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DISCIPLINA: Fisiologia
ALUNO (A): Roberta Adrielle da Silva Quintino
MATRÍCULA: UP27130731
POLO: Caruaru-PE
CARUARU-PE
2023
O que é anemia?
A anemia, independentemente do tipo, pode ser caracterizada como uma
carência na quantidade de hemoglobina no sangue. Basicamente, a hemoglobina é
uma proteína presente nas hemácias, responsável pelo auxílio no transporte de
oxigênio pelo corpo.
Sendo assim, a anemia provoca uma diminuição na oxigenação dos órgãos e
tecidos do organismo, provocando sintomas de diversos tipos. Apesar de ser uma
doença por si só, na maioria das vezes sua aparição ocorre por outras patologias ou
deficiências nutricionais.
Além disso, estima-se que essa doença afeta mais de um quarto da
população mundial, o que representa mais de 2 bilhões de pessoas. Inúmeros são
os fatores relacionados ao que causa anemia. Por isso, a doença é classificada em
diferentes tipos, que incluem:
Ferropriva
Acontece pela falta de ferro no organismo, oriunda da má alimentação e
absorção de nutrientes ou perda elevada de sangue. Ocorre com mulheres em idade
fértil, lactantes e gestantes, adolescentes, crianças, vegetarianos com dietas
restritivas ou quem fez cirurgia bariátrica, geralmente.
Megaloblástica
Provocada pela falta de vitamina B12, também como resultado da má
alimentação ou de problemas de absorção de nutrientes. Ainda pode ocorrer como
consequência de certos tratamentos para câncer ou efeito de medicamentos. No
entanto, é mais comum em idosos, bariátricos e pacientes com úlceras ou gastrite
crônica.
Anemias por doenças na medula óssea
É um tipo mais raro de anemia, que ocorre por conta de deficiências na
produção de glóbulos vermelhos e outros elementos sanguíneos. Nesse sentido,
caracteriza-se como:
Aplástica
Pode ser adquirida ou decorrer de outras doenças. Em geral, os fatores de
risco para as patologias na medula óssea que desencadeiam a anemia estão ligados
a substâncias tóxicas, radiação, quimioterapia e certos medicamentos. Ainda pode
ser hereditária ou oriunda de condições como lúpus, hepatite e HIV.
Hemolítica
Ocorre quando a medula óssea não consegue repor os glóbulos vermelhos
destruídos na quantidade ideal. Também acontece por intoxicações ou condições
autoimunes.
Anemias hereditárias
É um tipo de anemia gerado por alterações genéticas, que afetam a produção
e a vida útil dos glóbulos vermelhos. Em geral, é detectado logo após o nascimento
ou até os seis anos de idade.
Quando o gene é herdado apenas do pai ou da mãe, o paciente não
desenvolve a doença necessariamente. Ou seja, via de regra, a patologia atinge
indivíduos com genes herdados de ambos os pais.
Sendo assim, as anemias hereditárias incluem:
Falciforme
É um tipo de manifestação em que as hemácias adquirem um formato
semelhante ao de uma foice. Nesse sentido, a membrana celular é alterada e se
rompe com mais facilidade, gerando a patologia.
Além disso, trata-se do tipo mais recorrente de anemia hereditária.
Talassemia
É quando a condição hereditária compromete a produção de hemoglobina.
Com isso, os glóbulos vermelhos produzidos são menores e têm um volume menor
da proteína específica, que transporta oxigênio pela corrente sanguínea.
Anemias por doenças crônicas ou autoimunes
São geradas por quadros patológicos, mas contam com diferenças básicas.
Entre elas, estão:
Doenças crônicas
Nela, o corpo detecta inflamações e passa a retardar a produção de
hemácias, gerando quadros anêmicos. Além disso, há situações em que patologias
crônicas fazem o organismo metabolizar o ferro de maneira anormal, provocando
anemia.
São mais propensos os pacientes com esse tipo de condição, especialmente
aqueles com problemas renais, câncer e diabetes.
Doenças autoimunes
É quando o organismo produz anticorpos que atacam as hemácias. O quadro
mais comum nessas situações é a anemia hemolítica autoimune.
Pode atingir pessoas de todas as idades, mas é recorrente em adultos jovens e
também pode ser desencadeada pelo câncer ou doenças virais.
Falta de apetite;
Cansaço generalizado;
Falta de ar (que pode ser confundida com doenças respiratórias);
Tontura;
Dor de cabeça;
Apatia (principalmente em crianças, que se tornam menos ativas);
Dificuldades de aprendizado (também mais recorrente em crianças);
Formigamentos ou sensação de frieza nos pés e nas mãos;
Falta de disposição para trabalhar e realizar as atividades do dia a dia;
Palidez na pele;
Olhos amarelados (condição própria das anemias hemolíticas);
Palidez nas mucosas, como gengivas ou região interna dos olhos;
Dor no peito;
Desejo de ingerir substâncias que não são necessariamente alimentares,
como arroz cru ou gelo.
Como tratar anemia?
Sempre que houver suspeita de anemia, o paciente deve procurar por
assistência médica. Isso porque é preciso tratar a condição para evitar
agravamentos sérios o mais rápido possível. Assim como em qualquer doença, só
um especialista pode orientar as melhores intervenções. Dessa forma, tratamentos
por conta própria ou automedicação não devem ser cogitados.
Uma vez que a anemia pode ter diversas origens, é fundamental diagnosticar
sua manifestação. Só então é possível normalizar os níveis de hemoglobina.
Anemias hereditárias
No caso da talassemia e da anemia falciforme, não existe possibilidade de
cura. Contudo, é necessário tratamento com transfusões regulares de sangue.
Além disso, em termos de prevenção, os pacientes devem manter uma
alimentação rica em nutrientes e evitar práticas físicas muito pesadas.
Conclusão
A anemia é uma doença marcada pela carência de hemoglobina na corrente
sanguínea, que por sua vez tem papel fundamental no transporte de oxigênio pelo
organismo. Em condições anormais, pode comprometer a saúde dos órgãos e
tecidos do corpo.
Além disso, suas causas e tipos são diversos, assim como seus sintomas.
Mas geralmente, estão relacionadas à deficiência de certos nutrientes na
alimentação, doenças na medula óssea, fatores hereditários ou ainda patologias
crônicas ou autoimunes.