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ABDÔMEN:

Inspeção:
Estática: Plano, escavado, globoso
Cicatrizes, abaulamentos, estrias, pilificação
Equimoses: Cullen, Grey Turner
Circulação colateral
Simetria: hérnias, hepatomegalia, obstrução intestinal
Pele e anexos
Dinâmica: Valsava

Ausculta: começar pelo quadrante inferior direito


Ruídos Hidroaéreos preservados, diminuídos ou abolidos

Palpação: sentido horário. Quando estiver dolorido, começar pelo quadrante seguinte
Posição de Schuster: pct em decúbito lateral direito, com a perna esquerda flexionada
e o braço esquerdo na nuca.
Superficial
Profunda:
DB: descompressão brusca

Percussão:
De baixo para cima: Timpânico – Maciço - Submaciço - Claro Pulmonar

SINAIS:
• DESCOMPRESSÃO BRUSCA:
• SINAL DE GERSUNY: sugestivo de fecaloma. Palpação profunda quadrante inferior
esquerdo (cólon descendente)
• SINAL DE MURPHY: pressionar o ponto cístico e pedir ao pct para respirar
profundamente, se houver dor, Murphy positivo. Colecistite aguda
• SINAL DE TORRES-HOMEM: dor à percussão hepática
• SINAL DE JOBERT: hipertimpanismo na região hepática. Pneumoperitôneo.
• SINAL DE CORVOISIER-TERRIER: abaulamento no hipocôndrio direito. Neoplasia
de vesícula biliar (idosos)
• SINAL DE CHARCOT (TRÍADE): febre, dor abdominal e icterícia (colecistite aguda)
• SINAL DE BLUMBERG: pressão no ponto de Mc Burney, se houver dor, positivo
• SINAL DE LAPINSKY: sugestivo de apendicite. Ao pressionar o ponto apendicular,
pedir ao pct para levantar MMII e o pct sentirá dor.
• SINAL DE ROVSING: ao palpar a fossa ilíaca esquerda, pct refere dor na fossa ilíaca
direita
• SINAL DE OBTURADOR: paciente em decúbito dorsal, faz-se a flexão passiva da
perna sobre a coxa e da coxa sobre a pelve, então procede-se com uma rotação
interna da coxa. Pct refere dor no hipogástrio. É um dos sinais da apendicite.
• SINAL DE LENANDER: temperatura retal 1°C diferente da axilar. Apendicite
• SINAL DE DUNPHY: Dor na FID que piora com a tosse. Apendicite
• SINAL DE AARON: Dor epigástrica referida à palpação do ponto de McBurney
• SINAL DE PSOAS: Paciente refere dor na coxa ao realizar a hiperextensão passiva
de membro inferior direito (ou flexão ativa contra resistência).
• SINAL DE TEN-HORN: dor abdominal causada pela tração gentil do testículo direito.
Apendicite.
• SINAL DE KEHR: pct refere dor no ombro ao fazer compressão no hipocôndrio
esquerdo. Trauma esplênico.
• SINAL DE CHANDELIER (SINAL DO CANDELABRO): ao inserir espéculo vaginal a
mulher sente dor no hipogástrio
• SINAL DE GIORDANO: Percussão dolorosa no dorso (lombar)
• MANOBRA DE PIPAROTE:
 Semi-círculo de Skoda: com o paciente em decúbito dorsal percute-se a
região periumbilical do meio para as extremidades. Em casos de ascite,
observa-se alteração do timpanismo.
 Macicez móvel: ocorre em casos de ascite de médio volume. Quando o
paciente está em decúbito dorsal o líquido acumula-se na região lateral do
abdome, revelando timpanismo na região anterior, quando o paciente
posiciona-se em decúbito lateral, o líquido desloca-se para o mesmo lado,
onde fica maciço e a região acima fica timpânica.

NEUROLOGIA

1 – Avaliação do nível de consciência

 Orientado
 Sonolento
 Torporoso (não sustenta a atenção por mais de 10 segundos)
 Comatoso

2 – Avaliação da força:
Manobra de Mingazini: em membros superiores e inferiores

 Membros superiores: braços estendidos que devem sustentar-se por mais de 1


minuto.
 Membros inferiores: pernas devem permanecer flexionadas por mais de 30
segundos.

Manobra de Barré: em decúbito ventral, mantém as pernas fletidas sobre as coxas. O


déficit da musculatura flexora da perna leva a oscilações ou à queda da perna
parética.
Manobra de Ramiste: sentado ou em pé mantém os membros
superiores estendidos para frente no plano horizontal, com os dedos afastados entre
si. Essa posição deve ser mantida por 2 minutos
Manobra por agrupamento muscular: testar a flexão e extensão dos membros.

Paresia: déficit de força


Hemiparesia: déficit de força em todo um lado do corpo. (Hemi: metade)
Monoparesia: déficit de força que afeta apenas um membro
ESCALA MRC – GRADAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR
GRAU 5 Força normal contra resistência do examinador
GRAU 4 Força muscular reduzida contra resistência do examinador
GRAU 3 Paciente vence a gravidade, mas não vence a força do examinador
GRAU 2 Contração fraca, movimenta apenas se eliminada a gravidade
GRAU 1 Sem movimento

3 – Avaliação do tônus muscular:


- Trato Piramidal: lesão típica do AVC. Espasticidade muscular (hipertonia/aumento
do tônus)
Características: Marcha hemiplégica/helicoidal. Babinski positivo. Sinal do canivete
- Trato Extrapiramidal: Parkinson, Coreia de Sydenham (infecção causada por
streptococcus pyogenes)
Características: sinal da roda denteada (rigidez muscular). Postura de Wernicke.

4 – Avaliação da sensibilidade: avaliar sentido distal a proximal e sempre


comparando um lado com o outro.

 Via Superficial: dor e temperatura


 Via Profunda (Propioceptiva): vibração, pressão, propriocepção e cinético
postural. Reflexos profundos são testados com o martelo de percussão

Hipoestesia: diminuição da sensibilidade


Parestesia: sensação de formigamento.
Hipopalestesia: diminuição da sensação vibratória. Déficit de via profunda.
Anestesia: ausência total de sensibilidade

Principais níveis sensitivos: lesão acomete a raiz medular dois níveis acima do local
da lesão

 Mamilar: lesão em T4
 Reborde costal: T7
 Umbigo: T10

5 – Avaliação do Reflexo: sempre comparar ambos os lados. Espera-se encontrar


reflexo normativo e simétrico.

 Bicipital: C5/C6 – flexão do antebraço


 Tricipital: C6/C8 – extensão antebraço
 Braquioradial: C5/C6/C8 – flexão com supinação do antebraço
 Patelar: L2/L4 – extensão da perna
 Aquileu: L5/S2 – flexão plantar
GRADUAÇÃO DO NÍVEL DOS REFLEXOS
0 - Abolido Não é possível obter reflexo
1 - Diminuído Reflexo conseguido com dificuldade, pouca intensidade
2 - Normal Reflexo obtido com facilidade, normal
3 - Vivo Reflexo com intensidade aumentada, pode ser normal
4 - Exaltado Reflexo amplo e brusco, podem ocorrer várias contrações

Reflexo de Babinski: estímulo sentido arco lateral a medial. AVCs, esclerose múltipla,
tumores cerebrais e medulares. Sinal de Babisnki é fisiológico em crianças que ainda
não caminham.
6 – Avaliação da coordenação: lesões cerebelares causarão alteração dos testes.
Ataxia cerebelar.
Teste index-nariz: Avaliar ambos os lados. Primeiro com os olhos abertos e depois
com os olhos fechados.
Dismetria: paciente erra o alvo
Hipometria: paciente não alcança o alvo
Hipermetria: paciente passa o alvo
Teste das mãos alternadas: Movimentos rápidos e alternados.
Disdiadocosinesia: Incapacidade de realizar movimentos rápidos alternados.
Dismetria: Incapacidade de controlar a amplitude dos movimentos.
7 – Avaliação do equilíbrio:
Estático: sinal de Romberg. Indica ataxia vestibular
Romberg positivo: paciente fecha os olhos e perde o equilíbrio imediatamente
Pseudo Romberg: paciente perde o equilíbrio cerca de 10 segundos após fechar os
olhos
Dinâmico: caminhar com pé um na frente do outro (marcha de Tandem)

Marchas patológicas:
Marcha Ceifante/Helicópode/Hemiplégica: braço flexionado próximo ao corpo,
perna do mesmo lado espástica e com flexão plantar. Joelho não se move. AVC,
doenças do trato piramidal.
Marcha Cerebelar/Ebriosa: oscilante e de base larga. Doenças cerebelares.
Marcha Escarvante: déficit na dorsoflexão do pé, ao caminhar o paciente bate o pé
no chão. Comum e traumas de moto, pós covid (por conta da pronação), lesão no
ciático e doenças do trato motor inferior.
Marcha Anserina: quando a pessoa dá o passo o quadril oposto cai para o lado em
função de fraqueza muscular. Distrofias musculares e miopatías.
Marcha Parkinsoniana: hesitação ao caminhar, passos rápidos e curtos, pés se
arrastam no chçao. Parkinson e demências em estágio avançado.
Marcha Espática/Espasmódica: membros ficam enrijecidos e semifletidos. Pés se
arrastam e pernas se cruzam ao andar. Esclerose mútipla e paresias de MMII
Marcha Vestibular: paciente é solicitado a andar em linha reta e ao fechar os olhos e
solicitar que caminhe para frente e retorne para trás, há desequilíbrio, desenhando
uma espécie de estrela no caminhar. Labirintopatias.

8 – Avaliação sinais meníngeos:


Brudinski: é positivo nas situações em que a flexão passiva do pescoço resulta em
flexão espontânea dos quadris e joelhos.
Kernig: Quando o sinal é positivo, o paciente sente dor, resistência e incapacidade de
estender o joelho por completo.
9 – Avaliação dos pares cranianos:
1° – Nervo Olfatório: queixas de anosmia (ausência de cheiro) cacosmia (cheiro
pútrido,indica lesão ou tumor na base do crâneo)
2° – Nervo Óptico: queixa de BAV (Baixa Acuidade Visual)
Avaliar pupilas (feixe de luz) Midríase (pupila dilatada) miose (pupila diminuída)
3° – Nervo Oculomotor, 4° – Troclear e 6° – Abducente: avaliam-se conjuntamente
ao pedir que o paciente movimente os olhos na forma de um H (acompanhando o
dedo do avaliador)
Pares 3° e 6°: movimentos oculares horizontais
Par 4°: movimentos verticais e de abdução (olhar para o próprio nariz)
5° - Nervo Trigêmeo: sensibilidade facial. Neuralgia do trigêmeo
7° - Nervo facial: mímica. Quando lesionado a boca fica torta. Paralisia de Bell.
8° - Nervo Vestibulococlear: testar audição com diapasão sob a cabeça do paciente
(Mabora de Rinne e Weber)
9° - Nervo Glossofaríngeo: ver palato e úvula do paciente
10° - Nervo Vago: reflexo do vômito
11° - Nervo Acessório: pedir ao paciente que levante e abaixo o trapézio. Virar a
cabeça para os lados (músculo esternocleidomastóideo) ao girar a cabeça para a
direita, o músculo esquerdo flexiona-se, ao girar para a esquerda o músculo direito é
que estará flexionado
12° - Nervo Hipoglosso: pedir ao paciente que coloque a língua para fora.

PEDIATRIA
Divisão etária da pediatria:
Recém-nascido: 0 a 28 dias
Lactente: 29 dias a 1 ano e 11 meses
Pré-escolar: 2 anos a 6 anos e 11 meses
Escolar: 7 anos a 9 anos e 11 meses

Anamnese:
Identificação: Nome completo, Idade e data de nascimento, cor, gênero, naturalidade
procedência, endereço, escolaridade, profissão e ocupação dos pais.

Queixa e duração (QD)

História da moléstia atual (HMA)

Interrogatório sobre os diferentes aparelhos:

História da gestação, parto e nascimento: Pré-natal: G.P.A. infecções,


medicamentos, sangramentos, hipertensão ou diabetes gestacional.
Antecedentes nutricionais: Tempo de aleitamento materno, Inicio da alimentação

Crescimento e desenvolvimento: Peso e estatura, Perímetro cefálico. Quando


começou a emitir sons, andar, sentar sem apoio, introduzir coisas na boca sem ajuda
entre outras

Antecedentes Familiares

EXAME FÍSICO:
Inspeção: icterícia ou hálito cetônico.
Palpação: Bimanual, em garra, mão espalmada, em pinça.
Avaliação morfológica

Exame físico geral:


Avaliação da coloração
Verniz caseoso
Lanugem
Mobilidade
Escamação e descamação
Mancha mongólica
Foto reagente
Estrabismo
Canal lacrimal (blefero)
Epicanto
Crânio estenose
Avaliação do nariz
Nariz em cela (sífilis)
Avaliação coanas (se houver alteração)
Avaliação da boca
Fenda palatina
Lábio leporino
Dentes neonatal
Avaliação da orelha
Macrognatia
Micrognatia
Pescoço- hidroma cística
Ombro (se houve distocia)

Manobras:
No recém-nascido: manobra de Ortolani (luxação congênita) e Barlow
Na criança maior: avaliar a coluna na posição ereta

Antropometria:
INSTRUMENTO PARA MEDIÇÃO DO RN: ANTROPÔMETRO
Peso: > 2 anos: balança de adulto
Comprimento/altura
Perímetro cefálico, perímetro torácico, perímetro abdominal

EXAME FÍSICO CERVICOCAUDAL


PELE
- Pele íntegra.
- Manchas mongolicas (é comum).
- Manchas rosáceas.
- Cianose de extremidades e labial.
- Icterícia fisiológica.
- Descamação.
CRÂNIO
- Todos os pares de ossos do crânio.
- Suturas (coronal, sagital, temporais)?
- Fontanelas (bregma e lambda)
- Palpacao leve compressão observando a mobilidade das suturas.
- Palpacao das fontanelas.
- Bosa secsanguinolenta.

Exame físico especifico:


Genitais Menino: deformidade do pênis, exposição da glande, presença dos testículos
Meninas: tamanho do clitóris, ninfas, orifício uretral, hímen Região anal e sacral
Fissuras, fistulas, sangramentos, plicomas, deformidades da coluna lombosacra
Osteomuscular Simetria, mobilidade, desvios, crepitação, dor Deformidades: pé torto
congênito, pés planos

Reflexos neurológicos primitivos


- Reflexo de galante: bebê no antebraço, com o pescoço pinçado. Passar os dedos
sobre as costas do baby.
- Reflexo de babinsky: extensão em leque
- Reflexo de marcha: segurar o bebê na vertical (em pé) ele “anda”
- Reflexo de moro ou de susto
- Reflexo glabelar: por o dedo na glabela e ele pisca.
- Reflexo de busca: estimular a face ao redor da boca, bebê “busca o peito”
- Reflexo de sucção: inserir o dedo mínimo (com luva) no canto da boca do bebê, que
irá sugar.
-Reflexo olhos de boneca: girar a cabeça do bebê num sentido, os olhos movimentam-
se no sentido oposto.
- Reflexo tônico cervical: em posição supina, a cabeça da criança deve ser girada em
90° para um dos lados pelo examinador e assim permanecer durante 15 segundos. 
- Reflexo anus cutâneo: ao fazer estímulo com cotonete na região perianal, bebê faz
contração involuntária.
- Reflexo palmar: ao colocar o dedo sob a palma da mão, o bebê fecha os dedos
- Reflexo plantar: ao colocar o dedo sob o pezinho, bebê fecha os dedos dos pés.

TIROIDE:

O TSH determina se o problema da glândula é Primário ou Central.

HIPERTIROIDISMO:
Alterações Primárias:
Autoimune (Doença de Graves) – sinal de Lid/Leg (exoftálmica)
Tireotoxicose (consumo de T3/T4 para emagrecimento)
Tiroidite: hiperfuncionamento da glândula, destruição Auto Imune
Alteração Central: Hipotiroidismo Congênito

Primário Central
TSH
T3/T4

HIPOTIROIDISMO:
Alterações Primárias:
Autoimune (Tiroidite de Hashimoto) *O bócio pode aparecer no início (fase subclínica)
Alterações Centrais:
Estímulo insuficiente de TSH na tiroide por disfunção na secreção do hipotálamo.

Primário Central
TSH

T3/T4

Sintomas de Hipertiroidismo: Sintomas de Hipotiroidismo:


Sudorese Depressão
Taquicardia Pele seca
Tremor Constipação
Agitação Sonolência

PA Divergente: diferença de 60 mmHg PA Convergente: diferença de 30


entre sistólica e diastólica mmHg entre sistólica e diastólica

DDX: síndrome do pânico, DDX: depressão, anemia, desnutrição,


feocromocitoma, drogas ilícitas, envelhecimento, insuficiência renal
tireotoxicose crônica, artrites

Exames solicitados:
Anti TPO/Anti TGP
Anti receptor TSH (+ específico)
Punção aspirativa
Cintilografia
Ressonância Magnética da Sela Turca (ver hipotálamo em problemas Central)

Propedêutica da tiroide:
Inspeção: Abaulada, normal.

Palpação: 5 critérios para análise


Consistência: fibroelástica
Tamanho: 2,5 – 5cm
Mobilidade: móvel à deglutição
Indolor
Nódulos

Ausculta: hipertoidismo (shun-ta)


Reflexo de Aquileu:
Hiporreflexão
Normoreflexão
Hiperreflexão
VASCULAR:
Valores de referência:
PA: Adulto: 120/80 mmHg
FC: 60 – 100 bpm
Amplitude: amplo, mediano, pequeno (Comparar as artérias homólogas)
PA: em obesos verificar na artéria radial

PULSOS:
TEMPORAL
CAROTÍDEO
SUBCLAVIA: fossa supraclavicular
AXILAR
BICIPITAL
BRAQUIAL
RADIAL
ULNAR
AORTA ABDOMINAL
FEMORAL
POPLÍTEO
TIBIAL ANTERIOR E POSTERIOR
PEDIOSO

CARDIOLOGIA
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO 
Inspeção e palpação do precórdio: Pesquisa de abaulamentos, análise do ictus cordis,
dos movimentos visíveis e/ou palpáveis, palpação de bulhas, pesquisa de frêmitos.  
Posições: em decúbitos dorsal, laterais e sentado 
Observar: Abaulamento; Impulsões de borda esternal; Retrações; Malformações
torácicas; Batimentos ou Movimentos; Frêmito Cardiovascular;  
Ictus Cordis: Choque de Ponta - Avaliar: Localização; Extensão; Mobilidade;
intensidade e forma de impulsão; Ritmo e frequência. Comparar com pulsos
carotídeos   

 AUSCULTA CARDÍACA:
Identificar cada um dos focos principais de ausculta.

FOCOS OU ÁREAS DE AUSCULTA


Foco ou área mitral =  5º EI Esquerdo esquerdo, linha hemiclavicular (ictus cordis)
 Foco ou área pulmonar = 2º espaço intercostal esquerdo junto ao esterno
 Foco ou área aórtica = 2º espaço intercostal direito junto ao esterno
 Foco aórtico acessório = 3º e 4º espaço intercostal esquerdo
 Foco ou área tricúspide = Base do apêndice xifóide ligeiramente a esquerda 

1° Bulha: fechamento das válvulas mitral e tricúspide “TUM”


2° Bulha: fechamento das válvulas aórtica e pulmonar “TA”
Descrição: RNF 2 T S/S
3° Bulha: normal em crianças e adultos jovens. “TUM TA TU”
4° Bulha: som pré sistólico ao final da diástole (antes da 1° bulha) “TU TUM TA”

Fibrilação Atrial: O coração que sofre de fibrilação atrial tem seus batimentos


acelerados e que passam a bater em ritmo irregular.

SOPROS:
• Vibrações decorrentes da mudança do fluxo sanguíneo de laminar para turbulento
• Alterações dos vasos, das câmaras cardíacas, das valvas, estreitamentos,dilatações,
malformações, 
• Alterações do sangue (anemia); febre
• TIPOS: Sistólicos/Diastólicos 

GINECOLOGIA

ROTEIRO DE ANAMNESE:

1. Identificação: Nome completo. Idade. Cor/Raça. Procedência/Naturalidade.


Profissão. Estado civil. Religião

2. Queixa principal (QP): “Ipsis litteris” ao que a paciente fala

3. História da doença atual (HDA): Descrever todas as manifestações clínicas, desde


o início
dos sintomas até agora, com detalhes das manifestações (fatores de melhora ou
piora)

4. Interrogatório sobre os diversos aparelhos


- Cefaleias, alterações da acuidade visual,
- Aparecimento de nódulos cervicais ou inguinais
- Doenças cardiovasculares
- Doenças pulmonares
- Doenças ortopédicas
- Alterações do trato urinário
- Alterações do trato intestinal

6. Antecedentes pessoais:
Doenças infecciosas e ISTs
Cirurgias prévias – complicações ou não.
Transfusões sanguíneas.
Hipertensão, diabetes.
Hipo ou hipertireoidismo.
Doenças autoimunes.
Tromboembolismo

MEDICAÇÕES EM USO:
dose/nº tomadas
ALERGIAS!

7. Antecedentes ginecológicos:
Menarca.
DUM.
Ciclos menstruais: intervalo, duração, fluxo e se há sintomas associados.
Corrimentos – já tratou ou não, recorrente ou não.
Cauterizações colo uterino/biópsias.
Incontinência urinária.
Menopausa – idade e sintomas associados

8. Mamas:
Dor mamária Cíclica: alterações com ciclo menstrual.
Acíclica: sem relação com ciclo menstrual
Saída de secreções – espontânea ou provocada – cor, viscosidade.
Nódulos.

9. Antecedentes sexuais
Sexarca. Frequência das relações.
Presença de libido ou não.
Parceiro único ou não.
Relações homo ou heterossexuais.
Prática de sexo oral ou anal (preservativos)
Dispareunia (dor durante relação)
Sinusiorragia.
Método contraceptivo utilizado.

10. Antecedentes obstétricos


G#P#A#
Tipos de partos: normais ou cesarianas
Complicações. Partos a termo ou prematuros
Abordos naturais ou provocados
Data do último parto
Amamentação – tempo de amamentação

11. Hábitos de vida


Prática de atividade física: qual, frequência.
Etilismo
Tabagismo – tipo de cigarro, quantos ao dia.
Drogas ilícitas – tipo, frequência.

12. Antecedentes familiares


Carcinomas – mamas, ovários, intestinos, estômago
Doenças raras – mutações
Doenças hematológicas – Von Willebrand, talassemias, etc
Diabetes mellitus.
Hipertensão
Trombofilias.
Osteoporose.
Miomatose/endometriose

EXAME FÍSICO

INSPEÇÃO:

Vulva: Vagina: Colo uterino:


Pilificação Rugosidades Trofismo
Lesão Secreção Epitélio ectocérvice
Laceração Lesão Orifício externo (puntiforme
Trofismo Cicatrizes ou em fenda)
Região anal Trofismo JEC - Junção
Cicatrizes
Escamosa-Colunar:
0, -1, -2, -3

Epitélio ectocérvice: Escamoso Estratificado


Epitélio endocervice: Colunar
PH Ectocérvice: ácido
PH Endocérvice: básico

Exame de Papanicolau:

1- Afastar os pequenos lábios com a mão não dominante.


2- Inserir o espéculo em 30° até o final, girar para posição horizontal e abrir.
Visualiza-se se o colo está encaixado.
3- Com a espátula de Hayre, girar delicadamente de 2 a 3 vezes ao redor do colo
do útero. Passar a espátula em sentido vertical nos 2/3 da lâmina
4- Inserir a escova no orifício do colo uterino, girar delicadamente de 2 a 3 vezes.
Passar o conteúdo no 3/3 da lâmina em sentido horizontal (superior e inferior)

Exame de toque:

1- Afastar os pequenos lábios com a mão não dominante.


2- Inserir o dedo indicador com a mão dominante e em seguida o dedo médio,
empurrar o colo do útero para cima e com a mão não dominante palpar o fundo
uterino
Posições do fundo uterino:
AVF: Antero Verso Fletido: a mão fecha em formato de concha sob o fundo
uterino
RVF: Retro Verso Fletido: não dá pra sentir o formato de concha, o fundo
uterino está para trás.

EXAME DAS MAMAS:

O exame das mamas divide-se em inspeção estática, dinâmica e palpação.

Inspeção estática: coloca-se a paciente sentada de frente para o observador, com o


tórax desnudo, e membros superiores relaxados ao lado do corpo. Anotamos após a
observação, alterações de pele, pigmentações, cicatrizes, simetria, contornos,
retrações e abaulamentos, dando atenção especial às aréolas e papilas. 

Inspeção dinâmica: realização de manobras para realçar possíveis retrações e


abaulamentos, que podem sugerir ou não processos malignos, bem como, verificar o
comprometimento dos planos musculares, cutâneo e gradil costal. São realizadas as
manobras solicitando à paciente que eleve lentamente as mãos sobre a cabeça e em
seguida baixar e pressionar com as mãos as asas do osso ilíaco bilateralmente, para
contrair a musculatura peitoral. A manobra de inclinação do tronco para frente com os
braços abertos é útil em pacientes com mamas grandes.

Palpação: Deve ser realizada com a paciente em decúbito dorsal, os braços


estendidos para trás da cabeça. Com a face palmar da mão, percorrer os quadrantes
mamários no sentido horário da porção mais externa a mais interna, até chegar à
porção central da mama, onde está o complexo areolopapilar. Pode-se complementar
a palpação em caso de dúvida, utilizando a técnica com as polpas digitais em
compressões superficiais, médias e profundas.

Palpação das cadeias axilares e fossas infra e supraclaviculares: o braço


esquerdo do examinador apoia o braço esquerdo da paciente que deve estar fletido e
em ângulo de 90 graus com o tórax. Com a mão direita o examinador palpa a cadeia
axilar, nos diferentes níveis, bem como as fossas infra e supraclaviculares. Para se
palpar a cadeia axilar direita, fazemos o oposto, e o examinador utiliza a mão
esquerda para a palpação.

Expressão papilar: deverá ser realizada rotineiramente se houver história de


secreção espontânea ou presença de nódulos, devendo ser registrado a cor,
consistência, quantidade e local exato.

OBSTETRÍCIA
ROTEIRO DE ANAMNESE
1. Identificação: Nome completo. Idade. Cor/Raça. Procedência/Naturalidade.
Profissão. Estado civil. Religião
2. Queixa principal (QP): “Ipsis litteris” ao que a paciente fala

3. História da doença atual (HDA): Descrever todas as manifestações clínicas, desde


o início
dos sintomas até agora, com detalhes das manifestações (fatores de melhora ou
piora)

4. Interrogatório sobre os diversos aparelhos


- Cefaleias, alterações da acuidade visual,
- Aparecimento de nódulos cervicais ou inguinais
- Doenças cardiovasculares
- Doenças pulmonares
- Doenças ortopédicas
- Alterações do trato urinário
- Alterações do trato intestinal

6. Antecedentes pessoais:
Doenças infecciosas.
Doenças sexualmente transmissíveis.
Cirurgias prévias – complicações ou não.
Transfusões sanguíneas.
Hipertensão, diabetes.
Hipo ou hipertireoidismo.
Doenças autoimunes.
Tromboembolismo

MEDICAÇÕES EM USO – dose/nº tomadas

7. Antecedentes ginecológicos:
Menarca.
DUM.
Ciclos menstruais: intervalo, duração, fluxo e se há sintomas associados.
Corrimentos – já tratou ou não, recorrente ou não.
Cauterizações colo uterino/biópsias.
Incontinência urinária.
Menopausa – idade e sintomas associados

8. Mamas:
Dor mamária Cíclica: alterações com ciclo menstrual.
Acíclica: sem relação com ciclo menstrual
Saída de secreções – espontânea ou provocada – cor, viscosidade.
Nódulos.

9. Antecedentes sexuais
Sexarca. Frequência das relações.
Presença de libido ou não.
Parceiro único ou não.
Relações homo ou heterossexuais.
Prática de sexo oral ou anal (preservativos)
Dispareunia (dor durante relação)
Sinusiorragia.
Método contraceptivo utilizado.

10. Antecedentes obstétricos


G#P#A#
Tipos de partos: normais ou cesarianas
Complicações. Partos a termo ou prematuros
Data do último parto
Amamentação – tempo de amamentação

11. Hábitos de vida


Prática de atividade física: qual, frequência.
Etilismo
Tabagismo – tipo de cigarro, quantos ao dia.
Drogas ilícitas – tipo, frequência.

12. Antecedentes familiares


Carcinomas – mamas, ovários, intestinos, estômago
Doenças raras – mutações
Doenças hematológicas – Von Willebrand, talassemias, etc
Diabetes mellitus. Hipertensão
Trombofilias.
Osteoporose.
Miomatose/endometriose

EXAME FÍSICO DA GESTANTE


1° Tempo: POSIÇÃO
Com as bordas cubitais dos dedos das mãos, delimitar o fundo uterino procurando
qual parte fetal está lá (cabeça ou pelve). Determina se bebê está longitudinal ou
transverso

2° Tempo: SITUAÇÃO
Após delimitar o fundo uterino, descer as mãos para as laterais da barriga para ver as
pequenas partes fetais e a localização do dorso (direita ou esquerda)
Se houver dúvida, fazer a manobra de Budin (empurrar para o lado que se supõe que
estão os pés e o dorso irá encurvar e sobressair do lado oposto)

3° Tempo: INSINUAÇÃO
Com uma mão, coloco os dedos próximos a pelve e movimento para os lados, a fim de
ver se o bebê está encaixado/Insinuado (mobilidade do polo fetal na bacia da mãe e o
grau de penetração) Se estiver encaixado, não se movimenta muito.

4° Tempo: APRESENTAÇÃO
De trás para a paciente, com as mãos lateralizadas na barriga, palpar para verificar a
apresentação do feto (Polo cefálico ou pélvico) e o grau de insinuação.

Medida da Altura Uterina (AU): Medir desde a sínfise pública até o fundo uterino

Ausculta do BCF: traçar uma linha entre a cicatriz umbilical e a sínfise pública e
auscultar na metade dessa linha, onde se supõe que está o dorso do bebê.
APARELHO RESPIRATÓRIO:
INSPEÇÃO 
Ectoscopia: Observar a coloração das mucosas, baqueteamento, forma do tórax  
Padrão respiratório: Observar o tipo, ritmo e amplitude da respiração  
Sinais de esforço e utilização de musculatura acessória: batimento de aletas nasais,
musculatura cervical, tiragem intercostal, musculatura abdominal.      
Posições: Em decúbitos dorsal, laterais, sentado e ortostatismo 
Observar:
 Abaulamentos; peito escavado
 Impulsões de borda esternal; 
 Retrações; 
 Malformações torácicas; 
 Batimentos ou Movimentos; 

PALPAÇÃO
 Frêmitos; 
 pontos dolorosos; 
 enfisema subcutâneo  

AVALIAÇÃO DA EXPANSIBILIDADE TORÁCICA 


Solicitar ao paciente para respirar mais fundo e ir observando a movimentação de
suas mãos, particularmente o distanciamento dos polegares da linha médio-espinhal.
A expansibilidade pode ser normal ou diminuída (unilateral ou bilateralmente). 
REGISTRO DO EXAME NORMAL: Expansibilidade normal e simétrica 
AVALIAÇÃO DO FRÊMITO TÓRACO-VOCAL (FTV) 
O examinador deve se colocar atrás do paciente. Iniciar o exame pelo alto e ir
deslocando a mão em direção às bases, em cada uma das faces torácicas. Pousar a
mão espalmada, ora de um lado, ora do outro, com os dedos levemente estendidos,
sobre as regiões do tórax a serem examinadas ao mesmo tempo em que o paciente
vai falando em voz alta ―trinta e três. Compara-se um lado com o outro e observa-se
o aumento, a diminuição e o desaparecimento do FTV, (unilateral ou bilateralmente).  
REGISTRO DO EXAME NORMAL: FTV normal e simétrico 
PERCUSSÃO TORÁCICA 
Para a percussão das faces anterior e laterais, o paciente pode estar deitado ou
assentado. Na percussão das faces laterais o paciente deve colocar a mão na
cabeça.  Já a percussão da parede posterior deve ser feita com o paciente na posição
sentada. Utiliza-se a percussão dígito-digital, indo de cima para baixo em cada face. Ir
golpeando os espaços intercostais ora de um lado, ora do outro, e ir comparando os
sons obtidos.  Manter a força do golpe constante. Identificar os 3 sons pulmonares à
percussão e as áreas em que ocorrem. Comparar o exame com pessoas magras,
musculosas e obesas. 
Percussão do tórax: timpanico, maciço e submaciço. 
REGISTRO DO EXAME NORMAL: Sons pulmonares normais e sem sinais de
cardiomegalia 
 AUSCULTA PULMONAR 
Percorrer todo o tórax anterior e posterior, sempre comparando regiões homólogas.    

Avaliar: a presença e a caracterísica dos:


1. SONS NORMAIS. 
Tipos: Som traqueal, respiração brônquica,  respiração bronco-vesicular, murmúrio
vesicular. 
Podem estar: fisiológicos; aumentados; diminuídos; abolidos. 
2. SONS ANORMAIS.  
Tipos: - estertores finos (antiga crepitação) e estertores grossos - ronco, sibilo, estridor
- atrito pleural 
Pode ser: 
a) presentes ou ausentes
b) inspiratórios ou expiratórios
c) raros, poucos ou leves; moderados; muitos

Solicitar ao paciente que respire lenta e profundamente, com a boca aberta.   Iniciar o
exame pelos ápices e ir deslocando o estetoscópio em direção às bases. Compara-se
um lado com o outro, observando-se os sons pulmonares fisiológicos e a presença de
ruídos adventícios (extras, anormais). Observam-se também as fases de inspiração ou
de expiração.
REGISTRO DO EXAME NORMAL: Murmúrio vesicular fisiológico sem ruídos
adventícios

OTORRINOLARINGOLOGIA

ANAMNESE E PROPEDÊUTICA DA BOCA, FARINGE E LARINGE

Boca: limites anatômicos


Anteriormente: lábios e orifício bucal
Posteriormente: palato mole, úvula e os pilares amigdaleanos
Lateralmente: músculo pálato-glosso, músculo pálato-faríngeo, tonsilas palatinas
(amigdalas)
Inferiormente: língua e região sublingual
Superiormente: abóbada palatina (pálato duro)
Arcadas gengivo-dentárias, regiões jugais (bochechas), dentes
Anexos: glândulas salivares (parótida e sublingual)
Faringe: conduto músculo-membranoso onde se cruzam as vias aérea e digestiva,
distinto em três partes (nasofaringe posteriormente, orofaringe, posterior a boca e
laringofaringe anteriormente) e que contém as tonsilas palatinas, linguais, tubárias,
adenoide (tecido linfoide)
Laringe: órgão músculo-cartilaginoso da fonação, dividida em espaço supraglótico,
glote (entre as pregas vocais) e espaço subglótico.

1 – ANAMNESE
Identificação.
Queixa Principal.
HDA.
Antecedentes Pessoais e Familiares
Interrogatório especial: distúrbios da deglutição, da respiração e fonação; presença
de mal hálito (halitose), sensação de bolo (“globus faríngeo”) ou secreção na garganta,
tosse, dificuldade respiratória (dispnéia, roncos e apnéia noturna), alterações da voz e
fala como disfonia (rouquidão), trocas de letras na fala (dislalia), atraso no
desenvolvimento da fala, a dificudade à deglutição (disfagia), dor à deglutição
(odinofagia), alterações na mastigação, e queixas bucais como dor, sangramento,
secura, excesso de salivação (sialorréia)
Se houver dor, questionar: intensidade, localização, irradiação, durabilidade,
freqüência e sintomas concomitantes como febre, aparecimento de nódulos cervicais,
erupções, etc.
Antecedentes mórbidos – hereditários e pessoais.

2 – EXAME FÍSICO


Inspeção geral quanto a fácies, atitude, nutrição, e outros.
Palpação cervical
Oroscopia: com o auxílio de uma espátulas podemos inspecionar, apalpar ou biopsiar,
avaliando todas as estruturas.
Orofaringoscopia: comprimir as tonsilas palatinas para colheita de material suspeito,
aspirar, biopsiar e outros. Utiliza-se uma espátula que tem a função de abaixar a
língua em direção ântero-inferior tomando o cuidado de deixá-la na sua posição
anatômica e relaxada (não pedir para o paciente colocar a língua “para fora”) e não
tocar no seu terço posterior.
Nasofaringoscopia – atualmente realizada com endoscópios rígidos (pelo nariz ou
orofaringe) ou flexíveis (nasofaringoscópios)

LARINGE
Exame externo – através da inspeção e palpação verifica-se a cor da pele, o volume
da laringe, desvios, consistência, movimentos durante a deglutição, crepitação,
edema.
Laringoscopia indireta: com espelho aquecido sobre a úvula, segurando-se a ponta da
língua com uma gaze mantendo-a levemente tracionada para fora. A laringe é
examinada durante a respiração e fonação (dizendo “iiiii” ou “ééééé”), observando-se
suas estruturas e alterações morfológicas e funcionais: espaço supraglótico com as
aritenóides, prega ari-aritenoidea, bandas ventriculares (falsas pregas vocais) e
ventrículos de Morgagni, glote (espaço entre as pregas vocais) com as pregas vocais
e seus movimentos, e região subglótica.
Laringoscopia direta: feita com anestesia local ou geral, introduzindo o laringoscópio
tendo-se uma visão direta da laringe.
Laringoscopia endoscópica: atualmente são exames obrigatórios para uma boa
avaliação da laringe. Realizadas com fibras opticas flexíveis introduzidas pelo nariz ou
endoscópios rígidos pela boca
3 – EXAMES ADICIONAIS
Mastigação e ATM (articulação têmporo-mandibular): estudo feito pela palpação,
inspeção, ausculta ou através de ex. complementares.
Glândulas salivares: inspeção, palpação, estimulação da salivação, sialografias
(exame radiológico contrastado das glândulas salivares) e estudo ultrasonográfico.
Deglutição: exame simples ou por aparelhos ópticos (faringoscopia ou esofagoscopia);
cinerradiografia com contraste.
Gustação: testes com substâncias gustativas.

4 – EXAME GERAL


Se for necessário quando as causas estão relacionadas com outros aparelhos,
principalmente digestivo, respiratório, nervoso ou endócrino.

5 - EXAMES COMPLEMENTARES – Todos os exames complementares podem


eventualmente ser utilizados, como: exames de sangue, bacterioscópicos e culturas
de secreção, testes alérgicos, Raio X, tomografias, biópsias e outros.
 
ANAMNESE E PROPEDÊUTICA DO NARIZ E SEIOS PARANASAIS

1 – ANAMNESE
Identificação.
Queixa Principal
História da doença atual.
Antecedentes mórbidos - hereditários e pessoais.
Interrogatório especial.
Obstrução nasal - é a queixa primordial, causada por congestão, edema, hipertrofia
dos tecidos nas inflamações, corpos estranhos ou tumores. As deformidades
osteocartilaginosas (desvios do septo ou pirâmide nasais) são freqüentes. A hipertrofia
de adenóide na infância e as alergias nasossinusais são causas frequentes.
Rinorréia (secreção nasal) - catarral, purulento ou hemorrágico, acompanham as
patologias inflamatórias, traumáticas e outras. Pode ser anterior (saída de secreção
pelas narinas) ou posterior (descendo para a faringe)
Dor (cefaléias) – pode eventualmente localizar o órgão afetado (seio maxilar, frontal,
etc) e é necessário sabermos da sua intensidade, irradiação, periodicidade, etc.
Olfato - as rinites, desvios de septo, neoplasias, podem alterar o olfato tanto pela
própria obstrução nasal  ou lesão da mucosa olfativa e/ou nervo olfativo, podendo
causar cacosmias (mal cheiro), parosmias (sensação distorcida do olfato), hiposmias
(diminuição do olfato) e anosmias (ausência da sensação olfativa).
Perturbações reflexas - espirros, cefaléias, e outras, são causadas por estímulo
reflexógeno do nariz e devem ser pesquisadas. Desvios septais podem causar estes
sintomas tão quanto a alergia.
Sangramento –epistaxe, podendo ter causas locais ou sistêmicas

2 – EXAME OBJETIVO


Exame físico.
Pirâmide nasal (projeção externa do nariz) - inspeção e palpação da pele e estruturas
(ósseas e cartilaginosas).
Vestíbulo nasal (porção inicial das fossas nasais) - verificação de atresias, furúnculos,
desvio de septo ou outras que possam dificultar a rinoscopia anterior.
Fossas nasais - usa-se a rinoscopia anterior e posterior.
Na rinoscopia anterior utiliza-se de um espéculo nasal (Hartman, Killian) e boa
iluminação, procurando visualizar as paredes medial (septo nasal), lateral (cornetos e
meatos), soalho e teto nasais. Com a retração (com vasoconstrictores tópicos) e
anestesia tópica das fossas nasais visualiza-se ainda melhor a fossa podendo-se
tocar, aspirar ou biopsiar se necessário.
Na rinoscopia posterior utiliza-se de um espelho que é introduzido na orofaringe ou
pode ser endoscópica.
Na endoscopia nasal são utilizados nasofaringoscópios rígidos ou flexíveis que
fornecem um exame bem acurado das estruturas.
Seios paranasais - o exame de superfície se faz por inspeção e palpação e nos revela
alterações do tegumento e pontos dolorosos. A rinoscopia anterior e posterior revelará
a presença de secreções, desvios, polipos e degenerações da mucosa, evidenciando
as patologias nasossinusais

Exame Funcional:
Respiração: observando ou tampando as narinas, ou de forma indireta, com um
espelho metálico (espelho de Glatzel) observando-se a área de embaçamento durante
a expiração nasal.
Olfação - a avaliação pode ser qualitativa, através de substâncias odoríferas (café,
vinagre, alho, etc.) ou quantitativa com aparelhos especiais (olfatômetros).
3 – EXAMES COMPLEMENTARES - Todos os exames complementares podem
eventualmente ser utilizados, como: exames de sangue, bacterioscópicos e culturas
de secreção, testes alérgicos, Raio X de Seios paranasais, Tomografia de Seios
paranasais, Ressonância Magnética,  biópsias e outros.
 
ANAMNESE E PROPEDÊUTICA DA ORELHA
O ouvido é dividido em três partes:
orelha externa: pavilhão auricular e meato acústico externo
orelha média: tuba auditiva, caixa timpânica e mastóide
orelha interna: vestíbulo, cóclea e labirinto posterior.
Das complexidades anatômicas surgem duas funções: audição e equilíbrio, que
estarão alteradas nas patologias. Por ser vulnerável aos traumas, insalubridade
ambiental e proximidades com outros órgãos (nariz, garganta) as patologias são
frequentes e multifatoriais.

1 – ANAMNESE
Identificação.
Queixa principal.
História da doença atual.
Antecedentes mórbidos - hereditários e pessoais.
Interrogatório especial:
Deficiência auditiva - pode ser do tipo condutiva (doença dos ouvidos externo e
médio), ou neurossensorial (doença do ouvido interno). Uma anamnese bem
conduzida poderá indicar o tipo de surdez devendo-se indagar o lado afetado, tempo
de duração, se súbita ou não, intensidade, fatores de agravamento e melhora, sua
relação com outros sintomas e patologias, se tem relação com o ruído ou drogas
ototóxicas, se a compreensão da fala está alterada, se há antecedentes de cirurgias,
sarampo, caxumba, gripe, meningite ou sífilis, antecedentes familiares, etc.
Tinitus (zumbido) – qual lado afetado, intensidade, tipo (grave, agudo, como uma
campainha, apito, ronco, etc), tempo de duração, relação com hipoacusia, constante
ou apenas em ambiente silencioso.
Tontura – pode ser de origem central ou periférica. Tipo (rotatória ou não rotatória),
intensidade, tempo de duração, aguda ou crônica, se acompanhada de náuseas ou
vômitos, se acompanhada de zumbido e sensação de ouvido tapado (síndrome de
Menière), se há desequilíbrio, flutuação da audição, antecedentes de otites, diabetes,
distúrbios neurológicos, hipertensão arterial, aterosclerose, disfunção tireoidiana,
sífilis, anemias, neoplasias, cervicalgias, cefaléias, etc.
Otorréia – indica sempre um processo inflamatório (otite externa ou média); tipo
(catarral, purulenta, sanguinolenta), intensidade, tempo de duração, lado afetado, sua
relação com infecções respiratórias, entrada de água, relação com hipoacusia e
zumbido, prurido, etc..
Otalgia - geralmente provém do próprio ouvido (otites externas e médias) ou reflexa
(secundária a infecções dentárias, dentes inclusos, disfunção de ATM, anginas ou até
de patologias cérvico-toráxicas). A propedêutica da dor deve ser completa.

2 – EXAME OBJETIVO


Exame Físico - inspeção e palpação do pavilhão e conduto auditivo - verificar a
presença e aspecto de lesões, presença de gânglios, dor à palpação, aspecto da pele,
sinais inflamatórios e sua localização, etc.
Otoscopia – Pode ser realizada sob visão direta usando-se espéculos auriculares e
iluminação com espelho, ou utilizando otoscópios.
O uso do otoscópio melhora a imagem, principalmente da membrana timpânica,
revelando perfurações, cicatrizes, abaulamentos ou retrações. Traciona-se o pavilhão
de maneira a retificar o meato acústico externo e introduz-se o espéculo
cuidadosamente. Deve-se observar a aparência da pele do meato acústico externo, se
existe edema ou secreções. Procurar visualizar a translucidez da MT e seu pontos de
referência (triângulo luminoso, cabo do martelo e ligamentos timpano-maleolares) A
otoscopia com microscópio imagens mais precisas. O espéculo pneumático de Siegle
e a manobra de Valsalva, verificam a mobilidade da membrana. 
A membrana timpânica normal é translúcida, brilhante, com a cor semelhante a uma
pérola, é tensa e tem a forma semelhante ao cone de um alto-falante (côncavo)

Exame Funcional da Audição


Avaliação fônica - feita com voz cochichada ou normal - pode-se tapar um dos ouvidos
para o teste, procurar evitar que o paciente faça leitura labial.
Avaliação instrumental - pode-se usar relógios, apitos, sinos, etc., mas na rotina diária
são usados diapasões de várias freqüências (acumetria). Com estes instrumentos
testa-se a audição por vias aérea e óssea através de testes padrões como Weber de
Rinne.
Compara-se a audição entre os dois ouvidos do paciente.
O teste de Weber pode ser:
1) lateralizado para o lado de pior audição (disacusia condutiva);
2) lateralizado para o lado de melhor audição (disacusia neurossensorial);
3) Indiferente (o paciente não nota diferença entre os lados).
O teste de Rinne pode ser:
1) positivo (audição melhor pela via aérea - normal ou disacusia neurossensorial);
2) negativo (audição melhor pela via óssea - disacusia condutiva).
Audiometria – os audiômetros permitem a avaliação do limiar auditivo para tons puros
de várias frequências. Testa-se as vias aérea e óssea e o resultado registra-se num
gráfico (audiograma). O exame é feito em sala acústica (cabine audiométrica), com o
paciente indicando se ouviu o som apresentado: para cada freqüência vai-se
diminuindo a intensidade até o ponto em que o paciente responde 50% das
apresentações (por definição este é o limiar auditivo para essa freqüência). Determina-
se então o grau e tipo de disacusia.
Audiometia de respostas elétricas - são exames objetivos das vias auditivas; através
de eletrodos colocados no crânio (como um eletroencefalograma) após uma
estimulação auditiva pode-se captar as resposta elétricas da cóclea
(eletrococleografia), do tronco cerebral (BERA – audiometria de tronco cerebral,
fundamental para pesquisar crianças)
Teste de Emissões otoacústicas (Teste da Orelhinha): é um exame importante
para detectar se o recém-nascido tem problemas de audição. Deve ser
realizado de 24h a 48h após o nascimento.

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