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Espécies de Plebeias e suas

particularidades

RESUMO;

Plebeia é um gênero de abelha sem ferrão descrito por Schwarz em 1938, está
presente desde o México até a Argentina e o Uruguai.[1] Apresenta pequeno
porte entre 3 a 4 mm e coloração predominantemente escura, com algumas
espécies apresentando áreas pigmentadas em amarelo, essas áreas amarelas
auxiliam na identificação do espécime.

 Plebeia alvarengai / Moure, 1994


 Ocorrência Brasil (AM, MT, PA, RO)

Numerosos exemplares de Plebéia alvarengai podem ser imediatamente


separados da forma típica pelo colorido pardo escuro mais acentuado em todo o
corpo, dando maior realce às manchas amarelas e principalmente pelo terço
distai escuro das tíbias posteriores e basitarsos do mesmo par; o abdômen com
faixas marginais estreitas, inteiras, de cor pardo-castanha, relativamente
estreitas e a base predominantemente amarela
 Plebeia catamarcensis (Holmberg, 1903)
 Ocorrência Argentina e Brasil (MS, RS)

Estudos comportamentais foram realizados em oito colônias órfãs de Plebeia


catamarcensis. Destas oito, seis apresentaram emergências de rainhas e
destas, quatro colônias tiveram êxito no processo de estabelecimento da rainha.
A rainha recém-emergida é muito atrativa e ativa; ela movimenta-se pela colônia
chamando a atenção dos demais indivíduos, causando tumulto no ninho. Os
indivíduos deixam suas atividades e voltam suas atenções para a nova rainha.
As operárias a cercam atacam-na com suas antenas e pernas, principalmente
na região do abdômen. A partir deste momento, a rainha pode ter dois destinos:
ou é morta pelas operárias ou é aceita no ninho. Em todos os quatro casos, as
aceitações das rainhas só ocorreram após o 26º dia da orfandade. As rainhas
que emergiram antes deste período foram mortas pelas operárias. Observaram-
se também posturas de operárias, que foram responsáveis também pela
construção de uma câmara real e de células de cria dispersas.
 Plebeia droryana (Friese, 1900)

Ocorrência Brasil (BA, ES, MG, PR, PE, RS, RJ, SC, SP)
Argentina, Bolívia e Paraguai.

Plebeia droryana é uma pequena abelha sem ferrão neotropical que, até
recentemente, se pensava usar uma estratégia de forrageamento solitário, ou
seja, sem o uso de um sistema de comunicação de recrutamento. No entanto,
pesquisas recentes indicaram que P. droryana pode ser capaz de recrutar
companheiros de ninho para locais específicos de fonte de alimento.

Própolis é um produto natural produzido por algumas espécies de abelhas,


conhecido por apresentar grandes quantidades de compostos fenólicos e
flavonoides, principalmente em países de clima tropical. Algumas espécies de
abelhas sem ferrão como a Plebeia droryana são capazes de produzir própolis,
porém ainda pouco conhecido e estudado. Deste modo, o objetivo deste estudo
foi caracterizar as propriedades antioxidante e citotóxica do própolis de P.
droryana. Para isso, foi preparado o extrato etanólico de própolis (ExEP) e
realizados ensaios colorimétricos de captura do radical livre DPPH (2,2-difenil-1-
picrilhidrazil) em diferentes concentrações (1-500 µg/ mL). Os ensaios de
citotoxicidade foram realizados contra células leucêmicas (K562) e o perfil de
morte celular determinado por citometria de fluxo. Todas as avaliações foram
realizadas em três experimentos independentes em duplicata. O ExEP
apresentou IC50 de 170 µg/mL e foi capaz de inibir 94,6 ± 0,9 % do radical livre
DPPH na concentração de 500 µg/ mL. Nesta mesma concentração o ExEP de
P. droryana foi citotóxico contra células K562, inibindo aproximadamente 85,1%
da proliferação celular. Em todas as concentrações avaliadas o perfil de morte
observado foi necrose e necrose tardia. Resultados mostram que a própolis
de P. droryana apresenta atividade antioxidante in vitro e propriedade
citotóxica contra células K562. Dados que sugerem o potencial terapêutico
da própolis, produzido pela P. droryana, no tratamento e/ou prevenção de
doenças ligadas ao stress oxidativo e proliferação celular.

 Plebeia emerina (Friese, 1900)

Ocorrência Brasil (PR, RS, SC, SP) e Paraguai

Colônias de P. emerina apresentam variações na área e no número de acúmulos


isolados de própolis viscosa ao longo do ano, relacionadas às estações do ano.
Os acúmulos de própolis são preferencialmente estocados na porção anterior
das colônias, junto às entradas, onde há necessidade deste material devido ao
risco de invasão por inimigos.
Plebeia emerinoide (Silvestri, 1902)

Ocorrência, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai

Esta espécie tem sido referida como " nigriceps " em algumas contribuições e
catálogos recentes (Camargo & Moure 1988; Camargo & Pedro 2007), onde o
nome emerinoides tem sido considerado um sinônimo júnior. Afirmamos que
esta sinonímia de emerinoides sob nigriceps Friese é infundada. Esta
confusão na localidade de Santa Ana está ligada a uma má interpretação de T.
nigriceps Friese. Camargo & Moure (1988, p. 309) sugerem que Friese (1901)
baseou Trigona nigriceps em espécimes coletados por Silvestri. Não há base
para esta suposição porque Friese (1901) afirma claramente que os dois sintipos
de T. nigriceps vieram de Villarica, Paraguai, coletados por Burgdorf (sem
indicação de data) No mesmo parágrafo, Camargo & Moure (1988) discutem
então um espécime preservado no Museu de Zoologia de São Paulo (MZSP nº
96041 com etiqueta impressa "Villarica, Paraguai, 1900", sobrescrita à mão "S.
Anna") identificada por Friese como T. nigriceps , sendo possivelmente um dos
dois espécimes usados por Friese na descrição original de T. nigriceps . Eles
indicam que o espécime de São Paulo é idêntico aos da série-tipo de T.
emerinoides . Este espécime já havia sido estudado por Moure (1962, p. 8), que
reconheceu que, embora tenha sido identificado pelo próprio Friese como T.
nigriceps , não concorda com a descrição de Friese, que afirma claramente que
os dois síntipos de T. nigriceps tinha a face inteiramente preta, com o labrum e
as mandíbulas avermelhadas. Contrastando com os exemplares originais de
Friese, o exemplar do Museu de São Paulo apresenta marcas amarelas no
clípeo, região supra clipeal, regiões para oculares, mandíbulas e lábio. Assim, o
espécime paulista não pode ser considerado um síntipo de T. nigriceps ,
embora identificado por Friese com este nome. Assim, sua concordância com a
série-tipo de emerinoides não sustenta a sinonímia proposta por Camargo &
Moure (1988).

Portanto, concluímos que não há base para afirmar que P. emerinoides seja um
sinônimo júnior de T. nigriceps e consequentemente mantemos aqui que P.
emerinoides é o nome válido da espécie. Esta espécie de Plebeia é difundida
na província de Misiones na Argentina, e também é conhecida de várias
localidades nas províncias de Corrientes e Entre Ríos ao longo do rio Uruguai,
atingindo ao sul a porção norte da província de Buenos Aires.
 Plebeia Flavocincta (Cockerell, 1912)
 Ocorrência, Brasil (PR, RS, SC, SP) e Paraguai

Estudo teve como objetivo avaliar in vitro a atividade antimicrobiana do mel de


abelha Jati (Plebeia aff. Flavocincta), em bioensaios para o controle de
Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli. O método utilizado foi o teste de
difusão em ágar, também chamado de difusão em placas.

Os resultados desta pesquisa demonstraram que o extrato de geoprópolis


formou halo de inibição contra Escherichia coli, bem como contra Pseudomonas
aeruginosa, tendo atividade bacteriostática, mesmo após 8 dias de observação.

O extrato do mel, não apresentou atividade antibacteriana em nenhuma das


cepas deste estudo, não apresentando nenhum halo de inibição, ocorrendo
assim, crescimento bacteriano.
Plebeia - Mirim preguiça - Friesella schrottkyi

A abelha Mirim-Preguiça é uma espécie social, muito mansa e frágil. Recebe


esse nome, porque inicia seu trabalho somente quando a temperatura se
aproxima de 20ºC. Por isso, começa a trabalhar por volta das 10 da manhã e
para por volta das 15-16h. É uma abelha bem pequena, um pouco maior que a
Drosófila (uma espécie de mosca das frutas). Cada colônia apresenta cerca de
300 abelhas. É uma abelha muito importante na polinização de árvores. Seu voo
é bastante diferenciado, pois, antes de pousar na flor, faz uma espécie de dança
em zigue-zague. Bem adaptada à vida urbana, os locais de nidificação da Mirim-
Preguiça são ocos variados em muros de pedra, tijolos vazados, cabaças e ocos
de árvores. O ninho possui sua entrada um pouco saliente, com apenas uma
pequena abertura, feita com cera branca ou branco-amarelada. Esta é fechada
à noite. No interior, as células de cria podem formar favos irregulares ou cachos,
podendo ser helicoidais, horizontais ou não ter forma definida. As células de cria
são construídas, simultaneamente, em baterias, mas a rainha fixa uma delas de
cada vez, em sequência, durante o processo de postura de ovos.
O fechamento das células de cria é feito por várias operárias, usando as
mandíbulas e não a inserção abdominal, como nas outras espécies de
meliponas. A Mirim-Preguiça produz pequenos depósitos de própolis viscoso,
puro. Os potes de mel e pólen medem cerca de 0,5 cm de altura e são feitos
com uma cera muito fina.
 Plebeia margaritae Moure, 1962
 Ocorrência Brasil (ES, MG, PR, RJ) e Paraguai

Nossos bancos de dados não contêm informações


sobre os aspectos dessa espécie.
 Plebeia wittmanni Moure & Camargo, 1989
 Ocorrência Argentina, Brasil (RS) e Uruguai

Plebeia wittmanni é uma espécie de abelha social sem ferrão pertencente a


tribo Meliponini, descrita por Moure e Camargo em 1989. É endêmica do Rio

Grande do Sul

É uma espécie ameaçada de extinção desde 2002. Durante o inverno quando


as temperaturas podem atingir 0°C, as colônias de P. wittmanni param de criar
ninhada e tornam-se inativas.

A entrada do ninho se caracteriza por um pequeno tubo de cerume de 5 mm a


10 mm de comprimento e 4 mm de diâmetro aproximadamente, não há proteção
de cerume dos favos nos ninhos e são construídos em fendas de rocha granítica.
O armazenamento de pólen e mel nos potes são separados, os potes são
construídos de cerume marrom escuro e apresentam de 6 mm a 8 mm de
diâmetro tanto para pólen.

Características taxonômicas
Operária: Comprimento de 3,7 mm, largura da cabeça de 1,56 mm e largura
abdominal 1,48 mm, coloração preta com vestígios amarelos pouco perceptível
perto dos olhos na parte inferior e assas transparentes, extremidade basal das
tíbias amarelada em todas as patas.
 Plebeia grapiuna Melo & Costa, 2009
 Ocorrência Brasil (BA)

Uma nova espécie de Plebeia, o segundo maior gênero de meliponíneos na


região Neotropical, é descrita do leste do Brasil. Plebeia grapiuna sp. nov.,
conhecida apenas das florestas de terras baixas do sul da Bahia, é semelhante
a P. lucii. Moure, uma espécie recentemente descrita de Minas Gerais. A
ausência de manchas amarelas e o integumento menos rugoso da fronte e do
mesoscuto em P. grapiuna sp. nov. Distinguem as duas espécies.
Características principais do hábito de nidificação da nova espécie são descritas
e ilustradas.
 Plebeia julianii Moure, 1962
 Ocorrência Brasil (PR)

Plebeia (Plebeia) julianii compartilha quatro características etológicas, que estão


ausentes em quaisquer outras abelhas sem ferrão observadas até agora, com
quatro consubgêneros (P. droryana, emerina, poecilochroa, remota): 1-
Locomoção da rainha muito rápida e abrupta. 2-Antes do abastecimento de
alimentos pelas operárias, a rainha corre violentamente ao redor do favo. 3-
Trabalhadoras que põem ovos principalmente no favo muito antes do início do
fornecimento de alimentos. 4-Inspeção de células pela rainha antes das
oviposições em sua maioria omitidas. Enquanto isso, P. julianii difere de outros
consubgêneros observados em: (1) células semipenteadas, não tipicamente
penteadas, (2) batidas de asa da rainha virtualmente ausentes, e (3) tamanho do
lote muito pequeno, apenas 1-4 células. A última característica é digna de nota,
pois resulta em uma estrutura POP um pouco semelhante à de Melipona, embora
três características básicas comuns a outros subgêneros, construção de células
síncronas, formação obrigatória de lotes e fornecimento síncrono de alimentos
nas células, ainda sejam retidas. O diagnóstico etológico comum a cinco
consubgêneros é dado juntamente com uma tentativa de comparação com
outros táxons.
 Plebeia lucii / Moure, 2004
 Ocorrência Brasil (ES, MG)

As rainhas são fundamentais para a sobrevivência das colônias de organismos


eussociais. Até recentemente, acreditava-se que em colônias órfãs de espécies
dos gêneros Plebeia, Friesella e Scaptotrigona, entre outras, não era possível o
estabelecimento de uma nova rainha, caso não houvesse previamente uma
célula real ou rainha aprisionada na colônia. Entretanto, já foi observado que
mini-colônias de Plebeia lucii, submetidas à condição de orfandade, produzem
rainhas de emergência pelo processo de adição de células auxiliares a células
de cria pré-existentes. Assim, o presente trabalho teve como objetivos estudar o
processo pelo qual são construídas as células reais em colônias normais de P.
lucii e verificar se rainhas de emergência são produzidas em resposta à condição
de orfandade da colônia. Nas colônias normais, as células reais são produzidas
pela adição de célula auxiliar construída por operárias, adjacente a células cujas
larvas estejam terminando de se alimentar e que não tenham iniciado a
eliminação das fezes. A larva estabelece uma conexão entre as células através
da qual consome também o alimento da célula auxiliar, tornando-se assim uma
rainha. As colônias órfãs de P. lucii responderam à condição de orfandade
produzindo células reais pelo mesmo processo que colônias normais.
 Plebeia minima (Gribodo, 1893)
 Ocorrência Bolívia, Brasil (AC, AP, AM, MA, MG, PA), Peru
e Suriname

As colônias de Plebeia minima bem manejadas ficaram aptas a serem usadas


no ensaio de polinização natural de Theobroma grandiflorum. A introdução das
colônias de Plebeia foi feita na segunda quinzena de setembro de 2008. Foram
registradas abelhas saindo da caixa de criação e entrando nas flores do
cupuaçuzeiro e muitas retornando para as caixas com uma grande carga de
pólen nas corbículas, possivelmente pólen do cupuaçuzeiro.

As análises da quantidade de pólen depositado na superfície estigmática das


flores de T. grandiflorum coletadas antes e após a introdução das abelhas no
pomar juntamente com a análise do pólen estocado nas colônias, associados ao
estudo do comportamento de forrageamento dessas abelhas, permitirá avaliar a
eficiência das mesmas em ensaios de polinização visando o aumento da
formação de frutos do cupuaçuzeiro. Até o momento, há fortes indícios de
sucesso no uso de Plebeia para o incremento da polinização natural do
cupuaçuzeiro em pomares.
 Plebeia molesta (Puls, in Strobel, 1868)
 Ocorrência Argentina

O mel de Plebeia molesta é considerado um alimento étnico entre os

camponeses do noroeste de Córdoba (Argentina), é colhido desde os tempos

antigos e utilizados para fins medicinais e nutricionais de acordo com o

conhecimento transmitido de geração à geração. É conhecido como mel

silvestre, mel rosa, mel de árvore, ou mel de quella e muito valorizado como

fonte de alimentos e medicamentos (Geisa e Hilgert 2019). Plebeia molesta

produz uma média de 250 ml de mel por ninho a cada temporada de verão, sendo

um recurso limitado. Da mesma forma, foi registrou que os camponeses

conservam o mel em suas casas por meses e anos para ser usado no tratamento

de condições de saúde e transmitem formas particulares de emprego de acordo

com cada doença (Geisa 2020) De geração a geração. Os méis de Plebeia

molesta são diferenciados em relação aos méis produzidos por outros abelhas.

Por esta razão, esperamos descobrir que os habitantes rurais descrevem o mel

de quella de forma diferente dos méis de outros insetos e os distinguem uns dos

outros.
 Plebeia mosquito (Smith, 1863)
 Ocorrência Brasil (MG, RJ)

Nossos bancos de dados não contêm informações


sobre os aspectos dessa espécie.
 Plebeia nigriceps (Friese, 1901)
 Ocorrência Argentina, Brasil (PR, RS, SC, SP) e Paraguai

Plebeia nigriceps é um meliponíneo pequeno (3 mm) encontrado em abundância


em algumas regiões do Rio Grande do Sul, as rainhas de Plebeia nigriceps
também são aprisionadas em câmaras de rainha; que há nuvens de machos em
frente às entradas das colônias que têm rainha virgem pronta para voar; que o
manejo de rainhas é possível na divisão de colônias. Portanto, P. nigriceps tem
comportamento semelhante à de outras espécies de Plebeia já conhecidas até
o momento. Sua prática na Meliponicultura nos mostrou que os enxames se
adaptam aos ninhos-armadilha que ele constrói com sucesso usando troncos de
chal-chal. Plebeia nigriceps é um material biológico importante e que merece
estudos adicionais aprofundados.
 Plebeia phrynostoma Moure, 2004
 Ocorrência Brasil (ES, MG)

Nossos bancos de dados não contêm informações


sobre os aspectos dessa espécie.
 Plebeia poecilochroa - Moure & Camargo, 1993
 Ocorrência Brasil (BH, ES, MG, PE)

Nossos bancos de dados não contêm informações


sobre os aspectos dessa espécie.
 Plebeia remota – Mirim Guaçu (Holmberg, 1903)
 Ocorrência Bolívia e Brasil (ES, MG, PR, RS, SC, SP)

A Plebeia remota é conhecida popularmente como Mirim-Guaçu, pertencente


à grande tribo das Trigonines. É uma abelha pequena, tímida e não
agressiva. Evolutivamente, localiza-se em um ramo filogeneticamente mais
primitivo, em relação às outras abelhas sociais, e, por isso mesmo, tem algumas
características muito peculiares. Produz própolis de consistência muito
gosmenta, acumulada em montículos, e usada emergencialmente, quando
ameaçada, para imobilizar e empastelar os invasores.

O ninho é construído com discos de cria dispostos horizontalmente,


cobertos por lamelas de cerume ou não. Para fixar as estruturas, a abelha
Mirim-Guaçu constrói pilares de cerume, formando uma interessante trama. No
inverno, nas regiões frias, costuma interromper a postura, ocluir o orifício de
entrada e entrar em estado de diapausa (dormência ou redução importante do
metabolismo). Colônias da abelha sem ferrão brasileira Plebeia remota
apresentam diapausa reprodutiva no outono e inverno. Portanto, eles
apresentam dois estados reprodutivos distintos, durante os quais as
necessidades da colônia são supostamente diferentes. Consequentemente, o
forrageamento deve ser adaptado às diferentes necessidades. Registramos a
atividade de forrageamento de duas colônias por 30 dias em ambas as fases. De
fato, apresentou padrões diferentes durante as duas fases. Na diapausa
reprodutiva, o recurso predominantemente coletado pelas forrageiras foi o
néctar. A maioria das abelhas eram forrageadoras de néctar, e o pico da
atividade de coleta ocorreu por volta do meio-dia. Em vez disso, na fase
reprodutiva, o recurso predominantemente coletado foi o pólen, e o pico de
atividade ocorreu por volta das 10h00. Embora a maioria das forrageadoras não
tenha se especializado nesta fase, houve um número maior de forrageadoras de
pólen em relação à fase de diapausa reprodutiva. A temperatura e a umidade
relativa do ar também influenciaram a atividade de forrageamento.

 Plebeia saiqui (Friese, 1900)


 Ocorrência Brasil (MG, PR, RS, RJ, SC, SP)

Muitos meliponídeos são caracterizados como forrageadores oportunistas,


coletando principalmente nas pétalas O pólen deixado por abelhas que realizam
polinização por vibração. Em observações casuais, verificou-se que P. saiqui,
visitou também espécies vegetais com anteras poricidas, a exemplo de Solanum
variabile Mart. (Solanaceae). Vale a pena ressaltar que tais visitas foram
restritas, e por isso, devem constituir recurso alimentar ocasional, revelando a
capacidade desse meliponídeos em usufruir de fontes disponibilizadas para
outras abelhas. Em síntese, pode-se dizer, que a atividade de coleta de pólen
pelas abelhas e reflexo da influência de parâmetros meteorol6gicos -
temperatura, umidade relativa e irradiação solar - os quais influenciam também
os ciclos diários e/ou sazonais de produção de pólen e de néctar (MICHENER
1974; FREE 1993). Indubitavelmente também fatores internos, a exemplo das
necessidades das colônias em período de postura e de diapausa, são
determinantes para O esforço de coleta de pólen (IMPERATRIZ-Fonseca et at.
1984; PIRANI & CORTOPASSI-LAURINO 1994).
 Plebeia variicolor (Ducke, 1916)
 Ocorrência Brasil (AM, PA, RO) e Peru

Partamona (nogueirapis) minor, nova especie de Meliponinae (Hymenoptera:


Apidae) do Amazonas e notas sobre Plebeia variicolor (Ducke) "Partamona
(Nogueirapis) minor, uma nova espécie de Meliponinae (Hymenoptera: Apidae)
da região Amazônica, e notas sobre Plebeia variicolor

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