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Exame Osteoarticular:
Precauções no exame físico: luxação, fratura não consolidada, osteoporose acentuada, pós operatório
imediato/tardio
Sensibilidade do teste: 1-2 = ruim / 2-3 = moderada / 3-4 = muito boa
- Medida do membro: verificar assimetria no tamanho do membro
Anamnese
1. Identificação (gênero, idade, naturalidade e ocupação);
2. QP/HPMA
o Articulação – diminuição da amplitude do movimento, rigidez, região afetada
o Tendão– sinais inflamatórios, parestesia, dermátomos
o Músculo – dor, edema, paresia, atrofia
o Ossos – fraturas, osteomielite
3. Tempo: inicio agudo (até 3sem), subagudo (3sem até 3m), crônico (>3m)
4. Progressão: rápida, intermitente, lenta
5. Tipo: com restrição mecânica, sequela, defeito congênito
6. ISDA – febre, fraqueza, perda de peso, lesões cutâneas, lesões mucosas, lesões fâneros
Exame físico
1. Inspeção: edema, vermelhidão, contraturas/espasmos musculares, desalinhamentos/desvios,
deformidades
2. Palpação: calor, crepitações, nodulações, alterações de sensibilidade, hipoestesia, hiperestesia,
parestesia
3. Amplitude do movimento: diminuição (ativa/passiva/contra resistência), hipermobilidade
4. Avaliação do tônus muscular: MMSS e MMII (supinação, pronação, abdução, adução, flexão e
extensão)
Inspeção de costas:
- Tronco: equilibrado na posição vertical (inclinado = assimetria do ângulo tóraco-braquial) – causas:
escoliose, encurtamento dos membros inferiores e atitudes antálgicas
- Ombros: simétricos e a mesma altura (desnivelamento = escoliose, patologias da escápula)
- Coluna: alinhamento dos processos espinhosos vertebrais (procura de curvatura que indique escoliose)
- Pelve: cristas ilíacas alinhadas a mesma altura (desnivelamento = escoliose lombar, encurtamento dos
MMII, atitudes antálgicas ou viciosas)
- MMII: forma e massa muscular, pregas infraglúteas e poplíteas à mesma altura
Inspeção de frente:
- Mesmos aspectos descritos no exame posterior
- Região peitoral, posicionamento da cicatriz umbilical, nivelamento das espinhas ilíacas ântero-superiores,
altura do joelho, orientação da patela e posicionamento, forma e apoio dos pés
- Segmento cefálico: observar rotação/inclinação anômala da cabeça e simetria da face (torcicolo
congênito ou espasmótico)
Inspeção lateral:
- Curvatura da coluna, alinhamento dos MMII e contorno abdominal
- PC de lado e MMSS levantados (90°) = detecta cifose torácica, lordose lombar
- PC inclina-se e toca os dedos do pé = analisa flexibilidade da coluna, cifose e lordose
Ariadne Bonachela de Moura – Turma 6
1. Marcha
- Marcha clica com fases de apoio (toque do calcanhar -> impulsão -> desprendimento do pé), aceleração e
desaceleração e balanço do tronco (MS superior acompanha MI contralateral)
Marcha antálgica: fase de apoio do lado doloroso é encurtada – esboço de saltitar na tentativa de
aliviar o peso
Marcha por insuficiência do glúteo médio: tronco inclina-se exageradamente para o lado do apoio
Marcha anserina: insuficiência bilateral = tronco balança para um lado e para o outro (luxação
congênita de quadril bilateral e da coxa)
Marcha talonante: toque do calcanhar é feito com muita intensidade (som típico) (ocorre em
neuropatias que afetam a sensibilidade profunda e perceção vibratória)
Marcha espástica: individuo anda como um robô = enrijecido e com movimento grosseiro
Marcha atetóica: exagero de movimentos (arremesso casual dos membros, tronco e cabeça)
Marcha por insuficiência de quadríceps: coloca a mão no joelho para bloqueá-lo na fase de apoio
Marcha em equino: indivíduo apoia apenas a ponta dos pés
Marcha ceifante/hemiplégica: paralisia da metade sagital direita ou esquerda (AVC)
o Teste de Galeazzi: joelhos fletidos e pés juntos = verifica a diferença de comprimento (um
joelho fica mais baixo que outro) – causas: encurtamento do membro ou funcional (luxação
de quadril)
2. Coluna Cervical
- Avaliar curvatura lordótica (C7): aumentada = patologias degenerativas senis
retificada = processos agudos dolorosos (contração muscular antálgica)
- Inclinações laterais da cabeça: permanente = escoliose cervical ou torcicolo
- Coluna cervical curta: restrição ou não de movimentos = doença de Kippel-Fiel
Movimentos da coluna cervical: flexão, extensão, rotação direita, rotação esquerda, inclinação
lateral direita e inclinação lateral esquerda
o Teste de Valsalva: pc fazer uma força de expulsão (tossir): lesões medulares = compressão
da medula = dor
o Teste de Adson: palpar pulso radial do pc, hiperextender e abduzir o braço e verificar o
pulso / pc realiza uma inspiração forçada, rotaciona a cabeça para o lado testado e verificar
o pulso. Diminuição do pulso radial = compressão da via subclavia
3. Coluna Torácica
- Curvatura cifótica: aumentada (corcunda) = osteoporose
Movimentos da coluna torácica: restritos (vértebras ligadas às costelas)
- Palpação: PC em decúbito ventral e busca de pontos dolorosos ou contratura muscular
4. Coluna Lombar
- Avaliar curvatura lordótica: aumentada = patologias de quadril
- Avaliar transição lombossacral: pode apresentar variações anatômicas e defeitos congênitos que
provoquem lombalgia
- Palpação igual a da coluna torácica
- Avaliar presença de escoliose = procura de desvios na região dorsal e lombar e assimetria nas regiões
paravertebrais
Movimentos da coluna lombar: flexão (pc inclina-se para frente tocando os dedos do pé), extensão,
inclinação lateral direita e esquerda, rotação direita e esquerda (segura a pelve com as duas mãos e
pc inclina o tronco para um lado e depois o outro).
Ariadne Bonachela de Moura – Turma 6
o Teste de Adams ou teste de um minuto: serve para investigar se há escoliose, solicitando-se
ao pc que faça flexão do tronco e observando-se o contorno do dorso.
o Teste de Lasegue: pesquisa neurite do ciático, pc deitado em decúbito dorsal, estende a
perna em 40° até reproduzir a dor = dor originária da região lombar (território do nervo
ciático)
o Teste de Schober (aferir o grau de restrição da flexão anterior da coluna): palpa crista ilíaca,
traça uma linha imaginária entre as cristas ilíacas e marca um ponto na intersecção com a
coluna – nível da junção lombossacra e marca um ponto superior 10 cm acima desse nível.
Pc faz flexão da coluna e mede o desvio entre os pontos – desvio < 5cm = alterado (baixa
mobilidade) / > 15cm = boa mobilidade da coluna
5. Ombro
- Palpação:
Articulações esternoclavicular e acromioclavicular (patologia: luxação traumática = desnivelamento
de articulações e deformidade local)
(anterolateralmente) tuberosidade maior do úmero, extremidade distal do acrômio e sulco bicipital
(posteriormente) espinha escapular (processo espinhoso T2) e ângulo inferior da escápula
(processo espinhoso T7)
Movimentos do ombro: flexão, extensão, abdução (contração ativa dos músculos – incapacidade =
ruptura do manguito), adução, rotação interna (pc coloca as mãos nas costas) e rotação externa,
elevação e abaixamento dos ombros, anteflexao e retropulsão
- Paralisia do grande denteado = escápula afastada do gradeado costal (escápula alada); pesquisa: solicitar
ao paciente que empurre a parede
- Movimentação precoce da escápula = inversão do processo normal (movimentação espúria)
Teste de sensibilidade de Neer: ergue-se o ombro em extensão e realiza rotação neutra passiva e
rápida
Teste de Hawkins: ergue-se o ombro a 90º, flexiona o cotovelo e faz uma rotação passiva e rápida
para dentro
Ariadne Bonachela de Moura – Turma 6
6. Cotovelo
- Inspeção: angulação discreta – mudança de angulação = sequelas de fraturas
- Palpação: epicôndilo lateral, epicôndilo medial e olécrano; nervo ulnar (entre epicôndilo medial e o
olécrano), o tendão do bíceps braquial e o tendão do tríceps sural (inserido no olécrano)
Movimentos do cotovelo: flexão, extensão, pronação e supinação
o Teste de esforço de adução e abdução
o Teste para Epicondilite medial: braço em flexão de 90° e supinação do antebraço, pc realiza
flexão do punho contra resistência, enquanto examinador palpa o epicôndilo medial – dor
o Teste para Epicondilite lateral (teste de Cozen): braço em flexão de 90° e pronação do
antebraço, pc realiza distensão do punho contra resistência, enquanto examinador palpa o
epicôndilo lateral – dor
- dor: inflamação nos músculos extensores de punho e dedo
7. Punho e mão
Movimentação da mão compõe-se de punho (flexão dorsal e palmar, abdução e adução) e dedos
(flexão e extensão das articulações metacarpofalangeanas e interfalangeanas)
8. Quadril
- Pontos de referência anatômicos: crista ilíaca, espinhas ilíacas ântero-superior e póstero-superior,
trocanter maior e tuberosidade isquiática
9. Joelho
- Avaliação de lesões:
o Teste de McMurray: pc em decúbito dorsal, flexiona o joelho a 90°, segurar o calcanhar e
rotacionar o tornozelo – dor ou estalidos= ruptura/lesão do menisco do joelho
o Teste de Apley: pc em decúbito ventral, flexiona o joelho a 90° e aplica uma compressão
vertical sobre a perna e realiza rotação do tornozelo – dor ou estalidos = ruptura/lesão do
menisco do joelho
o Teste da gaveta anterior e posterior : pc em decúbito dorsal e flexão do joelho a 90°,
examinador deve sentar no pé do paciente para estabilizar a tíbia e abraçar com as mãos a
tíbia. Realizar uma tração anterior (testar o ligamento cruzado) e uma tração posterior
(testar o ligamento cruzado posterior) = move a tíbia = lesão
o Teste de Lachman: pc em decúbito dorsal, flexiona o joelho de 20-30°, realizar a elevação da
tíbia (deslocamento em planos diferentes) – dor = lesão no ligamento cruzado anterior
o Teste de estresse varo/valgo: pc em decúbito dorsal, flexiona o joelho de 20-30°, estabiliza a
coxa do pc e promove estresse em varo (lateral) e em valgo (medial) – dor = lesão do
ligamento colateral médio-lateral do joelho
10. Pé e tornozelo
- Deformidades do pé:
Pé equino: apoio na ponta do pé e não em toda superfície plantar
Pé calcâneo: o apoio com o calcanhar e não em toda superfície plantar
Pé valgo: há inclinação medial excessiva do tornozelo
Pé varo: há inversão da inclinação medial do tornozelo e apoio na borda lateral
Pé cavo: acentuação do arco plantar
Pé plano: ausência do arco plantar
Pé aduto: o antepé encontra-se desviado medialmente