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Introdução

 
Anemia, definida como a redução dos níveis de
hemoglobina no sangue, é o mais frequente sinal
encontrado na prática clínica e é sempre
secundária a uma doença de base. As anemias
carenciais figuram como as doenças mais
frequentes do mundo, estando em primeiro lugar
a anemia ferropriva, seguida da anemia
megaloblástica, por deficiência de vitamina B12 ou
ácido fólico. 1,2
A anemia ferropriva é fator de risco independente
no aumento da morbidade e mortalidade
populacional. Há uma estimativa de 3,5 bilhões de
pessoas com deficiência de ferro em todo o
mundo, a maioria em países em
desenvolvimento.3,4 Exames laboratoriais, tais
como a concentração de hemoglobina, o
hematócrito, a ferritina sérica, a protoporfirina
eritrocitária, a capacidade total de ligação do ferro
(TIBC), o ferro sérico e a saturação de transferrina,
podem ser utilizados para detectar diferentes
fases da deficiência de ferro.5,6
A deficiência de vitamina B12 pode ocasionar
transtornos hematológicos, neurológicos e
cardiovasculares. Seu diagnóstico precoce é de
grande importância para evitar danos patológicos
irreversíveis.2 Define-se deficiência de vitamina
B12 como: (1) níveis séricos de cobalamina
inferiores a 150pmol/L (200pg/ml) e
manifestações clínicas e/ou anomalias
hematológicas relacionadas à deficiência de
cobalamina; (2) níveis séricos de cobalamina
inferiores a 150pmol/l (<200pg ml) em duas
ocasiões distintas; (3) níveis séricos de cobalamina
inferiores a 150pmol/l, com níveis totais de
homocisteína no soro superiores a 13mmol/l ou
ácido metilmalônico superior a 0,4mmol/l (na
ausência de insuficiência renal e de deficiência de
folato e vitamina B6); (4) níveis séricos
holotranscobalamina abaixo de 35pmol/l.7
A transfusão de concentrados de hemácias é
indicada para aumentar a massa eritrocitária em
pacientes que necessitem aumentar sua
capacidade de transporte de oxigênio. Alguns
princípios devem ser considerados: indicação
apropriada, riscos e benefícios, causa da anemia.
A transfusão de hemácias não deve ser alternativa
para o tratamento de deficiências de ferro e
anemia megaloblástica, a menos que esta anemia
ameace a vida do paciente.8
Dada sua relevância clínica-epidemiológica, as
anemias carenciais devem ser suspeitadas por
todo profissional de saúde. A atenção básica tem
obrigação de diagnosticar e conduzir
adequadamente essas anemias, instituindo uma
reposição apropriada de nutrientes e investigando
sua causa básica. Casos excepcionais podem ser
encaminhados aos serviços secundários de
hematologia. A necessidade de hemotransfusão
de resgate por carência de ferro ou de vitaminas
seria bastante reduzida se isso acontecesse de
fato. Entretanto muitos pacientes se apresentam
ao ambulatório de hematologia com carências de
longa evolução, francamente sintomáticas, sem
uma propedêutica diagnóstica ou terapêutica
adequadas, com ameaça à vida, justificando sua
hemotransfusão.
 

ANEMIA
Segundo o site http://hospitalsaomatheus.com.br/blog/anemia-o-que-e-causas-tipos-e-
sintomas/ A anemia é um sintoma causado pelo comprometimento da hemoglobina, proteína
presente nas hemácias, células sanguíneas responsáveis pelo transporte de oxigênio no
organismo. Quando essas células estão abaixo do normal, a pessoa é considerada anêmica.

As anemias podem ser causadas por deficiência de vários nutrientes como ferro, zinco,
vitamina B12 e proteínas. Porém, a anemia causada por deficiência de ferro, denominada
Anemia Ferropriva, é muito mais comum que as demais (estima-se que 90% das anemias
sejam causadas por carência de Ferro).

Principais causas da anemia

– Carência de ferro
– Falta de vitaminas
– Doenças associadas à medula óssea
– Doenças genéticas
– Doenças autoimunes
– Doenças crônicas
– Sangramentos
Os tipos de anemias mais comuns são:

Anemia ferropriva

Anemia ferropriva é o tipo de anemia decorrente da deficiência de ferro dentro do organismo


levando à uma diminuição da produção, tamanho e teor de hemoglobina dos glóbulos
vermelhos, hemácias

Anemia perniciosa

Esse tipo de anemia ocorre por deficiência de vitamina B12 ocorre baixa contagem de
hemácias devido a pouca quantidade dessa vitamina no organismo.A deficiência de vitamina
B12 pode resultar de uma dieta deficiente desta vitamina, que é encontrada principalmente
em carnes, ovos e leites. Esse é um problema muito comum em vegetarianos e veganos.

Anemia hemolítica

A anemia hemolítica ocorre quando a medula óssea não é capaz de repor os glóbulos
vermelhos que estão sendo destruídos.

Anemia falciforme

A anemia falciforme é uma doença hereditária (passa dos pais para os filhos) caracterizada
pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice, daí
o nome falciforme. Essas células têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente,
causando anemia.

Anemia aplástica

Esta anemia rara, com risco de vida, ocorre quando seu corpo não produz uma quantidade
suficiente de glóbulos vermelhos. As causas da anemia aplástica incluem infecções, doenças
autoimunes e exposição a produtos químicos tóxicos.

Pessoas que fazem uma alimentação variada, e que comem regularmente alimentos como
feijão e carne vermelha, têm menos riscos de sofrer com anemia, mas a melhor forma de
confirmar é pelo exame de sangue.

Os principais sintomas da anemia são:

Fadiga generalizada;
Pele pálida;
Falta de disposição;
Dor de cabeça;
Irritabilidade;
Pernas inquietas durante a noite;
Baixo desenvolvimento motor e cognitivo no bebê;
Baixa produtividade no trabalho;
Tontura e dor de cabeça
Pouca força muscular e dificuldade para ganhar músculos;
Na gestação há aumento do risco de prematuridade e baixo peso;
Atrofia das papilas da língua;

Outros sintomas associados a anemias são:

Cefaleia;

Vertigem;

Hipotensão postural;

Fraqueza muscular. 

A anemia pode indicar dezenas de doenças diferentes. Procure ajuda de um especialista


sempre que houver suspeita de anemia. O Hospital São Matheus conta com especialistas em
Hematologia, Clínica Geral e Endocrinologia realizando atendimentos (particulares e
convênios) no centro médico. Agende sua consulta. 2156-5480.

Classificação das anemias

A anemia pode ser classificada em duas categorias: Hereditárias (aquelas que nascem com o


indivíduo) ou Adquiridas (ocorre com o indivíduo por algo que lhe acontece durante a vida).

Existem diversas formas de classificar as anemias. A mais comum é segundo critérios


morfológicos ou fisiopatológicos:

Quanto à morfologia das anemias

Devemos analisar os seguintes elementos que podem ser encontrados nos hemogramas:

VCM (volume corpuscular médio): classifica a anemia em macrocítica, microcítica ou


normocítica;

Valor de referência: 80-100.

HCM (hemoglobina corpuscular média): diz respeito sobre a quantidade de hemoglobina


dentro da hemárcia. Classifica a anemia em hipercrômica, hipocrômica, normocrômica;
Valor de referência: 28-32.

CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média): classifica a anemia em


hipercrômica, hipocrômica, normocrômica;

Valor de referência: 32-37.

RDW: é o (índice de anisocitose – medida de variação do tamanho das hermácias);

Valor de referência: 10-15.

Anisocitose é quando há diferença no tamanho das hemárcias.

Contagem de reticulócitos: classifica a anemia em hiperproliferativa ou hipoproliferativa.

Macrocítica Hipercrômica Microcítica Hipocrômica Normocítica Normocrômica

VCM > 100 fl HCM > 34 g/dL VCM < 80 fl HCM < 28 g/dL VCM 80 – 100 fl HCM 28 – 34 g/dL

Exemplo: anemia megaloblástica Ex.: anemias ferroprivas Exemplo: anemias hemolíticas,


anemia aplástica

Quanto à fisiopatologia das anemias

Anemias por falta de produção: podem acompanhar doenças inflamatórias, infecciosas e


neoplásicas).

Produção deficiente de glóbulos vermelhos por acometimento primário ou secundário da


medula óssea;

Falta de eritropoetina;

Carência de ferro, vitamina B12 e ácido fólico.

Anemias por excesso de destruição ou regenerativas: ocorre nas anemias hemolíticas ou


anemias por perda de sangue. Hemólise pode ser causada por defeitos intrínsecos, como nas
anemias associadas a alterações hereditárias ou fatores extrínsecos, como exposição a
toxinas, parasitas ou agentes infecciosos. 

Tratamento da Anemia
Segundo o site "https://www.sanarmed.com/anemias-definicao-epidemiologia-quadro-clinico-
fisiopatologia-tratamento" O tratamento é muito variado e feito de acordo com a causa base
da anemia. Abaixo o tratamento das principais anemias:
Anemia ferropriva:
Sulfato ferroso:
Crianças: 3 a 6 mg/kg/dia de ferro elementar, sem ultrapassar 60 mg/dia;
Gestantes: 60 a 200 mg/dia de ferro elementar associadas a 400 mcg/dia de ácido
fólico;
Adultos: 120 mg/dia de ferro elementar;
Idosos: 15 mg/dia de ferro elementar.

Anemia megaloblástica:

causada pela síntese defeituosa do DNA, levando a um atraso da maturação do núcleo em


relação ao citoplasma. Em geral é causado por deficiência de vitamina B12 ou de ácido fólico.

Vitamina B12: 1000 mcg, via parenteral, durante 4 semanas, seguido de injeções
mensais;
Ácido fólico: 1mg/dia, via oral, durante 1 mês.

Falcemia: Anemia falciforme


Anemia hereditária que cursa com anemia hemolítica crônica, vasculopatias, lesões vaso-
oclusivas e lesão aguda de órgãos.

Ácido fólico: 1mg/dia;


Hidroxiureia: 15-35 mg/kg/dia. Usada para prevenção das crises dolorosas;
Transplante de medula óssea: único tratamento curativo, porém com alta
morbimortalidade e necessita de um doador compatível.

Anemia de doença crônica:

Acomete pacientes com doenças inflamatórias crônicas, como tuberculose, doença de Crohn,
pneumonias e doenças malignas como carcinomas e linfomas. O tratamento é feito com o
controle da doença basal. Eritropoetina pode ser considerada em casos graves com anemia
intensa.

Eritropoetina: dose inicial de 100 U/Kg, via subcutânea, dividida em três doses semanais por
um período de 8 a 12 semanas. Se não houver resposta terapêutica esperada, recomenda-se
aumentar a dose de para 150 U/Kg até 300 U/Kg.

PREVENÇÃO DA ANEMIA

Segundo "https://www.spsp.org.br/2021/11/29/anemia-causas-consequencias-e-prevencao/"
É necessário aumentar o nível de hemoglobina para pelo menos 11, que é considerado o
nível de hemoglobina mínimo para o bem-estar. À medida que o paciente se aproxima ou
passa desse nível, observará que possui mais energia e se sentirá menos fatigado.

Para prevenirmos a anemia são fundamentais orientações pediátricas:


Incentivar o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida e mantido até os dois
anos de idade

Orientar a mãe sobre uma adequada nutrição materna e suplementação de ferro na lactação

Fazer uma dieta com ingestão de ferro, obtido através da ingesta principalmente de carnes
vermelhas, aves e peixes.

Diminuir a ingestão de leite de vaca (principalmente nos menores de um ano de idade).

Além disso, é fundamental também a suplementação vitamínica que prescrevemos ao bebê,


pois ela atua na prevenção da anemia.

O quadro clínico da deficiência de ferro pode ser gradual, insidioso e evolutivo. Muitas
crianças podem ser assintomáticas, sendo diagnosticada esta condição apenas com a
realização de exames laboratoriais. As manifestações podem ser leves até graves
(principalmente se forem de aparecimento precoce, e se intensa e prolongada a perda de
ferro), levando até a um atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, alterações
comportamentais e de linguagem.

Quando há manifestações clínicas da deficiência de ferro, já podem ser instaladas


consequências graves e duradouras. Sua deficiência deve ser prontamente reconhecida e
tratada, uma vez que seus efeitos danosos podem impactar por toda a vida do indivíduo (há
impacto negativo por décadas mesmo após o tratamento).

Dada a importância do ferro para o adequado crescimento e desenvolvimento, é fundamental


o seguimento de puericultura de forma regular e adequada, com a realização de exames em
momento oportuno. 

SINTOMAS DA ANEMIA 
A anemia pode causar:

Palidez na pele e mucosas (parte interna do olho e gengivas);


Apatia;

Cansaço generalizado;

Falta de apetite;

Sonolência;

Tontura;
Falta de ar;

Taquicardia ou palpitações.

CONCLUSÃO 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Disponível em http://hospitalsaomatheus.com.br/blog/anemia-o-que-e-causas-tipos-e-
sintomas/, acessado aos 01 de Abril de 2023, pelas 17h:07min.
Disponivel em https://www.sanarmed.com/anemias-definicao-epidemiologia-quadro-clinico-
fisiopatologia-tratamento, acessado aos 01 de Abril de 2023, pelas 17h:10min. 

Disponível em https://www.spsp.org.br/2021/11/29/anemia-causas-consequencias-e-
prevencao/, acessado aos 01 de Abril de 2023, pelas 17h:15min.

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