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TÉCNICA

DE
BRUÇOS

Luis Rama
Condicionantes
Regulamentares

z A técnica de Bruços é a mais


regulamentada da Natação Desportiva

z Necessidade da demarcação
relativamente à técnica de Mariposa.
Condicionantes Regulamentares
Posição do corpo (1)
z O corpo tem que permanecer em posição
ventral, com os dois ombros paralelos à
superfície da água, desde a execução do
primeiro ciclo gestual, após o salto de
partida ou das viragens (FINA)

Implicações
z as rotações do tronco em torno do seu eixo
longitudinal levam a desqualificação imediata
z Os movimentos dos braços e das pernas devem ser
simultâneos e no mesmo plano horizontal, não
podendo existir movimentos alternados.
Condicionantes
Regulamentares
Trajectos segmentares (2)
z As mãos devem ser lançadas para a frente a
partir do peito, e traccionadas para trás à
superfície ou debaixo de água.
– Eliminam-se, os movimentos aéreos dos braços,

– Não é, incorrecto lançar as mãos para a frente fora de água


desde que o movimento se processe do peito do nadador
para a frente. A saída dos cotovelos da água por outro lado,
tornou-se um factor de desqualificação (1995).

– Não são autorizados movimentos em planos verticais tal


como o batimento de pernas de golfinho - (Mariposa)
Condicionantes
Regulamentares
Viragem e chegada (3)
z O toque das mãos na parede simultâneo,
mantendo os ombros na horizontal.
z Na viragem, o toque pode ser simultâneo
mas em planos diferenciados.
z Na chegada, o toque deve ser simultâneo
e ao mesmo nível.
Condicionantes
Regulamentares
Nado (4)
z Em cada ciclo dos braços uma parte da
cabeça tem de cruzar a superfície da
água, salvo após o salto de partida ou a
viragem, onde é permitido ao nadador
executar um movimento de braços e um
movimento de pernas enquanto está
completamente submerso – “ braçada
subaquática”.
Análise Técnica - Posição do corpo
z Ao longo do ciclo gestual, deve manter-se
o mais próxima possível da posição
hidrodinâmica fundamental.
z “alta” na água;
z pouco afundamento dos ombros;

z o mais horizontal possível junto à


superfície.
z Visto lateralmente, o ombro segue uma
trajectória em onda simétrica mas com um
comprimento elevado.
Posição do corpo (2) - Critérios

z No fim da recuperação, o topo da cabeça


tem de estar alinhada com os ombros 2 a 3
cm abaixo da superfície.
z A porção central da região dorsal, que
apresenta uma convexidade permanente,
será a parte do corpo mais alta.
z O alinhamento horizontal do corpo deverá
ser total no final da recuperação dos
braços e da ALI dos pés.
Movimento dos Membros
Superiores “Braçada “

1. Acção Lateral
Exterior - ALE
2. Acção
Descendente
- AD
3. Acção Lateral
Interior - ALI
4. Recuperação
- Rec
Acção Lateral Exterior (ALE)
Trajecto
z Inicia-se no final da recuperação, sem
interrupção ou paragem, (no Bruços moderno
não existe fase de deslize ( na braçada).
z Os braços mantêm-se em extensão ao longo
desta fase, com as mão orientadas para fora e
para trás.
z O trajecto é para fora e ligeiramente para
cima, numa fase inicial, e, o resto do trajecto é
para fora e ligeiramente para baixo, consistindo
no afastamento das mãos uma da outra até que
ultrapassem a linha dos ombros.
Acção Lateral Exterior
(ALE)
z Fase pouco propulsiva.

z O objectivo principal é a
colocação dos segmentos
de forma vantajosa para
as fases seguintes da
braçada.
Acção Descendente
(AD)
z Nesta fase, as mãos
continuam o seu trajecto
circular para baixo e para fora
em aceleração
zVigiar a flexão do cotovelo e
da manutenção deste numa
posição alta, perto da superfície
da água, até que as mãos
atinjam o ponto mais fundo do
seu trajecto.
z As mãos mantêm a orientação
para fora, para trás e para baixo
Acção Lateral Interior (ALI)
Início: quando as mãos
atingem o ponto mais
profundo do seu trajecto

Fim: termina quando as


mãos atingem o plano
definido pelos cotovelos,
num movimento
ascendente e interior.
Acção Lateral Interior (ALI)
Os cotovelos seguem as
mão para dentro e para
baixo e depois para dentro
e para cima. No fim desta
fase os cotovelos juntam-se
debaixo do peito.

Existem autores que defendem que esta junção se faça de


forma activa, favorecendo o aumento do momento
ascendente das mãos e a transição para a recuperação.
RECUPERAÇÃO
z Têm início quando as mão se juntam
(debaixo dos ombros)
z As mãos são lançadas para a frente
através da acção potente do “fecho” dos
cotovelos.
z Os cotovelos são lançados rapidamente
para a frente alinhando com as mãos e os
ombros á medida que realizam a sua
extensão
z A extensão dos cotovelos é acompanhada
pela rotação exterior dos braços, para
colocar as mãos para a fase seguinte
Final da Recuperação
Movimento dos Membros
Inferiores ”Pernada “
1. Acção Lateral
Exterior - ALE
2. Acção
Descendente -
AD
3. Acção Lateral
Interior - ALI
4. Recuperação -
Rec
Acção Lateral Exterior (ALE)

O trajecto dos pés é circular para trás, para fora e para


baixo, terminando esta acção quando as pernas estão
perto da extensão total.

A eficiência propulsiva desta fase da pernada é


condicionada pela capacidade de flexão dorsal e eversão
do pé.
Acção Lateral Exterior ( ALE)
Tem início quando as pernas se aproximam da
fase final da recuperação.

A flexão da articulação coxo-femural deve ser


reduzida;
Os joelhos deverão estar afastados à largura dos
ombros e os calcanhares perto das nádegas;

Os pés rodam para fora e para trás, ficando com


as plantas orientadas para cima para fora e para
trás, após o que se realiza a extensão dos
joelhos.
4.2 Acção Descendente ( AD)
z Quando os joelhos se aproximam da
extensão, as pernas começam a deslocar-se
para fora, para baixo e para trás com as
pontas dos pés a apontar para fora e depois
para baixo até que esta fase termine.
z Esta orientação consegue-se através da
rotação externa da coxa.
zA AD provoca a elevação das ancas e deve
ser realizada em grande aceleração
Acção Lateral Interior (ALI)
z Após a extensão das pernas os pés
mudam a sua orientação, ficando com as
plantas voltadas uma para a outra à
medida que as pernas mudam o seu
trajecto de descendente para interior.

z Esta fase dura até à quase junção das


pernas e a sua eficácia depende da
capacidade de manutenção da flexão
plantar dos pés e rotação externa das
coxas.
Acção Lateral Interior
(ALI)
Deslize
z No final do trajecto interior, os pés deixam de exercer
pressão na água com a face plantar.

z Os pés retomam então uma posição de flexão


plantar,mantendo-se nesta posição até que as
pernas se encontrem completamente juntas e
alinhadas com o tronco.

z Este curto deslize, facilita a sincronização dos


movimentos M.S/ M.I., sendo que nesta fase decorre
a totalidade do trajecto propulsivo dos M.S
• Quando a ALI dos membros Recuperação
inferiores acaba, após um pequeno
momento de deslize das pernas, em MI
que estas retomam o alinhamento com
o corpo;

• Os calcanhares são rapidamente


puxados para cima, em direcção às
nádegas, através de uma grande
flexão dos joelhos, acompanhada de
uma pequena rotação externa das
coxas.
Recuperação
zDurante este trajecto ascendente e
anterior, os pés são mantidos em flexão
plantar, planta do pé virada para dentro e
quase juntos para diminuir a resistência.

No final da recuperação,
os pés, colocados muito
próximo das nádegas,
iniciam a rotação exterior,
preparando a ALE.
SINCRONIZAÇÃO MS/ MI
zO ciclo dos MI é cerca de 1/3 da
duração dos MS.
z A velocidade do ciclo da “braçada é que
determina a velocidade a que se
desenrolam os restantes movimentos
SINCRONIZAÇÃO MS/ MI
z As acções propulsivas dos MS decorrem
durante o Deslize dos MI
A BRAÇADA
zA velocidade da braçada determina a
velocidade com que as restantes
componentes do ciclo gestual vão
actuar.
A PERNADA
z A pernada vai iniciar a sua fase propulsiva no
momento do lançamento dos ombros.
z O ciclo dos membros inferiores deve ser
executado com muita rapidez, evitando
grandes oscilações verticais da bacia.
z Nos principiantes a rapidez da recuperação
da braçada e a consequente redução do
tempo de inspiração, são factor de
dificuldade acrescida.

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