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Exame da coordenacao motora e -No Romberg clássico, caso seja positivo, imediatamente

após o paciente fechar os olhos ele tenderá à queda;


- Oscilação não vale!
equilibrio ❖ Obs.: Pode acontecer também de o paciente instabilizar após
um curto período bem (período de latência), e posteriormente
❖ A coordenação motora envolve medida, amplitude, o acerto
instabilizar para um mesmo lado;
ao alvo, a direção, a sinergia, o tempo calculado para executar
- Nesse caso chamamos de Romberg vestibular e o paciente
o movimento e para que isso ocorra de forma correta deve
tende a queda para o lado vestibular lesado.
haver um controle ótimo dos grupamentos musculares, com
- No Romberg vestibular, com acometimento labiríntico
os agonistas contraindo e antagonistas segurando o
unilateral, há queda com lateralização para direita ou
movimento;
esquerda.
❖ A coordenação motora depende da integração de 4 grandes
- Pede-se ao paciente para girar a cabeça primeiro para a
sistemas: cerebelo (vias cerebelares), sensibilidade profunda
direita e depois para a esquerda para observar se há alteração
consciente (cordão posterior da medula), visão e o labirinto (vias
na direção da queda, dependendo da posição do labirinto
centrais e periféricas);
posterior.
- O cerebelo é a principal estrutura responsável pela
coordenação – ele recebe informações centrais e periféricas, EQUILÍBRIO DINÂMICO
organiza e garante o ajuste do controle motor.
❖ Divide-se a coordenação em axial (tronco) e apendicular MARCHA NORMAL
(membros). ❖ Deve ser pesquisada solicitando ao paciente que marche em
COORDENAÇÃO AXIAL linha reta por 3 a 5 metros, observando possíveis alterações
na postura, marcha e equilíbrio.
EQUILÍBRIO ESTÁTICO

MARCHA TANDEM
INSPEÇÃO ❖ A marcha Tandem ou pé-ante-pé, é feita em linha reta com o
❖ Deve-se observar a base de apoio, se há oscilações ou calcanhar de um pé tocando os dedos do outro.
instabilidade;
❖ Disbasia: aumento da base para alcançar estabilidade;

OUTRAS MANEIRAS DE AVA LIAR...


❖ Pedir para o paciente:
- Andar para os lados;
- Andar para trás;
- Andar em círculos;
- Andar sobre os calcanhares (marcha usando os calcanhares):
ajuda a avaliar a musculatura anterior;
❖ É avaliado com o paciente de pé;
- Andar nas pontas dos dedos (marcha na ponta dos pés)
- Quando há impossibilidade para ficar de pé, avaliar com o
avalia a musculatura posterior.
pcte sentado, ou a postura mais alta que ele assume com
independência. COORDENAÇÃO APENDICULAR
TESTES DE METRIA
TESTE DE ROMBERG
❖ É pesquisado com o paciente com postura ereta e pés juntos e
PROVA DO ÍNDEX-NARIZ
paralelos, inicialmente com olhos abertos;
❖ Avalia a metria em membros superiores;
❖ A seguir pede-se a paciente que feche os olhos. Se houver
❖ Manobra: pede-se que o paciente estenda o membro
piora significativa do equilíbrio imediatamente ao fechar os
superior, e toque a ponta do nariz com a ponta do dedo
olhos, tem-se o sinal de Romberg (Romberg positivo), que é
indicador e depois toque no dedo do examinador;
indicativo de distúrbios de sensibilidade profunda (ataxia
- Deve ser realizada inicialmente com os olhos abertos e,
sensorial);
posteriormente, com os olhos fechados (examinador não
❖ Positivo: queda ou iminência de queda.
deve mudar o alvo nessa situação);
- Podem ser utilizadas variantes desta prova, como as provas - No caso de distúrbio cerebelar, o antebraço não pode frear
índex-lobo da orelha, índex-nariz do examinador, índex-index. seu movimento;
❖ Alteração: - Positivo: paciente acerta a mão do examinador;
- Dismetria; - Dessa forma, deve-se sempre solicitar que o paciente vire o
- Decomposição do movimento: não sincroniza movimentos rosto para o lado contralateral ao examinado e também o
articulares, movimento feito em etapas, devido à dismetria, examinador deve colocar uma mão próxima ao rosto do
desvio da trajetória do movimento paciente para evitar que o mesmo se machuque.
- Hipometria: quando o alvo não é atingido;
- Hipermetria: quando o alvo é ultrapassado;
- Tremores.

PROVA CALCANHAR-JOELHO
❖ Avalia metria nos membros inferiores;
❖ Manobra: em decúbito dorsal ou sentado, e membros
inferiores estendidos, solicita-se que o paciente toque o seu
joelho com a ponta do calcanhar do lado oposto;
- A prova deve ser feita com olhos abertos e fechados;
- A sensibilização da prova consiste no deslizamento do
calcanhar ao longo da crista da tíbia, após ter tocado o joelho. ❖ Alteração: dissinergia (não consegue frear ou acelerar
Pedir para o paciente realizar esse movimento 3 vezes. adequadamente, incapacidade de sinergismo)
PRA FINALIZAR...
COORDENAÇÃO MOTORA
❖ É a capacidade de executar movimentos regulares acurados e
controlados.
❖ Os movimentos coordenados se caracterizam por uma
velocidade, distância, direção, ritmo e tensão muscular
adequados.
❖ A coordenação de movimentos deve-se à integração entre o
comando central (cerebelo, gânglios basais, colunas dorsais
❖ Alteração: dismetria, decomposição do movimento, propiciam informações ao córtex) e unidades motoras dos
tremores. músculos e articulações.
❖ Coordenação motora geral ou grossa: É a capacidade de
TESTE DE DIADOCOCINESIA/ DOS MOVIMENTOS
usar de forma mais eficiente os músculos, resultando em uma
ALTERNADOS
ação global mais eficiente e econômica;
❖ Manobra: solicita-se ao paciente que, apoiando as mãos em - Este tipo de coordenação permite a criança ou adulto
alguma superfície, efetue movimentos sucessivos de dominar o corpo no espaço, controlando os movimentos mais
pronação e supinação o mais rápido possível, ou ainda rudes. Ex: Andar, pular, rastejar, ficar de pé, correr etc.
batendo o dorso e a palma das mãos sucessivamente ou ❖ Coordenação motora fina: É a capacidade de usar de forma
movimentos alternados de extensão e flexão do pé; eficiente e precisa os pequenos músculos, produzindo assim
- Paciente com os olhos abertos e sentado. movimentos delicados e específicos;
- Este tipo de coordenação permite dominar o ambiente,
propiciando manuseio dos objetos. Ex: empilhar, recortar,
costurar, etc.
❖ Incoordenação/ deficiência de coordenação:
- É caracterizada por movimentos desajeitados, estranhos e
irregulares;
- Pode ser secundária a paresias;
- Parkinsonismo também pode provocar incoordenação,
❖ Alteração: disdiadococinesia- característica de patologia
devido à bradicinesia e à hipertonia plástica.
cerebelar;
- Quando a incoordenação é de causa cerebelar ou sensorial, é
- Paciente pode errar a sequência do movimento ou titubear.
denominada ataxia.
PROVA DE STEWART-HOLMES OU DO
RECHAÇO/REBOTE
EQUILÍBRIO
❖ Manobra: solicita-se ao paciente que execute flexão do
❖ Um corpo está em equilíbrio (estático) quando ele permanece
antebraço contra resistência oposta pelo examinador, que
em uma mesma posição no ambiente, sem movimento;
bruscamente a relaxa;
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❖ O equilíbrio ocorre de acordo com a posição em que ele se queda parcial dos membros sem que o paciente perceba a
situa no ambiente, pela maneira como ele é fixado ou posto modificação da atitude.
no ambiente, de modo a haver igualdade das forças que
puxam sua massa para os lados, como o vento por exemplo, e
a força que puxa o corpo para baixo, como a força da
gravidade, conforme sua base e centro de gravidade.

SÍNDROMES ATÁXICAS
Ataxia: falta de coordenação;
❖ Cerebelar:
- Pacientes cerebelopatas apresentam a marcha ebriosa,
desviando a marcha ora para um lado, ora para o outro de
maneira irregular, semelhante a uma pessoa alcoolizada;
- Dismetria;
- Base alargada;
- Marcha instável com base alargada.
- Pode ser avaliada de forma estática ou dinâmica. Pode ser,
também, axial e apendicular;
- Na ataxia axial, encontra-se oscilação, alargamento da base
de sustentação, marcha ebriosa;
- Na ataxia apendicular, ocorre dismetria, decomposição do
movimento, assinergia muscular, disdiadococinesia, tremor
cinético;
- Na prova dos braços estendidos, em lesões unilaterais do ALTERAÇÕES DO EXAME
cerebelo, o membro ipsilateral à lesão desvia-se para fora.
Nas lesões bilaterais há abdução dos dois membros ❖ Dissinergia: consiste na falta de coordenação do tempo
superiores; e da medida das contrações musculares, resultando em
- Patologias mais comuns: esclerose múltipla, tumores atos erráticos, desajeitados;
cerebelares e degenerações espinocerebelares. ❖ Dismetria: erro na avaliação de distância, velocidade,
força e direção do movimento, podendo ser uma
❖ Sensitiva:
hipermetria, quando ultrapassa o alvo, ou hipometria,
- Pacientes com alterações na sensibilidade profunda
quando o alvo não é atingido;
apresentam a marcha talonante, na qual elevam bastante as
coxas e em seguida batem o calcanhar (talus) com força no ❖ Disartria: articulação lenta, atáxica, fala escandida
solo; (silabada), com interrupções bruscas;
- Alterações na sensibilidade palestésica e cinético-postural; ❖ Adiadocinesia ou disdiadocinesia: incapacidade de
- Romberg positivo.; realizar movimentos opostos alternados Nistagmo:
- Patologias mais comuns: degeneração combinada movimentos oculares alternados, rítmico com uma
subaguda da medula espinhal, tabes dorsalis e alguns tipos de componente lenta e outra rápida;
polineuropatia. ❖ Opsoclonus: movimentos oculares alternados com
oscilações oculares involuntárias e anárquicas;
❖ Vestibular:
❖ Tremor cinético ou tremo intencional: tremor
- Nas doenças vestibulares existe a tendência do desvio para
desencadeado pela tentativa de realizar um movimento.
o lado lesado ao se andar para frente, e desvio para o lado
bom ao retornar de costas, configurando a marcha em Não aparece durante o repouso;
estrela de Babinski- Weil; ❖ Hipotonia muscular: diminuição da resistência à
- Sinais e sintomas de vertigem ; movimentação passiva.
- Nistagmo;
- Romberg vestibular (estereotipado): necessário período de
latência para ocorrer a instabilidade sempre para o lado do
labirinto hipofuncionante;
- Na prova dos braços estendidos há o aparecimento de
discretos movimentos involuntários nas extremidades distais,
numa tentativa do paciente de localizar seus segmentos no
espaço. Ou, ainda, a prova pode evidenciar desvios dos dois
braços para o lado vestibular hipofuncionante, oi mesmo a

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