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Técnica de

mariposa
Proposta metodológica
para o ensino da técnica
de mariposa
Susana Soares, Ricardo Fernandes, José Virgílio Santos
Silva, João Paulo Vilas-Boas
• Ventral

• Simultânea

• Descontínua

• “Simetria” das
acções
Desde o início da primeira braçada após a partida e depois de cada viragem, o corpo deve permanecer na
posição de bruços e os ombros deverão estar em linha com a superfície normal da água. É permitido o
batimento de pernas na posição lateral enquanto o nadador estiver submerso. Não é permitido, em qualquer
momento, rodar para a posição de costas (SW 8.1).

Ambos os braços devem ser trazidos para a frente juntos sobre a água e levados atrás simultaneamente (SW
8.2).

Todos os movimentos dos pés devem ser executados simultaneamente. São permitidos movimentos das pernas
e dos pés no plano vertical, tanto para cima como para baixo, em simultâneo. As pernas e os pés não
necessitam de estar no mesmo nível, mas não são permitidos movimentos alternados (SW 8.3).

Em cada viragem e no final da prova o toque na parede deve ser feito com ambas as mãos simultaneamente, ao
nível, acima ou abaixo da superfície da água (SW 8.4).

Na partida e nas viragens é permitido ao nadador uma ou mais pernadas e uma braçada debaixo de água que o
conduza à superfície. Será permitido ao nadador estar totalmente submerso até uma distância de 15 metros da
parede, após a partida e cada viragem. A esta distância a cabeça deverá ter já rompido a superfície da água. O
nadador deverá permanecer à superfície até à viragem seguinte ou até à chegada (SW 8.5).
Posição Horizontal + Movimento Ondulatório

Durante cada ciclo dos MS, a posição do corpo assume 3 formas:


► o corpo deve manter-se o mais horizontal possível durante as fases mais
propulsivas da braçada: ALInterior e AAscendente;
► durante a 1ª Acção MI e a ALExterior as ancas devem deslocar-se para
cima e para a frente através da superfície da água;
► a força com que se efectua a 2ª Acção MI não deve ser tão intensa que
eleve a bacia acima da superfície (o seu objectivo é impedir o
afundamento da bacia devido à AA dos MS).
1. Movimento ondulatório
Condições de
Critérios de sucesso
exercitação
• Águas rasas: partida da
posição de pé. Saltar
• Águas rasas:
arqueando o corpo. descrever ciclos de
Mergulhar e tocar com dois arcos opostos
as mãos e peito no
chão, arqueando o
com o corpo.
corpo. • Águas profundas:
• Águas profundas: descrever ciclos de
partida da posição mergulho de pato +
deitado. Mergulhar e
tocar com as mãos e arco inverso com o
peito no chão ou o mais corpo.
próximo possível deste.
1. Movimento ondulatório

Erros no ensino Feed-backs


• Não definir o
• Fazer arcos com
movimento correcto.
corpo como os
• Não colocar a golfinhos.
ênfase do
movimento no
arqueamento do
corpo.
• Usar flutuadores
auxiliares.
2. Acção MI
Condições de
Critérios de sucesso
exercitação
1. Braços estendidos • Pernas juntas.
acima da cabeça.
Placa longitudinal e • Movimento simultâneo
pega curta. Cabeça dos dois MI.
dentro de água.
• Ondulação da
2. Braços estendidos totalidade do corpo,
acima da cabeça. crescendo da cabeça
Sem placa. Cabeça aos pés.
dentro de água.
• Movimento
3. Braços estendidos
ao longo do corpo. descendente muito
forte.
2. Acção MI

Erros no ensino Feed-backs


1. Não colocar a ênfase no
movimento descendente • Acções fortes MI
dos MI.
para o fundo da
2. Usar pull-buoy para piscina.
elevar a anca.
3. Usar pull-buoy para •Ondular muito o
juntar os pés. corpo.
4. Descurar a orientação
céfalo-caudal do
movimento ondulatório
da totalidade do corpo.
3. Acção MI coordenada com a
respiração
Condições de Critérios de sucesso
exercitação • 1:2
1. Braços estendidos 1ª acção MI (final) a cabeça
acima da cabeça. sai
Placa longitudinal e 2ª acção MI (final) a cabeça
pega curta. Cabeça entra
dentro de água.
• 1:4
2. Braços estendidos 4ª acção MI a cabeça sai e à
acima da cabeça. 1ª pernada a cabeça
Sem placa. Cabeça entra.
dentro de água.
2ª acção MI cabeça na água
• Braços estendidos 3ª acção MI cabeça na água
ao longo do corpo.
(2,3, 4/1, 2, 3, 4/1, ...)
3. Acção MI coordenada com a
respiração
Erros no ensino
Feed-backs
• Utilizar linguagem
demasiado elaborada, •A cabeça entra
com muitos pormenores rápido na água (evitar
do movimento.
tempos exagerados
• Descurar a duração da
inspiração. de inspiração) e induz
• Usar pull-buoy. a ondulação.
• Descurar o movimento •Ondular muito o
ondulatório da totalidade
do corpo. corpo.
• Ficar pelo ritmo 1:2. •Contar as acções!
Fases da acção dos M.S. (Maglischo, 1993):

• Trajecto motor
– Entrada
– Acção lateral exterior (outsweep)
– Acção lateral interior (insweep)
– Acção ascendente (upsweep)

• Saída e Recuperação

Plano transverso Plano sagital Plano frontal


• as mãos devem entrar no prolongamento dos ombros,
estando as mãos orientadas ligeiramente para fora;
• a cabeça deve-se encontrar numa posição natural.
• início após a entrada, segundo uma trajectória curvilínea;
• mãos deslocam-se para fora e depois para baixo, até
atingir o ponto mais fundo da sua trajectória;
• a superfície palmar da mão orienta-se para fora e para
trás e, numa segunda fase, para baixo;
• fase pouco propulsiva.

C
• não realizar rotação externa das mãos e “puxar” para
baixo do corpo diminui a A.L. Interior, provocando <
propulsão;
• realizar o movimento com cotovelo baixo perturba
alinhamento horizontal e provoca < propulsão.
• início no ponto mais profundo da acção descendente, quando as
mãos passam a projecção vertical dos ombros;
• as mãos orientam-se, progressivamente, para dentro, para cima e
para trás;
• mãos realizam uma trajectória curvilínea até se situarem quase
juntas perto da linha média do corpo;
• fase efectuada em grande aceleração.
• Orientar as mãos para dentro antes de passarem
pela vertical dos cotovelos < propulsão;
• Executar o movimento em velocidade constante
< propulsão.
• Começando com as mãos na linha média do corpo, dirigem-se
agora para trás, para fora e para cima;
• Os MS realizam uma extensão progressiva até as mãos alcançarem
a parte anterior das coxas.

 Empurrar a água directamente para cima perturba


alinhamento horizontal, provocando < propulsão.
• após atingirem as coxas as mãos rodam para dentro (rotação
interna), saindo da água com o dedo mínimo em 1º lugar;
• os MS recuperam lateralmente e ligeiramente flectidos.

 extensão insuficiente dos MS < propulsão

 MI fundos (batimento fraco) > arrasto e dificulta a AA e


início da recuperação bacia muito baixa
Fases da acção dos M.S. (Maglischo, 1993):
• Trajecto motor
– Entrada
– Acção lateral exterior (outsweep)
– Acção lateral interior (insweep)
– Acção ascendente (upsweep)

• Saída e Recuperação

Plano transverso Plano sagital Plano frontal


• as mãos devem entrar no prolongamento dos ombros,
estando as mãos orientadas ligeiramente para fora;
• a cabeça deve encontrar-se numa posição natural.
• início após a entrada, segundo uma trajectória curvilínea;
• mãos deslocam-se para fora e depois para baixo, até
atingir o ponto mais fundo da sua trajectória;
• a superfície palmar da mão orienta-se para fora e para
trás e, numa segunda fase, para baixo;
• fase pouco propulsiva.

C
• não realizar rotação externa das mãos e “puxar” para
baixo do corpo diminui a A.L. Interior, provocando <
propulsão;
• realizar o movimento com cotovelo baixo perturba
alinhamento horizontal e provoca < propulsão.
2 acções de MI por ciclo de MS:
• 1ª acção (fase descendente) coincide com a entrada dos MS a
velocidade de deslocamento é bastante baixa, permitindo
compensar a desaceleração imposta pela entrada;
• 2ª acção (fase descendente) acompanha a AAscendente dos MS
impede o afundar da bacia e permite a elevação dos ombros
facilitando a respiração.

Entrada – 1ª ADesc

Saída – 2ª BDesc
• INSPIRAÇÃO - rápida, forte e activa
(predominantemente pela boca)
RESPIRAÇÃO
• EXPIRAÇÃO – contínua e
progressiva com as vias respiratórias
imersas

M.S. x INSP. • 1:2 - provas mais longas


• 1:3 - provas mais curtas
Ciclos inspir frontal

Sincronização
MS x respir.
Ciclos inspir lateral

(Hahn e Krung, 1992; Cunha,


1997; Barbosa et al, 1999; 2002a;
2002b; 2003; Barbosa, 2000)

Ciclos não inspir


• Entrada - cabeça orientada para
baixo

• ALE - inicio da extensão cervical

• ALI - aproximação da face da


superfície

• AA - a face emerge e ocorre a


inspiração

• 1ª fase recup. - mantêm-se a


inspiração

• 2ª fase recup. - imersão da face


através de uma flexão cervical
4. Acção MI coordenada com acção
unilateral MS e com a respiração
Condições de Critérios de sucesso
exercitação • Acção MI coord. com
1. Braços estendidos acção MS
acima da cabeça. 1. “um batimento à entrada,
Placa longitudinal e um batimento à saída.”
pega curta. Cabeça
dentro de água. • Acção MI coord. com
acção MS e respiração
2. Braços estendidos
acima da cabeça. 1. “a cabeça sai antes dos
Sem placa. Cabeça braços e entra logo
dentro de água. depois deles saírem”;
• Braços estendidos 2. “ a cabeça sai de duas
ao longo do corpo. em duas braçadas”.
4. Acção MI coordenada com acção
unilateral MS e com a respiração
Erros no ensino
Feed-backs
• Utilizar linguagem
elaborada, com muitos
pormenores do • Fazer o segundo
movimento.
batimento muito
• Descurar a duração da
inspiração. forte.
• Usar pull-buoy.
• Descurar o movimento
ondulatório da totalidade
do corpo.
• Desvalorizar a 2ª acção
MI.
• Ficar pelo ritmo 1:2.
5. Técnica completa
Condições de
exercitação Critérios de sucesso

1. Sem placa. “Juntar as mãos à


entrada dos braços”
5. Técnica completa

Erros no ensino Feed-backs

• Desvalorizar a 2ª • Nadar devagar.


acção MI.
• Ficar pelo ritmo
1:2.
6. Acções subaquáticas da acção MS de
mariposa

•Feed-back:

“Mãos para o fundo da piscina”

“Desenhar uma barriga muito


gorda”.
Nado de
Estilos

Prova de estilos
individual

Estafeta de estilos
Prova de estilos individual

Mariposa
Viragem Mar/Ct
Costas
Viragem Ct/Br
Bruços
Viragem Br/Cr
Crol
Prova de estafeta de estilos

Costas
Bruços
Mariposa
Crol

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