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CONDUÇÃO PARA AVALIAÇÃO DA COLUNA CERVICAL

RED FLAGS:
1. MIOLOPATIA CERVICAL (estenose do canal vertebral por hérnias ou espondilites): regra de
predição clínica->45 anos-teste de Hofman-sinal do supinador invertido-S.Babinsk-anormalidades na
marcha-alterações sensitivas e motoras.
2. NEOPLASIAS: Observar sinais não inerentes a condições musculoesqueléticas-tabagismo-Ptose-
miose.
3. INSTABILIDADE LIGAMENTAR: História de trauma-bloqueio total.
4. INSUFICIÊNCIA DA ART. VERTEBRAL: Nistágmo, náuseas, parestesia, disartria e disfagia.

DOR NA COLUNA CERVICAL COM TRAUMA


 Sinal de Rust: Um paciente com lesão grave na coluna cervical superior pegará a cabeça com ambas as
mãos para suportar o peso da cabeça sobre a colina cervical.
 Teste de percussão vertebral: o paciente com a cabeça ligeiramente flexionada, percutir o processo
espinhoso e a musculatura associada de cada uma das vertebras cervicais com um martelo de reflexos. A
evidência de dor local pode indicar uma vertebra fraturada sem comprometimento neurológico.
 Teste de Soto-Hall: com o paciente em supino pressione o seu esterno com uma das mãos. Com outra mão,
flexione passivamente o pescoço do paciente em direção ao tórax. A dor local pode indicar patologia ou
lesão ligamentar, muscular, óssea ou doença da medula cervical.

DOR NA COLUNA CERVICAL SEM TRAUMA


 Manobra de O’Donoghue: com o paciente sentado, movimentar a coluna cervical na sua ADM contra a
resistência e depois na sua ADM passiva. A dor durante a ADM ou a contração muscular isométrica
resistida significa distenção muscular já a ADM passiva pode indicar entorse de ligamentos.

DOR NA COLUNA CERVICAL COM PARESIA


 Teste de compressão foraminal: com o paciente sentado e a cabeça na posição neutra, fazer uma forte
pressão na cabeça para baixo. Repetir o teste com a cabeça rodada lateralmente, assim eu estreito os
forames, comprimo as articulações apofisárias e os discos.
 Teste de compressão de Jackson: com o paciente sentado, flexionar lateralmente o pescoço e fazer uma
forte pressão para baixo.
 Teste de depressão do ombro: com o paciente sentado fazer depressão para baixo do ombro, ao mesmo
tempo em que faz a flexão lateral para o lado oposto da cabeça do paciente. Aqui serão estirados os tecidos e
baixada a clavícula em direção a 1º costela. A dor local é sinal de encurtamento dos tecidos e sinais
neurológicos podem indicar compressão do feixe neural, aderência da manga dural ou S.D.torácico. Agora
se a dor for do lado contralateral, é indicativo de patologia de faceta ou defeito de disco.
 Teste de distração: com o paciente sentado, segurar abaixo dos processos mastoides e puxar para cima a
cabeça do paciente sobre o pescoço. Aqui eu puxo os ligamentos, cápsulas e músculos, se doer é sinal de
encurtamentos, espasmos e entorses articulares. Além disso quando estiramos a cervical, há o aumento dos
espaços foraminais, se a dor diminuir a causa do desconforto seria defeito discal.
 Sinal de Dejérine: com o paciente sentado deve-se instruí-lo a tossir, espirrar e inclinar a cabeça para
frente.

COMPROMETIMENTO VASCULAR PERIFÉRICO


 Teste de Allen: para insuficiência arterial periférica (dígitos frios, cianosados, lívidos e ou dolorosos,
isquemia digital, dor em cãibra ao exercício. Com o paciente sentado devemos ocluir com o polegar as
artérias radial e ulnar e instruir o paciente a abrir e fechar a mão enquanto você libera o fluxo de uma artéria
e depois a outra e observar a palma da mão adquirindo a dor rosada, que normalmente ocorre em 10
segundos.

SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO


 Síndrome do desfiladeiro torácico: é um grupo de sinais e sintomas que resultam da compressão dos vasos
subclávios e do plexo braquial na abertura superior do tórax. Pode ser causado por trauma, movimentos e
esforços repetitivos e algumas doenças sistêmicas como diabetes e doença da tireóide. Os pacientes poderão
se queixar de dor e formigamento no pescoço e no ombro. O lado ulnar é o mais acometido.
 Teste de Adson: com o paciente sentado estabelecer a amplitude do pulso radial bilateralmente. Instruir o
paciente a respirar fundo e a segurar a respiração enquanto ele roda a cabeça e eleva o queixo para o lado
que está sendo testado. Se o teste for negativo, fazer o paciente rodar e elevar o queixo para o lado oposto.
 Teste costoclavicular: com o paciente sentado estabelecer a amplitude do pulso radial bilateralmente.
Instruir o paciente a forçar os ombros posteriormente e flexionar a cabeça. Assim eu diminuo o desfiladeiro.
 Teste de Wright: com o paciente sentado estabelecer a amplitude do pulso radial e hiperabduzir o braço e
verificar novamento o pulso. A art. Axilar, veia axilar e os três cordões do plexo braquial passam sob o
músculo peitoral menor.
 Teste de tração- Manobra de halstead: com o paciente sentado estabelecer a amplitude do pulso radial
estendendo e tracionando o braço para baixo.

COMPROMETIMENTO DA CIRCULAÇÃO VERTEBROBASILAR


 Avaliação da circulação vertebrobasilar: se atentar para: cefaleias, enxaqueca, tonturas, dor súbita e
intensa, hipertensão, tabagismo, contraceptivos orais, obesidade, diabetes.
 Manobra funcional da artéria vertebrobasilar: com o paciente sentado, palpar e auscultar a carótida e as
subclávias. Ao auscultar, orientar o paciente a trancar a respiração. Se nenhuma artéria for palpável, orientar
o paciente a rodar e hiperestender a cabeça para o lado e depois para o outro. Se pulsações ou sopros
estiverem presentes, não executar a porção de rotação e hiperextensão do teste. Observar tonturas, vertigens,
visão borrada, náuseas, fraqueza e nistagmo.
 Teste de Barré-Liéou: Instruir o paciente a fazer rotação de cervical.
 Teste de Maigne: com o paciente sentado instruí-lo a estender e rodar a cabeça e manter essa posição por
15 a 40 segundos.
 Teste de Dekleyn: com o paciente em supino e com a cabeça fora da maca, instruí-lo a hiperestender e rodar
a cabeça e manter essa posição por 15 a 40 segundos.
 Teste de Underburg: com o paciente em pé e com os olhos fechados instruí-lo a estender os braços para
frente, com as palmas das mãos voltadas para cima. Orientar o paciente a estender e rodar a cabeça para um
dos lados. Repetir com a cabeça rodada e estendida para o lado oposto e também é preciso gerar
desequilíbrios. Um paciente com estenose ou compressão das artérias vertebral, basilar ou subclávia sem
circulação colateral suficiente tenderá a perder o equilíbrio, baixar os braços e pronar as mãos.

AVALIAÇÃO MOTORA E SENSITIVA


 C5-MÚSCULO DELTÓIDE: Inervação do N. Axilar
 C5-C6-MÚSCULO BÍCEPS: Inervação do N. Musculocutâneo-Reflexo bicipital: bater sobre o polegar no
tendão do bíceps. Sensibilidade na região lateral do braço.
 GRUPO EXTENSOR DO PUNHO: extensor radial longo e curto do carpo-N. Radial C6-C7-Reflexo
braquiorradial: percurtir no aspecto distal do antebraço no tendão do braquirradial-Sensibilidade no aspecto
lateral do antebraço, polegar e dedo indicador.
 C7-MÚSCULO TRÍCEPS: N. Radial-reflexo triciptal: percutir o braço do paciente na altura do tendão, na
fossa do olecrano-sensibilidade na superfície volar do dedo médio.
C8-T1: inervação do N. ulnar: afastar os dedos. Sensibilidade nos dois últimos dedos e aspecto ulnar do
antebraço.

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