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Seqüência

Pedagógica da

Natação
Etapas da Seqüência Pedagógica
1- Adaptação ao meio líquido
2- Adaptação respiratória
3- Adaptação oculo-visual
4- Flutuação e deslize
5- Nado Crawl (Propulsões e Fundamentos)
6- Nado Costas(Propul. e Fundamentos)
7- Nado Peito (Propul. e Fundamentos)
8- Nado Borboleta (Propul. e Fundamentos)
1- Adaptação ao meio líquido

- Consiste em ambientar o praticante ao meio


líquido.
- Estabelecer uma relação segura com a água.

- Tornar a convivência com o meio líquido a


mais agradável possível.
- Importante para construção da afinidade
com a água.
2- Adaptação Respiratória

- Objetiva tornar natural o ciclo respiratório


dentro da água. (Inspiração e Expiração)
- Processo de inversão das vias respiratórias.
- Preparação para respiração técnica dos
quatro estilos de nado.
3- Adaptação oculo-visual

- Tem a finalidade de proporcionar uma


visão confortável dentro da água sem a
utilização do óculos de natação.
- Adaptar o olho aos elementos químicos
utilizados para o tratamento da piscina.
4- Flutuação e Deslize
- Desenvolve a capacidade de manter o corpo na
superfície da água.
- Aumento da percepção do espaço que o corpo
ocupa no meio líquido.
- Noção de deslocamento e maior domínio na
água, contribuindo para o estilo ( Técnica ).
- Desenvolvimento das técnicas de flutuação:
ventral – dorsal – vertical – lateral
NADO CRAWL
NADO CRAWL
Análise Técnica
O nado crawl sofre variações de acordo com a
individualidade de cada nadador. Essas variações
estão relacionadas a propulsão de perna e o ciclo da
braçada.
Normalmente nadadores com maior freqüência de
pernas possuem uma melhor flutuação.

* Número de pernadas por ciclo de braços.


* 2/1 * 4/1 * 6/1
NADO CRAWL
Propulsão de perna
Importante não somente para o deslocamento,
mas também para o equilíbrio e
sustentação(flutuação).
O professor deve dar uma noção aprimorada dos
movimentos de perna. Objetiva fortalecer e educar a
musculatura dos membros inferiores, acostumando o
corpo ao esforço na horizontal.
Principal função da perna é estabilizar, neutralizar
e trazer uma maior aerodinâmica ao corpo.
NADO CRAWL
Propulsão de perna
Características:
- Afastamento entre as pernas deve ser a largura da
distância do quadril.
- O movimento começa na articulação coxofemural,
com as pernas retas ou estendidas.
- O movimento se inicia com uma leve flexão,
partindo do quadril, passando pelo joelho, e
finalizando no tornozelo.
- A pressão da resistência da água deve ser colocada
no peito dos pés.
NADO CRAWL
Propulsão de braço

 Fase aérea  Fase sub-aquática

1. PREPARAÇÃO 1. APOIO
2. ATAQUE 2. TRAÇÃO
3. ENTRADA 3. EMPURRÃO
NADO CRAWL
Propulsão de braço
A seqüência do movimento subaquático das
braçadas começa com a entrada da mão na água
ligeiramente inclinada para fora, primeiramente a
mão e depois o punho, antebraço e braço à frente do
corpo e na linha do ombro, evitando uma maior
resistência frontal.
Com o braço alongado a frente, a mão realiza um
leve movimento de afastamento lateral, depois em
direção à linha mediana do corpo, com o objetivo de
empurrar grande quantidade de água, finalizando na
coxa.
NADO CRAWL
Propulsão de braço

A fase aérea começa depois do empurrão, com a saída


do braço da água elevando o cotovelo sempre mais alto
que as mãos. Mantendo sempre o braço relaxado,
direcionando a mão á frente da cabeça, observando o
momento da entrada na água.
NADO CRAWL
Coordenação de braço com respiração
 Unilateral:

2 braçadas / 1 respiração
4 braçadas / 1 respiração

 Bilateral:
3 braçadas / 1 respiração
5 braçadas / 1 respiração
NADO COSTAS
NADO COSTAS
Análise Técnica
Flutuação e Respiração são etapas da seqüência
pedagógica que possuem características próprias no nado
costas.
A flutuação dorsal com a gravidade invertida, exige do
professor cuidados especiais com o seu desenvolvimento.
Importante sempre manter uma das mãos apoiando a
cabeça, e a outra na região lombar.
O ciclo de respiração possui uma pequena diferença
entre o tempo da inspiração e a expiração, que objetiva uma
melhor flutuação.
NADO COSTAS
Propulsão de perna

A pernada é fundamental para ajudar a manter o


quadril elevado, melhorando a posição do corpo na
horizontal.
Assim como no nado crawl a pernada se inicia na
articulação coxofemoral passando pelo joelho e
finalizando no tornozelo.
O afastamento entre as pernas é a largura da distância
do quadril.
NADO COSTAS
Propulsão de braço
Fase Aérea ou Recuperação:

- Iniciamos com a palma da mão próxima ao


corpo,com ênfase na elevação do ombro e o polegar
voltado para cima
- Na altura da cabeça quando o braço forma um ângulo
de 90º em relação ao tronco, se inicia uma rotação externa
com o braço estendido e a palma da mão para fora
entrando com o dedo mínimo na água diminuindo o atrito
com água
NADO COSTAS
Propulsão de braço
Fase Sub-Aquática ou Tração:

- Após a entrada na água, a mão afunda aproximadamente 20


centímetros abaixo da superfície da água
- O cotovelo realiza uma flexão enquanto o braço é puxado
para baixo e lateralmente acentuando a flexão com a palma
da mão voltada em direção aos pés
- Após a passagem do braço pelo alinhamento do ombro, o
cotovelo atinge a sua flexão máxima de 90o e começa a se
estender trazendo a mão próxima ao corpo, finalizando o
movimento com o braço em extensão e com a palma das mão
próxima da coxa com o polegar para cima
NADO COSTAS
Pontos Importantes da Fase Aérea

1. Elevação do braço ao lado do corpo

2. No inicio polegar voltado para acima

3. Na altura do ombro palma das mãos voltadas


para fora

4. Finaliza a fase (toque na água) com o dedo


mínimo
NADO COSTAS
Pontos Importantes da Fase Subaquática
1. Inicia-se quando o dedo mínimo penetra na água
2. Leve o braço para baixo e para o lado
3. Comece a flexionar o cotovelo aos poucos
4. Palma das mãos começa a se voltar para trás
5. Na linha do ombro a flexão atinge 90o
6. Comece a estender os cotovelos até as mãos
ficarem perto da coxa
7. No final as palmas das mãos devem estar
voltadas para baixo
NADO PEITO
NADO PEITO
Análise Técnica
É o nado que mais sofreu modificações técnicas. Nos anos
60, a propulsão das pernas representavam a força de
deslocamento do nado, enquanto o braço dava o apoio para
respiração.
No final dos anos 60 um brasileiro, José Fiolo, bate o
recorde mundial dos 100P aumentando a ênfase da braçada.
No inicio dos anos 70, os nadadores finalizavam a pernada,
já fazendo uma maior tração com os braços, e deslizavam
alongados a frente. (palmas p/ baixo)
NADO PEITO
Análise Técnica
Em 1976 o nadador inglês David Wilkie, bate o recorde
dos 200P, aumentando a freqüência de braçadas,
diminuindo o deslize.
Na mesma época a nadadora americana Tracy Caulkins
traz a ondulação para o nado, o que é feito até hoje.
Em 1986 os americanos tentaram trazer a recuperação
com os braços acima da água, com os estudos
biomecânicos, constatou-se um gasto energético maior
que a eficiência do nado.
NADO PEITO
Seqüência dos movimentos
Inicia com a braçada afastando lateralmente os
braços estendidos com as mãos ligeiramente
inclinadas para fora.
Após os braços atingirem a linha dos ombros,
começa a tração para trás e para baixo até a linha do
ombro.(cabeça na água e pernas paradas)
Finalizando a tração(fase propulsiva)a cabeça sai
para a respiração e recuperação total.
A cabeça entra na água quando é realizada a
flexão em 90º do joelho para propulsão de perna com
os braços alongados a frente iniciando um novo ciclo.
NADO PEITO
Movimentos de Pernas
A propulsão de pernas é realizado de maneira
simultânea e simétrica. A ação das pernas
decompõem-se de duas fases: recuperação e impulsão

Recuperação:
O inicio da fase é com as pernas estendidas e
unidas, com os pés em extensão e voltados para trás.
Faz uma flexão das pernas com objetivo de trazer
os pés para junto aos quadris.
Formar um ângulo de 125o entre o tronco e o
joelho. Esta posição lhe proporciona uma forte
impulsão com a sola dos pés.
NADO PEITO
Movimentos de Pernas
Impulsão
Dividimos em impulsão e fechamento
-Impulsão Propriamente Dita
As pernas que estão flexionadas, vão se estender,
empurrando a água inicialmente para o lado e depois para
trás.
-Fechamento
As pernas estão esticadas e com as pontas dos pés
voltadas para o lado. Flexão do joelho em
aproximadamente 125º com os joelhos unidos.
NADO PEITO
Movimentos de Braços
São 5 as fases da braçada:

- Deslizamento
- Apoio
- Tração
- Recuperação
- Lançamento
NADO PEITO
-Deslizamento
Nesta fase os braços devem estar
esticados, palmas das mãos voltadas para
baixo, aproveitando a ação propulsora das
pernas. Nesta fase existe uma pausa que
permite ao praticante coordenar os
movimentos de braços e pernas.
NADO PEITO
- Apoio
Fase preparatória para a tração,
proporciona palmateio das massas de
água, trazendo mais eficiência à tração.
Inicio com as palmas das mãos voltadas
para fora e a uma profundidade de 20cm.
As mãos se separam, com os cotovelos
estendidos, quando as mãos estiverem
afastadas aproximadamente 30cm, se
inicia uma rápida flexão do cotovelo.
NADO PEITO
-Tração
As palmas das mãos voltam-se para trás,
mantendo o adiantamento dos ombros,
cotovelos sempre mais alto que as mãos, o
ângulo entre os braços e o antebraço deve ser
de aproximadamente 110o.
Mantenha os cotovelos altos, acima das
mãos mais sem deixar ultrapassar o nível dos
ombros.
NADO PEITO
- Recuperação
As mãos começam a se direcionar uma contra a
outra, voltadas diagonalmente para baixo,
havendo para isto uma pequena flexão dos
cotovelos.
Esta passagem da tração para a recuperação
deve ser feita do modo continuo, sem que os
braços se detenham em seus movimentos.
NADO PEITO
- Lançamento

É a fase que apresenta atrito e ação


freadora de propulsão.
Este movimento se realiza levando-se, as
mãos e braços à frente desde o queixo até a
posição de deslizamento. Este movimento
pode ser feito por baixo ou por cima da água.
O nadador deve ter a sensação que esta
passando por dentro de um arco imaginário,
situado á sua frente, para isto é necessário que
exista um estreitamento do diâmetro
biacromial e um alongamento de todo o corpo.
NADO BORBOLETA
NADO BORBOLETA
Análise Técnica
Muito conhecido como estilo golfinho, pois
seu principio básico é a golfinhada.
Ultimo estilo a ser aprendido, por que exige
do nadador muita habilidade e força.
Nos anos 60, antes dos estudos biomecânicos,
acreditava-se que o nado golfinho utilizado nas
provas de borboleta, passa a superar as marcas
das provas anteriores.
NADO BORBOLETA
Movimentos de Braços
As mãos entram na água na linha dos ombros,
ligeiramente inclinada. Dedão entra primeiro,
criando menor resistência.
Mãos entrando fora da linha dos ombros, aumenta a
resistência frontal. Após a entrada das mãos na água
realiza-se o afastamento lateral dos braços auxiliando
o apoio e a imersão das mãos.
O final da braçada ocorre com o afastamento das
mãos para a lateral e posteriormente a elevação dos
cotovelos. Durante a recuperação dos braços,
primeiro colocamos a cabeça na água, e depois as
mãos iniciando um novo ciclo.
NADO BORBOLETA
Movimento dos Braços
Dividido em duas fases:
- Aérea ou recuperação.
- Sub-aquática ou esforço
* Aérea ou Recuperação
- Os braços são levados à frente simultaneamente,
por cima da superfície da água. As mãos saem ao
lado dos quadris (coxa). Os cotovelos são
ligeiramente flexionado e elevados, carregando os
braços que são levados lateralmente à frente,
fazendo o ataque à água, mais ou menos como no
nado de crawl.
NADO BORBOLETA
 Subaquática ou Esforço
. Pegada ou apoio
. Tração
. Empurrão
 Pegada ou apoio:

Braços a frente da cabeça, aproveitando o


deslizamento produzido pela ação das pernas.
Os braços são levados ligeiramente para o
lado e para trás, fazendo uma “pegada”, para
dar inicio à puxada, flexionando ligeiramente
os cotovelos.
NADO BORBOLETA
- Tração:
Logo após a realização da pegada, os braços
começam a tracionar a água para trás e para
baixo, chegando a passar as mãos por debaixo
do corpo, flexionando mais ainda os cotovelos,
fazendo um ângulo próximo aos 90o.
- Empurrão:
Passagem do braço de flexão para extensão,
empurrando a água para trás e depois para o
lado dos quadris, com a extensão total dos
braços.
NADO BORBOLETA
-Movimento de Respiração:
 Respiração frontal, realizado com elevação da cabeça e
abertura da boca, quando o corpo por efeito da
ondulação do batimento descendente as pernas, saem da
água e os braços estão finalizando a fase de empurrão.
-Coordenação dos Movimento:
 Duas pernadas para uma braçada.
 Pernada forte ao final do empurrão, quadris para baixo.
 Pernada mais fraca no inicio da recuperação, quadris
para cima.
 Respiração, com os braços no final do empurrão e inicio
da recuperação.
 Ao inicio da fase de recuperação a cabeça deve voltar-se
para baixo, com o olhar voltado para a borda a frente.

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