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Processo de mediação

para crianças autistas nas


escolas
PÚBLICA X PARTICULAR
Resumo
Nesse projeto foram entrevistados profissionais da
educação que lidam diretamente com alunos
diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista,
com o intuito de fazer um comparativo na
formação e capacitação desses profissionais das
diferentes modalidades de ensino.
Objetivos
O projeto tem como base uma pesquisa qualitativa

Identificar a formação Identificar se há inclusão


dos profissionais escolar nessas escolas

Conscientização sobre a OBJETIVOS A Analisar se há os recursos


importância dos SEREM humanos suficientes
profissionais capacitados ALCANÇADOS

Conhecer como ocorre a


Identificar a formação mediação do profissional
dos profissionais mediante a alunos com
TEA
Público alvo
Escola Pública e Particular

Nosso público foram profissionais de educação que lidam


diretamente com alunos TEA, como a exemplo de
mediadores, estagiários e professores.
Problema
. Número de alunos incluídos por turma
acima do indicado por lei ou decreto e a
relação com o total de alunos por turma.
. Formação deficitária e não contínua.
Profissionais não capacitados para tal
função.
. Falta de recursos humanos e materiais.
. Falta de suporte e orientação para os
mediadores e estagiários.
. Ausência de diálogo entre os professores e
direção com o mediador e estagiário.
Justificativa

Nosso trabalho foi pensando devido a


problemática do assunto e sua
importância para a sociedade
Referencial teórico
Educação inclusiva
Antes do séx XX - Instituições filantrópicas e asilos

No início do Séc XX- Segregação- Escolas especiais

Década de 50 e 60 - Integradora - Salas especiais dentro de escolas


regulares - Sem modificações ou adaptações

Déc de 80 - Inclusiva - Constituição Federal de 1988 - Educação para


todos e especializadas aos portadores de deficiência
Educação Inclusiva

Déc de 90 - Estatuto da criança e adolescente-Igualdade de


condições e direito à educação

Declaração de Salamanca - Defendia uma Pedagogia centrada na


pessoa com um objetivo de uma sociedade mais inclusiva e
acolhedora.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Estado deve


promover a educação especial na rede regular, preferencialmente.
Entende-se que a Educação Inclusiva é “o processo de
inclusão dos portadores de necessidades especiais ou de
distúrbios de aprendizagem na rede comum de ensino
em todos os seus graus(,..)”.( Mrech,1998, p.2)

Para isso é necessário:

Recursos humanos
Recursos pedagógicos - PEI
Estrutural - Acessibilidade e Sala de recursos
Características

Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatístico de


Transtornos Mentais (APA, 2014), o Transtorno do Espectro
do Autismo, antes chamado apenas de autismo, passa a ser
classificado como um dos transtornos do
Neurodesenvolvimento, cuja características são: dificuldades
de comunicação e interação social e, também, os
comportamentos restritos e repetitivos. Pode ser classificado
em leve, moderado e severo
Alunos Mediadores formados e
incluídos capacitados

Mediação escolar

Educação inclusa e de
qualidade Atendimento de suas
necessidades específicas
Papel do mediador

• Lei 13.146/15 - Lei da Inclusão Brasileira da Pessoa


com deficiência

• Lei 12.764/12 - Política Nacional de Proteção dos Direitos com


Transtorno do Espectro Autista

• Trazem a necessidade de um mediador mas


não delimitam sua formação, papel e
atribuições.
As autoras Vargas e Rodrigues também citam
a autora Albano (2015) quando afirmam que:

O mediador medeia as relações das crianças com as outras


pessoas e com coisas de seu contexto, atuam como
intérpretes das linguagens para as crianças, investem nas
crianças considerando o sujeito, interveem na linguagem
no discurso social, constroem parcerias com os professores
e alunos, além de ajustar na aprendizagem e na construção
de laços sociais.”
Papel do mediador
“O mediador deveria ser encarado como um profissional que assume o
papel de auxiliar na inclusão do aluno com deficiência e não o papel de
professor principal da criança. Ele deveria ser visto como mais um agente
de inclusão, na medida em que ele teria circulação pela instituição,
produzindo questionamentos na equipe escolar e estando sempre atento a
quando e como deve fazer sua entrada em sala de aula, sem permanecer
ali esquecido e excluído junto com o aluno. Cabe ressaltar que o mediador
pode assumir o papel de ser um apoio para que a criança possa ser
incluída em um processo educacional que, de outra maneira, ou seja, sem
uma pessoa diretamente a apoiando numa relação um para um, poderia
ser desestruturante e insuportável, tanto para a escola quanto para o aluno
com deficiência. ”(Vargas e Rodrigues apud Mousinho et al., 2010, p. 95)
ESCOLA PÚBLICA X ESCOLA PARTICULAR

Estagiários: Alunos de Qualquer aluno de graduação


Pedagogia ou outra ou de formação que queira
licenciatura atuar na área da educação
Contratos de 10 meses
Na maioria dos casos,são os
sendo renovado por 2 anos
responsáveis pela criança que
Mediador tem que ter
contratam e custeam esse
formação em Pedagogia ou
mediador
Especialização em
Mediação escolar
Metodologia
Nosso projeto foi uma pesquisa qualitativa com perguntas
objetivas que visa mediar sobre o preparo de mediadores e
estagiários de escola pública e particular no ensino de crianças
autistas.
Resultados
O resultado de nossa entrevista foi coerente com o que a literatura
abordava sobre o trabalho do mediador. Os resultados foram:

• A profissão do mediador não é regulamentada.


• O mediador não sabe quais são as suas atribuições na dinâmica com os
alunos especiais.
• Não há uma formação específica para esse trabalho.
• Não há estrutura e/ou recursos adequados e adaptados.
• Não há mediadores capacitados para esse trabalho.
• Não há uma formação contínua para esses mediadores.
• Pouca troca de informações entre os mediadores e professores e/ou
gestores.
• Há pouca ou nenhuma colaboração na construção do PEI.
Visitas a campo
Imagens Escola Particular
CARTILHA
Essa é uma cartilha informativa com
base nas dúvidas e lacunas
identificadas durante as entrevistas
realizadas.
Discussão

O estudo foi realizado por meio de entrevista e


questionário de consulta aos mediadores, estagiários, e
a agente de Apoio à Educação Especial com o objetivo
de coletar informações mais precisas e consistentes
sobre as estratégias utilizadas em sala de aula e os
principais desafios que os mediadores enfrentam para
alcançar uma inclusão de qualidade.
Discussão
Muitos mediadores, estagiários, e a agente de Apoio à Educação
Especial afirmaram no questionário que a maior dificuldade
enfrentada no processo de integração foi que os mediadores e
estagiários não sabem exatamente suas funções e atribuições, e as
próprias escolas colocaram barreiras. Algumas escolas têm medo de
subsidiar o trabalho dos mediadores, projetos e programas para que
compreendam o conteúdo e se preparem ou se ajustem para a
mediação, fazendo com que o aluno com TEA não tenha uma inclusão
de qualidade, e consigam assim melhorar em todos os âmbitos.
Conclusão
Concluímos que os mediadores não são capacitados para a função
que desempenham, e não possuem uma formação adequada para
assumir essa função, grande parte é estagiário de licenciatura, e
sem treinamento com crianças especiais. Os gestores
sobrecarregam eles com diversas atividades, sem um treinamento
específico, e eles não sabem sua real função.
Referências bibliográficas
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais:
DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. Disponível em
https://www.institutopebioetica.com.br/documentos/manual-diagnostico-e-estatistico-de-
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BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente, 1990.
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BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/96. Disponível em:
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BRASIL. [Estatuto da pessoa com deficiência (2015)].Lei brasileira de inclusão da pessoa com
deficiência [recurso eletrônico]: Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, que institui a Lei brasileira de
inclusão da pessoa com deficiência (Estatuto da pessoa com deficiência) / Câmara dos Deputados. –
Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2015. – (Série legislação; n. 200)
https://www.cnmp.mp.br/portal/images/lei_brasileira_inclusao__pessoa__deficiencia.pdf
visualizado em 08 de outubro de 2023
Referências bibliográficas
BRASIL. MEC. Declaração de Salamanca. Brasília, 1994. Disponível em:
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Educação inclusiva: Conheça o histórico da legislação sobre inlusão -
https://todospelaeducacao.org.br/noticias/conheca-o-historico-da-legislacao-
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MRECH, Leny Magalhães. O que é educação inclusiva. Revista Integração, v. 10, n.
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de outubro de 2023
Referências bibliográficas
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autistas. Rev Hum Med. Ciudad de Camaguey, v.10, n.3, p.1-11,dic. 2010
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format=html&lang=pt# visualizado em 14 de outubro de 2023
VASCONCELLOS, I.M.M.; DUTRA, F.B. da S. O papel do mediador escolar na inclusão de
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Estado do Rio de Janeiro; 2018 Disponível em:
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VEER, R.; VALSINER, J. (Ed.). The Vygotsky reader. Cambridge, USA: Blackwell, 1994.p.
99-174.
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