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RESUMO HP4 – EXAME NEUROLÓGICO

Pescoço e Coluna Cervical: → KERNIG: Com a perna fletida, trazendo a perna


- Limitação de movimentos: Inicia-se com a até o peito, para ver se ele consegue sem sentir
investigação de uma possível limitação de dor.
movimentos, que pode-se ter uma lesão nesse
local.
- Rigidez de nuca: Através da flexão do pescoço;
- Prova de Brudzinski: Flexão do pescoço, e
quando há irritação na raiz nervosa o paciente vai
acabar fazendo a flexão da perna. Ele não
consegue tocar o queixo no peito enquanto tá com
a perna esticada.

MARCHA (Equilíbrio donâmico):


Disbasia: Distúrbio da marcha.
Tipos de marcha patológicas:
• Ceifante ou hemiplégica: Paciente teve
AVC, com lesão piramidal, e fica com a
perna esticada, tendo elevação do tônus e o
braço fica fletido – Rigidez da musculatura
Coluna Lombossacra: estensora.
- Limitação de movimentos: Fazer o teste para
saber se o paciente pode fazer todos os • Parkinsoniana: Paciente “todo” rígido, tem
movimentos que são esperados para a coluna. dificuldade de fazer qualquer tipo de
- Estiramento de raiz nervosa: Avaliado por 2 movimento, passos curtos, as mãos não
testes: acompanham a marcha.
• Cerebelar: marcha ébria, “bêbado”,
→ LASÈGUE: Paciente em decubito dorsal, tentar Paciente não consegue se equilibrar
levantar a perna esticada, vendo até onde o enquanto anda.
paciente consegue levantar sem sentir dor. Espera- • Escarvante: Lesão que não permite que o
se que, mesmo quem não tem bom alogamento, o paciente eleve o pé, então ele anda com o
paciente levante acima de 30°. joelho muito alto.
• Anserina: Fraqueza de musculatura
pélvica, ocasionando uma marcha que tem-
se que jogar o peso todo na perna que está
em contato com o chão. Alarga-se a base e
ha hiperlordose. “marcha do pato”

Motricidade:
Pode ser:
Voluntária
• Espontânea, paciente faz o movimento que
se pede;

Se o paciente não consegue levantar a perna até


30° sem dor – Lasègue + patológico.
• Força muscular, tendo que vencer a A força muscular é graduada sendo que há:
resistência;
Temos que testar vários grupamentos musculares
diferentes.

Ex.: Se você solicita que o paciente levante o braço


e ele nem contrai a musculatura – temos uma força
muscular grau 0.
Se ele tenta levantar, mas só contrai e não
movimenta – força grau 1
Se ele contrai a musculatura, movimenta o braço,
mas não vence a gravidade, força 2.

• Coordenação: Tem-se o cerebelo e a


propriocepção;
Para se diferenciar onde o problema está faz-se os
testes de olhos fechados;
Prova indicador-nariz: Trazer o dedo até a ponta
do nariz – Se ele não conseguir nem com o olho
fechado e nem aberto o problema é cerebelar, se
ele conseguir com o olho aberto p problema é de
propiocepção.
Prova calcanhar-joelho: Como paciente deitado,
pede-se que ele traga o calcanhar até o joelho
contralateral.

Também se pede para o paciente escorregar o


calcanhar di joelho até o outro pé.
Prova dos movimentos alternados: Vai avaliar a
DIADOCOCINESIA, que é a capacidade de se
fazer os movimentos alternados.
Pede-se que o paciente faça movimentos
alternados e rápidos.
Involuntária
• Tônus muscular:
- Inspeção:
Achatamento da musculatura – hipotonia;
- Palpação:
Consistência muscular – em lesões do SNC
o tônus fica aumentado. Ex.: AVC.
Já em lesões SNP haverá uma hipotonia.
- Movimentos passivos: Pedir pro paciente
relaxar o braço e mexer o braço, nesse caso
se observa:
- Grau de resistência e passividade;
- Cutaneoabdominais: Saindo da periferia
- Grau de extensibilidade.
do abdome com a borda romba, trazendo a
Hipertonia: Pode se dar por via:
linha média. Espera-se uma contração
- Piramidal: Tem-se uma Espasticidade – Postura
unilateral.
de Wernicke-Mann, é eletiva, extensores do MMII e
flexores dos MMSS, além de ser elástica – quando
se tenta vencer a resistência o braço acaba
voltando a posição;

Vê-se o desvio da
cicatriz umbilical
Tem tônus aumentado
Um problema nesse exame pode ser indicativo de
contralateral, flexão do
uma lesão do Arcoreflexo ou de via piramidal.
membro superior e
OBS.: Tem que ter cuidado, pode ter outras causas,
hiperextensão do
como a obesidade, em que o paciente não vai ter
inferior.
esses reflexos.
• Extrapiramidal: Vai se ter uma rigidez
• Reflexos profundos: É importante que o
contínua, e não eletiva. Vai se ter uma
paciente não esteja contraindo a
hipertonia plástica. Fica na posição que se
musculatura.
coloca de forma passiva.
- Reflexo supinador: Bater acima da
proeminência óssea. Reflexo sutil.

Quando vai
abrir ele abre em partes, mostrando que se tem - Reflexo Bicipital: Deve se colocar o dedo,
uma resistencia. pressionar e colocar o martelo em cima do
dedo, para se atingir o nervo correto,
Reflexos motores: espera-se contração do bíceps.
• Exteroceptivos ou superficiais:
- Cutaneoplantar: Com a borda romba, do
martelo, passa na planta do paciente. O
normal é que se tenha flexão dos dedos.
Já quando se tem o sinal de babinski, que
é uma lesão piramidal ou corticoespinal, vai
se ter uma extensão patológica.
- Reflexo Tricipital: Precisa segurar o Avaliação:
braço do paciente, e percutir e vai se ter • Sensibilidade superficial:
uma contração do tríceps.. - Pelo toque, com o dedo ou algodão.
Paciente com olho fechado, compara-se um
lado com o outro.

- Reflexo Patelar: Deve se percutir abaixo


da patela. - Dolorosa, com alfinete sem fazer muita
dor, e comparativa;

- Reflexo Aquileu: Deve se segurar o pé do - Térmica


paciente mais feltido e percutir no tendão de
aquiles, vê-se a extensão do pé.

• Sensibilidade profunda:
- Propioceptiva: Pede pro paciente fechar o
olho e pega em um dedo, colocar em
Os reflexos também podem ser graduados em: alguma direção e perguntar como tá.

- Vibratória: Com diapasão, coloca pra


tremer e põe sobre as proeminências
Sensibilidade: ósseas. O normal é o paciente sentir a
Pode ser dividida em: vibração.
- Subjetiva: Paciente traz como queixa, dor,
parestesia, dormência.
- Objetiva: Pode ser subdididida em:
Especial: Olfação, Visão, Gustação e
Audição.
Geral: Profunda (Vibratória, Pressão,
Cinético-postural e Dolorosa) e superficial (Tátil,
Térmica e Dolorosa).
- Estereognosia: Coloca-se um objeto Miniexame do estado mental (MEEM)
conhecido na mão do paciente e vê se
ele reconhece. Ex.: Moeda ou caneta.
Orientaçãotemporal (5 pt) Hora aproximada / dia da
semana / dia do mês /
mês / ano
Orientação espacial (5 pt) Local / Endereço / bairro
/ cidade / estado.
Registro (3 pt) Repetir: Carro, Vaso,
Tijolo
Atenção e cálculo (5 pt) 100-7 = 93-7 = 86-7
- Grafestesia: Com a caneta, grafar um
Evocação (3 pt) 3 obj. anteriores
número fácil e ver se o paciente
Repetir (1pt) “Nem aqui, nem ali, nem
consegue identificar.
lá”
Comando de estádios (3 pt) Pegue esta folha de
papel com a mão direita,
dobre-a ao meio e
coloque-a no chão (não
repetir)
Escrever uma frase completa (1 Escrever uma frase com
pt) sentido.
Ler e executar (1 pt) Feche seus olhos
Copiar desenho (1 pt) Copiar dois pentágonos
A Sensibilidade pode ser graduada com interseção de
em: ângulos.
• Tátil:
Anestesia
Hipoestesia
Hiperestesia
• Dor:
Analgesia
Hipoalgesia
Hiperalgesia
Sempre descrever outros achados.

NÍVEL DE CONSCIÊNCIA:
GCS – P (Glasgow Coma Scale + Escore de Reatividade da Pupila)
Abertura Ocular Resposta verbal Resposta motora
Espontâneo 4 Orientado 5 Obedece a comandos 6
Ao chamado 3 Confuso 4 Localiza estímulos 5
Á pressão 2 Palavras 3 Flexão normal 4
Nenhuma 1 Sons 2 Flexão anormal 3
Não testável NT Nenhuma 1 Extensão anormal 2
Não testável NT Nenhuma 1
Não testável NT

Pode ser incluido a Reatividade pupilar na escala de coma de Glasgow.


Olhos não reativos a luz Pontuação de reatividade da pupila
Ambos os olhos 2
Se nenhum dos dois olhos estiverem reativos, subtrai-se 2. Se for 1 olho, subtrai-se 1.

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