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Distúrbios Hematológicos

Enfª Thayse Ferreira


Distúrbios Hematológicos
 O sangue é constituído pelo plasma e por hemácias (glóbulos
vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas.
 O plasma é a parte líquida do sangue.
 Função: transportar água e nutrientes para todos os tecidos do
organismo.
 O plasma também contém sais minerais, proteínas relacionadas
com a coagulação do sangue (fatores da coagulação) e com a
defesa contra infecções (imunoglobulinas), hormônios, enzimas
e as células do sangue, atuam na defesa do organismo e ajudam
a controlar hemorragias,
 As hemácias são células anucleadas e possuem a forma
de um disco bicôncavo. Contém no seu interior uma
proteína chamada hemoglobina a qual é responsável pelo
transporte do oxigênio do pulmão a todas as partes do
organismo e do gás carbônico dos tecidos para os
pulmões.
 A anemia resulta da alteração estrutural ou diminuição
do número de glóbulos vermelhos ou da redução da
quantidade de hemoglobina presente no seu interior.
 São os leucócitos as células de defesa do nosso organismo contra
infecções. Eles possuem a capacidade de migrar do sangue para os
tecidos e combater microorganismos que invadem o corpo.
 A diminuição do número de leucócitos ou a alteração da sua função
deixa o organismo susceptível a múltiplas infecções.
 As plaquetas são pequenos fragmentos celulares presentes no
sangue que contribuem para a parada do sangramento após um
ferimento. Pacientes com diminuição do número de plaquetas ou
que possuem plaquetas com função prejudicada têm risco
aumentado de hemorragia.
 A Hematologia é a especialidade médica que estuda as doenças que
envolvem o sistema hematopoético, ou seja, tecidos e órgãos
responsáveis pela proliferação, maturação e destruição das células
do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas). A hematologia
também estuda os distúrbios de coagulação que envolvem
substâncias contidas no plasma.
Quais são as doenças hematológicas?
 As doenças hematológicas, as quais o hematologista diagnostica e trata, são classificadas
em três grandes grupos:
 ANEMIAS: hemolíticas - aplásticas -megaloblásticas
- por deficiência de nutrientes (ferro, vitamina B12, ácido fólico)
- hereditárias (anemias falciforme, talassemia) e outras.
 ALTERAÇÕES DA COAGULAÇÃO:
- púrpuras
- hemofilias
- doença de von Willebrand e outras.
 DOENÇAS DOS LEUCÓCITOS PROLIFERATIVAS E INFILTRATIVAS
- leucemias agudas e crônicas
- mielodisplasias
- mieloma múltiplo
- síndromes mieloproliferativas
- doença de Gaucher
- doença de Niemann-Pick
Anemia
 Anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue
está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais
nutrientes essenciais, seja qual for a causa dessa deficiência.

 É um distúrbio resultante de redução da quantidade normal das


células vermelhas do sangue (hemácias) e da concentração de
hemoglobina.
Fisiologia
 Do ponto de vista fisiológico, há anemia quando existe produção
diminuída ou ineficaz de hemácias ou hemoglobina, por
insuficiência da medula óssea, acarretando prejuízo da oferta de
oxigênio aos tecidos;
 Diminuição ou destruição prematura das hemácias (hemólise);
 Perda aumentada de sangue (hemorragias);
 Déficit de ferro,Vitamina B12, ácido fólico e outros nutrientes;
 Fatores hereditários;
 Doenças crônicas, tais como: artrite reumatoide, abscessos
pulmonares, osteomielite, tuberculose e câncer.
Causas
 As causas da Anemia por deficiência de ferro, tanto em
crianças como em gestantes, são basicamente o consumo
insuficiente de alimentos fontes de ferro e/ou com baixa
biodisponibilidade.
 Na gestante, pode-se destacar também as baixas reservas de
ferro pré-concepcionais e a elevada necessidade do mineral
em função da formação dos tecidos maternos e fetais.
 As anemias podem ser causadas por deficiência de vários

nutrientes como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas. Porém,


a Anemia causada por deficiência de ferro, denominada Anemia
Ferropriva, é muito mais comum que as demais (estima-se que
90% das anemias sejam causadas por carência de Ferro). O ferro
é um nutriente essencial para a vida e atua principalmente na
síntese (fabricação) das células vermelhas do sangue e no
transporte do oxigênio para todas as células do corpo.
 A anemia é comum nas pessoas idosas, sendo considerada parte
do processo patológico, e não do resultado do envelhecimento,
podendo apresentar efeitos graves na função cardiopulmonar,
quando não tratada corretamente.
 Crianças, gestantes, lactantes (mulheres que estão
amamentando), meninas adolescentes e mulheres adultas em
fase de reprodução são os grupos mais afetados pela doença,
muito embora homens - adolescentes e adultos - também
possam ser afetados por ela.
Manifestações clínicas
 Os principais sinais e sintomas são:
 Fadiga generalizada
 Anorexia (falta de apetite)
 Palidez de pele e mucosas (parte interna do olho, gengivas)
 Menor disposição para o trabalho
 Dificuldade de aprendizagem nas crianças
 Apatia (crianças muito "paradas").
 Quanto mais rapidamente a anemia se desenvolve, mais
graves são seus sintomas que incluem:
 Dispnéia aos esforços e de repouso;
 Fraqueza;
 Cefaléia;
 Tontura;
 Desmaio;
 Irritabilidade;
 Inquietação;
 Taquicardia.
Classificação
 Depende dos níveis de hemoglobina e doenças pré-
existentes.
 Anemia: <11g/dl ou > 8g/dl
 Anemia grave: <8g/dl
 Hemoglobina menos de 13,5g/dL em homens e de 12,0g/dL
em mulheres, com variações entre laboratórios.
Diagnóstico de Anemia
 Para o diagnóstico da anemia, é necessário recorrer aos
indicadores laboratoriais (hematológicos). O nível de
hemoglobina é um dos indicadores que tem sido amplamente
utilizado em inquéritos epidemiológicos, além de ser
considerado adequado num diagnóstico preliminar para
levantamentos em campo.
 O ponto de corte proposto pela OMS para nível de
hemoglobina indicativo de anemia em crianças de 6 a 60 meses e
em gestantes é abaixo de 11,0 g/dl.
 O tipo e a causa da anemia podem ser determinados por

exames hematológicos – pesquisa de hemoglobina e


hematócrito, estudos dos leucócitos, nível sérico de ferro,
vitamina B12, tempo de sangramento e de coagulação.

 Estudos diagnósticos como a aspiração e a biópsia da medula

óssea, para determinar a presença de doença aguda ou


crônica e a origem de qualquer hemorragia também crônica.
Tratamento de Anemia
 O tratamento é voltado para as causas da anemia e reposição
da perda sanguínea.

 O ferro pode ser fornecido ao organismo por alimentos de


origem animal e vegetal.
 O ferro de origem animal é melhor aproveitado pelo
organismo.
 São melhores fontes de ferro as carnes vermelhas,
principalmente fígado de qualquer animal e outras vísceras
(miúdos), como rim e coração; carnes de aves e de peixes,
mariscos crus.
 A presença de ácido ascórbico, disponível em frutas cítricas, e
alimentos ricos em proteínas na refeição melhora a absorção de
ferro proveniente de produtos vegetais, como: brócolis,
beterraba, couve-flor e outros. Por outro lado, existem alguns
fatores (fosfatos, polifenóis, taninos, cálcio) que podem inibir a
absorção do ferro, presentes em café, chá, mate, cereais
integrais, leite e derivados.
 Ressalta-se que o leite materno é considerado fator protetor
contra Anemia por deficiência de ferro devido à alta
biodisponibilidade do ferro existente. Estudos evidenciam
associação de anemia em crianças que tiveram pouco tempo de
aleitamento materno exclusivo, alimentação prolongada com
leite de vaca e com a introdução da alimentação complementar
precoce.
Assistência de Enfermagem
 Encorajar a deambulação e a participação nas atividades da
vida diária, conforme tolerado;
 Avaliar queixas de fadiga, fraqueza, desmaios, tonturas ou
mancha instável; evitar os movimentos súbitos;
 Incentivar períodos adequados de repouso;
 Orientar a redução de atividades e estímulos que causem
taquicardia e aumento do débito cardíaco;
 Monitorizar os sinais vitais;
 Elevar a cabeceira do leito em caso de dispnéia;
 Administrar oxigenoterapia se necessário;
 Observar e registrar os sinais e sintomas de retenção hídrica
(edema periférico, distensão das veias do pescoço, cansaço aos
esforços e queda de PA);
 Evitar alimentos formadores de gases (a distensão abdominal
pode aumentar a dispnéia);
 Oferecer alimentos ricos em proteínas, calorias, vitaminas e sais
minerais, conforme orientação nutricional.
Tipos de anemias
 Anemia Hipoproliferativas - Causas por deficiências na
produção das hemácias.
 Ex: Anemia Aplásica e Anemia Ferropriva.
 Anemias hemolíticas - decorrentes da destruição das
hemácias.
 Ex: Anemia Falciforme.
Anemia Aplásica
 Aplasia: Incapacidade de desenvolvimento normal de um
órgão ou tecido.
 A diminuição simultânea do número das hemácias,
leucócitos e das plaquetas elementos do sangue é conhecida
com pancitopenia e é a principal característica deste
distúrbio hematológico.
Causas
 Diminuição das células precursoras d medula óssea;
 Substituição da medula por material gorduroso;
 Pode resultar de certas infecções ou ser causada por drogas,
substâncias químicas ou radiação.
Manifestações clínicas
 Fraqueza;
 Palidez;
 Dispnéia;
 Fadiga;
 Taquicardia;
 Hemorragias constantes;
 Epistaxe (sangramento nasal) e
 Equimoses (infiltração de sangue na malha do tecido)
ocasionadas pela deficiência plaquetária.
Tratamento
 Transfusão de sangue (hemácias e plaquetas)- que
será ministrada para amenizar os sintomas e não
propriamente para curar a doença.
 Medicamentos imunossupressores, que atuarão no
controle das respostas imunológicas do organismo (o que o
torna imunodeprimido); ou de medicamentos capazes de
estimular a produção de novas células pela medula óssea.
 Transplante de medula óssea - é o único meio de
tratamento eficaz no combate à anemia aplásica, que,
embora eficiente, também traz alguns riscos ao indivíduo
(rejeição do transplante, por exemplo).
Assistência de Enfermagem
 Detecção precoce de sinais de infecção, hemorragia e hipóxia
tecidual;
 Proteger ferimentos evita-los;
 Atentar para higiene oral;
 Evitar gastos de energia;
 Evitar traumatismos, incluindo injeções;
 Orientação alimentar;
 Evitar surgimentos de Hemorróidas.
Anemia ferropriva
 É uma condição na qual o conteúdo de ferro orgânico
encontra-se inferior ao nível normal, pois o ferro é
necessário para a síntese de hemoglobina, sendo o tipo mais
comum de anemia em todos grupos etários.
Causas
 Dieta pobre em ferro: pessoas que ingerem pouco alimentos ricos
em ferro, podem desenvolver este tipo de anemia. Dentre os
alimentos ricos em ferro estão a carne vermelha, feijão, peixe e a
salada verde.
 Má absorção do ferro.
 Hemorragias entre os casos de sangramento que podem gerar uma
anemia ferropriva estão: sangramento gastrointestinal, úlceras
gástricas ou intestinais, câncer do trato gastrointestinal, acidentes
traumáticos, cirurgia, parto, além de um sangramento menstrual
intenso.
 A causa mais comum de anemia ferropriva em adulto é devida a
sangramentos gastrointestinais.
Manifestações clínicas

 Os sinais e sintomas da carência de ferro são inespecíficos,


necessitando-se de exames laboratoriais (sangue) para que seja
confirmado o diagnóstico de Anemia Ferropriva.
 Palidez;
 Fraqueza;
 Fadiga;
 Irritabilidade;
 Dormência;
 Formigamento das extremidades;
 Língua saburrosa.
 Em estado mais avançado podem-se verificar dores de cabeça latejantes
semelhantes às de uma enxaqueca.
 Como é uma doença que se desenvolve lentamente, pode passar
despercebida por muito tempo.
Efeitos adversos ou consequências
 Diminuição da produtividade no trabalho;

 Diminuição da capacidade de aprendizado;

 Retardamento do crescimento, apatia (morbidez);

 Perda significativa de habilidade cognitiva;

 Baixo peso ao nascer e mortalidade perinatal.

 Além disso, pode ser a causa primária de uma entre cinco mortes de

parturientes ou estar associada a até 50% das mortes.


Tratamento
 Aconselhamento nutricional;
 Administração de ferro oral ou intramuscular.
 Os alimentos ricos em ferro incluem:

 Vegetais folhosos, beterraba, passas, melado e carnes, que, ingeridos

com a vitamina C, tal como laranja e feijão muito rico em ferro e


aumentam a absorção do ferro.
 Obs.: o ferro da beterraba não se encontra na própria verdura e sim
nas suas folhas, por isso não e correto afirmar que beterraba e um bom
alimento para curar a anemia. As pessoas ficam mais coradas devido ao
corante da verdura e não pela presença de ferro.
 Em estado avançado- pode haver necessidade de uma transfusão de
sangue.
Anemia falciforme
 A sua característica principal é a capacidade dos glóbulos
vermelhos, em determinadas circunstâncias, perder sua
forma bicôncava, adquirindo o formado distorcido parecido
com uma foice.
 É uma doença hereditária a anemia hemolítica grave,
resultante de um defeito na molécula de hemoglobina que
assume uma forma de foice.
 A doença é incapacitante e é mais comum em pessoas de raça
negra.
Causas

 Genético – hereditária: defeito na cadeia beta da


hemoglobina.
Manifestações Clínicas
 Icterícia, observada nas escleróticas;
 Alargamento dos ossos faciais cranianos;
 Taquicardia;
 Sopros cardíacos;
 Cardiomegalia;
 Dor de forte intensidade, principalmente nas articulações.
 Os idosos podem apresentar arritmias e insuficiência
cardíaca.
Assistência de enfermagem
 Incentivar o repouso;
 Apoiar as articulações afetadas;
 Administrar analgésicos prescritos;
 Administrar líquidos;
 Monitorizar a hidratação;
- Em clientes em processo de alta hospitalar, prestar orientação
no sentido de:
 Observar febre, tosse, taquipnéia, sintomas urinários,
quaisquer áreas abertas, avermelhadas, doloridas,
Leucemia
 A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos
(leucócitos), geralmente, de origem desconhecida.
 Tem como principal característica o acúmulo de células jovens
(blásticas) anormais na medula óssea, que substituem as células
sanguíneas normais.
 A medula é o local de formação das células sanguíneas e ocupa a
cavidade dos ossos, sendo popularmente conhecida por tutano.
 Nela são encontradas as células que dão origem aos glóbulos
brancos, aos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às
plaquetas.
Causas
 A causa exata ainda não é conhecida, mas a doença é
influenciada por fatores genéticos, viral e ambientais e
resultam de mutações somáticas no DNA, as quais podem
ocorrer espontaneamente ou em função de exposição à
radiação ou a substâncias químicas cancerígenas, e tem sua
probabilidade influenciada por fatores genéticos.
 São distúrbios malignos dos tecidos formados por uma
proliferação não controlada de leucócitos da medula óssea,
substituindo os elementos medulares normais.
Classificação
 A leucemia pode ser classificada, de acordo com o grau de evolução
(imaturidade das células), em crônica ou aguda.
 E também está relacionada à célula que lhe deu origem ou a sua
linhagem, sendo classificada em mieloide, quando as células
mieloides são afetadas, ou linfoide, quando a leucemia afeta as
células linfócitas.
 Com frequência, as leucemias são classificadas em linfocíticas e
mielocíticas em agudas ou crônicas.
Classificação
 Leucemia linfoide crônica: afeta células linfoides e se
desenvolve vagarosamente. A maioria das pessoas diagnosticadas
com esse tipo da doença é idosa. Raramente afeta crianças.
 Leucemia mieloide crônica: afeta células mieloides e se
desenvolve vagarosamente, a princípio. Presente principalmente
em adultos.
 Leucemia linfoide aguda: afeta células linfoides e agrava-se
rapidamente. É o tipo mais comum em crianças pequenas,
podendo ocorre também em adultos.
 Leucemia mieloide aguda: afeta as células mieloides e avança
rapidamente. Ocorre tanto em adultos como em crianças.
Fatores de Risco
 Cigarro e outras formas de consumo de tabaco
 Produtos químicos como benzeno
 Radioterapia e quimioterapia prévias para outros tumores
 Terapias de imunossupressão como as utilizadas após um
transplante
 História familiar de leucemia (principalmente para as crianças)
 Síndrome de Down.
Manifestações clínicas
 Petéquias (pequenas manchas hemorrágicas);
 Equimoses (manchas azuladas decorrentes de extravasamento de
sangue pra pele);
 Epistaxe;
 Sangramento gengival;
 Hemorragias na retina ou em qualquer orifício corporal;
 Palidez;
 Dispnéia;
 Febre;
 Infecção;
 Esplenomegalia;
Manifestações clínicas
 Hepatomegalia;
 Dor óssea e nas articulações;
 Verifica-se tendência a sangramentos pela diminuição na produção
de plaquetas (trombocitopenia).
 Cefaléia, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação são
causados pelo comprometimento do SNC.
Diagnóstico
 O diagnóstico é feito por meio de uma análise laboratorial ao
paciente, como o hemograma (exame de sangue), que deverá
estar alterado em caso de leucemia. "Porém, a confirmação
só é feita com exames da medula óssea, entre eles o
mielograma. Nestes exames retira-se material esponjoso de
dentro do osso para que sejam examinadas as células
encontradas", explica o médico.
Tratamento
 Quimioterapia;
 Transplante da medula óssea;
 A maioria das leucemias, independente do tipo e evolução, necessita
de quimioterapia (medicamentos que destroem as células malignas).
 Estes medicamentos podem ser dados na veia e, neste caso, é
necessário que o paciente seja atendido num centro médico
especializado em câncer e/ou leucemia, ou por via oral, quando o
paciente recebe o medicamento, mas o toma em casa.
Assistência de enfermagem
 Reconhecer que o cliente está sob alto risco de infecção e
ficar atenta para as medidas de segurança, como uso de
máscara, lavagem das mãos;
 Monitorizar a temperatura;
 Iniciar antibioticoterapia prescrita;
 Proporcionar alívio da dor;
 Assegurar nutrição e hidratação adequadas;
 Manter o conforto do cliente;
 Evitar barulhos;
 Manter a integridade da pele e das membranas mucosas;

 Esclarecer a família quanto aos sinais e sintomas de infecção (febre,

presença de hiperemia em qualquer parte do corpo);

 Proporcionar informações sobre os tratamentos prolongados;

 Promover mecanismos positivos de enfrentamento de estresse para

ajudar o cliente e a família a lidar com os fatores relacionados a


doença.
Hemofilia
 É um distúrbio do mecanismo de coagulação do sangue, que
pode resultar em incontroláveis hemorragias.
 É uma deficiência genético-hereditária, quase exclusiva do
sexo masculino.
 A ocorrência é de 1 pra 10 mil/habitantes.
 Seus portadores sofrem de hemorragias de difícil controle, e,
estas, podem ocorrer tanto de forma espontânea como através
de pequenos traumatismos.
Manifestações clínicas
 A maioria dos afetados são assintomáticos.
 Desde os primeiros meses de vida, o hemolítico é identificado
pelos sintomas hemorrágicos que apresenta.
 Um pequeno traumatismo pode desencadear dor intensa,
hematomas, episódios hemorrágicos importantes em órgãos vitais,
músculos e articulações.
 A repetição das hemorragias nas articulações pode gerar sequelas
graves que afetam a mobilidade dos membros atingidos.
Tratamento
 Não há cura para a hemofilia.

 Controla-se a doença com injeções regulares dos fatores de

coagulação deficientes.

 Alguns hemofílicos desenvolvem anticorpos (chamadas de

inibidores) contra os fatores que lhe são dados através do


tratamento.
Assistência de Enfermagem
 Orientar quanto a não ingestão de aspirina e administração de
injeções intramusculares;
 Cuidar durante a higiene dentária para que não haja
sangramento;
 Auxiliar na higiene oral, atentando para não machucar a gengiva
e mucosa oral;
 Administrar analgésicos para aliviar a dor causada por
hemorragias das articulações;
 Prevenir ou minimizar a dor causada por atividade física,
incentivando o cliente a se movimentar lentamente e a evitar
trauma nas articulações;
 Monitorar sinais vitais;

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