMATOMA SUBDURAL
• Acumulação de sangue no espaço
subdural, que normalmente é virtual;
• Em geral, a etiologia é traumática;
• Normalmente associada a uma lesão
parenquimatosa subjacente;
• Predominantemente venoso;
• As manifestações clínicas são
determinadas pela localização e
extensão da lesão associada;
• Pode ser agudo ou crônico;
• Padrão radiológico : lesão expansiva
côncava; desvio da linha média
(efeito de massa);
agudo crônico
HEMATOMA EPIDURAL/EXTRADURAL
• Acúmulo de sangue entre a dura-máter e o
periósteo;
• Nos casos clássicos, é causada pela
laceração traumática de uma artéria
meníngea;
• A causa quase sempre é uma fratura de
crânio com laceração da artéria meníngea
média;
• Em muitos casos, essas fraturas ocorrem
sem causar alguma lesão grave no cérebro;
• Intervalo lúcido
• Padrão radiológico: padrão convexo;
hipodensidade central causada por sangue
não coagulado; desvio da linha média;
HEMORRAGIAS

hemorragia subaracnoide hemorragia intraparenquimatosa hemorragia intraventricular


SÍNDROMES DE HERNIAÇÃO CEREBRAL
1. Uncal
2. Central (transtentorial)
3. Cingulado (subfalcino)
4. Transcalvário
5. Acima do cerebelo (transtentorial)
6. Abaixo do cerebelo (tonsilar)
PRESSÃO INTRACRANIANA ELEVADA
• Doutrina de Monro-Kellie
ESCALA DE GLASGOW
RESPOSTA ENDÓCRINO, METABÓLICA
E IMUNOLÓGICA AO TRAUMA (REMIT)
FRATURAS DE BASE DO CRÂNIO
• Rinorreia e otorreia com possível
presença de líquor;
• Equimose na região mastoide (sinal de
Battle): fratura do astério;
• Equimose na região periorbital (sinal de
guaxinim): ruptura de vasos
suborbitários;
• Sangue na membrana timpânica
(hemotímpano);

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