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Técnica de

bruços

Proposta metodológica
para o ensino da técnica
de bruços
Susana Soares, Ricardo Fernandes, José Virgílio Santos Silva, João
Paulo Vilas-Boas
• Ventral

• Simultânea

• Descontínua

• “Simetria” das
acções
• O corpo do nadador tem de estar de bruços e os ombros devem estar em linha com a
superfície da água (SW 7.1);

•Os movimentos dos MS devem ser simultâneos e realizar-se no mesmo plano horizontal
(SW 7.2);

•As mãos não devem ser trazidas atrás para além da linha das ancas, excepto durante a
1ª braçada após a partida e as viragens (SW 7.3);

•Todas as acções dos MI devem ser simultâneas e no mesmo plano horizontal (SW 7.4)

•Os pés devem estar virados para fora durante a fase propulsiva da acção dos MI, não
sendo regulamentar uma pernada em tesoura ou batimento tipo golfinho (SW 7.5);

•Em cada viragem e no final da prova o toque na parede deve ser realizado com ambas
as mãos e em simultâneo, quer acima quer abaixo da superfície da água. Os ombros
devem permanecer no plano horizontal até o toque na parede (SW 7.6);

• durante cada ciclo completo de MS ou MI, qualquer parte da cabeça do nadador deve
quebrar a superfície da água, excepto na 1ª acção após a partida e as viragens (SW
7.7).
1. Acção MI Sequência de exercícios

1º. Imagem: sentado no bordo, “dobra as pernas, vira os


pés para fora, estica e junta”.

2º. de costas para o bordo, com apoio dos braços no


mesmo, adoptar a posição propulsiva inicial (“joelhos
para dentro e pés para fora”). Empurrar a parede e
deslizar, juntando os pés na direcção do fundo da piscina
(“bater palmas com os pés”).

3º em posição dorsal, realizar a acção dos MI tocando


com as mãos nos pés no momento da sua eversão.

4º em posição ventral, realizar a acção dos MI tocando


com as mãos nos pés no momento da sua eversão.
• Fases da acção dos M.I.:
– acção lateral exterior
– acção descendente
– acção lateral interior
– recuperação
• inicia-se no final da recuperação dos MI,
existindo uma ligeira flexão das coxas sobre o
tronco e uma grande flexão das pernas sobre as
coxas;

• os joelhos encontram-se afastados ± à largura


dos ombros e os pés, perto das nádegas, estão
em flexão dorsal e rotação externa;

• a superfície plantar do pé está orientada para


fora, para cima e para trás.
• Empurrar a água directamente para trás < propulsão

• Má orientação do pé < propulsão.


• tem início quando os MI estão
praticamente em extensão,
orientando a superfície plantar do pé
para fora, para trás e para baixo;

• termina com a extensão dos MI.

 Executar o movimento dos pés mais para trás do que para baixo

< propulsão
• quando os MI estão quase em extensão
completa, os pés mudam de direcção, de
descendente para interior, ficando
orientados para dentro tanto quanto
possível;

• esta acção termina com os MI juntos.

 flexão plantar antecipada < propulsão

 MI afastados < propulsão


• início quando os MI se encontram unidos após
a ALI, processando-se através da sua flexão
progressiva;

• os pés recuperam juntos, na direcção das


nádegas, em rotação interna e flexão plantar;

• há um pequeno afastamento dos joelhos.


 flexão exagerada das coxas sobre o tronco > arrasto

 recuperar durante a fase propulsiva da braçada (ALI)


< propulsão e altera a sincronização
(Persyn et al., 1992)
1. Acção dos MI

Condições de Critérios de sucesso


exercitação • Cabeça fora de água,
corpo ligeiramente
oblíquo.
• Com e sem placa.
• Movimento totalmente
subaquático.
• Joelhos afastados à
largura dos ombros.
• Eversão / inversão dos
pés.
• Extensão e adução
completa dos MI.
1. Acção dos MI

Erros no ensino Feed-backs

• Colocar o aluno • Manter constante a


em posição frase:
ventral e abordar “Dobra, vira os pés
a acção dos MI de para fora, estica e
forma global. junta”.
2. Acção dos MI coordenada com a
respiração

Condições de Critérios de sucesso


exercitação

“Levanta a cabeça
• Com e sem placa.

dobra as pernas e
mergulha a cabeça

esticas as pernas”.
2. Acção dos MI coordenada com a
respiração

Erros no ensino Feed-backs

• Utilizar linguagem A cabeça entra rápido na


demasiado água (evitar tempos exa-
elaborada, com gerados de inspiração)
muitos pormenores
do movimento.
• Descurar a duração
da inspiração.
Fases da acção dos MS:

• Trajecto motor sub-aquático


– Acção lateral exterior + Acção
Descendente (outsweep +
downsweep)
– Acção lateral interior (insweep)

• Recuperação
Plano sagital
Plano transverso

Plano frontal

(Maglischo, 1993)
• início no final da fase de recuperação
com os MS em extensão completa;

• mão desloca-se para fora e para


baixo (BF) ou para fora, para cima e,
depois, para baixo (BN);

• no BN as mãos deslocam-se para


fora, para cima e depois para baixo;

• a superfície palmar orienta-se para


fora, ligeiramente para trás (punho
flectido) e muito ligeiramente para
baixo;

• fase pouco propulsiva;


• afastamento insuficiente das mãos encurtamento da
braçada;

• afastamento exagerado das mãos altera a


sincronização e provoca menor propulsão;

• empurrar a água para trás.


• Início no ponto mais profundo da acção
descendente, quando as mãos passam
a projecção dos ombros;

• mãos orientam-se, progressivamente,


para dentro, para cima e para trás;

• o deslocamento para dentro e para cima


faz-se devido à adução do MS e flexão
do cotovelo

• NOTA: o movimento dos cotovelos deve


“seguir” o das mãos e não se antecipar a
estas
• orientar as mãos para dentro antes de passarem pela
vertical dos cotovelos < propulsão;

• passar para a fase da recuperação dos MS antes de


finalizar esta fase < propulsão;

• passar cotovelos para trás da vertical dos ombros


altera a sincronização e aumenta o arrasto.
• início quando os MS (flectidos a ±
90º) se encontram, quase juntos, sob
o peito;

• os MS realizam uma extensão


progressiva à frente, podendo as
mãos deslocar-se em imersão
completa ou à superfície.

S
• MS afastados maior arrasto;

• Recuperar com grande velocidade maior arrasto.


1 ciclo de MS por ciclo de MI

Bruços Formal

– o corpo deve situar-se numa posição o mais horizontal possível;


– a acção dos MS descreve uma trajectória predominantemente
horizontal utilizando uma maior frequência gestual;
– a inspiração é realizada com um movimento isolado da cabeça que
possibilita a emersão da face.
Bruços Natural
o
o corpo adopta uma movimentação ondulatória, implicando uma
maior amplitude de movimentos e acções propulsivas
dominantemente oblíquas e transversais em relação à direcção de
deslocamento do nadador;
o
é característico a elevação acentuada dos ombros (facilitando a
respiração), assim como, a colocação mais profunda da bacia e
coxas.
• EXPIRAÇÃO - contínua, constante,
progressiva com as vias respiratórias
imersas

RESPIRAÇÃO
• INSPIRAÇÃO - rápida, forte e activa
(predominantemente pela boca)

INSPIRAÇÃO: durante ALI dos MS

(extensão cervical no BF e elevação do tronco+cabeça no BN)


3. Acção dos MI coordenada com acção
unilateral MS e com a respiração

Condições de Critérios de sucesso


exercitação
• “Primeiro dobram os
braços e depois as pernas.”
• Com e sem placa.
• “Quando as pernas
esticam, os braços já estão
(quase) esticados.”
• “Quando os braços dobram
a cabeça levanta.”
Quando os braços esticam
a cabeça mergulha”
3. Acção dos MI coordenada com acção
unilateral MS e com a respiração

Erros no ensino Feed-backs

• Utilizar linguagem Deslizar: quando o


demasiado corpo está todo estica-
elaborada, dando do, contar até 3 e só
muitos pormenores depois recomeçar os
do movimento. movimentos.

• Descurar possíveis
alterações no
movimento dos MI.
4. Técnica completa

Condições de
exercitação Critérios de sucesso

• Sem placa. • “Só afasta os braços


depois de juntar as
pernas”
• “Só dobra as pernas
depois das mãos
estarem debaixo do
peito”.
4. Técnica completa

Erros no ensino Feed-backs


• Utilizar linguagem
Deslizar: Quando o
demasiado elabo-
corpo está todo estica-
rada, dando muitos do, contar até 3 e só
pormenores do depois recomeçar os
movimento. movimentos.
5. Acções subaquáticas da acção de MS
de bruços

•Feed-back:

Afundar a mão no início da braçada.

Juntar os cotovelos por baixo do peito


(“fechar a asa da galinha”)

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