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ANEMIA

O que é anemia?
É o estado em que o sangue do paciente possui um número abaixo do normal de
glóbulos vermelhos ou de hemoglobina, que é a substância responsável por
transportar o oxigênio captado pelo pulmão até outras partes do corpo
humano.
A anemia também pode designar diversas condições em que as hemácias (ou
glóbulos vermelhos) não se formam por completo ou têm aparência deformada,
não podendo funcionar de forma correta.
Raramente a anemia é a doença principal, na maioria das vezes é uma
alteração secundária de uma doença de base .

Epidemiológia
• A anemia é um problema de saúde global que afeta mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo, o que
representa cerca de 25% da população mundial.
• As maiores taxas de prevalência são observadas nos países em desenvolvimento.
• Nos países, a anemia é mais comum em pacientes específicos, como idosos e pessoas com condições crônicas
de saúde.
• Ela pode afetar pessoas de todas as idades e sexos. No entanto, é mais comum entre as mulheres,
principalmente as grávidas e aquelas em idade reprodutiva devido à perda de sangue durante a menstruação.
• Crianças menores de 5 anos também correm maior risco de anemia, principalmente em países em
desenvolvimento, devido à má nutrição.
A anemia pode ocorrer devido a várias condições de saúde subjacentes, como deficiência de ferro, doença renal
crônica, doença falciforme e talassemia.
A anemia pode ter consequências para a saúde, incluindo: Comprometimento da função cognitiva, diminuição do
desempenho físico, Aumento do risco de morbidade e mortalidade. Também pode afetar a qualidade de vida, a
consequência e o crescimento econômico de indivíduos e comunidades
É fundamental além de estabelecer o diagnóstico da anemia, buscar suas possíveis causas.
Temos a anemia de :
• Aparecimento lento com sintomas vagos :
• Fadiga.
• Cansaço.
• Falta de ar.
• Diminuição da capacidade de realizar exercícios.

• Aparecimento rápido com sintomas evidentes :


• Estado de confusão.
• sensação de desfalecimento.
• Perda de consciência.
• Aumento da sede.
• Somente quando a progressão e significativa a palidez e evidente.

TIPOS
1. Anemia por deficiência de ferro/ Ferropriva.

• A mais comum.
• Glóbulos vermelhos não transportam
corretamente o oxigênio.
• Desânimo, fraqueza, cansaço,
palidez(hipocrômia).
• Vários tamanhos e formas.
2. A anemia megaloblástica.

• Aumento de todas as células


incluindo a medúla ( produzindo
glóbulos v. grandes e anormais.
• Redução de vitamina B12 e B9.
• Fraqueza, enjoos, cansaço.
• B12 importante para formação,
maturação e integridade das
hemácias.

3. Anemia aplástica ou Ablástica.

• Aplasia Medular.
• Condição rara, onde as células-tronco são
danificadas ou suprimidas.
• - hemoglobina, plaquetas e leucócitos.
• Adiquirida( sistema imunológico) auto-imune,
congênita( alteração genética).
• Podendo causar anemia, leucopenia( ação SI),
trombocitose(coagulação).
• Transplante MO ou Terapia imunosupresora.
4. Anemia hemolíticas.

• Taxa de Hemoelise está exagerada,


encurtando o tempo de vida das Hemácias.
• Dois tipos de hemólise: extravascular(80%
nivel de Baço) e Intravascular( 10% nível
de vasos sanguíneos).
• Adiquirida e Hereditária.

5. Anemia das doença crônicas.

• A anemia vem como consequência


secundária.
• Aumento da produção de citosina
inflamatória que diminue a vida das
Hemácias.
• Diminuição da resposta medular
• Principal mecanismo ( aumento da
Hepcidina.
CLASSIFICAÇÕES
Podem ser classificados em patogenia:
Fisiopatológica.
Subdividido:
Do ponto de vista fisiopatológico, as anemias classificam-se em:
• Anemias por perdas sanguíneas. A anemia devido à hemorragia excessiva surge
quando a perda de glóbulos vermelhos excede a produção de glóbulos vermelhos
novos. Quando a perda de sangue é rápida, a pressão arterial cai e as pessoas podem
ficar tontas.
• Hipoproliferativas. classe de anemia que possui em comum a resposta medular
insuficiente ou seja uma baixa produção de retículos.
• Hiperproliferativas. há uma proliferação de células vermelhas (hemácias)
aumentadas como a tentativa de reagir ao quadro de baixa contagem de hemácias e
de hemoglobina).

Morfológia
Morfológicas.
Avalia o tamanho ou a cor (conteúdo de hemoglobina) das hemácias.
Tamanho: utilizado VCM (volume corpuscular médio).
Subdividido:
• Microcíticas (VCM reduzido e há diminuição na quantidade de hemoglobina dentro das hemácias).
• Normocíticas (VCM normal).
• Macrocíticas (VCM aumentado).
Cor : das hemácias utilizamos o parâmetros hematológicos CHCM (concentração e hemoglobina corpuscular
média) na hemácias.
Subdividido:
Hipocrômicas (CHCM reduzido).
Normocrônicas (CHCM normal).
SINAIS E SINTOMAS
Os sintomas mais comuns em casos mais leves são:
Cansaço, fraqueza e indisposição, Dificuldade de concentração e falta de memória, Problemas respiratórioo,
distúrbios mentais, Batimentos cardíacos acelerados, Pele pálida, Problemas menstruais, Distúrbios de apetite,
Mal-estar, tontura e náusea.
Dependendo da gravidade, velocidade níveis de hemoglobina e dos sinais e sintomatologia da doença que causou
a anemia. Podem ocorrer também:
Queda de cabelo, unhas fracas e quebradiças, esclerótica azulada, pele seca, Sonolência e dor de
cabeça,vertigens, atordoação, desmaio, Taquicardia (ritmo do coração acelerado), Claudicação (dores nas
pernas), inchaço nas pernas, Dispneia (falta de ar);Inapetência (falta de apetite) ocorre frequentemente em
crianças, Queilite angular (inflamação da boca), atrofia de papilas linguais. Depressão nervosa (perda de prazer
em atividades), perda do interesse sexual.
Sinais específicos:
coiloníquia (unhas encolherem) na deficiência de ferro, icterícia nas anemias hemolíticas e megaloblástica,
úlceras de perna, na anemia falciforme e em outras anemias hemolíticas e deformidades ósseas na talassemia e
em outras doenças congênitas muito graves.
A associação das características de anemia com infecções frequentes ou equimoses espontâneas sugere que pode
haver neutropenia ou trombocitopenia, possivelmente causadas por insuficiência da medula óssea.

CAUSAS
As causas da Anemia são variados podemos citar:
Causas genéticas:
• Defeitos na hemoglobina.• Anemia falciforme é uma doença hereditária.

• Hemoglobinopatia SC.
• Hemoglobinopatia CA.
• Hemoglobinopatia ES.
• Hemoglobinopatia DR.
• Síndromes talassêmicas.
Defeitos na membrana do eritrócito:
• Eliptocitose.
• Esferocitose.
• Defeitos enzimáticos.
• Deficiência em glucose-6-fosfato, desidrogenase.
Causas nutricionais:
• Deficiência de ferro.
• Deficiência de vitamina B12.
• Deficiência de folato.
Causas hemorrágicas:
• Agudas: acidentes, cirurgias, parto.
• Crônicas: sangramento menstrual excessivo, doença hemorroidária, úlceras pépticas e neoplasias
intestinais.

FISIOPATOLÓGIA
Os eritrócitos originam-se de células tronco hematopoiéticas da medula óssea que se dividem até formar o
reticulócito(hemácias imaturas), precursor da hemácia e que já pode ser detectado no sangue sanguíneo. Os
reticulócitos duram cerca de 24/48 horas até serem convertidos em hemácias sendo o hormônios envolvidos nesse
processo a eritropoetina produzida no rim e fígado que estimula a eritropoese a partir do nível de oxigênio
tecidual. A quantidade de reticulócitos no sangue periférico é indicador da capacidade funcional da medula óssea
diante de uma anemia.
As principais adaptações à anemia ocorrem no :
• sistema cardiovascular.
• E na curva de dissociação de O2 da hemoglobina.
Alguns pacientes com anemia grave podem não ter sinais nem sintomas, enquanto outros, com anemia leve,
podem ter incapacidade intensa.
A presença ou ausência de características clínicas pode ser considerada de acordo com quatro fatores principais:
• Velocidade da instalação - há menos tempo para adaptação do sistema cardiovascular e da curva de dissociação
de O2 da hemoglobina.
• Gravidade - A anemia leve dificilmente apresenta sinais e sintomas, mas estes só se apresentam quando a
hemoglobina está abaixo de 10g/dl. Até mesmo anemia grave (concentração de hemoglobina menor que 6 g/dl)
pode causar pouquíssimos sintomas quando a instalação é gradual em indivíduos jovens sem outra doença.
• Idade - O idoso tolera menos a anemia do que o jovem, devido ao efeito da falta de oxigênio nos órgãos quando
a compensação está diminuída.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de anemia pode ser feito por qualquer um dos 3 componentesda série
vermelha:
• Hemoglobina (Hb): <13g/dl em Homens.<12g/dl em Mulheres e crianças de 6 a 14
anos.<11 g/dl para gestantes e crianças de até 6anos.
• Hematócrito (Ht):< 41% para homens;< 36% para mulheres.
• Hemácias (Número de glóbulos vermelhos).Para um adulto do sexo masculino, varia
de 4,3 a 6,0 M/mm3, e para o sexo feminino, de 3,9 a 5,3 M/mm3.
Análise laboratorial:
Deve-se solicitar alguns exames para o realizar o diagnóstico e a investigação de um
paciente com anemia:

• Hemograma completo.
• Contagem de reticulócitos.

• Pesquisa oculta de sangue nas fezes.


• Ferro Sérico.
• Transferrina Sérica.
• Capacidade total de ligação do ferro “a transferrina (TIBC).
• Ferritina sérica.
Esfregaço de sangue periférico.
Pode-se ainda pedir:
• Vitamina B12.
• Bilirrubina.
• HDL.
• TGO e TGP.
• GGT.
• Ureia e creatinina.
• Sódio, Potássimo, Calcio, Cloro, Magnésio.
• Glicemia.
• PCR e CEA.
• TP e TTPa.
• Sumário de Urina.
Exames de imagem.
Caso seja necessário continuar a investigação, pode-se solicitar:
• Rx de tórax .
• Endoscopia Digestiva Alta.
• Colonoscopia

TRATAMENTO
O tratamento é muito variado e feito de acordo com a causa base da
anemia. Abaixo o tratamento das principais anemias:

• Anemia ferropriva: • Anemia megaloblástica.

Sulfato ferroso:Crianças: 3 a 6 Vitamina B12: 1000 mcg, via


mg/kg/dia de ferro elementar, sem parenteral, durante 4 semanas,
ultrapassar 60 mg/dia;Gestantes: 60 a seguido de injeções farmacêuticas,
200 mg/dia de ferro elementar Ácido fólico: 1mg/dia, via oral,
associado a 400 mcg/dia de ácido durante 1 mês.
fólico;Adultos: 120 mg/dia de ferro
elementar;Idosos: 15 mg/dia de ferro
elementar.
• Falcemia: Anemia falciforme. Anemia de doença crônica:
Acomete pacientes com doenças
inflamatórias crônicas e doenças
malignas como carcinomas e
linfomas. O tratamento é feito
com o controle da doença basal. A
eritropoetina pode ser considerada
em casos graves com anemia
intensa.
Eritropoetina: dose inicial de 100
U/Kg, via subcutânea, dividida em
três doses semanais por um
período de 8 a 12 semanas. Se não
houver resposta terapêutica
Ácido fólico: 1mg/dia;Hidroxiureia: esperada, recomenda-se aumentar
15-35 mg/kg/dia. Usada para
a dose de para 150 U/Kg até 300
prevenção das crises
dolorosas.Transplante de medula U/Kg.
óssea: único tratamento curativo,
porém com alta morbimortalidade e
necessidade de um doador
compatível.

Prevenção: Alimentação bem variada, rica em alimentos que possuam ferro ou que sejam enriquecidos com
ele são essenciais para prevenir a doença. As melhores fontes naturais de ferro são os alimentos de origem
animal: fígado e carne de qualquer animal.
INTEGRANTES DO GRUPO

Samanda lima
Estefane Carvalho
Aliny Pedrosa
Isabelly Cavalcante
Joyce Alves
Safira Diogo
Daniele Sousa
Maria Clara Freirtas
Milena Lopes

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