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Revis ta Tb eobroma. CEPEC, IIbéu s . Bra sil. 5 (4): J -22. Out.-de z . 197 5.
3
outros trabalhos que se tenham mente, dependendo da temperatura
dedicado a quantificar ciclos de nos climas temperados. Na Ingla-
vida deste grupo de ceralopogo- terra, determinaram-se três gera-
nídeos. ções por ano.
Fator de proporciona1idad~ 1 4 1 4
4
pio, quando um exemplar demora 3 tribuídas em pequenos círculos,
dias para completar o estágio de com suas cabeças apontando em
pupa, pode-se estimar um período direção ao centro, as pupas defen-
de 12 dias para adulto, 3 dias para dem-se deste modo do predador,
ovo e 12 dias para larva, nas mes- o qual enfrenta um anel larva I de
mas condições experimentais. Este cutículas armado com flúidos de-
método, certamente, deve ser con- fensivos.
s iderado a proximado e suje ito a
verificação experimental poste- MATERIAIS E MÉTODOS
rior.
Obtenção de ovos
Alguns hábitos das larvas de
Forcipom yia foram descritos por o método de obtenção consistiu
Saunders (6). As espécies habi- em encerrar individualmente a fê-
tantes das cascas das árvores, a- mea grávida numa gaiola cilíndrica
presentaram-se gregárias, alimen- de vidro, de 11 cm de comprimento
tando-se de fungos. Este hábito por 2,5 cm de diãmetro, aberta nos
de agregação foi interpretado como extremos (2). Uma das aberturas
de proteção em grupo por Hinton foi coberta com malha fina de ny-
(3) com relação a larva de Farei· lon preto, sustentada com uma bor-
pomyia nigra (Winnertz), que vive racha fina de escritório n? 18, mar -
em ambiente muito úmido. A larva ca Polar. A outra foi tampada com
possui setas em pares na cabeça, rolha de cortiça, furada no centro
tórax e abdomen, através das quais e coberta com uma peça circular
é secretada uma substância hi- de malha fina de nylon , presa com
groscópica de composição química cola comum (Cascolar).
desconhecida. Esta secreção ex-
Um disco pequeno de papel de
trai água do ar e converte-a em filtro de I,Scm de diâmetro (Schlei-
uma gota de solução na extremida- cher e Schuell Co., n? 740 E), pre-
de de cada seta. Quando tenta
viamente submergido em soluçâo
capturar a larva, a formiga Lasius
com 20% de sacarose, ficou sus-
,/iger L. toca no líquido, deixa penso no centro da gaiola, pendu-
cair a presa e se limpa. rado na tampa por um arame fino
A interpretação que Saunders de cobre (F igura 1). A fêmea tinha
deu ao papel que as gotinhas de- acesso à água , no fundo da gaiola ,
sempenham nas larvas foi o de co- e à sacarose, no disco de papel
letar água atmosférica e distribuir de filtro . Também como consequên-
na pele do inseto para facilitar a cia da qualidade absorvente, o
respiração cuticular. As pupas de di s c o foi capaz de manter uma
Forcipom yia frequentemente retêm quantidade considerável de água
a exúvia larval sobre os segmentos após imersão, condição favorável
abdominais posteriores e as goti - mantida por tempo prolongado em
nhas higroscópicas (3, 4, 12). Dis- virtude da umidade proveniente do
5
Figura 1 - Gaiola unitária para illduzir a fêm ea Forcipomyia sp. a rea·
lizar a ovoposição em laboratório. Placas de Petr; com a cultura de fun·
gos e bactérias para as larvas .
6
Figura 2 - Gaiolas unitárias para criação de Forcipomyia , no laborató-
rio, CEPEC. Bahia. Brasil, 1974.
7
Obtençlo de adultos Indução de cópula
8
· -.
t ura (Figu ra 3) . Pens ava-s e que (Figu ra 2), mant idas cons tante -
os adult os mach os recém -eme rgi- ment e úmid as por seis vidro s chei-
dos teria m oport unida de de voar os de água (4,5 em de diâm etro por
no â mbito restr ito da gaiol a, en- 9,5 cm de comp rimen to), com a bo-
contrar as fê me as e copu lar. ca abert a para baixo . A lãmin a re-
tangu lar de vidro que supo rta as
gaiol as (68 cm de comp rimen to , 28
Padr oniza ção das cond ições em de largu ra e 3 mm de espe ssu-
ambi entai s ra) foi insta lada sobre quatr o vi-
dros vazio s, abert os, coloc ados
A temp era tura foi cons idera da sobre placa s de Petri com agua
uniforme no tempo (24? C) em vir- (Figu ra 2).
tude do siste ma de cond icion a-
mento de ar de que o prédi o do Para contr ole das cond ições
CEP EC dispõ e. A umid ade relat iva desc ritas , a temp eratu ra e a umi-
(U .R.) dentr o das gaiol as foi tam- dade ambi entai s foram regis trada s
bém cons idera da padrã o, em virtu - num higro termó grafo R-FU ESS ale-
de dela s estar em local izada s aci- mão portá til, coloc ado junto das
ma de toalh as comu ns de pape l cultu ras (Figu ra 2).
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opresente trabalho foi exe- mesmo problema nos seus experi-
cutado nas instalações do Centro mentos na Costa Rica. Suspeitou-
de Pesquisas do Cacau, km 22, se que as fêmeas, cativas nas
rodovia Ilhéus -Itabuna, Bahia , gaiolas, sem acesso às flores do
Brasil, em 1974. cacaueiro, precisassem de um ali-
mento protéico além da sacarose.
Pelo menos este é o caso de For·
RESULTADOS E DISCUSSÃO cipomyia (Dacnoforcipomyia) alla·
baena e Chan e Saunders, a qual
Obtenção de ovos precisa de proteína animal para
amadurecer os ovos (1).
Os números absolutos de ovos
obtidos das fêmeas selvagens, por
espécie, indicaram uma grande am- Estágio de ovo
plitude de variação : de 2.865 ovos
para s palulifera a 60 ovos para Os períodos requeridos p a r a
pou/aill eae (Quadro 2). A partir completar a fase de ovo foram de
desta quantidade de ovos, deter- 4 dias para spalulifera, blantoni,
minaram-se os ciclos vitais para genualis e poulailleae e de 3 dias
as diferentes espécies. para sp. 1 subg. vic. Lepidobelea
(Q uadro 2). Estes períodos aproxi-
mam-se bastante dos obtidos por
Capacidade de ovoposição Hernandez (2) para spalulifera (3
dias) e espécies afins em condi-
A capacidade de ovoposição a- ções de Costa Rica. Saunders (ó)
presentou uma grande amplitude obteve resultados s imilares para
de variação: de 69% para gellUalis espécies neotropicais, mas os pe-
até 6% para spalulifera (Quadro ríodos obtidos para as espécies
3). Fazendo particular menção às neãrticas foram mais longos (apro-
espécies polinizadoras, observou- ximadamente 7 dias).
se que a capacidade de ovoposi-
ção da b/a/llo/Ii (23%) foi aproxi-
:-leste trabalho, não foi possí-
madamente 4 vezes s uperior à da
ve I conseguir a eclosão dos ovos
spalulifera (6%). Em ambos os ca -
de fuligillosa. Este fr~casso teve
sos, a capacidade foi cons iderada
várias interpretações. E sabidoque
baixa, particula rmente quando com-
a quase totalidade das espécies
parada com a de ge/lualis (69%),
do complexo fuliginosa, agrupadas
nas mesmas condições.
recentemente por Wirth (13) sob o
subgênero Forcipomyia (AI icrohe-
os
motivos para essa reduz ida lea). alimentam-se na fase adulta
capacidade de ovoposição não fo- sugando hemolinfa de outros inse-
ram satjsfatoriamente esclareci- tos. Não se conhecem -os hábitos
dos . Hernandez (2) enfrentou o alimentares destes insetos na fase
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Quadro 2 - Espaço de tempo requerido pelos diferentes estágios de
Forcipomyia spp. para completar o ciclo de vida em condições de labora-
tório. CEPEC, Bahia, Brasil, abril-julho, 1974.
Período (dias)
Intervalo
Espécie População
de idade Média Amplitude de
variação
sp. I, subgenus
vic. Lepidobelea Ovo 90 3 3 3
Larva 22 10 lO lO
Pupa 21 3 3 3
Adulto • 12
Ciclo vital • 28
fuliginosa Ovo 1.045
11
Quadro 3 - Capacidade de ovoposição das mosquinhas Forcipomyia
spp. coletadas nos cacauais do CEPEC, Bahia, Brasil, abril·;ulho, 1974.
Fêmeas Selvagens
Espécies To/ai Total Com ovo Capacidade de
capturado posição (,rtil ovoposiç/io ('7.)
Qualificação de hábito
Espécies
Ativa Preguiçosa Cursorial Cavadora
spa/ulife,a + +
blanl otli + +
genualis + +
pCJulaine a e + +
sp. I, subg. vic .Lepidoheleae + +
( + ) Ocorrência do hábito
12
do par posterior de pseudopódios vidas na cultura da mesma idade,
anais. apresentaram uma densidade de
infestação da ordem de se is exem-
A falta de alimento te ve a pa- plares por em'. Dentre OS insetos
rentemente uma manifestação dife - inferiores, OS Collembola foram e-
rente nas espécies geTlua/is e sp. ventua Imente encontrados, assim
1, as qua is alongaram o período como larvas de Psychodidae .
larva 1 a té 2S dia s . Para le lamente,
observou-se um retardamento no Parasitismo e predação - O
crescimento das larvas, que mos- único caso de paras itismo regis-
traram um ta ma nho mu ito menor trado nas condições restritas da
comparado com as cr iadas num cultura foi o ocasionado pelos fun-
ambiente mais aberto. Nestes ca- gos entomófagos. A ident ificação
sos de falta de alimento, não se destes fungos não foi leva da até o
obs ervam casos de canibalismo. nível de espécies, devendo ser
feita no futuro.
As larvas de Forcipomyia satis-
fizeram sua necessidade de ali- Não se registraram casos de
mento morfogenético com as prote- predação, fator muito limitante na
ínas obtidas das hifas dos fungos na tureza. Hinton (3) mencionou as
cultivados, fermentos, levedura s, formigas Las ius nige r L. tentando
bolores, bactérias e outros micror- capturar larva s de Forcipom yia ni-
ganismos existentes nas cultura s. gra (Winnertz).
O a limento energético foi obtido
principa lmente dos açúcares do Fatores físicos do ambiente -
extrato de malte . O conhecimento A a tividade das larvas spa/ulife ra ,
da dietética destes insetos ainda genualis e pou/aiTleae não foi vi-
é empírico e precisa-se de um es- sivelmente alterada em presença
tudo analítico mais profundo sobre da luz. Pelo contrário, em presen-
o assunto. ça deste fator, as lar vas de genu-
alis e sp. 1 procuraram esconder-
Competição pelo mesmo nível se nos túneis feitos no meio da
trófico - Os principais concorren- cultura. Não foram estudadas as
tes pelo mesmo nível trófico foram respostas destes insetos frente à
os nema tódios, ácaros e alguns temperatura e à disponibilidade de
insetos inferiores. Todas as cul- água, fatores que, nos trópicos e
turas de ma is de 3 semana s de nas regiões temperadas, são críti-
i d a d e estiveram infestadas de cos para disparar etapas no desen-
Aphe /enchoide s sp. (Aphelenchoi- volvimento.
didae, Nematoda) numa densidade
aproximada de três exemplares por Hábitos de agregação - As lar -
em'. Os ácaros T yrophagos pu/res o va s recém-nascidas de spa/u/ifera,
ce n/ia e (Schrank, 1781), desenvol- h/an/oni, genualis, pou/aineae e
13
sp. 1 mant ivera m-se agreg adas ao rém, tem-s e obser vado larva s de
redor da ovop osiçã o por pouc as genu alis e de sp. 1 puparem semi -
horas (Quadro 5). Depo is disso , subm ersas no meio de cultu ra.
elas se dis persa ram, procu rando
cada qual seu próprio cami nho em
busc a de alime nto. As larva s de Hábi tos de dispe rsão - Este s
genu alis , pelo contr ário, mant ive- foram obser vado s princ ipalm ente
ram-s e agreg adas até o segu ndo nas larva s de spatu lifera e genua.-
insta r. Mas, à medida que e las lis quan do elas cami nhav am pelas
cresc iam, era difíc il ident ificar pared es e procuravam saída do am -
agreg ação no âmbi to restr ito da bient e restr ito da placa de Petri
placa de Petri . (Quadro 6). Este comp ortam ento
foi mani festa do princ ipalm ente pe-
las larva s do 3~ e 4~ insta res, a-
Próxi mas à pupa ção, as larva s
paren teme nte motiv adas pela limi-
de genu alis procuravam novam.~nte
tação do alime nto. A prese nça das
agreg ar-se . Este hábit o, pelo con-
larva s nas pared es da placa foi
trário , foi difíc il de desco brir nas
utiliz ada como crité rio para proce -
ou t r a s espé cies nas cond ições
der ao "tran splan te " .
restr itas das placa s de Petri , difi-
culta ndo assim a obten ção de con-
clusõ es. Estág iO de pupa
L a r v a
Esp écie
1! instar 2~ Insta r 3~ insta r 4~ insta r
s pat,.Ji!era +
b14"t o"i +
gen"" lis + + +
poula ineae +
sp, 1, subge nus vic. Lepid obele a +
14
Quadro 6 - Ocorrência de dispersão (+) das larvas de Forcipomyia no
laboratório. CEPEC. Bahia. Brasil. 1974.
L a r v a
Espécie
1~ instar 2! instar 3! instar 4! instar
Spl1/ulilera + +
b/an/o"i +
ge .. ualis + +
poulaineae +
sp. 1. subgenus vic. Lepidohe/ea +
15
Quadro 7 - Espaço de tempo requerido pelas fêmeas adultas para rea·
lizar a ovoposição em condiçõe s de laboratório, CEPEC, Bahia, Brasil,
1974.
Se l vagens
s(>alu lifera 68 2 I 3
blanto"i 14 2 1 3
genualis 20 2 1 4
poulaineae 1 2 2 2
fuliginosa 17 2 2 3
sp.l.subgenus vic. Lepidobelea 3 1 1 1
16
siderada muito baixa, foi capaz de Determinação do número poten-
causar mortalidade por desseca - cial de gerações por ano - Foram
mento dos exemplares e por evapo- encontradas 10; 11; 9; 9 e 12 ge-
ração da água que serve como ali- rações /a no para as espécies spa-
mento. tuli fera r- blan toni;- genual is;- pou-
laineae e sp. I, respectivamente.
Longevidade dos machos sel- Estes números foram considerados
vagens - Os resultados relativos elevados quando comparados com o
aos períodos que os machos sel- registrado por Saunders (6) para
vagens permaneceram vivos no la- climas temperados (3 / ano). Nas
boratório (Quadro 8) indicam uma condições de laboratório descritas
média entre 1 e 2 dias para as es- (24"C e 74% H.R.), as mosquinhas
pécies consideradas. Estas médias prometem tax as elevadas de re-
foram anormalmente curtas quando produção.
comparadas com os períodos de
até 5 dias registrados na literatura Indução de cópula - Não se re-
(2). Dentre os fatores que limit a- gistrou cópula no laboratório para
ram a vida destes adultos, a ali- nenhuma das espécies estudadas.
mentação parece ter tido papel pri- Muitos casais foram colocados i-
mordial. soladamente em gaiolas unitárias
(Figura 1) ou em gaiolas comuni-
Determinação dos ciclos vitais tárias (Figura 3), mas não se pôde
Foram necessários 37 ; 34; 41; observar cópula nem as fêmeas
40 e 28 dias para as espécies spa- deixaram ovos férteis. As gaiolas
tulifera;-blantoni -;-ge'lua!is;- pou- comunitárias com pupas de genua-
laineae e sp. I, respectivamente tis, foram as únicas que permiti-
(Quadro 2). ram observar tentativas de cópula.
Número de dias
Espécie Populaçio
Média Amplitude de variação
spalulifera 318 I I 2
blalflOfJi 21 1 I 2
gelfllltlis 23 2 1 3
poulai1leae 1 I 1 I
fuligilfosa 47 1 1 2
8p. 1, subgenus I 1 1 1
vic. Lepúlobelea
17
poucas horas após a emergência a temperatura e a umidade relativa
dos adultos. Aparentemente, nes- mostraram uma amplitude de varia-
tes insetos como em outros grupos ção considerável no decorrer das
de ceratopogonídeos, a cópula o- das 12 semanas que durou o perío-
corre durante o vôo, em condições do de estudo. As condições de la-
ambientais naturais. boratório usadas nesta oportuni-
dade são as mesmas usadas uni-
Fatores físicos - As médias versalmente e os resultados bio-
das medições de temperatura e lógicos obtidos podem ser extra-
umidade relativa encontradas no polados para condições similares
laboratório - 24°C e 75% - e no às descritas.
campo - 23°C e 87% - (Figura 4)
tiveram verificação muito aproxi- CONCLUSÕES
mada das esperadas - 24"C e 75%
médias - padronizadas para labo- 1. A criação de Forcipomuia spp.
ratório. Entretanto, observou-se que no laboratório teve sucesso u-
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SE MA NAS SUCESSIVAS
18
sando-se uma adaptação do"mé- mea foram de 12; 13; 14; 16 e
todo de Hernandez». 12 dias para as espécies spa·
tulifera, blantoni, genua/is , pou·
2. O período requerido para com- laineae e sp. 1, respectiva-
pletar a fase de ovo foi de 4 mente.
dias para spatulifera, b/antoni,
genua/is e poulaineae e de 3
dias para sp. 1 subg. vic. Lepi- 6. Os períodos requeridos p a r a
dohelea. completar os ciclos de vida fo-
ram de 37; 34; 41; 40 e 28 dias
3. Os períodos requeridos para para as espécies spatu/ifera,
completar a fase de larva fo- b/antoni, genua/is, poulaineae
ram de 17; 14; 19; 16 e 10 dias e sp. 1, respectivamente.
para as espécies spatu/ifera,
blantoni , genualis, poulaineae
7. O "método de Hernandez" não
e sp. 1, respectivamente.
foi bem sucedido na criação de
fuliginosa, pois os ovos deixa-
4. O s períodos requeridos para
dos pelas fêmeas não eclodi-
completar a fase de pupa foram
ramo
de 4; 3; 4; 4 e 3 dias para as
espécies spatulifera, blantoni,
genualis, poulaineae e sp. 1, 8. É preciso incorporar melhoras
respectivamente. ao método para diminuir a alta
mortalidade de ovos e adultos,
5. Os períodos requeridos para melhorar a sua dieta e conse-
completar a fase de adulto fê- guir cópula no laboratório.
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
19
in al1 stages (Diptera, Ceratopogonidae. Canadian Journal of
Zoology 43: 527- 540. 1965.
6. SAUNDERS, L.G. On the life history and the anatomy of the ear1y
stages of Fo,cipomyia (Diptera, Nematocera, Ceratopogonidae).
Parasitology 16: 164-213, 3 plates. 1924.
20
nidae ), asso ciad as com a polin izaçã o do caca ueiro na Bahi:
,.
Revi sta Theo brom a (Bra sil) 4(1) : 3-12. 1974.
12. WIRTH, W.W. The Hele idae of Calif ornia . Univ ersit y of Calif o rni a
Publ icati ons Ento molo gy 9 : 95-2 66. 1952 .
13. The Neot ropic al Forc ipom yia (Microh elea) spec ies re
lated to the cater pilla r para site F. fulig inosa (Dip tera, Ce ralo
pogo nidae ). Anna ls Ento molo gical Soci ety of Americ a 65 ' 564
577. 1972.
RESUMO
Os estud os do cresc imen to, repro duçã o e dese nvol vime nto das
mosq ui -
nhas Forc ipom yia (Eufo rcipo myia ) spatu lifera Saun ders e F.
(E. ) blrllJlolli
Soria e Byst rak, princ ipais polin izado ras do caca ueiro , são
fund amen tai s
para plane jar a mani pulaç ão deste s inset os com vista s a aume
ntar a sua
popu lação e, cons eqüe ntem ente, a sua ação polin izado ra .
Os objet ivos espe cífic os deste traba lho foram : deter mina r os
perío dos
corre spon dente s a cada um dos estág ios , quan tifica r o temp
o perco rr ido
por cada geraç ão fértil , deter mina r o número poten cia 1 de
geraç õe s pr>-
ano e os ciclo s vitai s das espé cies polin izado ras spalt llifer a
e blaul oll i e
das não polin izado ras F. (Forc ipom }'ia) genu alis (Loe w), F.
(F.i pouln i·
neae Ingram e Macf ie, F. (Microh e lea) fulig inosa (Mei gen)
e F. sp. I ,
subg enus vic. Lepi dohe lea, integ rante s do ecos siste ma do caca
ual.
Os perío dos reque ridos pelas espé cies spatu lifera , blan/ oni.
gellu nlis.
poula ineae e sp. 1 foram de 4; 4; 4; 4 e 3 dias, respe ctiva ment
e, pa ra com -
pleta r a fase de ovo; de 17; 14; 19; 16 e 10 dias, respe ctiva ment
e , pa ra a
fase de larva ; de 4; 3; 4; 4 e 3 dias, respe ctiva ment e, para
a fase de pu-
pa; de 12; 13; 14; 16 e 12 dias, respe ctiva ment e, para a fase
adult a; e de
37; 34; 41; 40 e 28 dias, respe ctiva ment e, para o ciclo vital de
uma gera ·
ção fértil . O número poten cial de geraç ões por ano é de 10;
11 ; 9; 9 e 12
para as espé cies spalu lifera , blant oni, ge nuali s, poula in eae
e sp. I, res-
pecti vame nte. F. (M.) fulig inosa (Mei gen) não pôde ser criad
a com suce s -
so em labor atóri o.
A mane ira como as larva s alim entam -se na supe rfíci e e no inter
ior da s
cultu ras é menc ionad a de forma preli mina r. A prese nça de
nema tódio s
Aphe letlco ides sp., ácaro s Tyro phag us putre sce n/iae (Schr ank)
e inset os
infer iores Como os princ ipais conc orren tes por alime nto nas
cultu ras. Os
hábit os de agreg ação e de dispe rsão das larva s são também
ligei rame nte
menc ionad os.
21
Conclui-se que o método de Hernandez é eficiente para criar as mos-
quinhas no laboratório, sendo, porém, necessário melhorá-lo a fim de evi-
tar mortalidade durante a fase de ovo e adulto.
22